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1 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 - Fossas crânio-faciais e Músculos da mastigação – REGIÃO PAROTIDEOMASSETÉRICA ↠ Essa região inclui: Glândula parótida e seu ducto Plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII) Veia retromandibular Artéria carótida externa Músculo masseter. ↠ Limites Superior - Arco zigomático Posterior - Orelha externa e margem anterior do músculo esternocleidomastóideo Medial - Ramo da mandíbula Anterior - Margem anterior do músculo masseter Inferior - Ângulo e margem da mandíbula REGIÃO TEMPORAL Essa região inclui: Área lateral do couro cabeludo Tecidos moles mais profundos sobre a fossa temporal do crânio, superior ao zigomático. Fossa Temporal - Região lateral da cabeça. Inserção da fáscia temporal, formando um arco em direção posterior pelo osso frontal e parietal. ↠ Limites Anterior - Face temporal do osso zigomático Posterior - Crista supramastóide Medial - Osso temporal, parietal, frontal e asa maior do osso esfenoide Lateral - Pele e tec. subcutâneo 2 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Superior - Linha temp. superior Inferior - Linha horizontal delimitada pelas extremidades do osso zigomático ↠ Conteúdo: M. temporal Vasos temporais superficiais (principalmente da artéria temporal superficial e seus ramos – frontal, médio, e posteriores (parietais)- Nervo auriculo-temporal Fossa Infratemporal - Espaço de forma irregular de localização posterior a mandíbula. Encontra-se abaixo da linha do arco zigomático. Ela se comunica com a fossa temporal através do intervalo entre o arco zigomático e os ossos cranianos. ↠ Limites Superior - superfície infratemporal da asa maior do esfenoide Anterior - superfície posterior da maxila e fissura orbital inferior Medial - lamina do processo pterigoide do osso esfenoide e fissura pterigomaxilar 3 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Lateral - ramo e processo coronoide da mandíbula Inferior - pele e tec. subcutâneo Posterior - pele e tec. subcutâneo ↠ Conteúdo Porção inferior do m. temporal (adentra essa fossa) M. pterigoideos lateral e medial Artéria maxilar e ramos Plexo venoso pterigio Nervo maxilar V2 Nervo corda do tímpano ↠ Comunicações Fossa temporal – abertura do arco zigomático que comunica as duas fossas Orbita – fissura orbital inferior Fossa pterigopalatina – fissura pterigomaxilar Fossa média do crânio – forame oval e espinhoso ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM) É uma articulação sinovial do tipo gínglimo, a qual permite o deslizamento (translação), pequeno grau de rotação (giro), flexão (elevação), e extensão (abaixamento). ↠ Faces articulares: Superior - Fossa mandibular e tubérculo articular do temporal Inferior – Cabeça da mandíbula. Arteria maxilar: Tem origem na carótida externa e é dividida em 3 partes conforme o músculo pterigóideo lateral: 1ª parte: mandibular -> a. auricular profunda, a. timpânica anterior, a. meníngea média, a. meníngea acessória, a. alveolar inferior 2ª parte: pterigoidea -> a. massetérica, a. temporal profunda anterior, a. temporal profunda posterior, ramos pterigoideos, a. bucal 3ª parte: pterigopalatina -> a. alveolar superior posterior, a. infraorbital, a. do canal pterigóideo, ramo faríngeo, a. palatina descendente, a. esfenopalatina 4 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 A membrana fibrosa da cápsula articular se fixa na cartilagem articular do temporal e ao redor do colo da mandíbula. As duas faces articulares ósseas são separadas por fibrocartilagem interposta (disco articular da ATM) e isso cria cavidades articulares superior e inferior separadas, revestidas por membranas sinoviais superior e inferior, também separadas. ↠ Ligamentos: Ligamento