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O PERFIL PROFISSIONAL DO SOCIAL MEDIA Bruna Melo Alves1 Valéria Deluca Soares2 INTRODUÇÃO A área de Social Media se tornou uma tendência no mercado de trabalho publicitário e carece de estudos, tendo em vista a importância e impacto cultural e empresarial perante à sociedade. Sabendo que nos dias de hoje a população brasileira está cada vez mais conectada à Internet, profissionais que saibam se comunicar com o público nas redes sociais e sejam capazes de criar personas para as empresas são cada vez mais requisitados. Conforme pesquisa realizada em 2017 pela Inteligência Rock Content3, uma empresa de pesquisas voltadas para o Marketing Digital, 92,1% das 1 Graduanda do Curso de Publicidade e Propaganda, Centro Universitário Metodista – IPA. E-mail: olabrunaa@gmail.com. 2 Doutora em Comunicação Social. Orientadora deste artigo, docente do curso de Publicidade e Propaganda. E-mail: valeria.deluca@ipa.metodista.br 3 Inteligência Rock Content é uma central de pesquisa em Marketing e Vendas. Para saber mais: <https://inteligencia.rockcontent.com/>. empresas entrevistadas estão nas redes sociais. Porém, no momento de contratar um especialista, as corporações não têm conhecimento do perfil que estão procurando, pois estes profissionais não tem uma formação acadêmica específica, podendo ser um jornalista, publicitário, administrador ou nenhuma das opções citadas. Assim, o problema desta pesquisa se concentra em responder a seguinte questão: qual o perfil que deve ter um profissional de Social Media para atuar em agências de Publicidade e Propaganda? Tem-se como hipótese que tal profissional tenha que desempenhar inúmeros papéis, como a criação de conteúdo escrito e visual, diálogo direto com os consumidores e desenvolvimento de campanhas a fim de atingir o público alvo em maior amplitude. Também, entende-se que um Social Media deve ter maior conhecimento sobre outras áreas além da comunicação, como a psicologia comportamental, planejamento, monitoramento e análise de resultados. A partir disto, o objetivo geral da 26 pesquisa é verificar quais as competências necessárias ao profissional de Social Media para atuar em agências de publicidade. Para tal, é necessário abordar os seguintes objetivos específicos: conceituar a função de um Social Media; identificar aspectos do perfil de um profissional de Social Media; verificar as funções de um profissional de Social Media; e reconhecer o valor profissional de um Social Media. Este estudo se justifica pelo fato de que não há um entendimento claro sobre quem é o Social Media, suas funções e quais competências precisa ter para se tornar um profissional da área. Este também serve de apoio a futuras pesquisas, pois não há material específico que explique esta nova carreira, colaborando assim com a comunidade acadêmica e o mercado de trabalho publicitário, em especial as agências de publicidade que atuam no meio digital. O estudo em questão também pode servir como guia para futuros profissionais, pois com o perfil traçado pode facilitar a identificação com a área. Para alcançar os objetivos citados, é utilizado como método de pesquisa a Fenomenologia. Este recurso é uma abordagem da pesquisa qualitativa. Conforme Moreira (2002), o método fenomenológico é utilizado quando a pesquisa quer dar destaque a experiências de vida das pessoas. Desta maneira, se tem maior compreensão e embasamento sobre o que de fato é um Social Media, conforme os próprios profissionais do setor acreditam. A INTERNET E SEU AVANÇO O homem sempre foi um ser comunicativo. Ano após ano, a população foi encontrando meios de se comunicar entre si, seja em forma de arte, escrita ou fala. Denominada como Comunicação em Massa, essa fase tem novos meios de espalhar uma mensagem, como o telégrafo e o telefone, e do som e da imagem eletrônicos, como o rádio, cinema e televisão (FIGUEIREDO, 2009). O mundo virtual somente irá surgir a partir dos anos 80 e não é nada do que se vê hoje em dia. Naquela época, conforme Silva (2005), a era tecnológica era apenas a utilização dos microprocessadores, pelo uso da fibra óptica e pela digitalização da informação. Ainda segundo o autor, as mudanças entram na história e dão um novo rumo a comunicação. Segundo Tomaél et al. (2005), as pessoas vivem na sociedade por meio das relações que desenvolvem durante toda a vida. Conforme os autores, primeiro, tem-se as relações no meio familiar, em seguida na escola, na comunidade em que vive, no trabalho e assim por diante. Essas relações fortalecem a esfera social. Trazendo para os dias atuais, a sociedade está deixando as formas tradicionais de conversação e interação de lado e se aliando às modernidades para se comunicar, a fim de facilitar o dia a dia. Desde o ano 2000, a tecnologia da informação entrou no mercado popular, transformando-se no que se conhece hoje como a nova onda da tecnologia, onde se tem maior conexão entre os indivíduos (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2010). 