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79PROMILITARES.COM.BR DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS Como falamos anteriormente, em uma curva, o móvel sofre mudança no seu vetor velocidade. Mesmo que seu módulo permaneça constante, a direção e o sentido do vetor mudam ao longo da trajetória. Isso indica que o nosso móvel sofre uma aceleração. Lembrando que a aceleração é a grandeza que faz com que o vetor velocidade sofra alterações. Como há aceleração, podemos dizer que a soma das forças que atuam no corpo é diferente de zero. Ou seja, quando um corpo está realizando uma trajetória curvilínea, sofrerá a atuação de forças. A resultante das forças será diferente de zero. Já estudamos que, para o módulo da velocidade não mudar, o vetor aceleração deve apontar para o centro, recebendo o nome de aceleração centrípeta. Então, como o vetor aceleração aponta para o centro, a resultante das forças também apontará para o centro. Como 2 cp v a 2R = e F = ma A resultante das forças (como aponta sempre para o centro, é chamada de Resultante Centrípeta, Rcp) vale: 2 2 cp mv R ou m R, R = ω já que v = ωR. Vamos ver algumas trajetórias e as forças atuantes: CURVA PLANA Nesse caso podemos imaginar um carro fazendo uma curva. Podemos imaginar até mesmo, de maneira simplificada, o movimento de translação dos planetas ao redor do Sol, ou o da Lua ao redor da Terra. É o atrito entre o pneu e o asfalto que irá possibilitar que o carro realize uma curva sem deslizar (derrapar). Repare que, nesse caso, atuam três forças no carro: peso, normal e atrito. As duas primeiras atuam na vertical e em sentidos opostos, possuindo o mesmo módulo. A força de atrito é que está perpendicular ao vetor velocidade, apontando para o centro da trajetória. Então: 2 at mv F N R = µ = Como, nesse caso, P = N 2mv mg v Rg R µ = ∴ = µ Perceba que, quanto menor o coeficiente de atrito entre o pneu e o asfalto, menor deve ser a velocidade do carro, para que realize a curva sem deslizar. Lembrando que, sem deslizar, significa que estamos usando o coeficiente de atrito estático! (A roda do carro não desliza no asfalto. Veja que a distância entre o carro e o centro da curva é sempre a mesma, que é o próprio raio R da curva). No caso entre a Lua e a Terra, a única força que atua na Lua para que ela realize a trajetória é a força gravitacional, que aponta para o centro da trajetória. Logo: 2 g 2 GMm mv GM F v R R R = = ∴ = Essa é a velocidade orbital da Lua. Se estudássemos o sistema Terra – Sol, essa seria a velocidade orbital da Terra, onde M seria a massa do Sol e R o raio da órbita (distância média Terra – Sol). Mais tarde iremos estudar gravitação universal. Está aqui apenas como curiosidade. CURVA INCLINADA SEM ATRITO Disponível em: http://fisicacuriosaecriativa.blogspot.com/2012/09/ por-que-temos-de-fazer-forca-para.html Nessa situação, as forças que atuam no ônibus são Peso e Normal, igual na situação de plano inclinado, ou seja, Peso atuando na vertical e a Normal, normal ao plano. A resultante das forças aponta para o centro da trajetória. Nesse caso, está apontando na horizontal para a esquerda. Veja: N �� P � � CPR � Vertical: Ncosα = P Horizontal: α = 2mv Nsen R 80 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR Então: α = ∴ = α 2v tg v Rgtg Rg Observe que, se a curva possuir atrito, duas situações são possíveis: o carro pode estar em alta velocidade, na iminência de escorregar para fora da pista. Nesse caso o atrito aponta para dentro da pista, paralelo ao plano inclinado. Ou a velocidade é baixa, fazendo com que esteja na iminência de escorregar para baixo. Nesse caso o atrito aponta para fora da pista, paralelo ao plano inclinado. A relação acima não seria mais válida. PÊNDULO SIMPLES Esse movimento será estudado com mais detalhes no módulo de movimento harmônico simples (M.H.S.). O que temos que ver, por enquanto, é que a velocidade do pêndulo muda a cada instante. No momento em que é abandonado, a sua velocidade é zero e, na parte mais inferior, a sua velocidade será máxima. Ou seja, além de haver uma aceleração apontando o tempo todo para o centro da trajetória, há também uma aceleração na tangente da trajetória também. Na parte da queda, essa aceleração aponta no mesmo sentido de vetor velocidade. Já quando o pêndulo passa pela posição de maior velocidade, iniciando a sua subida, a aceleração tangencial passa a apontar para o sentido oposto ao da velocidade. L m mgcosθ � mgsenθ � mg � θ θ s T � Figura 1 - O pêndulo simples e as forças atuantes consideradas na modelagem simpli�cada. Na situação acima, as forças que atuam na direção radial são a tração e uma componente da força peso. A tração aponta para o centro e a componente do peso, para fora. Como a resultante aponta para o centro, temos que: 2mv T mgcos L − θ = Perceba que, a cada instante, θ e v mudam. A equação para o ponto inferior seria: 2mv T mg L − = Já para os extremos, onde a velocidade é nula, seria: T = mgcosθ Basta imaginarmos que a figura acima retrata esse momento, onde a velocidade é nula. PÊNDULO CÔNICO Nesse caso, o nosso pêndulo realiza uma curva plana, sofrendo a atuação de duas forças apenas: tração e peso. L Rccentro T � P � θ θ Note que, durante toda a trajetória, a resultante aponta para o centro. Com o auxílio da figura acima, podemos ver que a resultante centrípeta é a componente seno da tração: 2mv Tsen R θ = E, como não há movimento na vertical: T cosθ = P Então: 2v tg v Rgtg . Rg θ = ∴ = θ Note que esse movimento é semelhante ao da curva inclinada, trocando apenas a normal pela tração. GLOBO DA MORTE D R B A C O movimento é semelhante ao de um avião fazendo um looping. O que se deseja saber nesse tipo de movimento é a velocidade mínima que o ciclista/piloto (avião) deve ter para conseguir realizar uma volta completa. Podemos notar que essa velocidade é maior em A do que em C. O que acontece no ponto C? Nesse ponto, o