lateral da ATM (intrínseco) - Reforça a articulação lateralmente e evita luxação posterior da articulação com o tubérculo pós-glenoidal. Ligamento estilomandibular (extrínseco) - Não contribui significativamente para a força da articulação. Ligamento esfenomandibular (extrínseco) - Principal responsável pela sustentação passiva da mandíbula, embora o tônus dos músculos da mastigação sustente o peso da mandíbula (geralmente). Atuam como dobradiça oscilante, servindo como fulcro e como ligamento controlador para os movimentos da mandíbula nas ATM. Movimentos de protrusão e retrusão ocorrem no compartimento superior e os movimentos de rotação no compartimento inferior. Fechar a boca (elevação - Temporal, masseter e pterigóideo medial. Abrir a boca (depressão) - Pterigóideo lateral, supra-hióideo e infra-hióideo. Protrair o queixo - Pterigóideo lateral, masseter e pterigóideo medial. Retrair o queixo - Temporal (fibras oblíquas posteriores e quase horizontais) e masseter. Movimentos laterais (rangido dos dentes e mastigação) - Temporal do mesmo lado, pterigoideos do lado oposto e masseter. 5 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Fossa Pterigopalatina - Espaço em fenda, afunilado e situado abaixo da base do crânio (entre maxila, lâmina perpendicular do palatino e processo pterigoide) ↠ Limites Anterior - Sup. posterior do corpo da maxila Posterior - Lamina lateral do processo pterigoideo e asa menor do esfenoide Superior - Esfenoide e processo orbital do palatino Inferior - Encontro das paredes (anterior e posterior) formando o afunilamento da fossa Medial - Lamina perpendicular do palatino Lateral - Fissura pterigomaxilar ↠ Conteúdo Gânglio pterigopalatino Ramos do nervo maxilar – associado ao gânglio pterigopalatino Ramos terminais da artéria maxila – ramo terminal da carótida externa 3ª parte da artéria maxilar (pterigopalatina) Segue medialmente através da fissura pterigomaxilar e entra na fossa pterigopalatina Situa-se anteriormente ao gânglio pterigopalatino e dá origem a ramos que acompanham todos os nervos da fossa Ramos: a. alveolar superior posterior, a. infraorbital, a. do canal pterigóideo, ramo faríngeo, a. palatina descendente, a. esfenopalatina Veias acompanhantes (tributárias do plexo venoso pterigóideo) Nervo Maxilar (NC V2) Passa pelo forame redondo e entra na fossa N. maxilar dá origem ao n. zigomático, que se divide em n. zigomaticofacial e n. zigomaticotemporal N. maxilar dá origem também aos 2 ramos para o gânglio pterigopalatino (parassimpático). » N. do canal pterigóideo (n. petroso maior+n. petroso profundo) » N. infraorbital, pelo qual deixa a fossa pterigopalatina. 6 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 ↠ Comunicação Orbita – Fissura orbital inferior Fossa média craniana – Forame redondo Cavidade nasal – Forame esfenopalatino Palato – Canais palatinos (maior e menor) Fossa infratemporal – Fissura pterigomaxilar MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Produzem os movimentos da ATM. Temporal, masseter, pterigóideo lateral, pteigóideo medial desenvolvem-se a partir do mesoderma do primeiro arco faríngeo. Logo, todos são inervados pelo nervo mandibular (NC V3). Em geral, a depressão da mandíbula produzida pela gravidade. Os músculos supra-hiódeos estão localizados em cada lado do pescoço e são usados basicamente paraelevar o hioide e abaixar a mandíbula durante a deglutição. Músculo Masseter 7 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Musculo Temporal - É um músculo triangular, que ocupa a fossa temporal - Origem Face externa do temporal - Inserção (através de um tendão que passa atrás do arco zigomático) Processo coronoide da mandíbula Face anterior do ramo da mandíbula - Inervação Nervo temporal (ramo mandibular do n. trigêmeo V) - Ação