27 Com o surgimento da internet mais popular, nasceu o termo Web 1.0. Nesta época, a internet era uma via de mão única, somente as grandes empresas tinham algum conteúdo online e o cliente não tinha contato direto (SOUZA, 2012). O autor ainda complementa constatando que o conteúdo disponível na era da Web 1.0 era feito pelas empresas e organizadores de todos os tipos, do qual o consumidor apenas tinha acesso. Mas, ele não tinha nenhum poder ou contato com a empresa virtualmente. Com o passar dos anos, um novo termo apareceu: a Web 2.0. O’Reilly (2005 p. 01) conta que o conceito nasceu em uma conferência entre Dale Doughhearty, vice-presidente da O’Reilly e a MediaLive Internacional: [...] a web estava mais importante do que nunca, apresentando instigantes aplicações novas e sites eclodindo com surpreendente regularidade. E, o que é melhor, parecia que as companhias que haviam sobrevivido ao colapso tinham algo em comum. Será que o colapso ponto-com marcou uma espécie de virada que deu sentido a uma convocação do tipo “Web 2.0”? Achamos que sim e, desse modo, nasceu a Conferência Web 2.0. Siqueira (2000, p. 09) explica que “estamos falando de Internet utilizada como meio de criar, agregar, compartilhar, colaborar e publicar a informação digital”. O’Reilly (2005) complementa ponderando que neste período a internet foi ao seu auge, tendo uma segunda geração de serviços, fazendo com que as companhias antigas e as novas permanecessem em um nível comum, além de ter um maior contato com seu consumidor. Primo (2006) salienta que a Web 2.0 tem um papel importante na comunicação social, pois aumentou o trabalho coletivo, a troca afetiva, de produção e circulação de informações, de construção social de conhecimento apoiada pela informática. A computação continua evoluindo cada dia mais e mais, entretanto não há uma Web 3.0 totalmente formada. Conforme Torres (2009), a Web 3.0 é um termo criado pelo jornalista do jornal americano The New York Times, John Markoff, para rotular o avanço cibernético, que estava se tornando mais eficiente e inteligente, diferentemente do que era nos anos anteriores. Para Grinover (2015), esta terceira fase da internet é marcada pelo desenvolvimento das mídias móveis e a popularização dos smartphones, tornando a comunicação um novo tipo de mídia, levando em conta que todos estão conectados a tudo o tempo todo, em qualquer lugar. Safko (2010, p. 32) explica que “o mundo está evoluindo rapidamente. Publicidade, mensagens e comportamentos de comunicação estão mudando mais rapidamente do que contamos nossa história”. Teixeira e Silva (2013, p. 11) complementam destacando que “a Web 3.0 trouxe a facilidade de acesso à comunicação pelo aumento da capacidade de armazenamento de notícias e pela velocidade de processamento das informações em tempo real”. Também, pode-se observar a parte ‘mecânica’ 28 desta nova fase.Segundo Almeida et. al (2012, p.4), “através da Web 3.0 será possível deixar que a internet faça todo o trabalho para o usuário”. O autor explica que ao utilizar serviços de buscas, o navegador condensa, analisa e retorna os resultados que melhor se encaixam ao que foi informado. Entretanto, Torres (2009, p. 40) observa que o conceito citado tem um problema, pois não olha para o comportamento dos consumidores na internet e sim nas estruturas dos sites e ferramentas de busca. Conforme o autor salienta, “o consumidor, como internauta, assumiu o controle de sua própria vida por meio das chamadas redes sociais e passou a gerar conteúdo, se informar, se divertir e se relacionar”. Sendo assim, entende-se que há uma mudança comportamental na internet. AS REDES SOCIAIS A rede social, segundo Souza (2012), se dá pelo conceito de que são meios para conectar-se a outras pessoas na internet. Ele complementa salientando que os sites de redes sociais geralmente funcionam tendo como base os perfis de usuário, seus gostos, interesses e o que ele quiser compartilhar. Para Recuero (2009, p. 25), a rede social é um local de colaboração, de trocas de informações e construção de novos valores sociais. Para ela, “uma rede social não é uma ferramenta, mas apropria-se delas para expressar suas identidades, construir seus valores e operar de forma coletiva”. A autora ainda complementa lembrando que nunca se conheceu e se interagiu com tantas pessoas diferentes como agora. Essa rede de interação vem atingindo inúmeros campos de atuação, como a economia e a cultura, por exemplo. Conforme Machado et. al (2005), no campo econômico, as redes sociais passam a ser alvo de interesse de empresas que estão vendo neste ramo um amplo espaço para negociação de produtos e serviços. Conforme Rodrigues (2016), as empresas utilizam dessas plataformas para conhecer e criar vínculos duradouros com seus públicos, aumentando assim a visibilidade da instituição. Machado et. al (2005) salientam também, que as redes sociais têm grande potencial de relacionamentos clientes-empresas, sendo um canal positivo para a troca de informações e questionamentos, além de um campo para demonstrar seus posicionamentos referentes aos problemas sociais ou situações de debate na contemporaneidade. Em vez de tratar as pessoas simplesmente como consumidoras, os profissionais de marketing as tratam como seres humanos plenos: com mente, coração e espírito. Cada vez mais, os consumidores estão em busca de soluções para satisfazer seu anseio de transformar o mundo globalizado num mundo melhor. Em um mundo confuso, eles buscam empresas que abordem suas mais profundas necessidades de justiça social, econômica e ambiental em sua missão, visão e valores (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2010, p. 16). 29 O avanço da comunicação também existiu dentro da própria tecnologia, trazendo à tona um novo meio de se comunicar e conectar pessoas. Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010, p. 07) explicam que: “a nova onda de tecnologia é formada por três grandes forças: computadores e celulares baratos, Internet de baixo custo e fonte aberta”. Segundo os autores, essa mudança na tecnologia tem um profundo impacto no comportamento das pessoas e das empresas, pois agora os indivíduos podem se expressar e colaborar entre si. Torres (2009) salienta que os consumidores sentiram a necessidade de serem mais colaborativos, criando assim blogs, mídias e redes sociais e sites colaborativos, ultrapassando acessos de alguns sites na virada do milênio. Conforme e-book divulgado pela Alfamídia4 (2012, p. 04): O cidadão comum se apropriou de mais um espaço para tornar seu conteúdo visível para o mundo, coisa que antes ele só podia fazer com suas redes sociais ‘de carne e osso’: amigos, parentes e colegas de trabalho. Consumidores podem criar conteúdo sobre empresas (ou ideologias, pesquisas, política etc.) e se tornar pequenos veículos de mídias locais. A antiga lógica dos grandes veículos de comunicação sendo os únicos a comunicar fica um pouco de lado, apesar de que eles continuam 4 Alfamídia é uma escola de educação profissional voltada para tecnologia. Para saber mais: <http://www.alfamidia.com.br/>. sendo os que mais influenciam o que se fala nas redes sociais brasileiras, tanto online quanto off-line. A rede social, conforme Souza (2012), se dá pelo conceito de que são meios de se conectar a outras pessoas na internet. Torres (2006, p.74) explica que: “[...] são sites onde as pessoas se cadastram, registram seus dados pessoais, nos chamados perfis, e podem se relacionar com outras pessoas, publicando fotos, enviando mensagens e criando listas de amigos”. Souza (2012) ainda complementa salientando que os sites de redes sociais geralmente funcionam tendo como base os perfis de usuário, seus gostos, interesses e o que ele quiser compartilhar. Mas não foi só o consumidor que se beneficiou com este avanço tecnológico do qual as pessoas estão mais comunicativas. Se for aplicar este conceito em uma realidade empresarial, Rodrigues (2016) observa que as empresas utilizam dessas plataformas para conhecer e criar vínculos duradouros com seus públicos, aumentando assim a visibilidade da instituição. Para atingir seu público, as empresas não podem mais acreditar que basta a sua presença na rede social ou nas mídias sociais, mostrando suas ofertas, produtos ou serviços. Conforme o e-book da empresa Resultados Digitais (2017)5, as empresas entram nas redes sociais com o intuito certo, mas como não sabem 5 Resultados Digitais é uma empresa de marketing, que oferece cursos online. Para saber mais: <https://resultadosdigitais.com.br/>. 30 como gerenciar uma rede social, acabam não definindo uma estratégia de como alcançar o seu público e não atingem o objetivo. Uma das estratégias a se tomar é a produção de conteúdo. Entretanto, antes de criar conteúdo para que os visitantes virem clientes, é preciso que a empresa saiba o que o seu consumidor está procurando. Porém, não adianta a empresa apenas planejar se a execução não for bem realizada. Conforme a redatora de conteúdo do Resultados Digitais, Lipinski (2017)6, na hora de criar um conteúdo, deve apresenta-lo de forma simples, original, atrativa e de fácil entendimento. Ainda segundo a autora, é importante lembrar que se está escrevendo para uma pessoa, então o conteúdo deve gerar uma boa experiência para o consumidor. Na hora da execução, tanto os assuntos escolhidos quanto os textos escritos devem ser criados de forma cautelosa. Um assunto polêmico ou até uma colocação equivocada poderá ser má interpretada pelo público, gerando um momento