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ALTAS-HABILIDADES

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Prévia do material em texto

2017 
 
ALTAS HABILIDADES 
 
Altas Habilidades 
 
 
 
 
Equipe de Elaboração 
Instituto Mineiro de Formação Continuada 
 
Coordenação Geral 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
 
Gerência Administrativa 
Marco Antônio Gonçalves 
 
Professor-autor 
Kênia Missuti 
 
Coordenação de Design Instrucional do Material Didático 
Eliana Antônia de Marques 
 
Diagramação e Projeto Gráfico 
Cláudio Henrique Gonçalves 
 
Revisão 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
 
Organização do conteúdo: 
Profº Me. Márcio Antônio Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ZAYN –Instituto Mineiro de Formação 
Continuada 
Travessa Antônio Olinto, 33 – Centro 
Carmópolis de Minas – MG 
CEP: 35.534-000 
TEL: (31) 9 8844-2523 
 
Altas Habilidades 
 
Apresentação 
 
 Caro aluno! 
 
 O modo como a sociedade tem olhado a superdotação tem sido sempre numa 
perspectiva de privilégio e, invariavelmente, associando-a exclusivamente à 
competência acadêmica. 
 Se você escolheu esse curso, parabéns! Aproveite bem o conteúdo e deixe 
dentro das suas possibilidades continuar se capacitando conosco. 
 Os alunos com essas características dispensariam qualquer tipo específico de 
atendimento. Esta leitura tem gerado situações de segregação e/ou evasão escolar, 
inclusive com o encaminhamento desses alunos para os serviços voltados à 
deficiência cognitiva ou problemas comportamentais. Os Parâmetros Curriculares 
Nacionais, ao enfatizar a necessidade de respeito à diversidade, fazem-no para 
evidenciar que as políticas públicas têm de se opor frontalmente àquelas posturas. 
Nesse contexto, em relação aos alunos que apresentam altas 
habilidades/superdotação, o respeito à diversidade deve se concretizar em medidas 
que levem em conta não só suas capacidades intelectuais, mas também os seus 
interesses e motivações. 
 Esperamos que este material contribua no desenvolvimento da formação 
docente a partir dos conhecimentos e temas abordados e desta forma, sejam 
elaborados projetos pedagógicos que contemplem conceitos, princípios e estratégias 
educacionais inclusivas que respondam às necessidades educacionais especiais 
dos alunos e propiciem seu desenvolvimento social, afetivo e cognitivo. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Altas Habilidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Cuidar e assistir o superdotado 
é de certo modo predestinar os rumos 
da sociedade futura”. 
 
Helena Antipof – 1971 
 
 
 
 
 
Altas Habilidades 
 
EMENTA 
 
A educação e os cuidados são amplamente reconhecidos como fatores fundamentais 
do desenvolvimento global da criança, o que coloca para os sistemas de ensino o desafio de 
organizar projetos pedagógicos que promovam a inclusão de todas as crianças. A Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional impulsionou o desenvolvimento da educação e o 
compromisso com uma educação de qualidade, introduzindo um material específico que 
orienta para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, que deve ter 
início na educação infantil. 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
• UNIDADE I: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS E POLÍTICAS. 
 
• UNIDADE II: COMO IDENTIFICAR A CRIANÇA COM ALTAS 
HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO EM IDADE PRÉ-ESCOLAR. 
 
• UNIDADE III: O QUE É INTELIGÊNCIA? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Altas Habilidades 
SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE I: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS E 
POLÍTICAS.................................................................................................................7 
Mitos sobre 
superdotação.............................................................................................................11 
Terminologia..............................................................................................................11 
Definição de 
superdotado...............................................................................................................11 
Características 
intelectual..................................................................................................................12 
 
 
UNIDADE II: COMO SE MOSTRA A ASSINCRONIA CARACTERÍSTICA DAS 
ALTAS HABILIDADES?............................................................................................13 
 
Como identificar a criança com altas habilidades/ superdotação em idade pré-
escolar.......................................................................................................................18 
 
UNIDADE III: O QUE É INTELIGÊNCIA?..................................................................20 
O que medem os testes de inteligência?...................................................................21 
Expectativas de aprendizagem..................................................................................22 
Material pedagógico e recursos tecnológicos............................................................22 
Atividades a serem desenvolvidas ............................................................................22 
Quem pode fazer a identificação?..............................................................................22 
Que cuidados são necessários na identificação e no encaminhamento da pessoa 
com altas habilidades ................................................................................................24 
O que fazer com o aluno que tem altas habilidades?................................................25 
 
Referências bibliográficas .........................................................................................27 
 
Atividades complementares ......................................................................................28 
 
 
Altas Habilidades 
UNIDADE I 
 
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS E POLÍTICAS 
 
 
A educação e os cuidados na infância são amplamente reconhecidos como 
fatores fundamentais do desenvolvimento global da criança, o que coloca para os 
sistemas de ensino o desafio de organizar projetos pedagógicos que promovam a 
inclusão de todas as crianças. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
impulsionou o desenvolvimento da educação e o compromisso com uma educação 
de qualidade, introduzindo um capítulo específico que orienta para o atendimento às 
necessidades educacionais especiais dos alunos, que deve ter início na educação 
infantil. 
Uma educação democrática deve levar em consideração as diferenças individuais e, 
portanto, oferecer oportunidades de aprendizagem conforme as habilidades, 
interesses, estilos de aprendizagem e potencialidades dos alunos. Nesse sentido, 
alunos com altas habilidades/superdotados merecem ter acesso a práticas 
educacionais que atendam às suas necessidades, possibilitando um melhor 
desenvolvimento de suas habilidades. Segundo Renzulli (1986), o propósito da 
educação dos indivíduos superdotados é 
 
fornecer aos jovens oportunidades máximas de auto 
realização por meio do desenvolvimento e expressão de 
uma ou mais áreas de desempenho onde o potencial 
superior esteja presente (p. 5) 
 
Várias são as razões para justificar a necessidade de uma atenção 
diferenciada ao superdotado. Uma delas é por ser o potencial superior um dos 
recursos naturais mais preciosos, responsável pelas contribuições mais significativas 
ao desenvolvimento de uma civilização. Com relação a esse aspecto, Sternberg & 
Davidson (1986) lembram, por exemplo, que, quando se volta à história e se buscam 
os pilares das grandes civilizações, invariavelmente as contribuições artísticas, 
filosóficas e científicas, frutos da inteligência, talento e criatividade de alguns 
indivíduos ou grupos de indivíduos, são apontadas ou enaltecidas. Com relação à 
educação infantil, sabe-se que o período que antecede a educação fundamental é 
da maior importância para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial. Nesse 
período, as influências do ambiente desempenham um papel fundamental para o 
desenvolvimento do potencial decada criança. 
 
