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UNINTA - centro universitário
Polo: Formosa da Serra Negra
ANA MARTA LOPES FILGUEIRAS
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE AVALIAR NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
Formosa da serra negra – MA
2021
ANA MARTA LOPES FILGUEIRAS
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE AVALIAR NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia, como parte dos requisitos necessários a obtenção de nota complementa da disciplina didática geral.
Orientado (a) pelo professor Jorge rodrigues ferreira.
Formosa da serra negra – MA
2021
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................................................................04INTRODUÇÃO...................................................................................................05 A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E SEUS OBJETIVOS.......................................06
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL X QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR..................................................................................................................07AVALIAR SIM, MEDIR NÃO.....................................................................................08 AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR.......................................................................................................09CONCLUSAO....................................................................................................11REFERENCIAS.................................................................................................12
RESUMO
A necessidade de avaliar sempre se fará presente, não importando a norma ou padrão pela qual está baseado o modelo educacional. Não há como fugir da necessidade de avaliação de conhecimentos, desde a educação básica até o último grau de ensino. Dessa forma, a avaliação no ensino superior ocupa um espaço importante nos debates atuais sobre educação. Todavia, percebe-se que a avaliação, comprometida com as práticas inovadoras reveste-se de uma necessidade constante de revisão do fazer pedagógico.
Sabe-se da importância e da necessidade do ato de avaliar para o ensino e aprendizagem, no entanto é comum e corriqueira o conflito gerado em torno do conceito de avaliar e examinar, permanecendo em muitos espaços formativos a ideia de medir, verificar, seguindo o modelo de racionalidade técnica, visão ainda compartilhada e assumida por muitos que atuam no ensino superior, tanto na perspectiva docente, quanto discente. Destacando a ideia de que o ato avaliativo torna-se válido quando valoriza a qualidade do conhecimento alcançado pelo aluno no e por meio do processo desta forma esse trabalho teve como objetivo fazer a distinção entre examinar e avaliar, bem como apresentar as distintas concepções dos discentes do ensino superior sobre a avaliação da aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A avaliação institucional é um dos componentes do sistema nacional de avaliação da educação superior e está relacionada ao aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional. Ao aumento permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e à melhoria da qualidade da educação superior.
A avaliação institucional divide-se em duas modalidades sendo elas avaliação externa, que realizada por comissões designadas pelo inep, a avaliação externa tem como referência os padrões de qualidade para a educação superior expressos nos instrumentos de avaliação e os relatórios das auto-avaliações.
Auto-avaliação, coordenada pela comissão permanente de avaliação de cada instituição e orientada pelas diretrizes e pelo roteiro da auto-avaliação institucional da conaes.
O processo de avaliação é conduzido de forma global e integrada, permitindo uma visão ampla da instituição, garantindo unidade ao processo avaliativo por meio da análise da políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e corpo técnico- administrativo, política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão, política de atendimento a estudantes e egressos; responsabilidade social da instituição; sustentabilidade financeiras.
A avaliação do ensino superior brasileiro é considerada um importante instrumento para buscar a qualidade e melhoria do ensino, foi criado na década de 1990, estruturando-se em um programa de avaliação institucional das universidades brasileiras – paiub. E atualmente, tem sido destaque e prioridade das instituições brasileiras. Nesse sentido, o presente artigo abordará aspectos relevantes sobre o histórico da avaliação institucional no brasil, bem como a sua importância no meio acadêmico.
A avaliação institucional, no paiub, consistia em um processo que englobava os diferentes aspectos do ensino, pesquisa, extensão e gestão das instituições (critério da globalidade) e o respeito à identidade institucional (perfil, missões, condições, necessidades, apurações). Sua legitimidade se baseava no envolvimento e participação das instituições, fortalecendo sua autonomia.
A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E SEUS OBJETIVOS
 Avaliação institucional tem como pressuposto a avaliação formativa que proporciona informações acerca do desenvolvimento de um processo de ensino, com a finalidade de reorientar a prática pedagógica dos educadores. A avaliação institucional tem como objetivos: contribuir para a transformação qualitativa da educação superior, o melhoramento acadêmico pedagógico e maior eficiência na gestão, conforme deseja a comunidade acadêmica.
A avaliação institucional, que é um processo permanente, tem como principal função inventariar, harmonizar, tranquilizar, apoiar, orientar, reforçar e corrigir os aspectos avaliados. Ela é incorporada no ato do ensino e integrada na ação de formação, caracterizando-se como um importante instrumento de melhoria da qualidade do ensino na medida em que permite a identificação de problemas.