de crise. Segundo Almeida (2016): Nenhuma empresa está imune a crises causadas pelas narrativas comunicacionais e atualmente com o avanço tecnológico veloz que vivenciamos, nos tornamos mais vulneráveis aos olhos do público, uma vez que a voz foi dada para qualquer cidadão que 6 A plataforma Resultados Digitais disponibiliza e-books com acesso a artigos exclusivos para quem baixa o conteúdo. Jessica Lipinski é uma das redatoras do site do qual foi retirado a informação. tenha conexão com a internet e um computador, um smartphone, colocando em risco reputações de empresas com valores inestimáveis, afetando a imagem institucional e rentabilidade das mesmas. Portanto, agora que a empresa já pode se comunicar com seu público de forma rápida e direta, a preocupação com o profissional que irá cuidar da empresa nas redes sociais é primordial. GESTÃO POR COMPETÊNCIA Ao entrar no mundo digital, as empresas esperam atingir o seu público alvo e prosperar nos negócios. Segundo Guimarães et. al (2005), há empresas que buscam contratar pessoas certas para suas respectivas funções, pois acreditam que mantendo estes funcionários felizes em exercer seus dons, irão agregar valor à organização. De acordo com levantamentorealizado pela empresa Resultados Digitais (2016)7, para garantir que as empresas tenham resultados, recomenda-se que haja uma pessoa dedicada em tempo integral cuidando da empresa na internet, pois há diversas atividades que devem ser executadas e somente um profissional da área saberá administrar. Conforme Chiavenato (1999), a globalização, as tecnologias, as mudanças e o intenso movimento pela qualidade e produtividade, observa-se que o diferencial, a vantagem competitiva está nas pessoas que ali atuam. 7 Resultados Digitais é uma empresa voltada para consultoria de marketing digital. Para saber mais: <https://resultadosdigitais.com.br/>. 31 Guimarães et. al (2005) complementam que é através do processo de recrutamento e de seleção que a empresa irá identificar e desenvolver as excelências que fazem a diferença no mercado, que é tão competitivo. O conceito de competência foi criado pela primeira vez em 1973, por David McClelland, com a intenção de buscar uma abordagem mais efetiva nos processos de seleção de pessoas para as empresas (DUTRA, 2004). Carmo (2015, p. 110), explica que O desenvolvimento do conceito de competências se dá através desse processo dinâmico no qual de um lado encontra-se a organização e seu conjunto próprio de competências essenciais, construídas a partir de um processo de aprendizagem organizacional e que são concretizadas em seu patrimônio de conhecimentos, e de outro lado têm- se as pessoas, com seu conjunto de competências que pode ou não ser aproveitado pela empresa, quando as pessoas por sua vez passam a desenvolver da melhor forma aquilo que as empresas esperam que façam, trazendo resultados, serão reconhecidas por isso e terão oportunidades [...]. Competência não está entre o saber e o saber-fazer, mas sim, é a junção da teoria, técnica e prática, ou seja, tem que saber o porquê se faz, como se faz e de fato fazer (RUTHES et al., 2010). Carmo (2015, p. 103) ainda complementa que o termo se dá ao modo como as pessoas se comportam no trabalho. O autor explica que “o conceito que foi amplamente difundido e utilizado na academia foi o do conhecido ‘CHA’, segundo o qual as competências humanas estavam intimamente relacionadas aos conhecimentos, habilidades e atitudes das pessoas”. Entende-se por conhecimentos uma série de informações adquiridas por experiências vividas pelo indivíduo, lhe permitindo assim ter maior compreensão do mundo (BARBALHO, 2004). Este conhecimento, conforme Dutra (2004), é necessário para que a pessoa execute sua função na empresa e corresponda à expectativa da contratação. Já a habilidade é a capacidade do indivíduo de aplicar o conhecimento que adquiriu ao longo dos anos de forma que seja produtiva e que atinja o objetivo específico (BARBALHO, 2004). Segundo Borba et. al (2011, p. 04), habilidade é “usar o conhecimento para resolver problemas e ter criatividade para resolver não só problemas, mas para criar novas ideias”. Por fim, a atitude é o saber fazer, ou seja, colocar em prática os seus conhecimentos e as suas habilidades. Junior (2007, p. 06) complementa que as atitudes são “comportamentos que temos diante de situações do nosso cotidiano e das tarefas que desenvolvemos no nosso dia-a-dia. [...]”