Altas Habilidades 
Propiciar condições que permitam a ela expressar seus interesses e 
desenvolver possíveis talentos deveria ser o ponto de partida de uma educação 
diferenciada. Observa-se, entretanto, que poucas são as oportunidades 
educacionais oferecidas ao aluno com altas habilidades/superdotado para 
desenvolver de forma mais plena as suas habilidades. Uma possível explicação para 
este cenário são os vários mitos sobre o superdotado, frequentes em nossa 
sociedade, que constituem entrave à provisão de condições favoráveis à sua 
educação. Predomina, por exemplo, a ideia de que esse indivíduo tem recursos 
suficientes para desenvolver suas habilidades por si só, não sendo necessária a 
intervenção do ambiente. No entanto, é preciso salientar e divulgar entre educadores 
que o aluno com altas habilidades/superdotado necessita de uma variedade de 
experiências de aprendizagem enriquecedoras, que estimulem seu potencial. 
Outro mito é que essa criança apresenta necessariamente um bom 
rendimento escolar. Porém, o que se tem observado é que indivíduos superdotados 
podem apresentar um rendimento aquém de seu potencial, revelando uma 
discrepância entre seu potencial e seu desempenho real (Alencar & Fleith, 2001; 
Alencar & Virgolim, 1999). Muitas vezes, o aluno com altas habilidades/superdotado 
pode ficar desmotivado com as atividades implementadas em sala de aula, com o 
currículo ou métodos de ensino utilizados (especialmente a excessiva repetição do 
conteúdo, aulas monótonas e pouco estimuladoras, e ritmo mais lento da classe). 
Acredita-se, ainda, que superdotação é um fenômeno raro e que são poucas 
as crianças e jovens de nossas escolas que poderiam ser considerados 
superdotados. O que pode ser salientado é que se realmente as condições forem 
inadequadas, dificilmente o indivíduo com um potencial maior terá condições de 
desenvolvê-lo. Assim, da mesma forma que uma boa semente necessita de 
condições adequadas de solo, luz e umidade para desenvolver-se, também o aluno 
com altas habilidades/superdotado necessita de um ambiente adequado estimulador 
e rico em experiências. Observa-se, também, uma tendência no sentido de se 
acreditar que os superdotados estariam concentrados em apenas uma parcela da 
população, que seria entre indivíduos do sexo masculino, de nível socioeconômico 
médio. De modo geral, tanto a mulher como o indivíduo proveniente de um meio 
pobre que apresentem uma habilidade ou um talento especial tendem não apenas a 
passar despercebidos, mas também a sofrer uma pressão no sentido de um 
desempenho mais baixo (Alencar & Fleith, 2001). 
 
Altas Habilidades 
Superdotação tem sido vista, erroneamente, como genialidade. Esses termos, 
entretanto, não são sinônimos. O gênio seria aquele indivíduo reconhecido por ter 
dado uma contribuição original e de grande valor para a sociedade (por exemplo, 
Einstein, Darwin, Picasso). No âmbito das políticas educacionais, inicialmente, as 
diretrizes básicas da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação e 
do Desporto (Brasil, 1995) consideravam superdotados (ou portadores de altas 
habilidades) aqueles alunos que apresentavam notável desempenho e/ou elevada 
potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: 
capacidade intelectual, aptidão acadêmica ou específica (por exemplo, aptidão 
matemática), pensamento criativo e produtivo, capacidade de liderança, talento para 
artes visuais, artes dramáticas e música e capacidade psicomotora. Atualmente, 
segundo o artigo 5º, parágrafo III, da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 2001, que 
instituiu as Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica (Brasil 
2001d), educandos com altas habilidades/superdotação são aqueles que 
apresentam grande facilidade de aprendizagem, levando-os a dominar rapidamente 
conceitos, procedimentos e atitudes. Como consequência, estes alunos apresentam 
condições de aprofundar e enriquecer conteúdos escolares. 
Considerando as políticas educacionais inclusivas, o aluno deve ser cada vez 
mais atendido em seus interesses, necessidades e potencialidades, cabendo à 
escola ousar, rever suas concepções e paradigmas educacionais, lidando com as 
evidências que o desenvolvimento humano oferece. Uma criança pré-escolar que 
apresente um desenvolvimento cognitivo, socioafetivo e/ ou psicomotor diferenciado 
e avançado para a idade não pode ser desconsiderada e/ou desqualificada no 
âmbito escolar. Nesse sentido, é importante atender os alunos de altas 
habilidades/superdotados, considerando seu desenvolvimento real, evitando 
contemplar níveis de desenvolvimento padronizados, conforme os apresentados em 
escalas de desenvolvimento. Cabe, portanto, à escola definir no projeto pedagógico 
seu compromisso com uma educação de qualidade para todos seus alunos, 
inclusive o de altas habilidades/superdotados, respeitando e valorizando essa 
diversidade, e definindo sua responsabilidade na criação de novos espaços 
inclusivos. Além disso, é na educação infantil que se aponta para a possibilidade de 
realização de novas interações sociais por meio dos reagrupamentos escolares, 
conforme preconizam os artigos 23 e 24 da nova LDBEN e que buscam, em última 
instância, não que o aluno se amolde ou se adapte à escola, mas que a escola se 
 
Altas Habilidades 
coloque à disposição do aluno, como um espaço inclusivo. Na educação infantil se 
inicia a construção de um processo escolar que poderá ser concluído em menor 
tempo quanto à série em que o aluno esteja cursando, etapa escolar em que o aluno 
esteja inserido ou mesmo em relação a toda a sua escolarização. Dessa forma, é 
fundamental oferecer desafios suplementares aos alunos de altas 
habilidades/superdotados. Para isso é importante a definição de um projeto 
pedagógico que inclua a modalidade de ensino educação especial no cotidiano 
escolar, oferecendo aos alunos de altas habilidades/ superdotados alternativas 
motivadoras e criativas de aprendizagem que possam garantir o seu sucesso 
escolar. 
 
 
Mitos sobre o Superdotado 
 
• Superdotação é um fenômeno raro, sendo muitas vezes associado à genialidade. 
 • Supervalorização de fatores genéticos, subestimando o papel do ambiente para o 
desenvolvimento de habilidades e competências. 
 • O potencial superior desenvolver-se-á apenas em contextos de nível 
socioeconômico médio ou elevado. 
• Superdotação é sinônimo de hiperatividade. 
• Superdotados constituem um grupo homogêneo em termos cognitivos e afetivos. 
• Superdotados sempre apresentam um excelente rendimento escolar em todas as 
áreas. 
 
Terminologia 
 
• Criança Prodígio: realizam algo fora do comum para sua idade sem que tenham 
tido um treinamento nessas competências. Geralmente identificadas em idade pré-
escolar. 
 • Criança Precoce: antecipa determinados comportamentos relativamente à idade 
em que são esperados, nem toda criança precoce é superdotada. 
 
Definição de Superdotação 
 
 
Altas Habilidades 
 • Indivíduo que se sai bem nos testes de inteligência, ou que apresenta um 
desempenho intelectual superior. 
• QI alto. 
• Potencial superior: Habilidade geral intelectual, aptidão acadêmica específica, 
criatividade, liderança, artes e/ou habilidade psicomotora. 
• Aqueles que apresentam grande facilidade de aprendizagem, levando-os a 
dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes. (Resolução CNE/CEB no. 
2/2001 das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica) 
 
Características Intelectuais: 
 
• Curiosidade. 
• Ritmo de aprendizagem rápido. 
• Vocabulário avançado. 
• Fluência de ideias. 
• Originalidade de ideias. 
• Paixão por aprender. 
• Grande concentração. 
• Boa memória Características Intelectuais. 
• Preferência pelo trabalho independente. 
• Interesses diversos. 
• Grande bagagem de informações sobre temas de seu interesse. 
• Habilidades de leiturae escrita em tenra idade. 
• Linguagem precoce. 
• Interesse por atividades de resolução de problemas. 
• Grande atividade imaginativa. 
• Associação rica de imagens. 
• Uso frequente de imagens e metáforas. 
• Pensamento lógico. 
 
