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Vitória Barbosa Turma XIII – 2020.1 DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA ➢ É uma solução de continuidade da mucosa do TGI que advém do efeito corrosivo provocado pelo HCl (pH) e pela pepsina ➢ Para ser considera úlcera é necessário que se ultrapasse a muscular da mucosa, atinja a sub- mucosa até que progrida e ultrapasse a muscular própria; além disso, é necessário que possuam 5mm de diâmetro ➢ Lesões que não atingem a submucosa são chamadas de erosões e não costumam deixar cicatrizes ➢ Quando se trata de úlcera, elas podem ocorrer em toda a extensão do TGI. No entanto, quando se trata de úlcera péptica ela irá atingir principal- mente estômago e duodeno ➢ A duodenal acomete indivíduos entre 30 e 55 anos (ocorre comumente na 1ª porção e é considerada a mais frequente) ➢ A gástrica atinge indivíduos entre 50 e 70 anos (ocorre no antro, na pequena curvatura) ➢ De forma geral, ela irá atingir 10% da população brasileira, sendo mais comum em pacientes do sexo masculino ➢ Atualmente nota-se queda na prevalência, porém não nas complicações ➢ O que leva o indivíduo a desenvolver a úlcera: fatores genéticos e fatores ambientais. A úlcera não irá surgir sempre com aumento da secreção ácida, mas sim pelo desequilíbrio entre fatores de defesa e de agressão, sendo assim, ela pode ocorrer em situações de hipocloridria, normocloridria hipercloridria ➢ Fatores de agressão: pH ácido, pepsina, cigarro, álcool, anti-inflamatório não esferoidais (AAS)* e H. Pylori* ➢ Fatores de defesa: muco, bicarbonato, surfactante, superfície das células epiteliais e NO ➢ Fatores de reparo: angiogênese, proliferação e reconstituição HELICOBACTER PYLORI ➢ Corresponde à infecção bacteriana mais comum ➢ 70% da população tem mas só 10 a 15% progridem com úlcera ➢ É uma bactéria móvel altamente especializada ➢ Infecta principalmente a porção no antro-piloro ➢ Como ocorre: ao chegar no estômago, o H. Pylori se desloca e posiciona-se abaixo da camada mucosa, uma vez que ele possui caráter toxico, a sua toxicidade irá causar inflamação a qual será responsável por destruir os fatores de defesa podendo provocar atrofia da mucosa, por fim, essa atrofia deixa a mucosa exposta ao ácido. Além disso, no antro-piloro ele pode vir a destruir as células D (produtoras de somatostatina) o que provoca o aumento da produção de gastrina que consequentemente irá aumentar a produção de ácido gástrico, aumentando assim a agressão QUADRO CLÍNICO ➢ Não permite diferenciar entre gástrica e duodenal ➢ Pode ser assintomática ou apresentar clínica inespecífica com dor em queimação no epigástrio ➢ Pode apresentar ritmicidade, nada mais é do que a relação com alimentação • Duodenal: dói – come – passa (alimento pode agir como tampão) • Gástrica: alimentos podem piorar ou desencadear ➢ Pode apresentar periodicidade, que corresponde a períodos de acalmia (meses ou anos sem sintomas de forma espontânea) ➢ Atenção ao clocking: piora noturna que pode levar o paciente a acordar a noite ➢ Diagnóstico: endoscopia digestiva alta com pesquisa de H. Pylori ➢ Diagnóstico diferencial: síndrome dispéptica • Atenção: câncer de estomago pode se “disfarçar” em úlcera benigna – câncer ulceroso ➢ Tratamento: terapia antissecretora, antibioticoterapia de H. Pylori, remover fatores de risco, em último caso opta-se por cirurgia ➢ TOME NOTA: a dieta (café, chocolate, bebidas gaseificadas, comidas ácidas) não causam a úlcera, porém, assim como o estresse emocional podem piorar os sintomas dispépticos COMPLICAÇÕES SANGRAMENTO ➢ É a complicação mais frequente ➢ Apresenta mortalidade de 5 a 10% ➢ Acomete principalmente os idosos ➢ Causa mais comum de hemorragia digestiva ESTENOSES ➢ Corresponde a 2% das complicações PERFURAÇÕES ➢ Complicação mais graves ➢ Corresponde a 5% das complicações ➢ 2/3 das mortes por úlcera
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