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RELATORIO EMOÇÕES

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25
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
FACULDADE DE PSICOLOGIA
MARÍLIAXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
EMOÇÃO: IDENTIFICAÇÃO DAS EMOÇÕES FACIAIS UNIVERSAIS
CAMPINAS
2016
MARÍLIA XXXXXXXXXXXXXXXX
EMOÇÃO: IDENTIFICAÇÃO DAS EMOÇÕES FACIAIS UNIVERSAIS
Relatório apresentado à disciplina de Fenômenos e Processos Psicológicos C da faculdade de Psicologia, do Centro de Ciências da Vida, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, como parte das atividades de laboratório exigidas para a aprovação.
Responsáveis pela disciplina: Profa. Dra. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
PUC-CAMPINAS
2016
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA	
De acordo com Reeve (2006). As emoções são fenômenos expressivos e com um propósito, de curta duração, que envolvem sentimentos e ativação e serve como mecanismo adaptativo durante os acontecimentos da vida. A emoção seria aquilo que organiza os sentimentos, ativação, propósito e expressão. É um tipo de motivo. 
“Sentimento ou afeição mental distinto de cognição ou volição”. (OXFORD UNIVERSAL DICTIONARY, 1955 p.430). Segundo Atkinson e Hilgard (2012) uma emoção é um episódio complexo de multicomponentes que cria uma prontidão para agir, distintas do humor, já que a primeira tem causas evidentes.
Conforme Damásio (2000) a diferença entre sentimento e emoção é que os sentimentos são orientados para o interior enquanto as emoções são eminentemente exteriores, ou seja, é experimentada uma emoção da qual surge um efeito interno, o sentimento. Todas as emoções originam sentimentos, mas nem todos os sentimentos provem de emoções.
Segundo Damásio (2000) as emoções são respostas rápidas e eficazes do organismo orientadas para a sobrevivência. As emoções cumprem funções como avaliar estímulos do ambiente, ajudar no controle das relações sociais e atuar como formas de expressão. As emoções também são importantes, pois proporcionam respostas neurológicas e fisiológicas a estímulos coordenados pelo próprio pensamento. Em aspectos gerais, as emoções são vistas como respostas construtivas a tarefas fundamentais da vida, e mesmo a mais veemente emoção é necessária na busca humana por sobrevivência. (REEVE, 2006).
Como relata Reeve (2006) as emoções surgem como reações a aspectos situacionais importantes, uma vez que são ativadas geram sentimentos, ativando o corpo para uma determinada ação que irá gerar estados motivacionais expressos publicamente. Estas são multidimensionais, e existem como fenômenos subjetivos, biológicos, sociais e com um proposito. Além disso, o entendimento da natureza e função das emoções proporciona conhecimento sobre a personalidade e a cognição.
Como discorre Reeve (2006) as emoções também preparam o indivíduo para agir, pois oferecem uma ligação entre eventos ambientais e respostas humanas. Também influencia futuras ações promovendo a consciência que ajuda na obtenção de respostas apropriadas, ajudando a interagir mais com os outros.
Segundo Reeve (2006) as emoções são um tipo de motivo, pois energizam o comportamento e o dirigem. Em segundo lugar, elas servem também como um sistema de leitura (readout) para indicar se a adaptação pessoal está ocorrendo de forma correta ou não. O estado emocional fornece uma leitura do status em que a pessoa se encontra e seus estados motivacionais que estão em continua mudança de acordo com sua adaptação pessoal. As emoções positivas mostram o envolvimento e a satisfação, enquanto as negativas refletem o abandono e a frustação. Com isso vê-se que as emoções não são motivos da mesma forma que as necessidades e cognições, mas, refletem o status de satisfação e fracasso dos motivos.
A mente e o corpo das pessoas tendem a reagir de modo adaptativo aos eventos com significado da vida, ou seja, esses processos ativam em conjunto os componentes essenciais da emoção, incluindo sentimentos, excitação corporal, proposito direcionado e a expressão. Izard (1989) e Ekman (1992) concordam que há contribuições cognitivas, sociais e culturais na experiência emocional, porém, é a biologia que está na causa das emoções. Os sentimentos são baseados pela experiência subjetiva, cognição e se refere a avaliação da própria emoção. A excitação corporal elucida um padrão de resposta por meio da ativação fisiologia e respostas motoras. No fator social-expressivo é envolvido as respostas mais adaptativas como a comunicação social e expressão facial. Já o sentido de proposito visa que o estado emocional esteja direcionado a uma meta e que surge por uma razão. (REEVE, 2006).
Como cita Damásio (2000) na perspectiva fisiológica das emoções, as emoções são resultados de estados fisiológicos desencadeados por estímulos e ambiente, uma pessoa sente medo, pois seu corpo respondeu com reações fisiológicas a uma situação, as reações que as pessoas experimentam são respostas dos estados alterados devido a acontecimentos do ambiente. As emoções ocorrem sem um evento cognitivo prévio, mas não ocorrem sem um evento biológico prévio. (REEVE, 2006). A perspectiva biológica reconhece a importância das emoções primarias, minimizando a das emoções secundárias (adquiridas), as emoções primárias seriam aquelas de obtenção mais biológica que contem entre duas e dez características básicas. Já as secundarias seria de uma orientação cognitiva e social.