móvel sofre duas forças: peso e normal. As duas apontam para baixo. Por isso é muito difícil conseguir dar a volta sem cair. Como estamos preocupados com a velocidade mínima, podemos 81 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR dizer que, qualquer valor abaixo desta, ela irá cair, ou seja, está na iminência de perder o contato com a pista, de perder a normal. Então, no ponto C, podemos dizer que a moto está perdendo o contato com a pista (se fosse um avião realizando um looping, poderíamos dizer que o piloto está perdendo o contato com o seu assento). Sendo assim, a única força atuante nesse ponto será o Peso, que aponta para o centro da trajetória: 2mv P v Rg. R = ∴ = Qual seria, então, a velocidade mínima que ele deve ter no ponto A? Podemos descobrir usando Torricelli: 2 2 C Av v – 2gh= Onde h = 2R Logo: 2 A 2 A A Rg v – 2g2R v 5Rg v 5Rg = = ∴ = QUEBRA-MOLAS E DEPRESSÕES Nos quebra-molas, o carro sofre a atuação de duas forças: peso e normal. Podemos considerar que a trajetória de um carro ao passar por um quebra-molas é, aproximadamente, um semicírculo. Note que o vetor peso aponta para o centro dessa trajetória e o vetor normal aponta para fora. Como se trata de uma trajetória curvilínea, o vetor força resultante aponta para o centro da trajetória, ou seja, o módulo do peso supera o da normal. Vamos supor que antes de o carro passar por um quebra-molas estava em uma trajetória retilínea. Então, o módulo do peso era igual ao da normal. Ao passar pelo quebra-molas, o peso do carro não muda, mas o módulo da normal vai diminuindo. Significa que a força de contato entre as pessoas que estão dentro do carro e os seus assentos diminui. Sabemos que, quando um carro está em alta velocidade e passa por um quebra-molas, as pessoas dentro do carro perdem o contato com os seus assentos, chegando a bater no teto! Então deve haver uma relação matemática entre a velocidade do carro e a normal: 2mv P – N R = Note que, quanto maior o valor da velocidade, menorserá o módulo do vetor força de contato (normal). Para que as pessoas percam completamente o contato com os seus assentos: N 0 v Rg→ ∴ = Mas quando um carro passa por uma depressão, o módulo da normal é maior que o do peso: 2mv N – P R = Como o peso é constante, quanto maior a velocidade do carro, maior será a força de contato (as pessoas dentro do carro ficam mais “grudadas” nos seus assentos). A sensação é semelhante a de estarmos dentro de um elevador subindo aceleradamente (N – P = m · a). Já no quebra-molas, poderíamos associar com o que sentimos quando estamos dentro de um elevador que desce aceleradamente (P – N = m · a). Se o cabo do elevador se rompesse, perderíamos o contato com o piso (estaríamos em queda-livre). Quebra-molas x centro x centro Depressão N N P P EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Um carro de automobilismo se desloca com velocidade de módulo constante por uma pista de corrida plana. A figura abaixo representa a pista vista de cima, destacando quatro trechos: AB, BC, CD e DE. A força resultante que atua sobre o carro é maior que zero nos seguintes trechos: a) AB e BC b) BC e DE c) DE e CD d) CD e AB 02. Em uma viagem a Júpiter, deseja-se construir uma nave espacial com uma seção rotacional para simular, por efeitos centrífugos, a gravidade. A seção terá um raio de 90 metros. Quantas rotações por minuto (RPM) deverá ter essa seção para simular a gravidade terrestre? (considere 2g 10 m s ).= a) 10 π b) 2 π c) 20 π d) 15 π 03. Uma esfera de massa 2,00 kg que está presa na extremidade de uma corda de 1,00 m de comprimento, de massa desprezível, descreve um movimento circular uniforme sobre uma mesa horizontal, sem atrito. A força de tração na corda é de 18,0 N, constante. A velocidade de escape ao romper a corda é a) 0,30 m s. b) 1,00 m s. c) 3,00 m s. d) 6,00 m s. e) 9,00 m s. 82 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR 04. Analise o caso apresentado e a seguir as proposições feitas pelo professor a seus alunos. Brincar de jogar pião fez e ainda faz parte da infância das pessoas. Ver o pião girando sem cair é algo que encanta as crianças. Agora, podemos perceber conhecimentos físicos envolvidos no rodar do pião. Nesse sentido, considere um pião girando em MCU, conforme figura a seguir, com duas esferas iguais (A e B) grudadas sobre ele nas posições indicadas. I. As esferas A e B estão sujeitas a mesma Força centrípeta. II. As velocidades angulares das esferas A e B são iguais. I. O vetor velocidade linear da esfera A é constante. I. O módulo da velocidade linear da esfera A é menor que o módulo da velocidade linear da esfera B. Todas as afirmações corretas estão em: a) I – II – II. b) II – III – IV. c) II – IV. d) III – IV. 05. Um livro de física de massa m está pendurado por um fio de comprimento L. Em seguida, segurando o fio com uma das mãos e movimentando-a, ele é colocado em movimento circular uniforme vertical, de forma que o livro descreve círculos sucessivos. A tensão no fio no ponto mais baixo da trajetória a) é igual ao peso do livro. b) é igual à força centrípeta. c) é menor que o peso do livro. d) é maior que a força centrípeta. 