Ver vídeo: Altas Habilidades/Superdotação: Um Guia Animado Para Professores. 
https://www.youtube.com/watch?v=PcS3dLBs1Dw 
 
 
UNIDADE II 
 
 
Altas Habilidades 
COMO IDENTIFICAR A CRIANÇA COM ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO 
EM IDADE PRÉ-ESCOLAR 
 
É importante ressaltar que crianças superdotadas em idade pré-escolar 
constituem um grupo heterogêneo em termos de interesses, níveis de habilidades, 
desenvolvimento emocional, social e físico (Cline & Schwartz, 1999). Nesse sentido, 
podemos nos deparar com uma criança avançada do ponto de vista intelectual, mas 
imatura emocionalmente. O professor deve estar atento a essa possível falta de 
sincronia entre desenvolvimento intelectual e afetivo ou físico. Por exemplo, uma 
criança superdotada pode apresentar leitura precoce, porém ter dificuldade em 
manipular um lápis, pois suas habilidades motoras não estão totalmente 
desenvolvidas. Além disso, a habilidade superior demonstrada por essa criança 
pode ser resultado de uma estimulação intensa por parte das pessoas significativas 
de seu ambiente. Ao atingir a idade escolar, o desenvolvimento dessa criança pode 
se normalizar e ela passar a apresentar um desempenho semelhante aos alunos de 
sua idade. Por isso, nem sempre uma criança precoce poderá ser caracterizada 
como superdotada. É essencial, portanto, acompanhar o desempenho dessa 
criança, registrando habilidades e interesses demonstrados ao longo dos primeiros 
anos de escolarização, oferecendo várias oportunidades estimuladoras e 
enriquecedoras ao seu potencial. 
Dentre as características mais comumente encontradas em crianças 
superdotadas em idade pré-escolar destacam-se (Cline & Schwartz, 1999; Lewis & 
Louis, 1991): 
• Alto grau de curiosidade. 
• Boa memória. 
• Atenção concentrada. 
• Persistência. 
• Independência e autonomia. 
• Interesse por áreas e tópicos diversos. 
• Aprendizagem rápida. 
• Criatividade e imaginação. 
• Iniciativa. 
• Liderança. 
• Vocabulário avançado para a sua idade cronológica. 
• Riqueza de expressão verbal (elaboração e fluência de ideias). 
 
Altas Habilidades 
• Habilidade para considerar pontos de vistas de outras pessoas. 
• Facilidade de interagir com crianças mais velhas ou com adultos. 
• Habilidade para lidar com ideias abstratas. 
• Habilidade para perceber discrepâncias entre ideias e pontos de vista. 
• Interesse por livros e outras fontes de conhecimento. 
• Alto nível de energia. 
• Preferência por situações/objetos novos. 
• Senso de humor. 
• Originalidade para resolver problemas. 
A aparentemente sutil mudança nas definições reflete a evolução do 
pensamento sobre o tema, assim como as alterações na terminologia. Partindo, 
inicialmente, de um quadro mais engessado, passamos a considerar as altas 
habilidades como um fenômeno multidimensional e complexo, que agrega o 
desenvolvimento cognitivo, afetivo, neuropsicomotor e de personalidade. O que 
complica as coisas para quem procura fórmulas ou receitas: nesse caso, cada caso 
é um caso! Alguns exemplos trazidos pelas equipes de Educação Especial das 
Diretorias de Ensino aos encontros de capacitação oferecidos no CAPE em 2007 
podem mostrar essa complexidade: 
 
R., 17 anos, cursando a 2a série do ensino médio. 
Nasceu em 1990 e residiu em fazenda, onde passou a infância até 2007. 
Durante a infância e adolescência trabalhou com o pai na zona rural cuidando da 
terra. Vivenciou os cuidados com as máquinas agrícolas, tratores, material orgânico, 
colheita e transporte. Desde a 3a série do Ensino Fundamental passou a aperfeiçoar 
seu desenho. Desenhava e pintava seus desenhos à noite, após um dia de trabalho 
exaustivo no campo, registrando o que havia visto e feito durante o dia. Com espírito 
criativo e amor pela arte, faz-nos lembrar de nossos grandes artistas que retratavam 
a vida simples, o cotidiano. O enfoque da obra de R. é o amor à vida no campo, à 
família, às coisas simples da vida rural. Podemos comparar suas obras às de 
Cândido Portinari, que também demonstrava seu amor às crianças, à família, à 
natureza e às coisas simples da vida de Brodowski. R. apresenta rendimento escolar 
satisfatório, mas seu comportamento em sala de aula é imaturo, com atitudes 
infantis, comentários inoportunos, inconstância, inclusive atrapalhando os colegas e 
o professor. Tem potencial para se esforçar mais e melhorar seu desempenho. A 
 
Altas Habilidades 
aluna foi matriculada pela primeira vez em uma instituição de ensino aos cinco anos, 
cursou o Jardim II – Educação Infantil. Cursou o ensino Fundamental sempre 
recebendo notas altas em todas as matérias. Matriculou-se em escola estadual e se 
destacou em todas as disciplinas. Hoje está na segunda série do ensino médio e 
mantém o mesmo desempenho dos anos anteriores. Em entrevista com a mãe, a 
mesma nos informou que R. lê muito, está sempre à procura de livros em casa e 
frequenta com assiduidade a biblioteca municipal, assim como a biblioteca da 
escola. Nas atividades de lazer gosta de assistir a filmes de ação e romance. Não 
tem hábito de sair de casa, algumas vezes vai ao shopping com as colegas de 
classe. A aluna se concentra durante a explicação dos professores, ajuda seus 
colegas nas atividades de sala de aula. Frequenta o curso de Espanhol no CEL – 
Centro de Estudos de Línguas e também tem ótimas notas. É tímida, fala baixo e 
mesmo na sala de aula não tece comentários sobre a aula, no entanto presta muita 
atenção em tudo que é dito pelos professores e consegue se concentrar mesmo 
quando a classe não está em silêncio. Não tem certeza sobre o que vai cursar na 
universidade, mas tem muita vontade de ingressar em uma universidade pública, na 
área de desenho gráfico. Recebeu proposta de bolsa de estudo em um colégio 
particular, muito conceituado, mas recusou, pois quer ser contemplada pela política 
de cotas para se beneficiar de Programas, tais como Escola da Família, PROUNI ou 
outros. Apesar de seu ótimo desempenho em todas as disciplinas, verbalizou que 
tem preferência por Arte e tem habilidade para desenho. Por dois anos consecutivos 
recebeu menção honrosa por participar das Olimpíadas de Matemática e ser bem 
classificada em nível nacional. Nesse ano participou da primeira fase e foi 
classificada para a segunda, que será dentro em breve. Na escola, é evidente a 
facilidade que a aluna apresenta ao redigir textos. Sua competência leitora é de 
alunos de faixa etária e escolaridade superior. Quanto às atividades propostas pelos 
professores, a aluna termina antes dos demais colegas e geralmente procura 
desenhar ou fazer trabalhos de origami. Tem prazer em realizar atividades diversas 
(desafio); excelente atenção e concentração; facilidade em aplicar o conhecimento 
teórico nas situações diárias; vocabulário avançado, grande bagagem de 
informações das mais variadas áreas e facilidade para lembrar informações 
(memória fotográfica); perspicácia para estabelecer relações de causa e efeito; 
necessidade de pouca intervenção dos docentes. 
 