Elevação (oclusão) da mandíbula Retração da mandíbula (acoplamento da mandíbula na articulação temporomandibular) Musculo Masseter - É um músculo quadrado - Origem Arco zigomático - Inserção Ângulo e ramo da mandíbula (Fascículo superficial) Ramo da mandíbula e processo coronoide (Fascículo profundo) - Inervação Nervo massetérico (ramo mandibular do n. trigêmeo V) - Ação Elevação (oclusão) da mandíbula Musculo Pterigoideo Medial - É músculo quadrangular com 2 cabeças - Origem Face medial da lâmina lateral do processo pterigoideo do esfenoide - Inserção Face medial do ângulo Ramo da mandíbula - Inervação Nervo do pterigoideo medial (ramo mandibular do n. trigêmeo V) 8 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 - Ação Elevação (oclusão) da mandíbula Musculo Pterigoideo Lateral - É músculo triangular com 2 cabeças (superior e inferior) - Origem Asa maior do esfenoide (cabeça superior) Face lateral da lamina lateral do processo pterigoideo do esfenoide (cabeça inferior) - Inserção Face anterior do disco articular da articulação temporomandibular (cabeça superior) Côndilo da mandíbula (cabeça inferior) - Inervação Nervo do pterigoideo lateral (ramo mandibular do n. trigêmeo V) - Ação Protrusão da mandíbula (anteriorização da arcada dentária inferior) 9 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 FÁSCIA DO PESCOÇO As estruturas do pescoço são circundadas por uma camada de tela subcutânea (hipoderme) e são divididas em compartimentos por camadas de fáscia cervical. Tela Subcutanea Cervical Camada de tecido conjuntivo adiposo que fica entre a derme da pele e a lâmina superficial da fáscia cervical. Contém nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, linfonodos superficiais e gordura. Musculo Platisma Lâmina larga e fina de músculo localizada na parte anterolateral da tela subcutânea cervical. Desenvolve-se do mesênquima do 2° arco faríngeo e é suprido por ramos no nervo facial (NC VII). O m. platisma tensiona a pele, ajuda a abaixar a mandíbula e os ângulos da boca. É um músculo da expressão facial e exprime tensão ou estresse. Fascia Cervical Formada por 3 lâminas faciais: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral, que sustentam as vísceras cervicais, músculos, vasos e linfonodos profundos. Ela se condensa ao redor das artérias carótidas comuns, veias jugulares internas e nervos vagos para formar a bainha carótica. As lâminas formam planos de clivagens naturais, para poder separar os tecidos durante cirurgia; além disso, elas garantem o deslizamento de estruturas no pescoço para que se movimentem e passem umas sobre as outras sem dificuldade. 10 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Lâmina superficial Circunda todo o pescoço profundamente à pele e à tela subcutânea Divide-se em partes superficial e profunda nos 4 ângulos do pescoço, para revestir os músculos trapézio e esternocleidomastóideo (ECM) Divide-se para envolver a glândula submandibular Divide-se para formar a cápsula fibrosa da glândula parótida (obs: o ligamento estilomandibular é uma modificação mais espessa dessa lâmina) Na parte inferior, fixa-se ao esterno, clavículas e escápulas É contínua com o ligamento nucal, que é uma membrana que forma um septo fibroso entre os músculos dos dois lados do pescoço Espaço supraesternal: envolve as extremidades das veias jugulares anteriores, o arco venoso jugular, gordura e alguns linfonodos profundos Lâmina pré-traqueal É limitada à parte anterior do pescoço Parte muscular fina que reveste os músculos infra-hióideos, e parte visceral que reveste a tireoide, traqueia, esôfago e é contínua com a fáscia bucofaríngea da laringe nas partes posterior e superior. Funde-se lateralmente com as bainhas caróticas Espessamento da lâmina forma uma polia ou tróclea, na