06. Em uma exibição de acrobacias aéreas, um avião pilotado por uma pessoa de 80 kg faz manobras e deixa no ar um rastro de fumaça indicando sua trajetória. Na figura, está representado um looping circular de raio 50 m contido em um plano vertical, descrito por esse avião. Adotando g=10 m/s2 e considerando que ao passar pelo ponto A, ponto mais alto da trajetória circular, a velocidade do avião é de 180 km/h a intensidade da força exercida pelo assento sobre o piloto, nesse ponto, é igual a a) 3.000 N. b) 2.800 N. c) 3.200 N. d) 2.600 N. e) 2.400 N. 07. Considere a figura a seguir, na qual é mostrado um piloto acrobata fazendo sua moto girar por dentro de um “globo da morte”. Ao realizar o movimento de loop dentro do globo da morte (ou seja, percorrendo a trajetória ABCD mostrada acima), o piloto precisa manter uma velocidade mínima de sua moto para que a mesma não caia ao passar pelo ponto mais alto do globo (ponto “A”). Nestas condições, a velocidade mínima “v” da moto, de forma que a mesma não caia ao passar pelo ponto “A”, dado que o globo da morte tem raio R de 3,60 m, é (Considere a aceleração da gravidade com o valor g=10m/s2). a) 6 km/h. b) 12 km/h. c) 21,6 km/h. d) 15 km/h. e) 18 km/h. 08. Uma criança gira no plano horizontal, uma pedra com massa igual a 40 g presa em uma corda, produzindo um Movimento Circular Uniforme. A pedra descreve uma trajetória circular, de raio igual a 72 cm, sob a ação de uma força resultante centrípeta de módulo igual a 2 N. Se a corda se romper, qual será a velocidade, em m/s, com que a pedra se afastará da criança? Obs.: desprezar a resistência do ar e admitir que a pedra se afastará da criança com uma velocidade constante. a) 6 b) 12 c) 18 d) 36 09. “Ao fazermos uma curva, sentimos o efeito da força centrífuga, a força que nos “joga” para fora da curva e exige um certo esforço para não deixar o veículo sair da trajetória. Quanto maior a velocidade, mais sentimos essa força. Ela pode chegar ao ponto de tirar o veículo de controle, provocando um capotamento ou a travessia na pista, com colisão com outros veículos ou atropelamento de pedestres e ciclistas.” (DENATRAN. Direção defensiva. [Apostila], p. 31, maio 2005. Disponível em: http://<www.detran.sc.gov.br> Acesso em: 9 out. 2008). A citação anterior apresenta um erro conceitual bastante frequente. Suponha o movimento descrito analisado em relação a um referencial inercial, conforme a figura a seguir: 83 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR Em relação ao exposto, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01) Um veículo de massa m percorre uma determinada curva de raio R sem derrapar, com velocidade máxima de módulo constante v. Um segundo veículo com pneus idênticos ao primeiro, com massa quatro vezes maior (4 m), deverá percorrer a mesma curva sem derrapar, com uma velocidade máxima constante de módulo duas vezes menor (v/2). 02) Um veículo descrevendo uma curva em uma estrada plana certamente estará sob ação de uma força centrífuga, se opondo à força de atrito entre os pneus e o chão. Se o atrito deixar de atuar, o veículo será lançado radialmente para fora da curva em virtude dessa força centrífuga. 04) Como o veículo está em equilíbrio, atuam a força centrípeta (para “dentro” da trajetória) e a força centrífuga (para “fora” da trajetória), com o mesmo módulo, a mesma direção e sentidos contrários. Essas forças constituem um par ação e reação, segundo a 3a Lei de Newton. 08) Se o veículo percorrer uma curva, executando uma trajetória circular, com o módulo da velocidade constante, estará sujeito a uma aceleração. Pela 2a Lei de Newton, essa aceleração é provocada pela resultante das forças que atuam sobre o veículo. Como a força normal e o peso se anulam, a força resultante é a força centrípeta que se origina do atrito entre os pneus e o chão. 16) Força é o resultado da interação entre dois ou mais corpos. Pela 3ª Lei de Newton: “se dois corpos A e B interagem, a força que A faz sobre B tem o mesmo módulo, a mesma direção e sentido contrário à força que B faz sobre A”. Logo, não há força centrífuga atuando sobre o veículo, pois se o veículo (corpo A) é jogado para fora da curva, ele deveria ser atraído por outro corpo, que naturalmente não existe. 10. Um automóvel de massa 800 kg, dirigido por um motorista de massa igual a 60 kg, passa pela parte mais baixa de uma depressão de raio = 20 m com velocidade escalar de 72 km/h. Nesse momento, a intensidade da força de reação que a pista aplica no veículo é: (Adote g = 10m/s2). a) 231512 N. b) 215360 N. c) 1800 N. d) 25800 N. e) 24000 N. EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. Uma bola encontra-se em repouso no ponto mais elevado de um morro semicircular de raioR, conforme indicada a figura abaixo. Se 0v é a velocidade adquirida pela bola imediatamente após um arremesso horizontal, determine o menor valor de 0| v | para que ela chegue à região horizontal do solo sem atingir o morro durante sua queda. Desconsidere a resistência do ar, bem como qualquer efeito de rotação da bola. Note que a aceleração da gravidade tem módulo g. a) gR 2 b) gR 2 c) gR d) 2gR e) 2 gR 02. Uma partícula com carga elétrica negativa igual a -10-8C encontra- se fixa num ponto do espaço. Uma segunda partícula de massa igual a 0,1 g e carga elétrica positiva igual a +10-8C descreve um movimento circular uniforme de raio 10 cm em torno da primeira partícula. Considerando que elas estejam isoladas no vácuo e desprezando todas as interações gravitacionais, o módulo da velocidade linear da partícula positiva em torno da partícula negativa é igual a Dado: considere a constante eletrostática do vácuo igual a 2 9 2 N m 9 10 . C ⋅ ⋅ a) 0,3 m/s. b) 0,6 m/s. c) 0,8 m/s. d) 1,0 m/s. e) 1,5 m/s. 03. Um operário, na margem A de um riacho, quer enviar um equipamento de peso 500 N para outro operário na margem B. Para isso ele utiliza uma corda ideal de comprimento L=3 m, em que uma das extremidades está amarrada ao equipamento e a outra a um pórtico rígido. Na margem A, a corda forma um ângulo θ com a perpendicular ao ponto de fixação no pórtico. O equipamento é abandonado do repouso a uma altura de 1,20 m em relação ao ponto mais baixo da sua trajetória. Em seguida, ele entra em movimento e descreve um arco de circunferência, conforme o desenho abaixo e chega à margem B. Desprezando todas as forças de atrito e considerando o equipamento uma partícula, o módulo da força de tração na corda no ponto mais baixo da trajetória é Dado: considere a aceleração da gravidade 2g 10 m s .