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RESUMO: GOUVEIA,Cristiane Talita Gromann de; GOUVEIA-NETO,Sérgio Candido de. O ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA A PARTIR DA BNCC. Horizontes Revist

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RESUMO: GOUVEIA,Cristiane Talita Gromann de; GOUVEIA-NETO,Sérgio Candido de. O
ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA
PROPOSTA METODOLÓGICA A PARTIR DA BNCC. Horizontes – Revista de Educação,
Dourados-MS, v. 8, n. 15, p. 39-60, jan./jun. 2020. Faculdade de Educação (FAED) da Universidade
Federal da Grande Dourados (UFGD).
O texto se inicia apontando como as legislações educacionais vigentes, LDB,PCN’s, BNCC,
concebem a escola, como uma instituição humana, com papel de preparar seus cidadãos para viver em
sociedade, afirmando que é através da escola que se constrói os valores sociais,morais e culturais, e
que essas construções por vezes se confrontam com diversas realidades, e que gera novas exigências,
que está incluso neste processo, o ensino de ciências. Afirmando que nos dias atuais o ensino de
ciências não pode ser um mero reprodutor de notícias e estudos, não pode ser um transmissor
unicamente de produtos da ciência.
O papel da ciência, afirma o texto, hoje é de planejamento e coordenação do pensamento diante do
desconhecido e que de acordo com a BNCC deve ser introduzida nos anos iniciais do ensino
fundamental.
No ensino fundamental, o papel das ciências é de introduzir e desenvolver o letramento científico, que
tem como objetivo a busca por interpretação do mundo em todas suas esferas (naturais,sociais e
tecnológicas), e também de transformação a partir dos aportes teóricos e processuais que regem a
área. Ainda afirma, que apesar dessas finalidades, a escola não pode desconsiderar os saberes pré
concebidos, ou do senso comum. Segundo a BNCC, esses saberes devem ser acolhidos e
redirecionados com valorização, para que assegurem a construção do conhecimento científico.
Essa complexidade de vivências em salas de aula postas pelos estudantes deve ser considerada nos
momentos de reflexão e análise das ações dos alunos, e isso deve estar previsto nos resultados das
ações pedagógicas. Dessa forma, o docente, ao criar estratégias metodológicas, como fatos, princípios,
procedimentos e técnicas, devem ser incluídos os conteúdos como valores e ética, para o
desenvolvimento integral do aluno.
A BNCC aponta como a fase do ensino fundamental está ligada à mudança desses corpos que ocupam
estes espaços escolares, repleto de mudanças afetivas e sociais,logo não se pode desconsiderar estas
questões, que caso sejam invisibilizadas, podem decorrer em insucessos de práticas pedagógicas.
A partir desta análise, o artigo busca tratar sobre a BNCC, discussão que está em voga, e a partir
destas questões abordadas, contribuir ao debate sobre como realizar em sala de aula, no que tange o
ensino de ciências para o ensino fundamental.
O Ensino de Ciências nas Legislações educacionais brasileiras
Após a inclusão do ensino de ciências na primeira fase do colegial, que hoje chamamos de ensino
fundamental nos anos iniciais, com a promulgação da LDB em sua primeira versão, em 1961, que
antes era optativa, o ensino de ciências tinha foco, segundo o texto, numa postura investigativa,
observação direta de fenômenos e resolução de problemas, com uma postura mais científica.
O modelo econômico da época, fez emergir uma necessidade de maiores vagas de acesso à educação,
gerando uma demanda que o Estado não conseguiu gerir, causando uma crise no sistema educacional
brasileiro, fazendo com que, diversos acordos com organizações internacionais fossem assinados, para
dar soluções a estes problemas. Os EUA tiveram maior influência nesse processo de transferência de
currículo, que afetou diretamente a concepção de ciência na educação do nosso país. O foco das ações
era para produzir mão de obra qualificada.
Nos anos iniciais se organizava a construção de conhecimentos por meio de atividades, partindo do
simples para o concreto, do concreto para o abstrato.
Já com a BNCC, prevê o desenvolvimento integral do aluno, e logo suas características e vivências
são consideradas., Desse modo, o documento aponta a necessidade de desenvolver os conhecimentos (
conceitos e práticas), habilidades ( práticas cognitivas e socioemocionais), valores e atitudes que o
preparem para a vida cotidiana.