qual passa o tendão intermédio do m. digástrico Aprisiona o m. omo-hióideo com 2 ventres – Lamina superficial – Lamina pré-vertebral – Lamina pré-traqueal 11 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Lâmina pré-vertebral Forma uma bainha para a coluna vertebral e o músculos associados a ela (longo do pescoço, longo da cabeça, escalenos, profundos do pescoço) Funde-se à fáscia endotorácia e ao ligamento longitudinal Estende-se como bainha axilar que circunda os vasos axilares e o plexo braquial Bainha carótica Revestimento fascial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço Funde-se com as lâminas da fáscia cervical Contém: artérias carótidas comuns e interna, veia jugular externa, nervo vago (NC X), linfonodos cervicais profundos, nervo do seio carótico, fibras nervosas simpáticas. Espaço retrofaríngeo Maior e mais importante espaço interfascial no pescoço É virtual Tecido conjuntivo frouxo entre a parte visceral da lâmina pré-vertebral da fáscia e a fáscia bucofaríngea A fáscia alar forma outra divisão do espaço O espaço permite o movimento de faringe, esôfago, laringe e traqueia em relação à coluna vertebral durante a deglutição ESTRUTURAS SUPERFICIAIS DO PESCOÇO É dividido em 4 regiões com base nos músculos trapézio e esternocleidomastóideo, contidos pela fáscia cervical. Regiao Esternocleidomastoidea ↠ Conteúdo M. esternocleidomastóideo Parte superior da veia jugular externa N. auricular magno N. cervical transverso 12 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Formada pelo músculo esternocleidomastóideo (ECM), que divide cada lado do pescoço em regiões cervicais anterior e lateral O músculo ECM é largo, parece uma alça e possui duas cabeças Cabeça esternal fixa-se ao manúbrio Cabeça clavicular (carnosa e espessa) fixa-se à face superior do terço medial da clavícula As duas cabeças do ECM são separadas na parte inferior pela fossa supraclavicular menor, que contém parte inferior da veia jugula interna. Elas unem-se na parte superior e segue com trajeto oblíquo em direção ao crânio - Origem Processo mastoide do temporal e linha nucal superior - Inserção Cabeça esternal: face anterior do manúbrio do esterno Cabeça clavicular: face superior do terço médio da clavícula - Inervação N. acessório (NC XI, motor) e nervos C2 e C3 (dor e propriocepção) - Ação Unilateral: inclina a cabeça para o mesmo lado Bilateral-> estende o pescoço, flete as vértebras cervicais, estende as vértebras cervicais enquanto flete as vértebras inferiores Produz movimentos nas articulações craniovertebrais e intervertebrais cervicais Os músculos ECM atuam como acessórios para a respiração, já que auxiliamo movimento em alavanca de bomba da parede torácica 13 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Regiao Cervical Posterior É formada pelas margens anteriores do músculo trapézio ↠ Conteúdo M. trapézio Ramos cutâneos dos ramos posteriores dos nervos espinhais cervicais Região/trígono suboccipital que se situa profundamente à parte superior dessa região O m. trapézio é grande, triangular e plano e fixa o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna vertebral. - Origem Linha nucal superior Protuberância occipital externa, ligamento nucal Processos espinhosos das vértebras - Inserção Terço lateral da clavícula Acrômio Espinha da escápula - Inervação N. acessório (NC XI, motor) Nervos C2 e C3 (dor e propriocepção) - Ação Eleva, retrai e gira a escápula superiormente 14 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Regiao Cervical Anterior – Trigono cervical anterior ↠ Limites: Superior - Borda inferior do corpo da mandíbula e prolongamento desta linha até o processo mastoideo Lateral - Borda anterior do m. ECM até a raiz do pescoço, embaixo do externo Medial - Linha mediana (divisão