= a) 500 N. b) 600 N. c) 700 N. d) 800 N. e) 900 N. 84 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Na(s) questão(ões) a seguir, quando necessário, use: - Aceleração da gravidade: 2g 10 m s ;= - sen19 cos 71 0,3;° = ° = - sen 71 cos 19 0,9;° = ° = - Velocidade da luz no vácuo: 8c 3,0 10 m s ;= ⋅ - Constante de Planck: 34h 6,6 10 J s;−= ⋅ ⋅ - 191eV 1,6 10 J;−= ⋅ - Potencial elétrico no infinito: zero. 04. Em muitos problemas de física desprezam-se as forças de resistência ao movimento. Entretanto, sabe-se que, na prática, essas forças são significativas e muitas vezes desempenham um papel determinante. Por exemplo, “no automobilismo, os veículos comumente possuem dispositivos aerodinâmicos implementados, os quais têm a função de contribuir para o aumento da ‘Downforce’, uma força vertical, inversa à sustentação, que busca incrementar a aderência dos pneus ao asfalto através de um acréscimo na carga normal, permitindo que o veículo possa realizar as curvas com uma velocidade maior do que o faria sem estes dispositivos”. (Trecho retirado da monografia intitulada Sistema ativo de redução de arrasto aerodinâmico por atuador aplicado a um protótipo de fórmula SAE, de autoria de Danilo Barbosa Porto, apresentada na Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, em 2016). Para avaliar o papel da “Downforce”, considere um carro de Fórmula 1, de massa M, realizando uma curva em determinada pista plana. Ao se desprezar completamente os efeitos produzidos pelo seu movimento em relação ao ar, mas considerando o atrito entre pneus e o asfalto, o carro consegue fazer a curva, sem derrapar, a uma velocidade máxima V. Porém, ao levar em conta, especificamente, a atuação da “Downforce” D (desconsiderando a força de arrasto) a velocidade máxima V’ do carro, nessa mesma curva, muda em função de D. Nessas condições, o gráfico que melhor representa a relação V' V em função de D é a) c) b) d) 05. Uma partícula de massa m, presa na extremidade de uma corda ideal, descreve um movimento circular acelerado, de raio R, contido em um plano vertical, conforme figura a seguir. Quando essa partícula atinge determinado valor de velocidade, a corda também atinge um valor máximo de tensão e se rompe. Nesse momento, a partícula é lançada horizontalmente, de uma altura 2R, indo atingir uma distância horizontal igual a 4R. Considerando a aceleração da gravidade no local igual a g, a tensão máxima experimentada pela corda foi de a) mg b) 2 mg c) 3 mg d) 4 mg 06. Considere uma bolinha de gude de volume igual a 310 cm e densidade 32,5 g cm presa a um fio inextensível de comprimento 12 cm, com volume e massa desprezíveis. Esse conjunto é colocado no interior de um recipiente com água. Num instante 0t , a bolinha de gude é abandonada de uma posição (1) cuja direção faz um ângulo 45θ = ° com a vertical conforme mostra a figura a seguir. O módulo da tração no fio, quando a bolinha passa pela posição mais baixa (2) a primeira vez, vale 0,25 N. Determine a energia cinética nessa posição anterior. Dados: 3água 1.000 kg mρ = e 2g 10 m s .= a) 0,0006 J b) 0,006 J c) 0,06 J d) 0,6 J e) 6,0 J 07. Dois pequenos corpos A e B são ligados a uma haste rígida através de fios ideais de comprimentos A e B, respectivamente, conforme figura a seguir. A e B giram em sincronia com a haste, com velocidades escalares constantes Av e Bv , e fazem com a direção horizontal ângulos Aθ e B,θ respectivamente. Considerando A B4 ,= a razão A B v , v em função de Aθ e B,θ é igual a a) A B B A cos sen 2 cos sen θ θ ⋅ ⋅ θ θ b) A A B B cos sen cos sen θ θ ⋅ θ θ c) A A B B sen cos sen cos θ θ ⋅ θ θ d) A B A B cos cos 4 sen sen θ θ ⋅ ⋅ θ θ 85 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR 08. Um satélite esférico, homogêneo e de massa m, gira com velocidade angular constante em torno de um planeta esférico, homogêneo e de massa M, em uma órbita circular de raio R e período T, conforme figura abaixo. Considerando G a constante de gravitação universal, a massa do planeta em função de R, T e G é: a) 2 34 R T G π b) 2 24 R T G π c) 2 2 2 4 R T G π d) 2 2 4 R T G π e) 2 3 2 4 R T G π 09. Analise a figura abaixo. A figura acima mostra um bloco de massa 0,3 kg que está preso a uma superfície de um cone que forma um ângulo 30θ = ° com seu eixo central 00’, fixo em relação ao sistema de eixos xyz. O cone gira com velocidade angular 10rad sω = em relação ao eixo 00’. Sabendo que o bloco está a uma distância d=20 cm do vértice do cone, o módulo da força resultante sobre o bloco, medido pelo referencial fixo xyz, em newtons, é a) 2,0 b) 3,0 c) 3,5 d) 6,0 e) 10 10. Na cidade de Macapá, no Amapá, Fernando envia uma mensagem via satélite para Maria na mesma cidade. A mensagem é intermediada por um satélite geoestacionário, em órbita circular cujo centro coincide com o centro geométrico da Terra, e por uma operadora local de telecomunicação da seguinte forma: o sinal de informação parte do celular de Fernando direto para o satélite que instantaneamente retransmite para a operadora, que, da mesma forma, transmite para o satélite mais uma vez e, por fim, é retransmitido para o celular de Maria. Considere que esse sinal percorra todo trajeto em linha reta e na velocidade da luz, c; que as dimensões da cidade sejam desprezíveis em relação à distância que separa o satélite da Terra, que este satélite esteja alinhado perpendicularmente à cidade que se encontra ao nível do mar e na linha do equador. Sendo, M, massa da Terra, T, período de rotação da Terra, RT, raio da Terra e G, a constante de gravitação universal, o intervalo de tempo entre a emissão do sinal no celular de Fernando e a recepção no celular de Maria, em função de c, M, T, G e RT é a) 2 3 T2 4 T GM R c 4 − π b) T 2 2TGM R c 4 + π c) 3 T2 4 TGM R c 4 − π d) T 1 TGM R c 2 + π 11. Um motociclista, pilotando sua motocicleta, move-secom velocidade constante durante a realização do looping da figura abaixo. Quando está passando pelo ponto mais alto dessa trajetória circular, o motociclista lança, para trás, um objeto de massa desprezível, comparada