. Este método é um bom antídoto para o desemprego, pois somente que é ágil e capaz irá se sobressair e se manter no mercado de trabalho (CHIAVENATO, 2008). Mas, Dutra (2004) acredita que o CHA quando compreendido em toda a sua extensão e utilizado em conjunto com outros conceitos, permite grande 32 avanço na compreensão da gestão de pessoas na empresa moderna. Sendo assim, segundo Carmo (2015), pode- se observar que o CHA não é a única coisa a se avaliar nas competências das pessoas, pois é preciso que a mesma tenha um grande desempenho, causando resultados para a empresa. Entretanto, conforme Dutra (2004), ter estes conhecimentos, habilidades e atitudes não garantem que a empresa obtenha algum benefício. Guimarães et. al (2005, p. 214) salienta que saber como selecionar os novos candidatos é tão importante quanto recrutá-los. “Escolher a pessoa errada para ocupar um cargo dentro de uma organização acarreta em prejuízos iguais, ou até maiores do que não escolher nenhum profissional”. Dutra (2004) destaca que o mau uso deste conceito pode criar um estresse no empregado, colocando uma pressão na pessoa e a mesma não obter o reconhecimento da empresa, impedindo o seu conhecimento profissional. AS COMPETÊNCIAS DO SOCIAL MÍDIA O tema escolhido para realização desta pesquisa busca traçar o perfil do profissional de Social Media, uma carreira recente no campo da Comunicação do qual até mesmo os peritos da área não sabem definir com precisão, quem é e o que faz. A amostra foi definida como não probabilística e por conveniência. Entrevistou-se sete profissionais da área de comunicação do qual exercem a função de Social Media para compor a análise. Para se obter melhor entendimento e cunho científico, alguns termos ditos pelos entrevistados foram modificados, de acordo com a intenção. Para fins de organização e preservação das identidades dos entrevistados, estes serão citados por letras do alfabeto, de A a G8. As entrevistas foram realizadas entre os dias 23 a 27 de outubro de 2017, em atendimentos individuais com perguntas pré-estabelecidas. No que se refere ao procedimento adotado para esta pesquisa científica, foi utilizado o método conhecido como Fenomenologia, em uma abordagem qualitativa. Conforme Moreira (2002), o método fenomenológico é utilizado quando a pesquisa quer dar destaque às experiências de vida das pessoas. Desta maneira, se tem maior compreensão e embasamento sobre o que de fato é um Social Media, conforme os próprios profissionais do setor acreditam. 8 Os entrevistados são: A: Formação em Publicidade e Propaganda, com doze anos de carreira dentro de agências de publicidade. B: Formação em Jornalismo, foi o primeiro Social Media da Rede Pampa. C:Trabalha em uma multinacional, possui formação em Tecnólogo em Marketing e Pós- graduação em Marketing Digital, em Curitiba. D: Proprietário de agência focada em Social Media há 8 anos, formação em Jornalismo, Publicidade e Propaganda, pós-graduação em Marketing Estratégico. E: Trabalha em uma agência de publicidade em Porto Alegre, formação em Comunicação Social: Habilitação em Publicidade e Propaganda. F: Formação em Publicidade e Propaganda, trabalha na área há 4 anos, atualmente está em uma agência de grande porte. G: Formação em Publicidade e Propaganda, trabalha há 2 anos em agências de publicidade. 33 Para fins de organização, o conteúdo recolhido foi apresentado, analisado e interpretado a partir do uso de categorias. Conforme Moraes (1999), este método é usado para descrever e interpretar o conteúdo de toda a documentação levantada para a pesquisa, ajudando assim a interpretar as mensagens e obter uma leitura mais simples. Feitas tais considerações sobre o procedimento metodológico, segue- se com os dados da pesquisa, que foram divididos em categorias, para melhor entendimento. As categorias são: Entendendo o que é um Social Media, que demonstrará o que é um profissional de Social Media, conforme os entrevistados; Conhecimentos de um Social Media, em que será explicado que conhecimentos técnicos são necessários para exercer as funções de um Social Media; Habilidades de um Social Media, mostrará quais são as destrezas que o profissional tem que ter para executar as funções do dia a dia de um Social Media com excelência; Atitudes para se tornar um Social Media, irá demonstrar que iniciativas particulares que o profissional tem que ter para desenvolver a função de Social Media. Categoria 1: Entendendo o que é um Social Media Quando os profissionais foram questionados sobre o que faz um Social Media, A, B, C, D, E, F e G concordam com Rodrigues (2016) ao apontar que esteprofissional exerce o papel de elo entre público e a empresa, criando vínculos duradouros e humanizando-a ao estar à frente de toda a comunicação da marca na internet. O entrevistado C explica que este profissional é quem cria o conteúdo para as marcas em forma de texto, planeja e depois analisa os resultados destes conteúdos que foram postados nas redes sociais. Ainda relata que “o Social Media, na teoria, é a pessoa que cria conteúdo, analisa e faz o relatório. Entretanto, hoje, eu vejo que no mercado não tem mais espaço para isso”. O participante D constata que este profissional deveria apenas fazer com que as marcas socializem