deste triangulo com o contralateral) Ápice - Incisura jugular no manúbrio Teto - M. platisma e fáscia cervical superficial Assoalho - Faringe, laringe e glândula tireóidea É subdividida em 4 trígonos pelos m. omo-hióide e digástrico **Os circulados fazem parte o Trígono lateral 15 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Trígono Submandibular - área glandular entre a margem inferior da mandíbula e os ventres anterior e posterior do m. digástrico - Limites Superior/Lateral - Borda inferior da mandíbula (até o processo mastoide) Inferior - Ventre posterior do m. digástrico e m. estilo-hioide Anterior/Medial - Ventre anterior do m. digástrico Teto - Pele, tec. subcutâneo, m. platisma e fáscia cervical superficial Assoalho - M. milo-hioideo e m. hioglosso - Conteúdo Anterior: » Glândula submandibular » Veia facial anterior » Artéria submentoniana » Artéria milo-hioidea » Nervo milo-hioideo » Nervo hipoglosso (limite inferior) Posterior: » Glândula parótida » Artéria carótida externa » Nervo facial » Artéria carótida interna (ramo profundo) » Veia jugular (ramo profundo) » Nervo vago e glossofaríngeo (ramo profundo) » Trígono lingual - presença da artéria lingual Trígono Submentual – Localiza-se inferiormente ao mento e é uma área supra-hióidea - Limite Lateral - Ventre anterior do m. digástrico Medial - Linha mediana 16 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Inferior - Corpo do osso hióide Superior - Mento (ápice do triangulo) Teto - Pele, tec. subcutâneo, m.platisma e fáscia cervical superficial Assoalho - M. milo-hióideo - Conteúdo Veias tributárias para a veia jugular (interna) Linfonodos (2 de cada lado – baixa drenagem linfática) Trígono Carótideo (porção medial) - Área vascular limitada pelo ventre superior do m. omo-hióideo, ventre posterior do m. digástrico e margem anterior do m. ECM Artéria carótida comum se divide em interna e externa (na altura da margem superior da cartilagem tireóidea). Seio carótico: dilatação na a. carótida interna, inervada pelo n. glossofaríngeo (NC IX) através do n. do seio carótico e também pelo n. vago (NC X). É um barorreceptor-> reage a mudança de pressão arterial Glomo carótico: massa de tecido ovoide marrom-avermelhada, na face medial da bifurcação da a. carótida comum e em relação com o seio carótico. Suprido pelo n. do seio carótico (NC IX) e pelo n. vago (NC X). É um quimiorreceptor-> monitora o nível de oxigênio no sangue. - Limites Posterior/Lateral - Borda anterior da porção mediana do m.esternocleidomastoideo Inferior/Medial - Ventre superior do m. omo-hióideo Superior - Ventre posterior do m. digastrico e m. estilo-hióideo Teto - Pele, tec. subcutâneo, m.platisma e camada superficial da fáscia cervical Assoalho - M. tiro-hióideo, m. hioglosso, m. constritores (médio e inferior) da faringe e camadas (média e profunda) da fáscia cervical profunda. - Conteúdo Bainha carotídea (artéria carótida interna e externa, veia jugular interna, Nervos cranianos – IX, X, XI e XII) Alça cervical – parte do plexo cervical Tronco simpático 17 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Trígono Carotídeo (porção inferior) – também conhecido como muscular - Limites Anterior/Medial - Linha mediana do pescoço Posterior/Lateral » Acima: ventre superior do m. omo-hióideo » Abaixo: borda anterior da porção inferior do m. esternocleiodomastoideo Teto - Pele, tec. subcutâneo, m.platisma e fáscia cervical superficial - Conteúdo Tireóide M. esterno-hióideo M. esterno-tireoideo Laringe Traqueia Regiao Cervical Lateral – Trigono cervical lateral ↠ Limites Medial - Borda posterior do m. esternocleidomastoideo Lateral - Borda anterior do m. trapézio Inferior - 1/3 médio da clavícula (base) Ápice - Linha nucal superior do osso occipital (entre as bordas dos