à massa de todo o conjunto motocicleta-motociclista. Dessa forma, o objeto cai, em relação à superfície da Terra, como se tivesse sido abandonado em A, percorrendo uma trajetória retilínea até B. Ao passar, após esse lançamento, em B, o motociclista consegue recuperar o objeto imediatamente antes dele tocar o solo. Desprezando a resistência do ar e as dimensões do conjunto motocicleta- motociclista, e considerando 2 10,π = a razão entre a normal (N), que age sobre a motocicleta no instante em que passa no ponto A, e o peso (P) do conjunto motocicleta-motociclista, (N/P), será igual a Dados: 2g 10m s= sen 37 0,6° = cos 37 0,8° = a) 0,5 b) 1,0 c) 1,5 d) 3,5 12. Em um local onde a aceleração da gravidade vale g, uma partícula move-se sem atrito sobre uma pista circular que, por sua vez, possui uma inclinação θ. Essa partícula está presa a um poste central, por meio de um fio ideal de comprimento que, através de uma articulação, pode girar livremente em torno do poste. O fio é mantido paralelo à superfície da pista, conforme figura abaixo. Ao girar com uma determinada velocidade constante, a partícula fica “flutuando” sobre a superfície inclinada da pista, ou seja, a partícula fica na iminência de perder o contato com a pista e, além disso, descreve uma trajetória circular com centro em C, também indicado na figura. Nessas condições, a velocidade linear da partícula deve ser igual a a) 3 g 2 b) ( )g c) 3g d) ( )4 2 g 86 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR 13. Um garoto, que se encontra em repouso, faz girar, com velocidade constante, uma pedra de massa m presa a um fio ideal. Descrevendo uma trajetória circular de raio R num plano vertical, essa pedra dá diversas voltas, até que, em um dado instante, o fio arrebenta e ela é lançada horizontalmente, conforme ilustra a figura a seguir. Sujeita apenas à aceleração da gravidade g, a pedra passou, então, a descrever uma trajetória parabólica, percorrendo uma distância horizontal x equivalente a 4R. A tração experimentada pelo fio toda vez que a pedra passava pelo ponto onde ele se rompeu era igual a a) mg b) 2 mg c) 3 mg d) 4 mg 14. Uma pequenina esfera vazada, no ar, com carga elétrica igual a 1 Cµ e massa 10 g, é perpassada por um aro semicircular isolante, de extremidades A e B, situado num plano vertical. Uma partícula carregada eletricamente com carga igual a 4 Cµ é fixada por meio de um suporte isolante, no centro C do aro, que tem raio R igual a 60 cm, conforme ilustra a figura abaixo. Despreze quaisquer forças dissipativas e considere a aceleração da gravidade constante. Ao abandonar a esfera, a partir do repouso, na extremidade A, pode- se afirmar que a intensidade da reação normal, em newtons, exercida pelo aro sobre ela no ponto mais baixo (ponto D) de sua trajetória é igual a a) 0,20 b) 0,40 c) 0,50 d) 0,60 15. Uma determinada caixa é transportada em um caminhão que percorre, com velocidade escalar constante, uma estrada plana e horizontal. Em um determinado instante, o caminhão entra em uma curva circular de raio igual a 51,2 m, mantendo a mesma velocidade escalar. Sabendo-se que os coeficientes de atrito cinético e estático entre a caixa e o assoalho horizontal são, respectivamente, 0,4 e 0,5 e considerando que as dimensões do caminhão, em relação ao raio da curva, são desprezíveis e que a caixa esteja apoiada apenas no assoalho da carroceria, pode-se afirmar que a máxima velocidade, em m/s, que o caminhão poderá desenvolver, sem que a caixa escorregue é a) 14,3 b) 16,0 c) 18,0 d) 21,5 16. Finalmente, o momento mais aguardado pela plateia do Circo da Física: o Globo. Em uma esfera de aço com 4,84 m de diâmetro cujo coeficiente de atrito entre o pneu e o aço é 0,2, cinco destemidos pilotos fazem manobras radicais com suas motos. No ponto alto da apresentação, o Globo se abre, deixando a plateia apreensiva e extasiada, e três pilotos parecem flutuar no ar com suas motos, como mostrado na figura abaixo. Com base no exposto acima e na figura, é correto afirmar que: 01) o período da rotativo do piloto 1, quando está com a velocidade mínima para realizar a manobra, é de 2,0 s. 02) a velocidade angular mínima do piloto 1 é de aproximadamente 4,54 rad s. 04) a velocidade mínima para o piloto 1 realizar a manobra é de 11,0 m s. 08) a velocidade mínima para o piloto 1 realizar a manobra aumenta se o raio do Globo aumentar. 16) a força centrífuga sobre o sistema piloto-moto tem o sentido para o centro da trajetória. 32) um piloto com massa menor do que o piloto 1 poderia realizar a manobra com menor velocidade. 17. Duas placas metálicas planas e circulares, de raio R, separadas por uma distância d<<R, estão dispostas na direção horizontal. Entre elas, é aplicada uma diferença de potencial V, de modo que a placa de cima fica com carga negativa e a de baixo, positiva. No centro da placa superior, está afixado um fio isolante de comprimento L<d com uma pequena esfera metálica presa em sua extremidade, como mostra a figura. Essa esfera tem massa m e está carregada com carga negativa -q. O fio é afastado da posição de equilíbrio de um ângulo θ, e a esfera é posta em movimento circular uniforme com o fio mantendo o ângulo θ com a vertical. Determine: a) o módulo E do campo elétrico entre as placas; b) os módulos T e F, respectivamente, da tração no fio e da força resultante na esfera; c) a velocidade angular ω da esfera. Note e adote: A aceleração da gravidade é g. Forças dissipativas devem ser ignoradas. 87 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR 18. Em um autódromo, cuja pista tem 5.400 m de comprimento, há uma curva de raio 120 m, em superfície plana inclinada, na qual a borda externa é mais elevada que a interna, como mostra a figura. O ângulo de inclinação θ é tal que senθ=0,60. d) Supondo que um carro de competição desenvolva uma velocidade média de 216 km/h, determine o intervalo de tempo, em segundos, em que ele completa uma volta nessa pista. e) Considere que a massa do carro seja igual a 600 kg, que sua velocidade na curva inclinada seja 30 m/s e que a componente horizontal desta velocidade seja igual à resultante centrípeta. Determine a intensidade da força normal, em newtons, aplicada pela pista sobre o carro, nessa curva. 