 
Altas Habilidades 
k., cursando a 1a série do ensino médio, 15 anos. 
Dados Familiares: É muito pobre, tem a mãe como exemplo de vida. É 
amoroso e ajuda muito nos afazeres da casa, no dia-a-dia, desde pequeno, sempre 
foi muito inteligente. Dados escolares: Desde a 5a série está na escola que o 
identificou e sempre se destacou entre os demais colegas de classe. Habilidades: É 
autodidata, busca instrução sem o auxílio dos professores. É apaixonado por leitura 
de todos os tipos, destacou-se em um concurso de Poesia em 2006, em 2o lugar, na 
categoria de 9 anos, resolve os exercícios de matemática, física e química 
mentalmente e explica claramente o desenvolvimentopara chegar à resposta 
correta. Quase sempre descobre novos caminhos para resolver o mesmo exercício, 
estratégias avançadas para resolução de problemas. Tem raciocínio rápido, é 
inteligente, participa ativamente de todas as aulas. Dá opiniões, questiona e 
complementa os assuntos tratados em sala de aula pelos colegas e professores, 
tem iniciativa, interesse e concentração. É disciplinado, criativo e responsável, 
chegando até a reproduzir um comportamento mais adulto. Dificuldades: Não tem 
cadernos em ordem, tem letra feia e dificuldade de escrita, só copia matéria nas 
disciplinas que interessam. Não se relaciona muito com os colegas, vive meio 
isolado. É desleixado com a aparência física e muito pessimista. 
 
 O que não podemos perder de vista é que essa definição é uma construção, 
baseada na relatividade dos eventos, ou seja, sempre coloca duas ou mais coisas 
em relação: a criança e os colegas de classe e/ou crianças da mesma idade; o 
desempenho, as oportunidades e as necessidades sociais; os recursos educativos e 
as necessidades especiais; e assim por diante. O conceito é influenciado pelo 
contexto histórico e cultural: varia em cada cultura e momento social. Então, 
ninguém tem altas habilidades no abstrato. Detalhando um pouco esse raciocínio, 
podemos partir do dito popular que diz “em terra de cego, quem tem olho é rei”. 
Potenciais diferenciados não são feitos das habilidades estereotipadas que 
imaginamos que constituem o “gênio nota 10”, são, ao contrário, fruto de 
capacidades e necessidades individuais, constituídos de múltiplas habilidades 
articuladas diferentemente em cada indivíduo. 
Além de ter que partir de uma contextualização, como acabamos de ver, a 
identificação das altas habilidades é, mais que tudo, a identificação de uma 
assincronia, quer dizer, de uma ou mais funções que se desenvolvem primeiro ou 
 
Altas Habilidades 
mais que as outras que, por sua vez, permanecem no seu nível normal de 
desenvolvimento ou até abaixo dele. Podemos afirmar, com Ourofi no e Guimarães 
(2007), que as altas habilidades podem ser definidas, exatamente, por essa 
assincronia: a pessoa com altas habilidades tem um desenvolvimento desigual nos 
diferentes aspectos que a constituem. Isso vem apenas confirmar o que foi dito 
acima, que o estabelecimento dessas definições implica relatividade, mais que 
dados precisos e absolutos. 
 
 
COMO SE MOSTRA A ASSINCRONIA CARACTERÍSTICA DAS ALTAS 
HABILIDADES? 
 
Ela aparece quando alguma das capacidades humanas se desenvolve mais 
que as outras. Está presente em crianças que não parecem brilhantes, mas se 
destacam jogando bola, por exemplo. Naquelas que têm um raciocínio muito rápido, 
mas são lentas ao expressá-lo, em crianças que apresentam dificuldades na 
alfabetização, mas são destacadamente rápidas e fluentes administrando pequenas 
vendas e lidando com dinheiro. Às vezes são pessoas que, mesmo adultas, 
desenvolveram seu potencial intelectual e/ ou motor, mas com um desenvolvimento 
emocional que parece não ter seguido no mesmo ritmo. Ou seja, exceto os 
raríssimos casos de pessoas com múltiplas capacidades, há uma habilidade 
predominante que se destaca das demais, num sentido positivo: a pessoa faz 
aquelas coisas mais, melhor que os outros, e melhor que as outras coisas que ela 
mesma faz, porém é muito provável que essa posição de frente esteja mais evidente 
no aspecto intelectual e a criança encontre-se emocionalmente solitária. (Landau, 
2002) 
Em alguns casos, essa assincronia é tão forte que aparece na mesma 
pessoa, por um lado, através de desempenhos excepcionais, e, por outro, em 
déficits de algumas funções. São os casos que denominamos como dupla 
excepcionalidade. Isso quer dizer que uma pessoa pode ser surda, por exemplo, e 
muito inteligente; ou ter sérias dificuldades na área social (como nos casos de 
Síndrome de Asperger, por exemplo), associadas a um excelente desempenho 
acadêmico em alguma área específica. Significa, também, que temos de estar 
atentos para essa possibilidade, de não estarmos percebendo uma alta habilidade 
 
Altas Habilidades 
oculta pelo que já classificamos como deficiência ou, como vem sendo cada vez 
mais comum, transtorno de comportamento. Como se mostra a assincronia 
característica das altas habilidades? Podemos comparar a criança superdotada ao 
fundista – o atleta que corre longas distâncias – porque está adiante da maioria. 
 
R., 5a série, tem altas habilidades e síndrome de Asperger. É muito inteligente, 
gosta de ciências, política. Fala bem, mas não encara ninguém, por causa da 
síndrome, fica nervoso, o que o coloca distante do grupo. O que fazer para que 
pudesse se integrar? Ele se dá bem com os adultos, se deu bem com a 
coordenadora, que tem bases na Psicanálise, ela, então, criou um trabalho de 
monitoria, na área de ciências. Foi legal porque a professora topou, uma vez que, se 
o professor não topa, não tem o trabalho. R. não tem computador em casa, usa o da 
escola para pesquisar. O objetivo não é ir além do que pode ser oferecido para ele? 
Fazia a pesquisa sobre o assunto que a professora ia trabalhar, e a partir dessa 
pesquisa apresentava o trabalho junto com a professora. Ele se sentiu muito bem. 
Ele se integrou, entrar em contato com o computador foi uma coisa fantástica, e ele 
realmente aproveitou, e fez o trabalho. Ele já está olhando para as pessoas. O olhar 
dele já mudou, você sente uma confiança, e os colegas também, olhando já 
diferente, porque ele sabe mais que todo mundo, mas não usa essa sabedoria para 
se impor. 
 
J., de 16 anos, frequentou a APAE até os 13 anos, quando foi matriculado numa 
classe especial, foi inserido no ensino comum em 2005, numa escola que não conta 
com Serviço de Apoio Pedagógico Especializado, em 2007 foi matriculado na 5a 
série de uma escola que possui uma Sala de Recursos, onde o aluno é atendido por 
uma professora especialista. Tem dificuldades em fornecer dados básicos, como 
nome próprio, idade, rua, bairro; demonstra a compreensão razoável para ordens 
simples, transmite apenas recados simples. Interage satisfatoriamente com adultos e 
colegas. Apresenta razoável nível de atenção e concentração para execução de 
tarefas, e demonstra interesse em realizar as tarefas com capricho, mas em ritmo 
lento. Reconhece semelhanças e diferenças entre figuras, percebe detalhes simples, 
apresenta boa coordenação. 
 