Conforme Reeve (2006) as perspectivas fisiológico-biológica incluem três representantes, Izard (1984) diz que apesar da riqueza cognitiva no processo da emoção, grande parte do processo emocional de eventos permanece não cognitiva, automática, inconsciente e medida por instrumentos subcorticais. Já Ekman (1992) destaca que as emoções têm início rápido, de curta duração, ocorrendo automática e involuntariamente. As emoções ocorrem quando agimos emocionalmente, mesmo antes da consciência dessas emocionalidade, ou seja, são biológicas porque evoluíram através do seu valor adaptativo. Já para Panksepp (1994) emoções surgem de circuitos neurais fornecidos geneticamente que regulam a atividade cerebral, os circuitos cerebrais fornecem os fundamentos biológicos que são essenciais para a experiência emocional. Herda-se um circuito para a raiva, outro para o medo e assim por diante, a teoria desse autor baseia-se em três descobertas que primeiramente dizem que os estados emocionais têm origens não cognitivas, em segundo lugar que a experiência emocional pode ser induzida por procedimentos não cognitivos e em terceiro que as emoções ocorrem em bebes e animais.
Segundo Damásio (2000) as teorias cognitivas afirmam que os processos cognitivos são fundamentais para se perceberem as emoções, uma situação provoca uma reação biológica, a partir disso identifica-se a razão dessa excitação de modo a nomear a emoção que lhe corresponde. Na perspectiva cognitiva destacam-se três teóricos os quais afirmam que a atividade cognitiva é um pré-requisito necessário para que haja emoção. Para Reeve (2006) a perspectiva cognitiva reconhece a importância e emoções primárias, mas aponta que aspectos interessantes sobre as emoções surgem de uma origem mais social.
Conforme Reeve (2006) a perspectiva cognitiva inclui três autores, Lazarus (1991) argumenta que a avaliação cognitiva que o indivíduo faz de um evento cria as condições favoráveis da experiência emocional, e não o evento em si. Sem uma compreensão da importância pessoal sobre o bem-estar, não há uma razão para uma resposta emocional, ou seja, estímulos avaliados como não relevantes não geram reações emocionais. Scherer (1994). Concorda que algumas situações da vida produzem emoções enquanto outras não. Já Weiner (1986) baseia-se na teoria da atribuição que enfoca no pensamento e reflexão pessoal para empreender os êxitos e fracassos da vida, tanto o resultado como o evento pode ser a mesma coisa, mas se atribuição for diferente consequentemente a experiência emocional também será. 
Na perspectiva integrada, conforme diz Reeve (2006) as emoções básicas podem resultar em uma família emocional que partilha de características como fisiologia, estado subjetivo de sentimento e característicasde expressões faciais, a variação que ocorre seria explicada pela aprendizagem, socialização e cultura. Nessa visão que relaciona os dois sistemas existem alguns autores que divergem entre si. Buck (1984) propõe a ideia de dois sistemas paralelos. Já Levenson (1994) aceita a visão dos dois sistemas, biológico e cognitivo, mas de forma integrada. Panksepp (1994) diz que algumas emoções surgem primeiramente do sistema biológico e outras do cognitivo. Para Plutckik (1985) existe um circuito de retroalimentação na emoção, no qual a emoção não seria biológica e nem cognitiva, mas um sistema complexo, um processo que envolveria uma cadeia de eventos circulares.
Segundo Ekman (2012) As emoções podem começar antes mesmo que a mente tenha consciência dela. As emoções podem suplantar algumas das pulsões poderosas do indivíduo. Ekman (2015) definiu seis emoções básicas- medo, raiva, tristeza, repugnância, contentamento e desprezo- e devido à ubiquidade de todas considerou que deveriam ser importantes para a constituição psicológica do ser.
Conforme Ekman (2015) a emoção é um processo, uma avaliação automática, que sofre influência de um passado evolucionista e pessoal, em que se sente que algo importante para o bem-estar ocorre juntamente com mudanças fisiológicas e comportamentos emocionais. As expressões faciais são universais, produtos de uma evolução.
Ekman (1973) evidencia a relação entre o comportamento da face humana e as emoções, argumentando que as emoções humanas têm expressões faciais universais, evidenciando a universalidade de pelo menos seis expressões universais. As expressões faciais universais são inatas diferentemente de gestos que são partes integrantes da linguagem corporal, culturalmente determinada. “As expressões faciais relacionadas a emoções básicas são involuntárias”. (EKMAN, 2012, p. 197). Existem em média oitenta músculos faciais dos quais seis está ligada a expressão facial, mas apenas oito são suficientes para se estabelecer a diferenciação entre as emoções básicas. A face superior dispõe de três músculos principais: o frontal, os corrugadores e os orbiculares das pálpebras. A face média tem dois principais: os zigomáticos e o nasal. Já a face inferior dispõe de três músculos principais: o depressor, o orbicular da boca e o quadratus labii. 
Segundo Silva (1995) as teorias das emoções universais evidenciam quatro sinais faciais, entre eles estão os sinais estáticos, definidos como aqueles que não mudam durante a vida pessoal. O segundo seria o sinal lento que são mudanças ocorridas com a idade, evidenciando-se mais na velhice. O terceiro sinal seria o rápido, que ocorre em segundos de forma sutil ou não. E o quarto seria os sinais artificiais que interferem nos veículos dos sinais estáticos e lentos. Ekman (1973) afirma que as informações faciais emocionais são rápidas e destacam-se nos movimentos faciais, tais como tônus muscular e tamanho da pupila.
Para Cuve (2015) as micro-expressões são rápidas e duram apenas uma fração de segundos, ocorrendo quando deliberada ou inconscientemente as pessoas tentam esconder seus sentimentos. Fisiologicamente, estas representam situações de stress quando os sistemas cognitivos e emocionais se encontram em um conflito neural manifestando-se fisicamente, pois a pessoa não acredita no que diz ou mostra algo diferente do que realmente está sentindo.
Segundo Gazzaniga e Heatherton (2005) Darwin argumentou que o rosto comunica naturalmente as emoções, porém apesar de serem expressas da mesma forma em diferentes culturas, as situações diferem substancialmente, as regras de manifestação dizem como e quando as emoções são exibidas. Para Atkinson e Hilgard (2012) embora a musculatura facial do ser humano varie de pessoa a pessoa, os músculos que produzem as emoções universais são básicos e constantes em todas as pessoas, o que sugere que a face humana evoluiu para transmitir esses sinais, ou seja, respostas inatas com um histórico evolucionário.