19. Na figura, presa a um fio de comprimento de 1,0 m, uma massa de 1,0 kg gira com uma certa velocidade angular num plano vertical sob a ação da gravidade, com eixo de rotação a h=6,0 m do piso. Determine a velocidade angular mínima dessa massa para a ruptura do fio que suporta no máximo a tração de 46 N, bem como a distância ao ponto P do ponto em que, nesse caso, a massa tocará o solo. 20. Um pequeno objeto de massa m é pendurado por um fio ao teto, e é largado do repouso na posição 1, como mostra a Figura 1, onde também são indicadas outras quatro posições pelas quais o objeto passa em seu movimento oscilatório. Na Figura 2, está indicado um conjunto de vetores em cada uma das posições. A associação correta entre as grandezas físicas descritas e os vetores da Figura 2 nas posições mencionadas, quando o objeto é largado e está se deslocando da esquerda para a direita, em sua primeira oscilação, é: a) na posição 5, o vetor f representa a força resultante sobre o corpo, e a velocidade do corpo é nula. b) na posição 4, o vetor d representa a aceleração do corpo, e o vetor e representa sua velocidade. c) na posição 1, a velocidade e a aceleração do objeto são nulas. d) na posição 2, o vetor b representa a velocidade, e o vetor a representa a aceleração do objeto no instante em que passa pelo ponto. e) na posição 3, a aceleração do objeto é nula, e sua velocidade é representadapelo vetor c. 21. Um automóvel de massa m percorre uma rodovia horizontal plana e, ao passar por determinada curva na forma de um arco de circunferência, seu velocímetro marca uma velocidade cujo módulo é constante e igual a v, com , Lv v ,≤ em que vL é a velocidade em que o automóvel se encontra na iminência de derrapar para fora da curva. Ao passar pela curva no sentido anti-horário, o automóvel descreve uma trajetória de raio R R,+ ∆ com R∆ positivo. Ao passar pela mesma curva no sentido horário, o raio da trajetória é R R.− ∆ Essa diferença nos raios ocorre porque o automóvel está em faixas distintas da rodovia. O coeficiente de atrito estático entre os pneus e a rodovia é ,µ e a força de atrito estático, que mantém o automóvel na sua trajetória, apontando para o centro do arco de circunferência, tem módulo f. Use 2g 9,8 m s .= Suponha que o automóvel se comporta como uma partícula e desconsidere a resistência do ar. Sobre esse sistema, assinale o que for correto. 01) vL não depende do sentido (horário ou anti-horário) em que a curva é percorrida. 02) vL é diretamente proporcional a .µ 04) Para R R 100 m− ∆ = e 0,8,µ = o automóvel encontra-se na iminência de derrapar ao fazer a curva (no sentido horário) a uma velocidade de 100,8 km h. 08) Independentemente do sentido (horário ou anti-horário) em que a curva é percorrida, para Lv (2 3)v= temos que Mf (1 2)f ,< em que Mf é o valor máximo de f. 16) Se 1 2 AH H v R R , v R R + ∆ = − ∆ em que AHv e Hv são os módulos das velocidades do automóvel ao percorrer a curva nos sentidos anti- horário e horário, respectivamente, então f assume o mesmo valor, independentemente do sentido em que a curva é percorrida. 22. Numa pista de corrida sobrelevada, deseja-se verificar a inclinação da pista numa curva de raio igual 60 3 m sem considerar o atrito, onde o carro possa desenvolver uma velocidade de 72 3 km h. Na figura a seguir, estão representados o carro de corrida e a pista numa perspectiva frontal, em que θ é a inclinação da pista. Considere g=10m/s2. Qual a inclinação da pista de corrida para que a segurança do piloto não dependa do atrito entre a pista e os pneus do carro? a) 40°. b) 30°. c) 25°. d) 35°. e) 45°. 88 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR 23. Os brinquedos de parques de diversões utilizam-se de princípios da gMecânica para criar movimentos aos quais não estamos habituados, gerando novas sensações. Por isso um parque de diversões é um ótimo local para ilustrar princípios básicos da Mecânica. a) Considere uma montanha russa em que um carrinho desce por uma rampa de altura H=5 m e, ao final da rampa, passa por um trecho circular de raio R=2 m, conforme mostra a figura abaixo. Calcule o módulo da aceleração no ponto mais baixo do circuito, considerando que o carrinho partiu do repouso. b) Outro brinquedo comum em parques de diversões é o chapéu mexicano, em que cadeiras são penduradas com correntes na borda de uma estrutura circular que gira com seu eixo de rotação perpendicular ao solo. Considere um chapéu mexicano com estrutura circular de raio R=6,3 m e correntes de comprimento L=2 m. Ao girar, as cadeiras se elevam 40 cm, afastando-se 1,2 m do eixo de rotação, conforme mostra a figura abaixo. Calcule a velocidade angular de rotação do brinquedo. 24. Uma garota de 50 kg está brincando em um balanço constituído de um assento e de uma corda ideal que tem uma de suas extremidades presa nesse assento e a outra, em um saco de areia de 66 kg que está apoiado, em repouso, sobre o piso horizontal. A corda passa por duas roldanas ideais fixas no teto e, enquanto oscila, a garota percorre uma trajetória circular contida em um plano vertical de modo que, ao passar pelo ponto A, a corda fica instantaneamente vertical. Desprezando a resistência do ar e a massa do assento, considerando g= 10 m/s2 e as informações contidas na figura, a maior velocidade, em m/s, com a qual a garota pode passar pelo ponto A sem que o saco de areia perca contato com o solo é igual a a) 2 b) 5 c) 3 d) 4 e) 1 25. Considere duas partículas de massa m, cada qual presa numa das pontas de uma corda, de comprimento e massa desprezível, que atravessa um orifício de uma mesa horizontal lisa. Conforme mostra a figura, a partícula sobre a mesa descreve um movimento circular uniforme de raio r e velocidade angular 1.