Nesse documento, a área de ciências está dividida em 3 competências a serem desenvolvidas:
[…] organizar as situações de aprendizagem partindo de questões que sejam desafiadoras,
reconhecendo a diversidade cultural, estimulando o interesse e a curiosidade científica dos alunos e
possibilitem: definir problemas; levantar, analisar e representar resultados; comunicar conclusões e
propor intervenções (BRASIL, 2017, 320).
Como já citado no decorrer deste resumo, diversas dessas orientações se orientam a partir de uma
visão de construção de sociedade, como os autores afirmam, e no decorrer do referido texto, os
autores apontam propostas metodológicas, que irei comentar a seguir.
Uma proposta metodológica:
Este capítulo inicia trazendo alguns apontamentos sobre organização de ações metodológicas,
inicialmente, afirmando que o professor ensina ciências, e afirma que não há contradição entre os
saberes científicos e do dia a dia, porém deixando claro as diferenças entre esses saberes, e que ambos
podem se complementar na construção do saber científico e outras formas de conhecimento.
Para essa reflexão ocorrer, o professor deve propiciar esses momentos, e fazer com que a
compreensão do mundo e de fenômenos desconhecidos, seja uma postura investigativa e científica.
Sobre o letramento científico, a BNCC aponta que esse letramento não é a única finalidade,mas sim a
atuação de capacidade e atuação sobre o mundo.
E através da metodologia de projetos, o autor aponta uma possibilidade de trabalho a partir da BNCC,
relacionando os conhecimentos que são considerados essenciais para o documento e relacionando as
vivências e particularidades dos estudantes, todos em suas peculiaridades.
Para trabalhar estas peculiaridades dos estudantes, é imprescindível que haja conteúdos
complementares, para atender a diversidade que existe entre os estudantes,como grupos de
origens,socialização, etc.
Segundo os autores, essa metodologia dá oportunidades de propiciar aos estudantes práticas e
habilidades inerentes ao trabalho científico, além de contemplar uma visão multifacetada dos
conhecimentos e informações, agregando pesquisa e ensino, forma que busca desconstruir uma visão
de conteúdos prontos e acabados, a visão da ciência como produto.
A metodologia de projetos, de modo geral, é uma relação entre professor e aluno que buscam
respostas para dada questão, que essas construções geram desenvolvimentos do processo científico,
como a pesquisa, indagação, levantamento de hipóteses, e possíveis respostas.
Porém essa visão deve estar apurada, como já citada nos contextos em que se desenvolvem e estão
inseridos, levando as particularidades, vivências e espírito crítico e consciência cidadã e integração
social.
Logo, como citado no texto, as mobilizações para o conhecimento, que aponta sobre a escolha do
tema, em discussão conjunta, para que haja significado para todos. O levantamento de hipóteses, com
todas as especificidades já citadas, em conexão com o mundo e sociedade, contextualizada, e a
análise, momento de produção de materiais para procurar respostas para a questão proposta, momento
necessário para que as crianças debatam, conversem e as conclusões sejam orientadas por esse
movimento.
A síntese desse processo, é a sistematização desses conhecimentos construídos. Onde todos os
mecanismos utilizados, respostas, caminhos sejam organizados para publicação ou apresentação de
resultados, e por fim a expressão dessas sínteses, momento de analisar todo o caminho percorrido
neste processo.
A avaliação desse processo deve ser contínua, em todo o percorrer do projeto, de forma gradual e
contínua, avaliando intervenções, mudanças ou permanência de metodologias aplicadas no decorrer
do curso. Sendo necessário sempre a abertura para todos os envolvidos para opiniões e impressões.___________________________________________________________________________
Público Alvo: Ciências - 2º ano.
Unidade Temática: Vida e Evolução.
Objetos de conhecimento: Seres Vivos no ambiente e plantas.
Habilidades a serem desenvolvidas:
(EF02CI04) Descrever características de plantas e animais (tamanho, forma, cor, fase
da vida, local onde se desenvolvem etc.) que fazem parte de seu cotidiano e
relacioná-las ao ambiente em que vivem.
(EF02CI05) Investigar a importância da água e da luz para a manutenção da vida de
plantas
em geral.
(EF02CI06) Identificar as principais partes de uma planta (raiz, caule, folhas, flores e
frutos) e a função desempenhada por cada uma delas, e analisar as relações entre as
plantas, o ambiente e os demais seres vivos.
Metodologia utilizada para desenvolvimento das atividades: Metodologia de
Projetos
Tempo de duração: 5 meses
Objetivo geral: Desenvolvimento de uma horta orgânica na escola.