 
 
Altas Habilidades 
Unidade III 
 
 
O QUE É INTELIGÊNCIA? 
 
Inteligência é entendida, na maior parte das vezes, como a capacidade mental de 
raciocinar. Classicamente, a inteligência é equivalente à racionalidade, manifestação 
humana que nos diferencia dos demais entes do mundo. Racionalidade, por sua 
vez, é identificada como a capacidade de raciocinar, de usar a razão. E razão é a 
potencialidade humana de estabelecer relações lógicas, processo tradicionalmente 
identificado com o de conhecer. As capacidades humanas priorizadas no estudo da 
inteligência até agora, portanto, foram predominantemente aquelas que permitem 
que o sujeito possa, usando seu pensamento e a partir das observações que efetua, 
estabelecer relações lógicas, deduzir acontecimentos possíveis, abstrair conceitos, 
organizando-os e sistematizando-os de forma clara e unívoca. 
As explicações para a existência e o funcionamento da inteligência vão desde 
o dom divino até a bioquímica do cérebro. Passam pela herança genética, pela 
análise dos comportamentos e da influência do meio ambiente. Compreendem 
também o estudo da linguagem humana, a mais complexa entre as espécies, origem 
ou manifestação da inteligência. Tantos estudos acabaram por relativizar o conceito 
de inteligência, que todos ainda usam como se estivessem falando da mesma coisa. 
Alguns consideram-na uma capacidade única: uma inteligência geral. Outros falam 
em fatores separados, relativos a maneiras diferentes de abordagem de campos da 
realidade.E há ainda os que definem a inteligência como as duas coisas: um fator 
geral e alguns específicos, sobre os quais há discordâncias. Alguns comportamentos 
são considerados manifestações de inteligência, e são considerados o caminho para 
medir a inteligência de uma pessoa. Temos que considerar, nesse caso, se existem 
ou não, e em que medida são eficientes na relação do indivíduo com o mundo que o 
cerca. 
 
 
O QUE MEDEM OS TESTES DE INTELIGÊNCIA? 
 
 
Altas Habilidades 
Os testes medem, como foi dito acima, algumas habilidades definidas de 
antemão como componentes da inteligência. O teste, portanto, depende da 
concepção de inteligência de seu criador. 
1. Há testes que avaliam apenas a inteligência geral. Normalmente são testes 
não-verbais, isto é, compostos apenas por figuras, e não por palavras. Neles, o 
sujeito deve estabelecer relações lógicas cada vez mais complexas. Por serem não-
verbais, considera-se que superem as fronteiras culturais, podendo ser aplicados a 
qualquer população. Neste grupo encontramos testes como o Equicultural de 
Inteligência, desenvolvido no Brasil, e o reconhecido Teste de Matrizes Progressivas 
de Raven, normalmente considerado o mais eficaz na identificação das altas 
habilidades. 
2. Há testes que consideram aspectos gerais da inteligência, como a 
capacidade de desenvolver raciocínio abstrato, e aspectos específicos. Neste grupo 
encontram-se os instrumentos mais usados: a Escala Wechsler de Inteligência e a 
Escala Terman-Merrill. São testes complexos, que avaliam aspectos como memória, 
habilidade verbal, raciocínio matemático, manejo de situações da vida prática, 
organização no tempo e no espaço, habilidade motora, entre outras coisas. Essa 
forma de identificação tem, entretanto, limites. As classificações numéricas de nível 
mental têm poucas aplicações práticas, a principal delas é a separação de diferentes 
grupos com fins educacionais. Essa foi a origem dos testes de inteligência, e a 
intenção nessa separação era incentivar o uso de recursos pedagógicos 
diferenciados conforme as necessidades das pessoas. Sabemos, no entanto, os 
resultados dessa medida, com relação à sua consequência mais indesejável: a 
discriminação. Além disso, a redução da pessoa a um número não é eficiente quanto 
aos procedimentos educacionais, uma vez que não há duas pessoas com um 
mesmo Q.I. que sejam iguais. Assim, podemos concluir que essa modalidade de 
avaliação, quando usada exclusivamente, tira de contexto os diferentes modos de 
“ser inteligente”, que são infinitas formas de arranjo de comportamentos inteligentes. 
 
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 
 
Crianças com altas habilidades/superdotadas em idade pré-escolar devem 
vivenciar diversas situações de aprendizagem de forma a desenvolver suas 
habilidades e talentos, isso significa implementar atividades que envolvam o 
 
Altas Habilidades 
pensamento criativo (produção de muitas ideias originais e variadas) e crítico, e que 
levem a criança a fazer conexões entre ideias, resolver problemas e levantar 
questionamentos. É importante, ainda, proporcionar à criança oportunidades para 
explorar mais amplamente um tema de seu interesse. Sob uma perspectiva efetiva, 
espera-se que a criança com altas habilidades/superdotada desenvolva suas 
habilidades interpessoais e de comunicação, autonomia, iniciativa, um autoconceito 
positivo, e uma compreensão do outro e seu ponto de vista. 
 
MATERIAL PEDAGÓGICO E RECURSOS TECNOLÓGICOS 
 
Embora estejamos cônscios dos recursos limitados em muitas escolas, em 
termos ideais um ambiente estimulador deve incluir material de consulta 
diversificado impresso ou eletrônico (por exemplo, livros, revistas, jornais, 
enciclopédias, dicionário, programas de computador), materiais para manipulação e 
exploração (brinquedos, bolas, blocos e jogos pedagógicos, objetos com sons e 
formatos diferentes, lupas e lentes de aumento), equipamentos (vídeo, globo 
terrestre, aparelho de som e, se possível, computador). Além disso, seria altamente 
desejável que o aluno tivesse oportunidade de conhecer e frequentar bibliotecas, de 
participar de atividades (na escola ou em outros locais da comunidade), conforme 
seu interesse e área de habilidade. Na área artística, materiais de consumo como 
tintas, lápis, pincéis, canetas, massinha, argila, telas, bem como instrumentos 
musicais (flauta, por exemplo) devem, também, ser disponibilizados aos alunos. É 
relevante ressaltar a necessidade não apenas de recursos materiais, como também 
de recursos humanos diversos (por exemplo, bibliotecário, professores bem 
qualificados de música, educação física, educação artística, etc.). 
 