Conforme Reeve (2006) as emoções básicas são inatas e não adquiridas por experiências e surgem das mesmas circunstancias para todas as pessoas. Além disso, são expressas de maneiras próprias e distintas provocando um padrão de respostas fisiológicas distintas e previsíveis. Famílias emocionais partilham de características como a fisiologia, estado subjetivo e características de expressão facial, podendo ser explicadas pela aprendizagem, socialização e cultura.
Para Reeve (2006) o medo é uma reação emocional que surge a partir da interpretação que o indivíduo faz de que a situação é perigosa e envolve ameaça ao seu bem-estar, envolve ameaças físicas e psicológicas, e baixa expectativa para lidar com os problemas, considerando que a capacidade não seja suficiente para as circunstancias que estão por acontecer. Segundo Ekman (2015) as sensações e os pensamentos desagradáveis que caracterizam o medo podem não ser vivenciados, mas a consciência pode se concentrar na tarefa, enfrentando a ameaça. O medo ativa a defesa, manifestando-se no sistema nervoso autônomo, a pessoa tende a tremer, olhar ao redor e sentir tensão a fim de se proteger, mas também o medo pode fornecer a base motivacional para a aprendizagem de novas respostas que evitem a situação de perigo. A surpresa é a mais breve de todas as emoções e pode se misturar ao medo, diversão, alívio, raiva e aversão, esta emoção só pode ocorrer diante de um evento súbito ou inesperado, diferentemente do medo que muitas vezes surge depois da surpresa. “A emoção surpresa é gerada por um evento inesperado ou a interrupção súbita de um estímulo, provocando uma pausa permitindo que o indivíduo tenha tempo para se orientar”. (MIGUEL, 2015 p.157).
Ekman (2015) assevera que as expressões faciais quando estamos preocupados com um dano, ou apavorados, notifica aos outros que a ameaça esta a espreita. O âmago do medo é a dor física ou psicológica, mas ela, em si não pode ser considerada uma emoção. A identificação do medo nas micro expressões refere-se às pálpebras superiores levantadas e as inferiores tensionadas, ocasionando em um maxilar aberto e a boca esticada horizontalmente para trás, com as sobrancelhas levantadas e unidas. Segundo Cheffer (2013) cada uma das emoções se refere a uma família emocional, variando de intensidade, o medo, por exemplo, pode variar de receio, apreensão até um estado de maior intensidade como pavor ou horror. Porém, a ativação muscular da surpresa é muito semelhante ao medo, sendo que as diferenças estão no levantamento das pálpebras inferiores, na abertura da boca e no enrugamento da testa conforme o levantamento das sobrancelhas.
Segundo Reeve (2006) a raiva surge da restrição, como quando a interpretação de que os planos da pessoa ou o seu bem-estar possam sofrer interferência de alguma força externa, mas também essa emoção pode surgir da traição de uma confiança, rejeição, critica injustificada ou aborrecimentos acumulados. A essência da raiva é a crença de que uma situação não é o que deveria ser. Essa emoção é passional e o indivíduo enfurecido obtém mais força e mais energia, mas também pode aumentar o senso de controle da pessoa. Respostas comuns motivadas pela raiva geralmente são exprimir sentimentos de magoa ou evitar algo completamente. A raiva tem como objetivo destruir as barreiras do ambiente, mas também pode ser uma emoção produtiva que da energia ao vigor, força e persistência em esforços para lidar de modo produtivo à medida que o mundo é transformado por nós. A família emocional da raiva pode variar pode variar de animosidade, exasperação e irritação até ira, fúria e ódio.
Para Ekman (2015) raramente, a raiva é isolada de outros sentimentos, ela pode proceder ao medo do dano ou da própria raiva, por exemplo. Frequentemente a motivação que temos para controlar a raiva, advém do compromisso de manter relacionamento com a pessoa ou situação que se sente raiva, porém cada indivíduo difere na intensidade de cada emoção. As expressões faciais e musculares da raiva se referem a sobrancelhas abaixadas e unidas em uma posição emque os cantos internos desçam ao nariz, olhos arregalados, lábios apertados com força e um olhar fixo.
Reeve (2006) assinala que a tristeza é a emoção mais negativa desagradável visto que essa surge principalmente de experiências de separação ou fracasso. A tristeza motiva o indivíduo a assumir qualquer comportamento necessário para amenizar essa sensação antes que ela ocorra novamente, ou seja, motiva a pessoa a voltar ao estado anterior que o de angustia. O aspecto benéfico da tristeza é que ela facilita a interação de grupos sociais, pois sua antecipação motiva as pessoas se manterem em união com pessoas queridas. A família emociona da tristeza varia desde dissabor, desgosto ou lamento até amargura, melancolia e luto.
Ekman (2015) relata que diversos tipos de perda podem ativar a tristeza, como a rejeição de um amigo, perda de autoestima e fracasso. A tristeza é uma das emoções de mais longa duração, mas também servem para enriquecer a pessoa a respeito do significado da perda. Pode-se observar que expressões faciais da tristeza se baseiam em a boca aberta cair com os cantos abaixados, bochechas erguidas, como se estivesse apertando os olhos em oposição aos cantos da boca, olhar baixo e as pálpebras superiores pendidas.
As reações faciais da tristeza incluem o rebaixamento das extremidades dos lábios, elevação leve das bochechas, resultando no aperto dos olhos, elevação do centro das sobrancelhas e inclinação das pálpebras superiores, geralmente acompanhadas do olhar para baixo. A voz costuma ter pouca variação de tons, que são baixos, com um discurso pausado e mais lento, em volume mais baixo. (MIGUEL, 2015 p.158)
 