Procedimentos:
PARTE 1:
Inicialmente será necessário um estudo sobre a aplicabilidade deste projeto na
estrutura da escola, logo será necessário verificar local para construção desta horta, se
há espaço ao ar livre,se será diretamente no solo, ou em outros locais, como
vasos,garrafas, canos pvc etc.
Para introduzir esta proposta a turma, deverá ser previamente trabalhado os locais que
os estudantes moram, se tem contato com plantas, identificar de onde esses estudantes
veem, fomentar um debate sobre áreas urbanas e rurais, possibilidades de produção de
alimentos nessas áreas, quais são as particularidades de produção em cada ambiente.
Quais tipos de animais estão nesses locais, de modo geral é buscar um diagnóstico dos
conhecimentos que estes estudantes trazem das suas vivências.
É imprescindível que seja decidido antes das próximas etapas, quais tipos de plantas
serão utilizadas na horta, momento em que se pode discutir quais alimentos
consumimos, e perceber quais os hábitos alimentares da turma e dos estudantes, além
de debater os ciclos de produção dos alimentos, percebendo em que época do ano
estaremos, e quais alimentos se desenvolvem de forma mais significativa.
PARTE 2:
Neste momento, iniciaremos a fase de detectar possibilidades de aplicação no espaço
disponível da escola. Quais cuidados devem ocorrer de acordo com o ambiente que
poderá ser utilizado? Este momento é importante para incorporar discussões sobre a
importância do sol, água, tipo de terra e quais organismos são necessários para uma
boa saúde das futuras plantas. Quais tipos de plantas serão utilizadas e como isso
influencia cada decisão.
Estudar que tipo de técnica é utilizada para as sementes brotarem, se é por sementeira
ou por mergulhia e etc.
Como existem diversos alunos que vivem em apartamentos e outros em casas com
quintal, será proposto 2 (dois) grupos, caso haja espaço externo para produção, um
fará em espaço externo,e outro em espaço interno.
PARTE 3:
Após as escolhas e decisões, é o momento de iniciar a elaboração do espaço que será
utilizado para a construção da horta.
Neste momento, é hora de iniciar o cultivo das sementes. Deste processo em diante, já
podemos analisar juntamente com os estudantes quais são os cuidados necessários
para que os brotos saiam saudáveis.
A partir disso, seguiremos todo o processo de cultivo, sempre debatendo as questões
que envolvem o cultivo, como pragas e insetos, agua,luz, como é feito em larga escala
esse cuidado, além de introduzir o debate sobre orgânicos, e buscar soluções naturais
para possíveis problemas com insetos e pragas.
PARTE 4:
De acordo com os cuidados necessários, é hora de avaliar semanalmente como as
tarefas para o cuidado com a horta está sendo dividido entre os alunos, e iniciar uma
avaliação conjunta para buscar novos conhecimentos para melhorar a produção e
plantio.
Neste momento, a fala ativa dos alunos é fundamental para compreender a leitura que
estão tendo do processo.
PARTE 5:
Esquematização de todo o processo, como tempo de broto de cada planta, quais hortas
se desenvolveram ou não, como os cuidados são diferentes, identificar ainda
pequenas, quais são os nomes científicos das plantas, calcular tempo de colheita, etc.
PARTE 6:
Como pode ocorrer o plantio variado de plantas, o tempo de colheita pode se
modificar, logo este momento exige que seja utilizado para alimentação, após a
nomeação e retorno as análises sobre como cada planta germinou, cresceu e foi
colhida, inclusive com atenção aos cuidados dessa colheita.
PARTE 7:
Apresentação dos resultados, elaboração de um portfólio com fotos,vídeos, entrevistas
com alunos sobre todo o processo.
OBS: Caso exista Hortos na cidade, é um companheiro para buscar dicas e palestras
sobre esses cuidados, assim como agricultores familiares e comunidades tradicionais
que detém vários saberes sobre essa prática.
Em areas externas, é necessário a ajuda de um profissional para cuidado aos fins de
semana e feriados, além da remoção de ervas daninhas mais dificeis de remoção.
Por isso também é possível, a inclusão da comunidade escolar de modo geral neste
processo.
Recursos utilizados:
Terra e adubos
Sementes
Regadores
Colheres de jardinagem
Garrafas PET, Canos PVC ou Vasos de planta.
Artigos de jardinagens diversos.

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