 
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
 
Um projeto pedagógico inclusivo para alunos de altas habilidades na pré-
escola não pode deixar de considerar as atividades que favoreçam o saber-
aprender, o saber-fazer e o saber-ser, favorecendo aprendizagens para toda a vida. 
Seeley (1998) sugere o desenvolvimento de atividades que envolvam o uso da 
linguagem, a representação de experiências e ideias, o raciocínio lógico e criativo, a 
 
Altas Habilidades 
compreensão de tempo e espaço e uma aprendizagem ativa por parte do aluno com 
altas habilidades/superdotado. Exemplos de atividades são: 
• Descrição de objetos, eventos e relações. 
• Conversa com colegas acerca de experiências importantes. 
• Expressão de sentimentos em palavras. 
• Ouvir e criar ou completar histórias. 
• Ouvir, criar ou recriar canções. 
• Imitações ou criações de sons. 
• Sonorizar poemas (por meio de sons do corpo, objetos ou instrumentos musicais). 
• Dramatizações. 
• Reconhecimento de objetos pelo som, cheiro e formato. 
• Identificação de diferenças e semelhanças entre objetos. 
• Descrição de objetos de várias maneiras. 
• Comparação de tamanho, peso, texturas, comprimento, etc. 
• Observação de objetos sob diferentes perspectivas. 
• Representação de seu corpo. 
• Descrição de relações espaciais presentes em desenhos e figuras. 
Alencar & Fleith (2001) sugerem outras atividades a serem implementadas 
com alunos superdotados: 
• Atividades que levem o aluno a produzir muitas ideias. 
• Atividades que levem o aluno a brincar com ideias, situações e objetos (ex.: 
brincadeiras de faz-de-conta: casinha, supermercado, etc.). 
• Atividades que envolvam análise crítica de um acontecimento. 
• Atividades que estimulem o aluno a levantar questões. 
• Atividades que levem o aluno gerar múltiplas hipóteses. 
• Atividades que desenvolvam no aluno a habilidade de explorar consequências para 
acontecimentos que poderão ocorrer no futuro. 
• Atividades que envolvam a discussão de problemas do mundo real. 
• Atividades que estimulem o aluno a definir e solucionar problemas. 
• Atividades de pesquisa sobre tópicos do interesse do aluno. 
• Atividades que estimulem a imaginação dos alunos. 
• Atividades que possibilitem ao aluno explorar e conhecer diferentes áreas do 
conhecimento. 
 
 
Altas Habilidades 
 
QUEM PODE FAZER A IDENTIFICAÇÃO? 
 
Qualquer pessoa pode identificar talentos. O problema é conferir credibilidade 
a essa identificação, num mundo onde fórmulas e medidas exatas são tão 
valorizadas. Quem ainda não ouviu dizer que “para todas as mães, seus filhos são 
talentosos”? Essa frase traduz nosso medo de fazer identificações enviesadas ou 
pouco confiáveis, sentimento que é complementado pelo preconceito de que chamar 
alguém de “superdotado” implica rotular essa pessoa para o resto da vida, atribuindo 
a ela uma posição vista como “superior”. Tais atitudes podem comprometer uma 
espontaneidade valiosa, que está contida na afirmação que fazemos de vez em 
quando: “Nossa, Fulano é mesmo bom nisso que faz!”. Aí está: acabamos de 
identificar uma habilidade. Essa capacidade de discernimento está em nós, e 
acontece através da observação direta dos outros (crianças, adultos, alunos, filhos, 
o que for),em sala de aula, em casa, nas situações diversas de todos os dias. 
Uma forma de ter um pouco mais de garantia quanto a essas impressões é o 
entrecruzamento de diferentes opiniões sobre a mesma pessoa. Trocar ideias sobre 
ela e, acima de tudo, com ela, pode ajudar a identificar uma alta habilidade. Assim, 
se professores e orientadores perceberem que uma criança apresenta indicadores 
de altas habilidades, podem consultar colegas, ou a família do aluno. O mesmo pode 
acontecer em sentido inverso: se a família de um aluno considerar que ele apresenta 
necessidades educativas especiais em virtude de algum talento ou habilidade, pode 
também solicitar atenção especial dos profissionais da escola, para que, juntos, 
cheguem a uma conclusão – que não precisa ter um caráter definitivo, já que outras 
vivências podem mudar, com o tempo, essa avaliação. 
 
 
QUE CUIDADOS SÃO NECESSÁRIOS NA IDENTIFICAÇÃO E NO 
ENCAMINHAMENTO DA PESSOA COM ALTAS HABILIDADES? 
 
Os já mencionados Fletcher-Janzen e Ortiz (2006, pp. 143-147) discutem o 
papel da cultura nos atributos que são valorizados nas avaliações das altas 
habilidades, apontando alguns cuidados que têm que ter as pessoas envolvidas com 
a identificação das altas habilidades: 
 
Altas Habilidades 
 1. Desenvolver a autoconsciência: “Em qualquer processo de avaliação, o maior 
viés está no avaliador.” Temos que ser capazes de mudar de perspectiva, para 
compreender o que é valorizado no contexto da pessoa avaliada. 
 2. Estabelecer um bom contato e uma relação de confiança, por meio de 
informações e de uma boa comunicação. A confiança da família em quem avalia 
reflete diretamente no desempenho da criança. 
 3. Compreender a dinâmica da família e da cultura, de forma que identifique o que 
é valorizado ali como talento. 
 4. Repensar o que é inteligência, revendo e ampliando suas noções sobre ela. 
 5. Modificar os indicadores de referência: os profissionais do ambiente educacional 
devem oferecer uma gama variada de atividades, de forma que as crianças possam 
demonstrar suas habilidades de maneiras diversas das habituais. 
 6. Avaliar de forma justa, respeitando o contexto de onde vem cada criança, e não 
usando critérios iguais para todas. 
 7. Interpretar os dados de avaliação de modo equitativo, e não de acordo com 
matrizes fixas. 
 8. Planejar intervenções apropriadas para cada conjunto de habilidades, de acordo 
com cada contexto 
 
 
O QUE FAZER COM O ALUNO QUE TEM ALTAS HABILIDADES? 
 
Ao final da identificação, temos diante de nós uma pessoa única, complexa, 
na qual as altas habilidades se configuram e articulam de forma particular. E como a 
identificação é o passo inicial de um processo, passamos a ter que definir o que 
fazer, qual o encaminhamento adequado para desenvolver as habilidades 
encontradas e oferecer uma formação ampla ao indivíduo, de acordo com suas 
potencialidades. Para isso, há várias coisas a considerar. Uma delas, que vem 
sendo bastante enfatizada ao longo desse texto, é a impossibilidade da aplicação de 
fórmulas, uma vez que qualquer grupo de pessoas com altas habilidades é 
heterogêneo. Nunca é demais retomar o fato de que não é porque separamos as 
pessoas em grupos que, dentro desses grupos, elas são todas iguais. Dois 
indivíduos podem, por exemplo, ter a mesma pontuação num teste, como já foi dito, 
mas suas habilidades se articulam sempre de modo único. Se, por um lado, isso 
 