Como bem relata Reeve (2006) à repugnância implica livrar ou afastar um objeto contaminado, estragado ou em deterioração, porém a aprendizagem cultural e social determina o que será esse objeto, podendo ser corporal, interpessoal ou moral. Essa emoção tem como função a rejeição, o sujeito rejeita e renegam de modo ativo aspectos físicos ou psicológicos do ambiente. A repugnância apesar de aversiva desempenha um papel motivacional positivo já que o desejo de evitar objetos repugnantes é um motivador de aprendizagem para os comportamentos de manejo necessários para evitar o encontro de condições que produzam repugnância.
Conforme Ekman (2015) o desprezo se relaciona com a aversão, porém é diferente, o desprezo é vivenciado a respeito de pessoas ou ações, variando de força e intensidade. A repugnância é uma emoção negativa e não provocam sensações agradáveis, já o desprezo expressa poder ou status e pode ser frequentemente acompanhado pela raiva. As sensações de repugnância começam com uma ligeira ânsia de vomito, as sensações no lábio superior e nas narinas crescem. Já no desprezo o lábio superior está erguido ao máximo possível e o lábio inferior também, as laterais das narinas estão erguidas e a elevação das bochechas e o abaixamento das sobrancelhas criam pés de galinha.
Reeve (2006) relata que a alegria ou contentamento ocorrem por bom êxito em uma tarefa, realizações pessoais, progresso em direção à meta, ganho de respeito e sensações agradáveis, as causas dessa emoção são o oposto das causas da tristeza, o modo como a alegria afeta as pessoas, também é o oposto de como a tristeza o faz. Quando se está alegre sente-se entusiasmo s socializa-se. Essa emoção tem dupla função, pois facilita a disposição de exercer atividades sociais, facilitando a interação social, e também ajuda os relacionamentos se formarem e se fortalecerem com o tempo. É um sentimento positivo que torna a vida agradável e equilibra as experiências de frustação ou decepção, permite conservar o bem-estar psicológico e fornece um meio de desfazer os efeitos angustiantes das emoções desagradáveis. A família emocional da alegria varia desde vivacidade, contentamento, empolgação até deleite, felicidade e êxtase.
Segundo Ekman (2015) nas emoções agradáveis existe a expressão sorridente, essas emoções são sinalizadas pela voz, pois os sorrisos são enganosos. Nessa emoção encontra-se o erguimento do musculo zigomático maior que vai dos lábios até as bochechas, resultando na elevação típica do sorriso.
Miguel (2015) afirma que os modelos de emoções básicas propõem que estas se agrupam para formar emoções complexas, além disso, a maioria dos estados emocionais é formada por mais de uma emoção, a decepção seria a mistura de surpresa e tristeza, por exemplo. Porém, nem sempre a mistura das mesmas emoções básicas resultara em uma complexa, dependendo da intensidade e avaliação da pessoa. É importante sinalizar que quando se diz que uma emoção é básica não se esta referindo a um fenômeno único e isolado, cujas características são exatamente as mesmas, e quaisquer diferenças implicariam em ser outra emoção básica, mas refere-se a grupos que compartilham afetos, cognições e comportamentos semelhantes.
2. OBJETIVOS
● Identificar fatores que interferem na identificação de emoções e micro expressões universais em fotografias.
● Analisar de uma forma geral os aspectos das emoções básicas e identificar os resultados dos testes a partir da teoria de emoções universais de Paul Ekman.
3. MÉTODO
3.1 Situação
3.1.1 Ensino Fundamental
Os participantes de seis a doze anos responderam aos testes propostos na cidade de Campinas, no local onde cursam o ensino fundamental. O local em que foi aplicado o teste consistia em uma sala de aula que dispunha de mesas, cadeiras, cortinas, ventiladores e um quadro. Os alunos responderam aos questionários sentados em fileira e com uma duração média de dez minutos. O local continha iluminação o suficiente para a realização do teste e os ventiladores permaneceram desligados. Não houve interferências durante a realização.
3.1.2 Ensino Médio
Os participantes de doze a 21 anos responderam aos testes na cidade de Campinas, o local que foi aplicado o teste consistia em uma escola onde os alunos cursavam o ensino médio, o local consistia em um laboratório de informática que continha computadores e cadeiras na frente dos mesmos, os alunos ficaram sentados cada um respectivamente em um computador enquanto respondiam ao questionário proposto. O local dispunha de iluminação suficiente para a realização dos testes e não houve qualquer tipo de interferência ou duvida que pudesse comprometer os resultados.
3.1.3 Ensino Superior
Os participantes do ensino superior completo ou incompleto responderam aos testes na cidade de Campinas, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no Centro de Ciências da vida (CCV), no laboratório de informática do local. No laboratório continha mesas com seus respectivos computadores, onde os alunos permaneceram sentados em fileira, também continha cortinas e um projetor. Não permaneceram na sala alunos que não iriam responder aos testes, sendo assim somente os participantes estavam presentes. O local continha iluminação o suficiente para a realização do teste e não houve interferências.
3.2 PARTICIPANTES
-P1: J.E.S; 12 anos; sexo masculino; ensino fundamental.
-P2: S.S.F.L; 7 anos; sexo feminino; ensino fundamental.
-P3: D.E.D; 10 anos; sexo masculino; ensino fundamental.
-P4: M.E.A; 10 anos; sexo feminino; ensino fundamental.
-P5: L.M.R; 8 anos; sexo feminino; ensino fundamental.
-P6: N.C.F; 8 anos; sexo feminino; ensino fundamental.
-P7: K.L; 10 anos; sexo masculino; ensino fundamental.
-P8: S.M.S.O, 9 anos, sexo feminino; ensino fundamental.
-P9: S.L; 6 anos; sexo feminino; ensino fundamental.
-P10: N.S; 11 anos; sexo masculino; ensino fundamental.
-P11: L.L.D.S; 15 anos; sexo masculino; ensino médio.
-P12: G.M.D; 18 anos; sexo feminino; ensino médio.
-P13: T.P.L; 17 anos; sexo masculino; ensino médio.
-P14: V.C; 16 anos; sexo feminino; ensino médio.
-P15: C.G.V; 17 anos; sexo masculino; ensino médio.
-P16: G.T.S; 17 anos; sexo masculino; ensino médio.
-P17: E.T; 15 anos; sexo feminino; ensino médio.
-P18: L.N; 16 anos; sexo feminino; ensino médio.
-P19: R.P; 17 anos; sexo masculino; ensino médio.
-P20: I.N.R; 16 anos; sexo feminino; ensino médio.
-P21: C.G.B; 22 anos; sexo feminino;ensino superior.
-P22: S.H.T.S; 22 anos; sexo feminino; ensino superior.
-P23: Y.D.G; 23 anos; sexo feminino; ensino superior.
-P24: F.F.B; 22 anos; sexo feminino; ensino superior.
-P25: M.S.M; 24 anos; sexo masculino; ensino superior.
-P26: E.C.C; 22 anos; sexo feminino; ensino superior.
-P27: A.L.A.M; 23 anos; sexo masculino; ensino superior.
-P28: C.B.G.S; 24 anos; sexo feminino; ensino superior.
-P29: V.M.P; 23 anos; sexo feminino; ensino superior.
-P30: E.V.T; 23 anos; sexo masculino; ensino superior.
3.3 INSTRUMENTOS
● Atividade de Identificação da Expressão Emocional
Essa atividade é composta de expressões de seis emoções básicas, conforma a teoria de Paul Ekman, as quais são raiva, repugnância, medo, surpresa, alegria e tristeza. O teste é subdividido por áreas do saber tais como Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior Incompleto e Ensino Superior Completo. Os participantes deveriam identificar a partir de seis fotos as quais emoções as expressões estão se referindo. Cada foto tivera cinco opções de emoções, as quais serão listadas a seguir. Foto 1: Alegria, Raiva, Irritação, Medo, Descontentamento. Foto 2: Repugnância/Nojo, Raiva, Tristeza, Medo, Surpresa. Foto 3: Irritação, Raiva, Medo, Repugnância/Nojo, Tristeza. Foto 4: Interesse, Surpresa, Medo, Irritação, Tristeza. Foto 5: Alegria, Interesse, Medo, Raiva, Contentamento. Foto 6: Tristeza, Raiva, Vergonha, Medo, Saudade. As opções corretas para cada foto se referiam a: Foto 1, raiva. Foto 2, medo. Foto 3, repugnância/nojo. Foto 4, surpresa. Foto 5, alegria e Foto 6, tristeza. Além disso, o teste também dispunha de outra questão que pedia para apontar quais fotos os participantes encontraram mais dificuldade para assinalar a emoção corresponde, permitindo assim, a análise subjetiva dos dados.
● Caneta esferográfica azul ou preta.
3.4 PROCEDIMENTOS
Para a realização da atividade, foram necessários 30 participantes, sendo que estes deveriam estar matriculados em alguma modalidade de ensino, sendo do Ensino Fundamental ao Superior Completo e Incompleto. As idades deveriam ser de seis a onze anos, doze a vinte e um anos e acima de vinte e um anos, para possibilitar uma melhor variedade nos testes. Fora orientado aos participantes que estes deveriam olhar atentamente a cada fotografia e logo após assinalar na folha de resposta, de acordo com o número da foto, a que expressão ele acreditava que se referia, seguindo esta ordem para as seis fotografias dispostas, logo após ele deveria explicitar se obteve dificuldade em alguma alternativa ou expressão e qual foi. Com a disposição destas informações, a escala foi respondida pelos participantes, identificando a qual emoção a expressão emocional correspondia. Os testes foram aplicados coletivamente de acordo com a faixa etária e nível de ensino de cada grupo, sendo que, primeiramente foi aplicado coletivamente ao grupo do Ensino Fundamental e posteriormente aplicado coletivamente ao grupo do Ensino Médio, sendo que por último, participantes do Ensino Superior responderam coletivamente a atividade.
4. RESULTADOS
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Tabela 1. Número de acertos total por participantes 
	 