ω A partícula suspensa também descreve esse mesmo tipo de movimento, mas com velocidade angular 2,ω estando presa a uma mola de constante elástica k e comprimento natural desprezível, mantida na horizontal. Sendo g o módulo da aceleração da gravidade e θ o ângulo do trecho suspenso da corda com a vertical, a razão ( )21 2ω ω é dada por a) r[mg k( r)cos ) . mg( r) + − θ − b) ( r)(mg krcos ) . mgrsen − + θ θ c) 2 ( r)(mg kr tg ) . kr − + θ d) k( r)cos . mg kr − θ + e) ( r)k cos . mg k( r)cos − θ + − θ EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. (ESC. NAVAL 2015) Analise a figura abaixo. A figura acima mostra um bloco de massa 0,3 kg que está preso a uma superfície de um cone que forma um ângulo θ =30° com seu eixo central 00’, fixo em relação ao sistema de eixos xyz. O cone gira com velocidade angular ω = 10 rad/s em relação ao eixo 00’. Sabendo que o bloco está a uma distância d = 20 cm do vértice do cone, o módulo da força resultante sobre o bloco, medido pelo referencial fixo xyz em newtons, é a) 2,0 b) 3,0 c) 3,5 d) 6,0 e) 10 89 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR 02. (ITA-2009) A partir do repouso, um carrinho de montanha russa desliza de uma altura H = 20 3 m sobre uma rampa de 60° de inclinação e corre 20 m num trecho horizontal antes de chegar a um loop circular, de pista sem atrito. Sabendo que o coeficiente de atrito da rampa e do plano horizontal é 0,5, assinale o valor do raio máximo que pode ter esse loop para que o carrinho faça todo o percurso sem perder o contato com a sua pista. a) R m= 8 3 b) R ( )m= −4 3 1 c) R ( )m= −8 3 1 d) R ( )m= −4 2 3 1 e) ( ) R m − = 3 1 40 3 03. (UFRJ 2006) Uma caixa é pendurada no teto de um ônibus por meio de fios ideais presos a um dinamômetro de massa desprezível. A figura mostra esses objetos em equilíbrio em relação ao ônibus, enquanto ele está percorrendo um trecho circular de uma estrada horizontal, com velocidade de 72 km/h. Nessa situação, o dinamômetro mostra que a tensão no fio é 65 N. direção ver�cal 6,0kg 65N Sabendo que a massa da caixa é 6,0 kg, calcule o raio da curva da estrada. 04. (ESPCEX (AMAN) 2016) Um corpo de massa 300 kg é abandonado, a partir do repouso, sobre uma rampa no ponto A, que está a 40 m de altura, e desliza sobre a rampa até o ponto B, sem atrito. Ao terminar a rampa AB, ele continua o seu movimento e percorre 40 m de um trecho plano e horizontal BC com coeficiente de atrito dinâmico de 0,25 e, em seguida, percorre uma pista de formato circular de raio R, sem atrito, conforme o desenho abaixo. O maior raio R que a pista pode ter, para que o corpo faça todo trajeto, sem perder o contato com ela é de Dado: intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m/s² a) 8 m b) 10 m c) 12 m d) 16 m e) 20 m 05. (EPCAR (AFA) 2018) Em muitos problemas de física desprezam-se as forças de resistência ao movimento. Entretanto, sabe-se que, na prática, essas forças são significativas e muitas vezes desempenham um papel determinante. Por exemplo, “no automobilismo, os veículos comumente possuem dispositivos aerodinâmicos implementados, os quais têm a função de contribuir para o aumento da ‘Downforce’, uma força vertical, inversa à sustentação, que busca incrementar a aderência dos pneus ao asfalto através de um acréscimo na carga normal, permitindo que o veículo possa realizar as curvas com uma velocidade maior do que o faria sem estes dispositivos”. (Trecho retirado da monografia intitulada Sistema ativo de redução de arrasto aerodinâmicopor atuador aplicado a um protótipo de fórmula SAE, de autoria de Danilo Barbosa Porto, apresentada na Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, em 2016). Para avaliar o papel da “Downforce”, considere um carro de Fórmula 1, de massa M, realizando uma curva em determinada pista plana. Ao se desprezar completamente os efeitos produzidos pelo seu movimento em relação ao ar, mas considerando o atrito entre pneus e o asfalto, o carro consegue fazer a curva, sem derrapar, a uma velocidade máxima V. Porém, ao levar em conta, especificamente, a atuação da “Downforce” D (desconsiderando a força de arrasto) a velocidade máxima V’ do carro, nessa mesma curva, muda em função de D. Nessas condições, o gráfico que melhor representa a relação V' V em função de D é 90 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR 06. (UFRJ 2004) Uma bolinha de gude de dimensões desprezíveis é abandonada, a partir do repouso, na borda de um hemisfério oco e passa a deslizar, sem atrito, em seu interior. f �θ C posição onde foi abandonada a bolinha Calcule o ângulo θ entre o vetor-posição da bolinha em relação ao centro C e a vertical para o qual a força resultante f sobre a bolinha é horizontal. 07. (AFA 2013) Em um local onde a aceleração da gravidade vale g, uma partícula move-se sem atrito sobre uma pista circular que, por sua vez, possui uma inclinação q. Essa partícula está presa a um poste central, por meio de um fio ideal de comprimento l que, através de uma articulação, pode girar livremente em torno do poste. O fio é mantido paralelo à superfície da pista, conforme figura abaixo. 