Altas Habilidades 
implica ter que oferecer condições diferenciadas para cada um, por outro traz o 
benefício de que, num grupo, as capacidades podem complementar-se. Os vários 
participantes de um grupo em um projeto, que é uma das modalidades possíveis de 
atendimento, terão potenciais para contribuir, cada um na sua medida, permitindo que se 
atinja um bom nível de produção. É viável, assim, combinar ritmos e habilidades diversas, 
bem como estilos de aprendizagem e interesses pessoais de cada indivíduo identificado. 
Outro aspecto importante a se levar em conta quanto ao encaminhamento 
dos altamente habilidosos é o fato de que os modelos existentes são sugestões de 
alternativas. A experiência alheia pode servir de base ou inspiração para a criação 
de estratégias, e não como regra, porque não existe uma escola ou procedimento 
ideal. Muitas vezes sentimo-nos desencorajados ao compartilhar relatos de pessoas 
ou instituições que parecem ter tudo o que desejamos e não temos, e isso pode 
paralisar as ações. É necessário, portanto, considerar que qualquer programação 
especial assumirá a configuração viável e necessária a cada instituição, que vai ater-
se ao que dá para fazer em cada situação específica, começando de onde for 
possível. O que permanecer descoberto na instituição de ensino pode ser 
complementado, entre outras coisas, por parcerias com outras instituições ou 
pessoas da comunidade, como veremos. 
A E. E. está desenvolvendo um projeto de atendimento a alunos com Altas 
Habilidades/Superdotação, este projeto atende às crianças de primeira à quarta 
série do Ensino Fundamental, portanto, de idades e classes diversas, mas com uma 
área de interesse comum: Arte. O projeto é simples, mas temos em mente que 
devemos começar de onde é possível, e o nosso principal objetivo é que o aluno 
atinja seu maior aproveitamento em um ambiente estimulante. Ao finalizar o 
processo de identificação de portadores de altas habilidades, o grupo de professores 
e coordenadores optou pela realização da formação de um grupo de 
enriquecimento. O tipo de agrupamento é interclasse, ou seja, envolve a 
participação de alunos de salas diferentes num mesmo grupo, com finalidade e 
objetivos pedagógicos específicos. 
Programas específicos tem a função de suprir e complementar as 
necessidades apresentadas, abrindo espaço para o amplo desenvolvimento pessoal 
e criando oportunidades para que seus participantes encontrem desafios 
compatíveis com suas capacidades. De acordo com o que vem sendo dito, 
sabemos, então, que a pessoa com altas habilidades apresenta interesses variados, 
 
Altas Habilidades 
tem diferentes aptidões, tem necessidade de convivência, e atinge seu maior 
aproveitamento em ambientes estimulantes. E é disso, então, que os diferentes 
modos de intervenção tem que cuidar. 
A melhor escola é a que acolhe, que apresenta flexibilidade suficiente para 
atender às necessidades especiais, e que tem um bom diálogo com a família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas 
 
 
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Altas Habilidades 
 
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superdotado. In: F.P.N. Sobrinho & A.C.B. Cunha (Orgs.) Dos problemas 
disciplinares aos distúrbios de conduta (pp. 89-114). Rio de Janeiro: Dunya. 
 
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portadores de altas habilidades/superdotação e talentos. Brasília: 
MEC/Secretaria de Educação Especial. 
 
CLINE, S. & SCHWARTZ, D. (1999). Diverse populations of gifted children. Upper 
Saddle River, NJ: Merrill. 
 
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Davis (Eds.), Handbook of gifted education (pp. 365-381). Boston: Allyn and Bacon. 
 
PURCELL, J.H. & RENZULLI, J.S. (1998). Total talent portfolio. Mansfield Center, 
CT: Creative Learning Press. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
 
 
Caro Aluno, para essas questões você deverá consultar o seu material de apoio e/ou 
outros materiais, inclusive a internet. 
 
Altas Habilidades 
Bom trabalho! 
 
 
1-Observa-se, nocenário nacional e internacional, uma maior conscientização da necessidade 
de se investir em programas para alunos com potencial elevado. Para isso, é essencial o 
investimento na formação de professores; o estabelecimento de uma parceria produtiva entre 
família e escola; a oferta de uma variedade de modalidades de atendimento a este aluno; o 
reconhecimento de que as necessidades do superdotado, a serem levadas em conta nas 
propostas educacionais, passam pelas áreas: 
 
A) cognitiva, acadêmica, afetiva e social. 
B) familiar, escolar, cognitiva e social. 
C) emocional, acadêmica, familiar e social. 
D) cognitiva, psicológica, afetiva e familiar. 
E) comportamental, cognitiva, afetiva e social. 
 
 
 2-Um aspecto bastante ressaltado na atualidade, é que os indivíduos com altas 
habilidades/superdotação não constituem um grupo homogêneo, variando tanto em suas 
habilidades cognitivas, como em termos de atributos de personalidade e nível de desempenho. 
Assim, com relação à inteligência, aspecto central nas discussões relativas à superdotação, é 
importante lembrar a mudança que ocorreu em sua concepção, agora, uma visão: 
 
A) unidimensional. 
B) global. 
C) multidimensional. 
D) holística. 
E) pluridimensional. 
 
 
3- Quando a escola já optou por uma educação inclusiva e dispõe de programa para alunos 
com altas habilidades/superdotação, as questões administrativas demandam menor empenho 
dos pais que, via de regra, podem apoiar integralmente o que já existe ou solicitar apenas 
pequenos ajustes. Os direitos de alunos com altas habilidades/superdotação passam, sobretudo 
pelos: 
 
 A) conteúdos programáticos; processo de aceleração do ensino; organização e 
desenvolvimento curricular; gestão escolar. 
B) objetivos da educação escolar; processo de avaliação; organização e desenvolvimento do 
ensino; organização da vida escolar. 
C) parâmetros curriculares nacionais; processo de avaliação; organização e adaptação 
curricular; organização da vida escolar. 
D) objetivos da educação escolar; processo de aceleração do ensino; organização e 
enriquecimento curricular; organização das atividades da vida diária. 
E) conteúdos programáticos; processo de aceleração do ensino; ajustes atitudinais e 
relacionais; organização do atendimento educacional especializado. 
 
4-Ainscow (1997), Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial (2005), “[...] em 
cada sala, os alunos representam uma fonte rica de experiências, de inspiração, de desafio e de 
apoio que, se for utilizada, pode insuflar uma imensa energia adicional às tarefas e atividades 
 
Altas Habilidades 
em curso. No entanto, tudo isto depende da capacidade do professor em aproveitar essa 
energia. [...] os alunos têm a capacidade para contribuir para a própria aprendizagem [...].” A 
aprendizagem é, em grande medida, um processo: 
 
A) intencional. 
B) cognitivo. 
C) histórico. 
D) cultural. 
E) social. 
 
 
5-Do ponto de vista da política de inclusão defendida pelo Ministério da Educação, 
fundamentada nos princípios de atenção à diversidade e direito de todos à educação de 
qualidade, se faz necessário criar um ambiente educacional que acolha e estimule o potencial 
promissor com alunos com altas habilidades/superdotação. As propostas pedagógicas devem 
ser pensadas com base em cada situação particular, sujeitas a: 
 
A) flexibilizações curriculares e instrucionais. 
B) adaptações curriculares e avaliativas. 
C) adaptações curriculares e aceleração. 
D) flexibilizações curriculares e tecnológicas. 
E) flexibilizações curriculares e avaliativas 
 
 
6-São muitos os desafios enfrentados pelas famílias de superdotados, entre esses a falta de 
sincronia que caracteriza o seu desenvolvimento, ou seja: são crianças com habilidades 
intelectuais avançadas, enquanto as habilidades emocionais, motoras e sociais são, 
geralmente, apropriadas para a sua idade cronológica. O funcionamento de uma família com 
criança superdotada torna-se diferente em virtude de características apresentadas pela criança, 
tais como: 
 
A) perfeccionismo, criatividade e agitação. 
B) individualismo, sensibilidade e compreensão. 
C) perfeccionismo, sensibilidade e argumentação. 
D) estrelismo, curiosidade e agitação. 
E) individualismo, sensibilidade e argumentação 
 
 
7-A Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação implantou os Núcleos de 
Atividades de Altas Habilidades/Superdotação em todos os estados brasileiros. Assinale a 
opção que NÃO corresponde aos objetivos desses núcleos. 
 