m. esternocleidomastoideo e m. trapézio) Teto - Fáscia cervical profunda Assoalho - M. esplenio da cabeça, m. levantador escapular, m. escaleno médio e posterior. ↠ Conteúdo Ramos cutâneos do plexo cervical XI par nervo craniano Ramos do tronco tireocervical (2 ramos) Linfonodos 18 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 É subdividida em 2 trígonos: Trígono Occipital - Limites Anterior - Borda posterior do m. esternocleidomastoideo Posterior - Borda anterior do m. trapézio Inferior - Borda superior do ventre inferior do m. omo-hióideo Superior - Osso occipital (ápice) Teto - Pele, tec. subcutâneo e fáscia cervical Assoalho - Escápula e m. escalenos (médio e posterior) - Conteúdo Nervo acessório (XI) Plexo braquial – parte superior Trígono Subclávio - Limites Superior - Ventre inferior do m. omo-hióideo Inferior - Terço médio da clavícula Anterior - M. esternocleidomastoideo Teto - Pele, tec. subcutâneo, m. platisma e fáscia cervical Assoalho - Primeira costela e primeira digitação do m. serrátil - Conteúdo Artéria subclávia (posterior ao m. escaleno) Veia subclávia (abaixo da clavícula) Artéria supraescapular Artéria cervical transversa Nervos supraclaviculares Linfonodos supraclaviculares Veia jugular externa e tributárias 19 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS São superiores ao hioide e o conectam ao crânio Musculo Milo-hioideo - Origem Linha milo-hióidea da mandíbula - Inserção Rafe milo-hióidea e corpo do hioide - Inervação N. para o m. milo-hióideo, um ramo do n. alveolar inferior - Ação Eleva o hioide, o assoalho da boca e a língua durante a deglutição e a fala Musculo Genio-hioideo - Origem Espinha geniana inferior da mandíbula - Inserção Corpo do hioide- Inervação C1 via n. hipoglosso - Ação: Puxa o hioide em sentido anterossuperior Encurta o assoalho da boca Alarga a faringe Musculo Estilo-hioideo - Origem Processo estiloide do temporal - Inserção Corpo do hioide - Inervação Ramo estilo-hióideo (pré-parotídeo) do n. facial - Ação Eleva e retrai o hioide, alongando o assoalho da boca 20 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Musculo Digastrico – Possui 2 ventres (ant e post unidos por um tendão intermédio) - Origem Ventre anterior - fossa digástrica da mandíbula Ventre posterior - incisura mastóidea do temporal - Inserção Tendão intermédio para o corpo e o corno maior do hioide - Inervação: Ventre anterior - n. alveolar para o m. milo-hióideo (ramo do n. alveolar inferior) Ventre posterior-> ramo digástrico (pré-parotídeo) do n. facial - Ação Abaixa a mandíbula Eleva e estabiliza o hioide durante a deglutição e a fala MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS - Aparência semelhante a uma fita e situam-se embaixo do hioide - Plano superficial: esterno-hióideo e omo-hióideo - Plano profundo: esternotireóideo e tíreo-hióideo - Ação comum: todos abaixam o hioide Musculo Externo-hioideo - Origem Manúbrio do esterno Extremidade medial da clavícula - Inserção Corpo do hioide - Inervação C1-C3 por um ramo da alça cervical - Ação Abaixa o hioide após elevação durante a deglutição 21 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Musculo Omo-hioideo - Possui 2 ventres (sup e inf e unem-se por um tendão intermédio) - Origem Margem superior da escápula - Inserção] Margem inferior do hioide - Inervação C1-C3 por um ramo da alça cervical - Ação Abaixa, retrai e estabiliza a mandíbula Musculo Esternotireoideo - Origem Face posterior do manúbrio do esterno - Inserção Linha oblíqua da cartilagem tireóidea - Inervação C2 e C3 por um ramo da alça cervical - Ação Abaixa o hiode e a laringe Musculo Tireo-hioideo - Origem Linha oblíqua da cartilagem tireóidea - Inserção Margem inferior do corpo e corno maior do hioide - Inervação C1 via n. hipoglosso - Ação