com as pessoas, porém ele acaba fazendo de tudo. Complementa que “ele cria arte, fala com o cliente, cliente final do cliente, faz atendimento. É o profissional que faz tudo para todo mundo e não é reconhecido como tal, por que parece muito fácil de se fazer”. O entrevistado B termina levantando que são os princípios básicos da comunicação que formam um Social Media. Categoria 2: Conhecimentos de um Social Media Se, para Barbalho (2004), por conhecimentos se entende como uma série de informações adquiridas por experiências vividas pelo indivíduo, quando questionadas sobre quais conhecimentos são necessários para ser um Social Media, os entrevistados A, D, E e F chegaram a conclusões um pouco diferentes do autor. O participante A relata que o mercado publicitário exige muitas técnicas na hora de contratar um Social Media, o que 34 acaba dificultando o real entendimento do que este profissional de fato faz. Entretanto, os entrevistados A, B, C, D, E e F concordam que ter conhecimentos de redação, senso estético e estratégia é o básico para essa profissão. Para o entrevistado E, “precisa ter conhecimentos de propaganda, redação, bom português, bom vocabulário, saber utilizar as ferramentas, SEO e saber os formatos de peças”. Porém, F discorda ao dizer que “a parte de ferramentas se aprende, porque muda muito de agência para agência, então, se vai aprendendo. Mas acho que conhecimentos são redação para internet, porque é diferente de redação para campanha; ter noção de métricas, por exemplo. Não se faz um post de blog com uma arte que tenha texto e imagem, porque não vai ser bom para a reputação da empresa no hanking do Google, por exemplo. Então, ter esse conhecimento mais técnico e como se aplica são mais importantes”. Mas, o entrevistado C considera necessário que o profissional saiba verificar os resultados frente aos investimentos das empresas nas Redes Sociais. “Já que hoje se fala mais sobre o tráfego orgânico, sempre há investimento envolvido. Por isso, a pessoa ter noções de como apresentar o resultado de conversão é essencial”. Para o entrevistado G, dentre os conhecimentos técnicos, é importante que o profissional saiba como falar com as pessoas e lidar com os problemas que possam surgir. Ele complementa salientando que “aquela descrição de vaga de estágio (‘ser um heavy user de redes sociais’) é muito importante, mas não só Facebook, mas como o Twitter, Instagram, Snapchat, todas as redes sociais que conversam com pessoas”. O ritmo da tecnologia vinculada à comunicação está cada vez maior e mais rápido. Safko (2010), assim como os entrevistados A, B, C, D, E e F, concordam que está tudo evoluindo rápido demais e sendo assim não há como ter livros para ensinar o que foi lançado na semana anterior. Por isso, ao serem questionados se fizeram algum curso específico ou especialização, quatro dos sete entrevistados fizeram cursos, workshops e viram palestras sobre o tema, mas nenhum fez especialização especificamente de Social Media. Todos concordam que o que realmente ensina é o dia a dia, o fato de trabalhar na área, porém todos encontram uma maneira de se atualizar e aprender sobre as novidades do meio. O entrevistado F conta que costuma se atualizar em leituras e na internet. “Gosto de assinar todos os tipos de newsletter, às vezes eu gosto de uma que não tem nada a ver com o meu cliente, mas o que me interessou foi o layout ou alguma formatação de texto”. O participante A relata que “recentemente, fiz um curso de Facebook. Ele te dá todas essas noções de criação e análise de conteúdo, bem focado ao Social Media mesmo”. Ela ainda analisa que muitas vezes, um curso de extensão vale mais a pena do que especialização. “Eu conheço bastante gente que fez especialização voltado para parte de Social Media, redes sociais e diz que aprendeu muito mais na prática do que na faculdade em si”. 35 Categoria 3: Habilidades de um Social Media Curiosidade e agilidade são as palavras chaves sobre as habilidades de um Social Media, pois o profissional desta área precisa saber de tudo um pouco e ter a facilidade de lidar com grandes questões em um curto espaço de tempo, conforme salienta o entrevistado E. “Muitas vezes as peças devem ser feitas às pressas para não perder o timing de algo que está muito em alta. Por isso, a pessoa precisa ser organizada, ter raciocínio rápido e sempre pensar muito bem antes de responder algo, principalmente em situações de crise”. Os participantes E e D também estão de acordo com Almeida (2016) ao levantar que nenhuma empresa está imune às crises causadas pela má comunicação nas redes, podendo até prejudicar a imagem institucional da marca. Partindo do pressuposto técnico, a escrita é um dos principais pré-requisitos para esta profissão. Dependendo do que for feito na área (responder os clientes ou criar conteúdo), o grau de conhecimento