	 
	 
	PARTICIPANTES
	Nº DE ACERTOS
	MODALIDADE DE ENSINO
	 
	P1
	
	5
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P2
	
	6
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P3
	
	5
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P4
	
	4
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P5
	
	4
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P6
	
	5
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P7
	
	4
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P8
	
	4
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P9
	
	6
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P10
	
	1
	
	
	ENSINO FUNDAMENTAL
	
	P11
	
	3
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P12
	
	6
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P13
	
	3
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P14
	
	4
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P15
	
	4
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P16
	
	3
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P17
	
	5
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P18
	
	5
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P19
	
	2
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P20
	
	6
	
	
	ENSINO MÉDIO
	
	
	P21
	
	4
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P22
	
	3
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P23
	
	4
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P24
	
	5
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P25
	
	3
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P26
	
	3
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P27
	
	3
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P28
	
	4
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P29
	
	6
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
	P30
	
	5
	
	
	ENSINO SUPERIOR
	
	
Na tabela 1, encontra-se a pontuação de cada participante por nível de ensino.
Na tabela 1, encontra-se a pontuação de cada participante subdividida em níveis de ensino, pode-se observar que os resultados mais discrepantes entre as áreas evidenciam-se entre o ensino superior e o ensino fundamental, já entre os participantes, observa-se que a menor pontuação foi do Participante de número 10, com um ponto e o maior resultado foi referente aos Participantes 2, 9, 12, 20 e 29 que obtiveram a pontuação máxima da atividade, com seis pontos. Além disso, é observável que fora os participantes acima destacados não houve muitas variações nas pontuações, assemelhando-se entre o ensino fundamental uma média frequente de acertos que não obteve uma grande variação nesta modalidade de ensino. Para os participantes do ensino médio também não teve uma grande variação de respostas, mas destacando-se o Participante 19, que obteve apenas dois pontos no teste, um número menor que a média do grupo nesta modalidade. Para os participantes do ensino superior também não houve uma discrepância entre os números de acertos, evidenciando-se que a menor pontuação para esta modalidade foi três, metade do número de acertos total do teste. Com a disposição destes dados mostra-se as variedades não apenas entre as modalidades de ensino, mas também entre os participantes de cada modalidade.
	