A) Contribuir para a formação de professores e de outros profissionais na área de altas 
habilidades/superdotação, especialmente no que diz respeito a planejamento de ações, 
estratégias de ensino, métodos de pesquisa e recursos necessários para o atendimento de 
alunos com superdotação. 
B) Oferecer, ao aluno com altas habilidades/superdotação, oportunidades educacionais que 
atendam às suas necessidades acadêmicas, intelectuais, emocionais e sociais. 
C) Acelerar o processo educativo de forma a satisfazer as exigências cognitivas dos alunos 
com altas habilidades/superdotação. 
 
Altas Habilidades 
D) Promover o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico, criativo e de pesquisa 
e cultivar seus interesses e habilidades. 
E) Fornecer à família do aluno informação e orientação sobre altas habilidades/superdotação e 
formas de estimulação do potencial superior. 
 
 
8-Um dos aspectos que têm consistentemente chamado a atenção de pesquisadores diz 
respeito ao autoconceito das crianças com altas habilidades/superdotação. Os educadores 
recomendam que a educação da criança que apresenta um potencial promissor deva se iniciar 
cedo, num ambiente de aprendizagem criativo, que a encoraje a explorar seus talentos, 
exercitar sua capacidade de aprender e entender suas habilidades especiais. Da mesma forma, 
registram que, para a efetiva realização do potencial dessas crianças, é necessária uma 
especial atenção aos fatores: 
 
A) afetivos e interativos. 
B) emocionais e sociais. 
C) familiares e escolares. 
D) psicológicos e neurológicos. 
E) ambientais e interacionais. 
 
 
9-Os comportamentos ou manifestações inteligentes estarão sempre presentes na produção de 
qualquer pessoa e também na dos portadores de altas habilidades, seja produção intelectual, 
artística, científica, tecnológica, educacional ou outra. Comportamentos ou manifestações 
inteligentes revelados em seus aspectos: 
 
A) cognitivos, criativos e afetivos. 
B) linguísticos, emocionais e sociais. 
C) cognitivos, psicológicos e sociais. 
D) atitudinais, relacionais e cognitivos. 
E) criativos, comunicativos e afetivos. 
 
 
10-Segundo Renzulli, (1986), Rosana Glat, (2009), a alta habilidade consiste na interação de 
determinados traços humanos, sendo que, nenhum desses traços isoladamente garante a alta 
habilidade, somente a complexa interação entre eles. A teoria desenvolvida por esse 
pesquisador para o reconhecimento da alta habilidade é conhecida como: 
 
A) Inteligências Múltiplas. 
B) Modelo dos Três Anéis. 
C) Modelo Interacional. 
D) Modelo da Complexidade. 
E) Modelo do Quociente de Inteligência (QI). 
 
 
11- De modo geral, a superdotação se caracteriza pela elevada potencialidade de aptidões, 
talentos e habilidades, evidenciada no alto desempenho nas diversas áreas de atividade do 
educando e/ou a ser evidenciada no desenvolvimento, se manifestando em áreas de atividade 
isoladas ou em combinações entre elas, entendidas como tipos de superdotação. “Apresenta 
flexibilidade e fluência de pensamento, capacidade de pensamento abstrato para fazer 
 
Altas Habilidades 
associações, produção ideativa, rapidez do pensamento, compreensão e memória elevada, 
capacidade de resolver e lidar com problemas”. Tal definição corresponde, na classificação da 
superdotação, ao tipo: 
 
A) acadêmico. 
B) social. 
C) psicomotor. 
D) intelectual. 
E) criativo. 
 
 
12- Da mesma forma que uma boa semente necessita de condições adequadas de solo, luz e 
umidadepara desenvolver-se, também o aluno com altas habilidades/superdotado, desde a 
Educação Infantil necessita de um ambiente adequado, estimulador e propício a experiências. 
Considerando as políticas educacionais inclusivas, o aluno deve ser cada vez mais atendido 
em seus interesses, necessidades e potencialidades, cabendo à escola ousar, rever suas 
concepções e paradigmas educacionais, lidando com as evidências que o desenvolvimento 
humano oferece. Portanto, uma criança no pré-escolar não pode ser desconsiderada e/ou 
desqualificada no âmbito escolar por apresentar um desenvolvimento diferenciado e avançado 
para a idade, nos aspectos: 
 
A) linguístico, motor e/ou atitudinal. 
B) cognitivo, linguístico e/ou comportamental. 
C) psicológico, motor e/ou social. 
D) linguístico, imagético e/ou psicomotor. 
E) cognitivo, socioafetivo e/ou psicomotor. 
 
 
13-A criatividade é uma das funções psicológicas originadas nas interações sociais presentes 
na sala de aula e a elas submetida. Formar profissionais para desenvolver criatividade no 
contexto escolar consiste, portanto, em uma ação que pertence a um âmbito maior do que o 
simples preparo instrumental. Consiste em uma ação diretamente vinculada ao contexto 
sociocultural que permeia a escola e seus agentes e que exige, para que o sucesso seja 
alcançado, um esforço: 
 
A) interdisciplinar. 
B) sistêmico. 
C) multidisciplinar. 
D) holístico. 
E) transdisciplinar. 
 
 
14- As áreas do conhecimento em que o ser humano pode desenvolver altas habilidades não 
se restringem ao aspecto lógico-matemático e linguístico, como nas avaliações tradicionais 
que se baseavam unicamente nos testes de QI. Ao contrário, tais habilidades podem se 
manifestar em diferentes áreas da experiência humana. Teorias mais recentes se dedicam a 
explicar a inteligência e as altas habilidades de maneira mais dinâmica e plural como a Teoria 
de: 
 
A) Piaget. 
 
Altas Habilidades 
B) Gardner. 
C) Vygotsky. 
D) Wallon. 
E) Skinner. 
 
 
15- O portfólio do talento total foi desenvolvido para identificar e maximizar o potencial de 
cada aluno. Trata-se de um processo sistemático por meio do qual inventários de interesse, 
estilo de aprendizagem e de expressão, e produtos elaborados pelo aluno são coletados, 
ajudando aluno e professor a tomarem decisões a respeito de seus trabalhos. Assinale a opção 
que NÃO é meta do portfólio do talento total. 
 
A) Coletar e registrar informações sobre habilidades, pontos fortes, características, atividades 
escolares ou extraescolares realizadas pelo aluno. 
 B) Organizar dados do aluno referentes ao estilo de aprendizagem, preferências por áreas do 
conhecimento, habilidades sociais e pessoais, interesses, necessidades específicas e desafios 
pessoais a serem superados. 
C) Fornecer subsídios para a elaboração de planejamentos educacionais e o estabelecimento 
de condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento da aprendizagem do aluno. 
D) Destacar estilos de expressão e de pensamento dos alunos. 
E) Acelerar o processo de aprendizagem, promovendo intercâmbios cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1. 
2. 
 
Altas Habilidades 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
13. 
14. 
15. 
A 
B 
C 
E 
A 
C 
C 
B 
A 
B 
D 
E 
C 
B 
E 
 
 
 
 
 
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