é mais requisitado do que outro. Os entrevistados concordam com Barbalho (2004) quando o autor salienta que a habilidade é a capacidade de aplicar aquilo que se aprende conforme sua vivência, pois todos contam que o fato de já terem alguma experiência na criação de conteúdo, ajuda na execução do trabalho. O entrevistado F explica que o fato dela trabalhar atualmente com moda, por exemplo, é pelo seu gosto pessoal e por possuir experiência anterior. Salienta que, o momento do estágio é muito importante para definir o seu perfil, assim saberá que caminho seguir na profissão. Entretanto, conta que o fato de ter trabalhado com clientes de perfis muito distantes do dela faz com que tenha mais flexibilidade na hora de criar conteúdo. “Eu já trabalhei com caminhões, então para mim era muito difícil fazer conteúdo sobre como trocar uma roda de caminhão. Mas, hoje percebo na agência que se eu preciso ajudar alguém ou cuidar de um cliente fora do meu perfil, já consigo criar melhor. É mais uma questão de entender linguagem do cliente, que muda muito de um para o outro, e se adequar a ele”. Categoria 4: Atitudes para se tornar um Social Media Para os autores Borba (2011) e Junior (2007), atitudes são a prática dos conhecimentos e as habilidades. Mas para os entrevistados, as atitudes estão mais voltadas para a força de vontade do profissional. Como é uma área que está em constante evolução, os entrevistados A, B, C, D, E e F concordam ao salientar que o Social Media tem que gostar de estudar e levar esta tarefa muito a sério. Porém, os estudos não são baseados em livros, mas sim em pesquisar na internet, estar sempre se atualizando sobre as tendências, lendo blogs e vendo vídeos. O profissional, conforme os participantes B e F, também necessita ser proativo e rápido, pois se foi lançado algum aplicativo novo ou alguma 36 tendência, é primordial que o Social Media se atualize e perceba se poderá ou não utilizar a novidade em sua marca. “Se tu não se atualizar em um dia, já está atrasada, perdeu o timing e a empresa ficará desatualizada”, complementa o entrevistado D. Lipinkski (2017) reforça que um profissional de Social Media tem que ser paciencioso ao salientar que se deve ser simples e direto quando se cria conteúdo para as pessoas. Assim, o participante G concorda com a autora ao dizer que procuraentender a situação da pessoa para a qual ele está se direcionando a mensagem e simplifica o que for possível nas suas respostas. O respondente C complementa salientando que, o profissional tem que estar em sintonia com a marca que está trabalhando, entendo sua linguagem e o tipo de comunicação adequada. Entretanto, o entrevistado C, em concordância com B, E e G, explica que o Social Media somente terá maior compreensão disso, ao trabalhar de fato na área. Inferências O Quadro 1 apresenta os conhecimentos, habilidades e atitudes identificados para o Social Media, a partir da presente pesquisa. Quadro 1 – CHA do Social Media Conhecimentos (O que se deve saber) Precisa ter conhecimentos em redação, ter um senso estético, estratégico e saber analisar os resultados. Ferramentas, métricas e SEO são outros conhecimentos técnicos são importantes, mas não primordiais. Habilidades (Como se deve ser) O profissional precisa ter curiosidade, agilidade, boa escrita e organização para as atividades do cotidiano. Também é fundamental ter cautela, pois falará em nome da empresa na internet. Atitudes (Como se deve fazer) É necessário ter muita força de vontade do profissional, pois é preciso estar sempre antenado e estudando muito em workshops, vídeos e blogs para se atualizar sobre as tendências e atualizações do mundo digital. Fonte: Elaborado pela pesquisadora. Ao realizar este estudo e conversar com os entrevistados, pode-se perceber que esta área da comunicação está em constante crescimento, muito valorizada nas agências e empresas, necessitando assim de profissionais mais preparados, organizados e comunicativos. O mercado já está consciente de que a internet é uma mídia importante para alavancar os negócios e que as empresas que não estão no meio digital, acabam não tendo grandes resultados de visibilidade e fixação dentre os consumidores. Porém, no lado empregador, o que se observa é que as grandes empresas e agências estão preparadas para a demanda de 37 um Social Media, mas as médias e pequenas agências já usufruem de uma quantidade menor de funcionários para (quase) as mesmas funções, o que acaba sobrecarregando as pessoas e diminuindo a qualidade do conteúdo apresentado. Questionados sobre como os profissionais se denominam nesta profissão, os entrevistados A, B, C, D e E dizem que são de fato um Social Media. O grupo explica que este termo é tão novo e menosprezado, que preferem denominações como ‘Gestor de Conteúdo’, “Núcleo de Conteúdo”, “Gerenciador de Redes Sociais” ou