	
	
	
	
	
	
	
	Tabela 2. Resultado da amostra por nível de ensino
	 
	 
	 
	 
	N. DE ENSINO
	MÉDIA
	MÍNIMO
	MÁXIMA
	DP
	 
	
	E. FUNDAMENTAL
	4.4
	1
	6
	1,42984
	
	
	E. MÉDIO
	
	4.1
	2
	6
	1,37032
	
	
	E. SUPERIOR
	4
	3
	6
	1,05409
	 
Na tabela 2, encontram-se as variáveis estatísticas da amostra subdivididas por nível de ensino.
Na tabela 2, apresenta-se a Média, Mínimo, Máxima e Desvio Padrão para os respectivos níveis de ensino apresentados. Referindo-se a média pode-se observar que a maior encontra-se nos Participantes do Ensino Fundamental com 4,4 discrepando-se em uma dimensão de 0,4 pontos para o Ensino Superior e 0,3 para o Ensino Médio. No que se refere ao mínimo verifica-se que a menor pontuação foi de estudantes do Ensino Fundamental, com um ponto, porém as outras modalidades também obtiveram um mínimo em seu grupo, sendo que estes foram de dois e três, respectivamente. Na pontuação máxima, houve um empate entre as modalidades avaliadas, com um total de seis pontos. O desvio Padrão mede a variabilidade dos valores, sendo que quanto mais próximo de zero significa que não há variabilidade. Pode-se perceber que o maior valor do Desvio Padrão fora para a modalidade de Ensino Fundamental, demonstrando grande variabilidade nas pontuações obtidas. Já o menor valor referiu-se ao Ensino Superior indicando que não há grande variabilidade nas pontuações obtidas pelos participantes.
	Quadro 1. Respostas qualitativas da atividade¹
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	PARTICIPANTES
	 
	RESPOSTAS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	P1
	
	
	A foto que demonstra raiva é confundida com irritação. ²
	 
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P3
	
	
	Às vezes confundem-se algumas mais estranhas. ²
	
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P5
	
	
	Dúvida entre interesse e surpresa. ²
	
	
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P6
	
	
	Dúvida na expressão de surpresa. ²
	
	
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P7
	
	
	Confusão entre tristeza e saudade e surpresa com medo. ²
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P8
	
	
	Confusão entre medo e surpresa e a terceira foto nojo com raiva. ²
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P10
	
	
	Foto 1 Confunde-se irritação com medo.
	
	
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P21
	
	
	Foto 2 Poderiam ser outras opções, tais como medo e surpresa.
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P22
	
	
	Foto 4 Está com expressão indecisa de medo ou surpresa.
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P23
	
	
	A foto 2 parece que a expressãofacial possui mais de uma emoção.
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P25
	
	
	Foto 5 Alegria e contentamento se confundem. Na foto 6, parece ter duas
	 
	
	
	
	emoções: medo e vergonha.
	
	
	
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P26
	
	
	Na foto 2 o individuo aparenta estar assustado.
	
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	P29
	
	
	Foto 1, Dificuldade de diferenciar raiva de irritação.
	