2 � C � θ Ao girar com uma determinada velocidade constante, a partícula fica “flutuando” sobre a superfície inclinada da pista, ou seja, a partícula fica na iminência de perder o contato com a pista e, além disso, descreve uma trajetória circular com centro em C, também indicado na figura. Nessas condições, a velocidade linear da partícula deve ser igual a a) 3 g 2 b) ( )g c) 3 g d) ( )4 2 g 08. (AFA-2011) Um garoto, que se encontra em repouso, faz girar, com velocidade constante, uma pedra de massa m presa a um fio ideal. Descrevendo uma trajetória circular de raio R num plano vertical, essa pedra dá diversas voltas, até que, em um dado instante, o fio arrebenta e ela é lançada horizontalmente, conforme ilustra a figura a seguir. Sujeita apenas a aceleração da gravidade g, a pedra passou, então, a descrever uma trajetória parabólica, percorrendo uma distância horizontal x equivalente a 4R. A tração experimentada pelo fio toda vez que a pedra passava pelo ponto onde ele se rompeu era igual a a) mg b) 2 mg c) 3 mg d) 4 mg 09. (ESC. NAVAL 2013) Um pêndulo, composto de um fio ideal de comprimento L = 2,00 m e uma massa M=20,0 kg executa um movimento vertical de tal forma que a massa M atinge uma altura máxima de 0,400 m em relação ao seu nível mais baixo. A força máxima, em newtons, que agirá no fio durante o movimento será Dado: g , m / s= 210 0 a) 280 b) 140 c) 120 d) 80,0 e) 60,0 10. (ESC. NAVAL 2014) Observe a figura a seguir. A figura acima mostra uma esfera presa à extremidade de um fio ideal de comprimento L, que tem sua outra extremidade presa ao ponto fixo C. A esfera possui velocidade VA no ponto A quando o fio faz um ângulo de 60° com a vertical. Sendo ainda, VA igual à velocidade mínima que a esfera deve ter no ponto A, para percorrer uma trajetória circular de raio L, no plano vertical, e sendo B, o ponto da trajetória onde a esfera tem velocidade de menor módulo, qual é a razão entre as velocidades nos pontos B e A, VB / VA ? a) 1/4 b) 1/3 c) 1/2 d) 1 2 DESAFIO PRO 1 Uma esfera de massa igual a 3 kg está amarrada a um fio inextensível e de massa desprezível. A esfera gira com velocidade constante em módulo igual a 4 6 15 m/s, formando um cone circular imaginário, conforme a figura abaixo. O fio permanece esticado durante todo o movimento, fazendo um mesmo ângulo α com a vertical, cuja tangente é 8/15. A componente horizontal da tração no fio vale 16 N e é a força 91 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR centrípeta responsável pelo giro da esfera. O volume do cone imaginário, em cm3, é a) π280 b) π320 c) π600 d) π960 e) π1800 2 A montanha-russa de um parque de diversão, esquematizada na figura a seguir, foi projetada com segurança para que a força resultante sobre um carrinho de massa m, ao passar pelo ponto C num trilho circular de raio R, fosse de mg ( )17 , após ter sido abandonado no ponto A. Dessa forma, determine: a) a altura h em função do raio R do trilho; b) a força exercida pelo trilho sobre o carrinho no ponto D, em função de m e g . 3 Uma estação espacial em forma de um toroide, de raio interno R1, e externo R2, gira, com período P, em torno do seu eixo central, numa região de gravidade nula. O astronauta sente que seu “peso” aumenta de 20%, quando corre com velocidade constante v no interior desta estação, ao longo de sua maior circunferência, conforme mostra a figura. Assinale a expressão que indica o módulo dessa velocidade. c) v = π − 26 2 R1 5 P d) v = π− 25 2 R1 6 P e) v = π + 25 2 R1 6 P f) v = π + 25 2 R1 6 P g) v = π − 26 2 R1 5 P 4 Uma bolinha de gude de dimensões desprezíveis é abandonada, a partir do repouso, na borda de um hemisfério oco e passa a deslizar, sem atrito, em seu interior. Calcule o ângulo θ entre o vetor-posição da bolinha em relação ao centro C e a vertical para o qual a força resultante f sobre a bolinha é horizontal. 5 Um corpo de massa m e velocidade V0 a uma altura h desliza sem atrito sobre uma pista que termina em forma de semicircunferência de raio r, conforme indicado na figura. Determine a razão entre as coordenadas x e y do ponto P na semicircunferência, onde o corpo perde o contato com a pista. Considere a aceleração da gravidade g. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Quando precisar use os seguintes valores para as constantes: – 1 ton de TNT = ⋅ 94,0 10 J . – Aceleração da gravidade = = 2g 10 m/s . – 51 atm = 10 Pa . – Massa específica do ferro ρ = 38000 kg/m . – Raio da Terra = =R 6400 km . – Permeabilidade magnética do vácuo −µ = π ⋅ 7 20 4 10 N/A . 6 Um funil que gira com velocidade angular uniforme em torno do seu eixo vertical de simetria apresenta uma superfície crônica que forma um ângulo θ com a horizontal, conforme a figura. Sobre esta superfície, uma pequena esfera gira com a mesma velocidade angular mantendo-se a uma distância d do eixo de rotação. Nestas condições, o período de rotação do funil é dado por a) π θ2 d / g sen b) π θ2 d / g cos c) π θ2 d / g tan d) π θ2 2d / g sen2 e) π θ θ2 dcos / g tan 92 DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS PROMILITARES.COM.BR 7 O sistema mostrado na figura gira em torno de um eixo central em velocidade angular constante ω. Dois cubos idênticos, de massa uniformemente distribuída, estão dispostos simetricamente a uma distância r do centro ao eixo, apoiados em superfícies inclinadas de ângulo θ. Admitindo que não existe movimento relativo dos cubos em relação às superfícies, a menor velocidade angular ω para que o sistema se mantenha nessas condições é: Dados: - aceleração da gravidade: g; - massa de cada cubo: m; - aresta de cada cubo: a; e - coeficiente de atrito entre os cubos e as superfícies inclinadas: µ. a) µ ⋅ θ θ + µ ⋅ θ 1 2g cos ( ) r sen ( ) cos ( ) b) µ ⋅ θ θ + µ ⋅ θ 1 2g cos ( ) r cos ( ) sen ( ) c) µ ⋅ θ + θ θ + µ ⋅ θ 1 2g sen ( ) cos ( ) r sen ( ) cos ( ) d) θ − µ ⋅ θ θ + µ ⋅ θ 1 2g sen ( ) cos ( ) r cos ( ) sen ( ) e) θ − µ ⋅ θ θ + µ ⋅ θ 1 2g sen ( ) cos ( ) r sen ( ) cos ( ) GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. B 02. A 03. C 04. C 05. D06. C 07. C 08. A 09. 24 10. D EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. C 02. A 03. E 04. B 05. C 06. B 07. A 08. E 09. B 10. A 11.C 12. A 13. C 14. B 15. B 16. 14 17. a) V E d V E d = ⋅ ∴ = b) ( )mgd qV F tg d + ∴ = θ c) mgd qV mdLcos + ∴ω = θ 18.a) 90 s b) 7500 N 19. 6 m 20. B 21. 28 22. ANULADA 23. a) 50 m/s2 b) 1 rad/s 24.D 25. A EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. B 02. C 03. DISC 04. C 05. B 06. DISC 07. A 08. C 09. A 10. C ANOTAÇÕES
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