até dizem a sua formação acadêmica; pois, acreditam que propicia maior entendimento do que fazem de fato. Ainda, afirmam que ao exporem que “cuidam das redes sociais das empresas”, acabam sendo menosprezados, pois essa atividade reflete certa facilidade, pelo fato que as pessoas possuem redes sociais, acreditam que gerenciar as páginas é uma tarefa fácil demais e podendo ser exercida por qualquer pessoa. Por isso, inclusive, os profissionais reclamam que é muito difícil se precificar, na hora de fazer atividades freelancers, pois os clientes não entendem todo o planejamento, a demanda de tempo e de intelecto para exercer tal função. Por fim, conforme relatos dos entrevistados e reflexões com estes profissionais, constata-se que essa “profissão” irá se difundir para um setor, pois atualmente as grandes empresas e agências já estão subdividindo funções dentro do Social Media, contratando pessoas para atividades específicas a fim de trabalhar em grupo e não somente uma única pessoa exercendo inúmeros cargos. Entretanto, essa distribuição ainda não foi assumida pela maioria das empresas, pois o que mais há no mercado publicitário são vagas de estágios e efetivos, que exigem do candidato inúmeras experiências e conhecimentos que, teoricamente, não competem somente a uma pessoa. CONCLUSÃO A sociedade está cada vez mais virtual, deixando as formas tradicionais de conversação e interação de lado e se aliando às modernidades para se comunicar, a fim de facilitar o seu dia a dia. Com a chegada da Web 2.0, em que o consumidor tem mais autonomia e poder de escolha na internet, as redes sociais tornam-se primordiais quando se trata de informação rápida, interação e conectividade. Para as empresas, esse novo meio é uma grande ferramenta de contato com seus clientes, uma vez que a troca de informações e questionamentos torna-se mais facilitada. As empresas também utilizam dessas plataformas para conhecer e criar vínculos duradouros com seus públicos, aumentando assim a visibilidade da instituição e reforçando seus valores perante à sociedade. Entretanto, para atingir seu público alvo, não basta apenas a presença das empresas nas mídias sociais, mostrando suas ofertas, produtos ou serviços. Uma das estratégias de se conectar com os consumidores é a produção de 38 conteúdo nas redes sociais. E é aí que o profissional de Social Media começa a exercer sua função. Essa área se tornou uma tendência no mercado de trabalho publicitário pois estes profissionais é que tem competências como lidar e atingir este público mais conectado. Carecendo de estudos, essa nova profissão ainda é uma incógnita para o mercado de trabalho e os profissionais de comunicação, visto que não há um perfil traçado com quais funções um Social Media deveria exercer ou uma formação acadêmica na sua base de experiência. A partir disto, o objetivo geral da pesquisa foi alcançado ao verificar quais as competências necessárias ao profissional de Social Media para atuar em agências de publicidade. Assim, a pergunta que norteou este artigo, ‘qual o perfil deve ter um profissional de Social Media para atuar em agências de Publicidade e Propaganda?’, foi respondida e a hipótese apontada inicialmente foi contemplada. Acredita-se que este profissional pode exercer quaisquer profissões da área da Comunicação e deverá ser atualizado, organizado, comunicativo e paciencioso no momento de planejar e criar conteúdo, se comunicar com seu público e produzir relatórios sobre os resultados alcançados. Apesar dos resultados positivos, uma das limitações desta pesquisa foi o fato de a profissão de Social Media ser atual, tendo sua teorização ainda em desenvolvimento. Teve-se também, como limitação, encontrar material sobre determinados assuntos que envolvem as atividades da profissão, como a criação de conteúdo. Verificou-se também, que há uma demanda intensa de trabalho na área de atuação, dificultando assim que os próprios profissionais saibam identificar suas reais funções no dia a dia. Assim, por mais que os entrevistados exerçam a mesma profissão, os posicionamentos perante à pesquisa foram distintos. Por isso, esta pesquisa é um passo para estudos futuros, pois posteriormente o Social Media pode se transformar em um setor nas empresas de comunicação, carecendo assim de informações sobre os profissionais e suas funções. Neste trabalho, teve-se a oportunidade de entender e estudar mais a fundo a evolução da internet e, consequentemente, como a criação das redes sociais gerou uma nova profissão, tão nova e resiliente quanto a própria internet. Ressalta-se, então, a importância de prosseguir a investigar o perfil do Social Media perante o mercado de trabalho atual. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Cristóvão Domingos. TAVARES, Victor Augusto Cinquini. 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