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
¹ É importante enfatizar que neste quadro encontram-se apenas as respostas dos participantes que se disponibilizaram a responder a questão número seis, os nãos citados escolheram a opção de não respondê-la. ² Participantes que não especificaram a que foto se referiam.
No quadro 1, encontram-se as respostas qualitativas da atividade por participantes, é importante ressaltar que alguns participantes escolheram não responder a esta questão na atividade e outros não especificaram a que fotos estavam se referindo ao discorrer sobre suas explicações, estes casos encontram-se sinalizados no quadro para uma melhor compreensão. Pode-se perceber que a maior dificuldade entre os participantes fora diferenciar raiva de irritação, surpresa e medo. É observável que P1, P8 e P29 confundiram alguma emoção com raiva ou tiveram dificuldade para identificar a mesma. Também é destacável que P5, P6, P7, P8, P21, P 22 e P26 tiveram dificuldade de identificar a surpresa dentre as emoções destacadas, principalmente no que se refere às expressões faciais de surpresa e medo. Além dos destaques citados, não fora encontrado mais dificuldades que estas sinalizadas pelos participantes, observando-se dificuldades em comum entre os mesmos.
■ Valores de pontuação para cada participante do Ensino Fundamental
Observa-se que no gráfico acima, encontram-se as pontuações de cada participante cursando o Ensino Fundamental, é notável que os participantes com maiores pontuações sejam P2 e P9, evidenciando-se que estes acertaram todas as expressões propostas nos testes, diferentemente de P10 que obteve a menor pontuação, relacionado aos demais participantes, o número de acertos não teve uma grande variação, intercalando-se entre 4 e 5 acertos entre os participantes dessa modalidade.
■ Valores de pontuação para cada participante do Ensino Médio
No gráfico 2, é observável que os participantes cursando o Ensino Médio obtiveram, em uma perspectiva geral, pontuações menores do que os participantes de Ensino Fundamental. As maiores pontuações encontram-se com P12 e P20, já as menores com P19 somando-se 2 pontos e P11, P13 e P16 com 3 pontos. Os demais participantes variaram entre 4 e 5 em suas pontuações.
■ Valores de pontuação para cada participante do Ensino Superior
No gráfico acima encontram-se os valores de pontuação referente aos estudantes que cursam o Ensino Superior, é observável, em uma perspectiva geral, que nesta modalidade houve menores pontuações referentes aos gráficos anteriores. Destaca-se que o participante que teve a maior pontuação fora o P6, sendo que 4 dos participantes fizeram uma pontuação mínima de 3 pontos e os demais também variaram entre 4 e 5 pontos. Com isso, é notável a discrepância entre os participantes independente dos níveis de ensino.
■ Médias gerais referentes às modalidades de Ensino
No gráfico acima encontram-se as médias gerais para cada área de ensino, pode-se observar que como evidenciado nas tablas e gráficos anteriores, os participantes do Ensino Fundamental obtiveram a maior média de 4,4 que evidencia uma variância de 0,3 e 0,4 respectivamente para as demais áreas. Em relação às demais modalidades não houve grande variação, sendo que entre o Ensino Médio e o Ensino Superior a variância fora de 0,1 sendo o Ensino Superior à modalidade com menor média.
5. DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para Ekman (1973) há evidencias de relação entre o comportamento da face humana e as emoções, argumentando que as emoções humanas têm expressões faciais universais, inatas e involuntárias. Segundo Atkinson e Hilgard (2012) embora a musculatura facial do ser humano varie de pessoa a pessoa, os músculos que produzem as emoções universais são básicos e constantes em todas as pessoas, o que sugere que a face humana evoluiu para transmitir esses sinais, ou seja, respostas inatas com um histórico evolucionário.
Conforme mostrado na Tabela 1, apresentam-se os dados quantitativos do teste aplicado, é observado que os resultados mais discrepantes foram evidenciados entre o Ensino Fundamental e o Superior, já entre os participantes, observa-se que a menor pontuação foi do Participante de número 10, com um ponto e o maior resultado foi referente aos Participantes 2, 9, 12, 20 e 29 que obtiveram a pontuação máxima da atividade, com seis pontos. Para os participantes do ensino médio também não teve uma grande variação de respostas, mas destacando-se o Participante 19, que obteve apenas dois pontos no teste, um número menor que a média do grupo nesta modalidade. Diante disso, é evidenciado como os resultados entre modalidades ou participantes não foram muito discrepantes supondo-se um básico reconhecimento de emoções em outrem, já que conforme a teoria as emoções são vistas como respostas construtivas a tarefas fundamentais da vida, e mesmo a mais veemente emoção é necessária na busca humana por sobrevivência. (REEVE, 2006). Na tabela 2, é evidenciado a média, mínimo, máxima e desvio padrão por modalidade de ensino, pode-se observar que se referindo à média pode-se observar que a maior encontra-se nos Participantes do Ensino Fundamental com 4,4 discrepando-se em uma dimensão de 0,4 pontos para o Ensino Superior e 0,3 para o Ensino Médio. As diferenças nas pontuações podem se elucidar pela confusão do que é uma emoção ou as intensidades da mesma. Segundo Reeve (2006) as emoções básicas podem resultar em uma família emocional que partilha de características fisiológicas, estados subjetivos e expressões faciais, que ocorre pela aprendizagem, socialização e cultura. Esses fatores de intensidade e aprendizagem cultural podem ter sido sinalizados pelos erros dos participantes em identificar uma determinada emoção. Ekman (1973) afirma que as informações faciais emocionais são rápidas e destacam-se nos movimentos faciais, tais como tônus muscular e tamanho da pupila, podendo este fator alterar a percepção da diferença entre uma e outra emoção, como a semelhança e diferenças entre surpresa e medo.
No gráfico 1, observa-se os resultados obtidos pela modalidade Ensino Fundamental, essa modalidade de forma geral fora a que obteve uma maior pontuação nas identificações das emoções, sendo que apenas o Participante 10 teve um resultado abaixo do esperado, em relação aos demais participantes nota-se que estes variaram entre 6,5 e 4 pontos. Segundo Santos (2008), nas crianças em idade pré-escolar são destacadas três componentes da competência emocional, que se encontram associadas com o ajustamento escolar, entre eles está: o conhecimento das emoções – identificar, reconhecer e nomear emoções; diferenciar as próprias emoções; compreender as emoções dos outros com base nas expressões faciais e, nas características das situações de contexto emocional. As crianças desenvolvem gradualmente a competência de identificar emoções, de reconhecer o significado das expressões faciais, e de compreender o modo como às características das situações podem afetar as emoções dos outros, a capacidade de nomear verbalmente as emoções e de identificá-las, não verbalmente, aumenta dos dois aos quatro anos e meio de idade (Denham & Couchoud, 1990). Fator que pode explicar a facilidade das crianças, ou do grupo de idade do Ensino Fundamental, de identificar expressões faciais nos testes.