Os objetivos expressos sugerem que a avaliação institucional é condição básica para melhorar os seus processos acadêmico pedagógicos e de gestão e cumprir, com bons serviços, as atividades que desenvolve na e para a sociedade.
Para a concretização dos objetivos propostos, considerar-se as diferentes dimensões educacionais, dentre elas, a missão e plano de desenvolvimento institucional, sustentabilidade financeira, política para ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação, responsabilidade social, comunicação com a sociedade, política de pessoal, organização e gestão da instituição, infraestrutura física e planejamento.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL X QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR
No brasil, atualmente há uma crescente necessidade de avaliar o ensino superior, proporcionando assim melhoria na qualidade dos serviços oferecidos pelas ies.
Nesse sentido, a avaliação institucional é vista como instrumento de melhoria e de qualidade acadêmica e cientifica. Essa avaliação tem como objetivo compreender e avaliar todos os processos produzidos pela universidade, intervindo criticamente na comunidade acadêmica e científica. É preciso encarar a universidade como uma instituição com movimentos fortemente pedagógicos e pluralistas, já que seu cotidiano é feito de processos diferenciados e convergentes. Cabe a ela encontrar caminhos que preservem a pluralidade social, respeitando a igualdade de cada cidadão. Deve contemplar as características individuais das instituições que se fazem presentes nos diversos contextos do país. Dessa forma, haverá a possibilidade de preservação da identidade de cada uma.
A avaliação institucional é vista como uma das prioridades do ensino superior, que faz parte de um processo de recolher informações, as quais serão analisadas de forma crítica e criteriosa, com o intuito aplicar alternativas de intervenção na realidade interna e externa da instituição.
 Portanto, a avaliação institucional é aquela realizada a partir da proposta pedagógica, assim como planos de trabalhoe de ensino, que devem ser avaliados sistematicamente, para que se verifiquem avanços da instituição e possíveis reformulações, envolvendo a participação de alunos, professores e equipes de gestão. Os resultados do processo avaliativo no brasil demonstram que aspectos positivos no que se refere a proporcionar mais recursos para o ensino superior, pois com a implantação de um processo avaliativo bem concebido, é fundamental para explicar "com maior clareza o que está ou não sendo feito, que pode ser buscado, para que, exatamente, recursos adicionais são necessários;" possibilitando assim, melhoria da imagem pública do sistema superior de ensino, o que é fator indispensável para dar mais força e autoridade para solicitar reivindicações e recursos.
AVALIAR SIM, MEDIR NÃO
O processo de avaliação permeia a constituição da sociedade desde registros antigos da evolução do homem, visto que sempre estivemos sendo classificados por algum critério pela estética, pela etnia, por profissões ou por outros pressupostos impostos pela sociedade em que vivemos.
A avaliação de aprendizagem nos espaços de educação formal tem sido associada a expressões como, prova, testes, atribuir notas, sendo utilizada pelo professor como uma forma de impor disciplina (luckesi, 2013). 
Para o aluno desavisado, como mero instrumento que o possibilita a passar de ano, semestre, período, etc.
 Esse ainda é um drama que ocorre em escolas e outros espaços formativos, como é o caso das instituições de ensino superior, onde a avaliação não está sendo aplicada com o seu real fim, a promoção da aprendizagem.
 Já luckesi (2013), na contramão de uma ação mediadora, inclusiva, diagnóstica defende o que tanto na escola como na universidade é atribuição de notas por meio de testes, instrumentos utilizados para medir e por consequência excluir o aluno do processo de transformação por meio da aprendizagem.
AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR
Desde os tempos primórdios, a avaliação está presente na vida da humanidade, acompanhando sua evolução, onde cabe ao professor reconhecer as diferenças na capacidade de aprender dos alunos, para poder ajudá-los a superar suas dificuldades e avançar na aprendizagem.
Os métodos de avaliação ocupam, sem dúvida, espaço relevante no conjunto das práticas pedagógicas aplicadas aos processos de ensino e aprendizagem. Pensar a educação superior na perspectiva da avaliação da aprendizagem pressupõe definir os valores e conhecimentos a serem desenvolvidos, entrevendo sua relação com o projeto político institucional.
A avaliação da aprendizagem tanto na escola como nas instituições de ensino superior deve ocorrer como uma forma de diagnosticar para detectar o problema e subsidiar a tomada de decisões possibilitando assim uma transformação política da realidade em que está inserida, promovendo a qualidade do ensino.
