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Hiperparatireoidismo renal secundário

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Daniela krieck do Nascimento
Clínica II
Hiperparatireoidismo renal secundário
Os rins são órgãos complexos e multifuncionais, entre suas principais funções estão a excretora, que se encarrega do controle de solutos por meio da filtração glomerular, regulatória, que faz o controle dos balaços hídricos, eletrolíticos e ácidos-base, catabólica, fazendo a degradação de pequenos peptídeos, e a função endócrina com a produção hormonal. A doença renal crônica é caracterizada pela deficiência estrutural/funcional irreversível dos rins que perdura por 3 meses ou mais, tendo seu início assintomático.
Nos cães são encontradas 4 glândulas paratireoides, que secretam o hormônio PTH responsável pelo metabolismo do cálcio no organismo. O hiperparatireoidismo renal secundário se caracteriza pelo aumento da concentração fisiológica de PTH biologicamente ativo. 
O PTH trata-se de um composto, é a toxina urêmica melhor caracterizada, que se acumula devido a diminuição da função renal e exerce efeitos adversos no cérebro, coração, medula óssea e outros tecidos, o hiperparatireoidismo renal secundário (HRS) é uma síndrome multifatorial que causa mudanças nos níveis de cálcio circulante, PTH, fósforo e calcitriol, a função renal diminuída promove uma baixa na produção de calcitriol e retenção de fósforo que contribuem para o aparecimento da doença. A maior parte dos pacientes com DRC apresentam o HRS, e com o tempo as glândulas se tornam hiperplásicas.
Nestes casos coexiste uma menor ativação da vitamina D nos rins, aumentando a hipocalcemia e a ativação do PTH levando a condição clinica conhecida como mandíbula de borracha (osteodistrofia renal), em que o tecido da mandíbula passa a ser reabsorvido e substituído por tecido conjuntivo fazendo com que a mandíbula ganhe uma consistência elástica e móvel. Além disso, a hiperfosfatemia e o excesso de PTH predispõem a mineralização dos tecidos moles causando a piora do quadro de insuficiência renal.
A ocorrência deste distúrbio é mais comum em animais jovens, que apresentam uma taxa maior de renovação óssea, muitas vezes a dosagem de cálcio e fosforo circulante se apresentarão normais, nesses casos indica-se a dosagem do PTH. O tratamento desse distúrbio é realizado através do controle da concentração de fosforo, sendo a recomendação inicial restringir o consumo do mesmo na dieta com rações comerciais próprias ou dietas caseiras para pacientes nefropatas. Caso o controle pela dieta não seja suficiente recomenda-se o uso de quelantes de fósforo intestinais, como o hidróxido de alumínio ou o carbonato de cálcio administrados nas refeições.

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