Segundo Gazzaniga e Heatherton (2005) Darwin argumentou que o rosto comunica naturalmente as emoções, porém apesar de serem expressas da mesma forma em diferentes culturas, as situações diferem substancialmente, as regras de manifestação dizem como e quando as emoções são exibidas. No gráfico 2, é observável que os participantes cursando o Ensino Médio obtiveram,em uma perspectiva geral, pontuações menores do que os participantes de Ensino Fundamental. Este fator pode ser evidenciado na aprendizagem cultural e social do que é uma emoção, podendo este ser um fator de dificuldade em identificar uma emoção básica, o que condiz com a teoria acima de que as emoções têm regras de manifestações e dizem como e quando as emoções são exibidas. Este grupo, em uma análise mais qualitativa, ao responder a que emoção correspondia à fotografia de raiva, muitas vezes respondia-se irritação. Evidenciando-se as variações nos padrões culturais. É observável no gráfico 3 que os participantes de nível superior obtiveram uma pontuação geral menor que os dois grupos anteriores, sendo esta a modalidade com menor média na identificação das expressões universais. Conforme Ekman (2015) a emoção é um processo, uma avaliação automática, que sofre influencia de um passado evolucionista e pessoal, em que se sente que algo importante para o bem estar ocorre juntamente com mudanças fisiológicas e comportamentos emocionais. As expressões faciais são universais, produtos de uma evolução. Este grupo, mais que os anteriores apresentaram dificuldade ao diferenciar uma emoção de outra, como medo e surpresa.
O quadro 1 teve a proposta de analisar as respostas qualitativas e dificuldades dos participantes. É observável a presente dificuldade da diferenciação entre raiva e irritação, ou relatos de que uma fotografia aparenta expressar mais de uma expressão emocional. Pode-se observar também uma grande dificuldade para diferenciar surpresa e medo. Segundo Ekman (2015), a raiva tem como objetivo destruir as barreiras do ambiente, mas também pode ser uma emoção produtiva que da energia ao vigor, força e persistência em esforços para lidar de modo produtivo à medida que o mundo é transformado por nós. A família emocional da raiva pode variar pode variar de animosidade, exasperação e irritação até ira, fúria e ódio. Essa variação em famílias emocionais da raiva pode explicar a confusão entre raiva e irritação que diferem apenas em intensidade. As expressões faciais e musculares da raiva se referem a sobrancelhas abaixadas e unidas em uma posição em que os cantos internos desçam ao nariz, olhos arregalados, lábios apertados com força e um olhar fixo. No que se refere às emoções de medo e surpresa é esperado conforme a teoria de Ekman (2015) que haja uma confusão entre ambas, a surpresa é a mais breve de todas as emoções e pode se misturar ao medo, diversão, alívio, raiva e aversão, esta emoção só pode ocorrer diante de um evento súbito ou inesperado, diferentemente do medo que muitas vezes surge depois da surpresa. A ativação muscular da surpresa é muito semelhante ao medo, sendo que as diferenças estão no levantamento das pálpebras inferiores, na abertura da boca e no enrugamento da testa conforme o levantamento das sobrancelhas.
5.1 Considerações Finais
Alguns participantes demonstraram certas resistências quanto a responder a questão número seis do teste, dificultando uma análise qualitativa mais profunda e correlacionar com a teoria. O grupo considerou o tema do trabalho de grande aprendizagem de si mesmo e do contexto social das emoções. Futuros estudos poderiam explicar com precisão a identificação das emoções universais, principalmente no que se refere às variações de idades, para uma melhor discussão dos resultados e melhor compreensão da perspectiva de outrem sobre as emoções e características das mesmas.
6. REFERÊNCIAS
ATIKINSON E HILGARD. Introdução à Psicologia. 15. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. p. 332-338.
COLLIN, C. et al. Emoções são um Trem Desgovernado. In: Ekman, P. O Livro da psicologia. São Paulo: Globo Livros, 2012. p.196-197.
CUVE, H. C. J. Expressões Faciais das Emoções e Micro-expressões tendências e contributos da Psicologia Moderna. 2015. Disponível em: https://psicologado.com/psicologia-geral/introducao/expressoes-faciais-das-emocoes-e-micro-expressoes-tendencias-e-contributos-da-psicologia-moderna. Acesso em: 20 maio. 2016.
DAMASIO, A. O Sentimento de Si. 5. ed. Mem Martins: Europa-América, 2000.
DELGADO, J. M. R. Emoções. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1915.
Denham, S. A., & Couchoud, E. (1990). Young preschoolers’ understanding of emotions. Child Study Journal, 20, 171-192.
EKMAN, P. A linguagem das emoções. São Paulo: Lua de Papel, 2011.
EKMAN, P. Darwin and facial expression; a century of research in review. Available from: New York Academic Press. http://www.paulekan.com/wp-content/uploads/2013/07/facial-Expression.pdf. Cited 21 may. 2016.
GAZZANIGA, M.S E HEATHERTON, T.F. Ciência Psicológica Mente Cérebro e Comportamento. 2° ed. São Paulo: Artmed, 2005.
HENRY, W.F.; COULSON, J. The Oxford Universal Dictionary on Historical Principles, Oxford, Oxford University Press, 1955. p.430.
MIGUEL, F. K. Psicologia das emoções: uma proposta integrativa para compreender a expressão emocional. São Paulo, v. 20, n. 1, p. 153-162, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pusf/v20n1/1413-8271-pusf-20-01-00153.pdf. Acesso em: 19 maio. 2016. 
REEVE, J. Motivação e Emoção. 4° ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. p. 190-207.
SANTOS, A. Relações entre o conhecimento das emoções, as competências académicas, as competências sociais e a aceitação entre pares. Revista Análise Psicológica, Lisboa, v. 26, n. 3, p.1-16, 2008. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v26n3/v26n3a08.pdf. Acesso em: 27 de maio de 2016.
SILVA, J. A. e SILVA, M. J. P. Expressões faciais e expressões humanas levantamento bibliográfico. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 48, n. 2, p.180-187, 1995. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671995000200013. Acesso em: 20 maio. 2016.
Gráfico 3. Número de acertos porEnsino Superior
P21	P22	P23	P24	P25	P26	P27	P28	P29	P30	4	3	4	5	3	3	3	4	6	5	Participantes
Número de acertos
Gráfico 4. Médias por níveis de Ensino
Ensino Fundamental	Ensino Médio	Ensino Superior	4.4000000000000004	4.0999999999999996	4	Níveis de Ensino
Médias
Gráfico 1. Número de acertos por Ensino Fundamental
P1	P2	P3	P4	P5	P6	P7	P8	P9	P10	5	6	5	4	4	5	4	4	6	1	Participantes
Número de acertos
Gráfico 2. Número de acertos por Ensino Médio
P11	P12	P13	P14	P15	P16	P17	P18	P19	P20	3	6	3	4	4	3	5	5	2	6	Participantes
Número de acertos

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