O contexto avaliativo é sem dúvida uma construção coletiva que depende do encontro ou não de uma série de fatores, situações ou objetivos. Caracterizar a culpa do modelo sobre uma ou outra corrente de ação é minimizar a questão a um nível que pode individualizar sem considerar as relações existentes com o meio de formação escolar e social as possíveis soluções, enquanto busca-se o oposto, ou seja, uma fórmula de avaliação que contemple a participação ativa de todos os implicados, conforme o que nos diz hoffmann (1998, p.9) “uma ação mediadora não promove o diálogo a relação no trabalho pedagógico, ela é um processo interativo, dialógico, existente enquanto relação, enquanto confluência de idéias e vivências”.A avaliação deve por tanto ser apreendida como um processo de investigação que possibilita a ação e transformação. Se atribuirmos ao ato avaliativo somente critérios como medir quantitativamente a realidade, é imperativo compreender que esse critério não abarca todas às dimensões da avaliação da aprendizagem.
Por fim, a avaliação antes de ser um recurso de acompanhamento do rendimento do aluno, não deixa de ser também um instrumento que possibilita ao professor reavaliar seus métodos de ensino, os resultados de sua ação docente, pois vale destacar que a avaliação deve começar na elaboração dos objetivos propostos diante de cada conteúdo a ser trabalhado e, com isso, o instrumento a ser utilizado deve ter coerência com a proposta de trabalho docente. Cada instrumento deve levar em consideração o tipo de aprendizagem ao qual se detém o aluno.
Nesta perspectiva compreende-se que a avaliação ainda inquieta muitos professores, tendo em vista a subjetividade do assunto e a predominância deste conceito que se encontra enraizada na formação do professor. São essas aflições que levam muitos professores a reproduzirem os modelos avaliativos dos quais eles um dia fizeram parte.
CONCLUSÃO 
Compreendemos que a discussão em torno do tema avaliação de aprendizagem ainda vai suscitar muitos estudos, debates e pesquisas. Assim temos a real consciência de que muito há para fazer, para refletir, e seguimos acreditando que mudanças qualitativas são possíveis no ato educativo formal que ocorre em escolas e universidades. Ao analisar o processo avaliativo dentro do ensino superior, pode-se perceber a falta de interesse dos alunos diante deste processo, e a falta de entendimento sobre a importância da avaliação. Pode-se perceber também que alguns professores não utilizam instrumentos diversos por falta de tempo em elaborar, e até pela ausência dos conhecimentos de técnicas diferenciadas, entre outros.
Ao longo desta discursão percebemos a importância de se discutir sobre a avaliação e o quanto ela é significativa para o processo de ensino e aprendizagem, sem esse acompanhamento integral ao educando é quase que impossível contribuir para o progresso do aluno. Portanto, pesquisar sobre avaliação é muito mais que adquirir conceitos pré-estabelecidos. É, sobretudo, obter consciência crítica e verdadeira dos aspectos inerentes ao processo de ensino e aprendizagem como cooperantes na produção do conhecimento.
REFERENCIAS:
BERTELLI, Eliseu Miguel; EYNG, Ana Maria. Avaliação institucional: a relação dialógica dos dados da avaliação interna e externa na melhoria educacional. In: IV COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO UNIVERSITÁRIA NA AMÉRICA DO SUL, 2004, Florianópolis. Gestão Universitária na américa do Sul " Alianças Estratégicas, Integração e gestão Universitária. Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2004. v. 01. p. 01-15
BRASIL. Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras - PAIUB. Lei 2026/93. Brasília: MEC
BRASIL. Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES. Lei nº 10.861/2004. Brasília: MEC
BERTAGNA, Regiane Helena. Avaliação Escolar: Pressupostos Conceituais. In: BERTAGNA, Regiane Helena; MEYER, João Frederico da Costa Azevedo. O Ensino, a ciência e o cotidiano. Editora Alínea, 2006. Páginas 61-81.
CHUEIRI, Mary Stela. Concepções sobre a Avaliação Escolar. Estudos em Avaliação Educacional. 2008, v. 19: p. 49-64.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação Mediadora: Uma relação dialógica na construção do conhecimento. Ideias, v. 22: p. 51-59. (Disponível em http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_22_p051-059_c.pdf) – último acesso em 22 de abr de 2017.
LUCKESI, Cipriano. Série Encontros. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=NbHdgMGV1y0. Acesso em: 09 de Maio de 2015.