Abaixa o hioide e eleva a laringe 22 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Estilo-Hióideo Digástrico Milo-Hióideo Tíreo-Hióideo Esternotireóideo Omo-Hióideo Externo-Hióideo 23 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 ARTÉRIAS Contém o sistema carótico de artérias, formado pela a. carótida comum e seus ramos terminais, as a. carótida interna e a. carótida externa. ↠ A carótida comum direita - começa na bifurcação do tronco braquiocefálico (a. subclávia direita é o outro ramo desse tronco). ↠ A. carótida comum esquerda - ascende até o pescoço a partir do tronco da aorta ↠ A. carótida interna - parte proximal é o local do seio carotíco; o glomo carótico está entre as a. carótidas interna e externa; entram no crânio pelos canais caróticos; carótida interna não emite ramos!!! ↠ A. carótida externa - suprem a maioria das estruturas externas ao crânio (exceções: orbita e parte da fronte e do couro cabeludo que são supridas pela a. supraorbital). Seus ramos terminais são a a. maxilar e a a. temporal superficial, mas antes disso dá origem a outros 6 ramos: 1. A. faríngea ascendente - único ramo medial; envia ramos para a faringe, m. pré- vertebrais, orelha média e meninges cranianas. 2. A. occipital - origina-se da face posterior, superiormente à origem da a. facial; divide-se em vários ramos na parte posterior do couro cabeludo. 3. A. auricular posterior - ascende em sentido posterior entre o meato acústico externo e o processo mastoide para suprir os m. adjacentes, glândula parótida, n. facial, temporal, orelha e couro cabeludo. 4. A. tireóidea superior - glândula, m. infra-hióideos e m. ECM, dá origem à a. laríngea superior que supre a laringe. 5. A. lingual - supre a língua e bifurca-se nas a. lingual profunda e a. sublingual 6. A. facial - supre a glândula submandibular; dá origem à a. palatina ascendente, a. tonsilar e a. submentual Observacao!!!! Para memorizar!!!! 1 – 2 – 3 ⇢ 1 ramo medial (a. faríngea ascendente), 2 ramos posteriores (a. occipital e auricular posterior) e 3 ramos anteriores (a. tireóidea superior, lingual e facial). Ramos terminais: a. maxilar e a. temporal superficial. 24 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 VEIAS A maioria são veias tributárias da VJI, que drena sangue do encéfalo, região anterior da face, vísceras cervicais e dos m. profundos do pescoço. ↠ Veia jugular interna origina-se no forame jugular; desce na bainha carótica a partir do bulbo superior da VJI. Deixa a região cervical anterior passando profundamente ao m. ECM; une-se a veia subclávia para formar a veia braquiocefálica. A extremidade inferior da VJI dilata-se e forma o bulbo inferior da VJI, que possui um par de válvulas que permitem o fluxo sanguíneo para o coração e impedem o refluxo para a veia. - Tributárias da VJI: seio petroso inferior, veias facial e lingual, veias faríngeas e tireóideas superior e média. NERVOS ↠ N. cervical transverso (C2 e C3) - supre a pele da região cervical anterior ↠ N. hipoglosso (NC XII) - motor da língua ↠ N. glossofaríngeo (NC IX) - língua e faringe ↠ N. vago (NC X) - ramos faríngeo, laríngeo e cardíaco 25 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 – Estruturas Profundas da Face – ↠ Essa região inclui: Músculos pré-vertebrais - que ocupam posição posterior às vísceras cervicais e anterolateral à coluna vertebral cervical Vísceras - que se estendem até a abertura superior do tórax, na parte mais inferior, ou a raiz do pescoço. MÚSCULOS PRÉ-VERTEBRAIS Os músculos vertebrais anteriores e laterais ou pré-vertebrais situam-se profundamente à lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. Anteriores Musculo Longo do Pescoco - Origem Tubérculo anterior da vértebra CI (atlas) Corpos de CI a CIII Processos transversos das vértebras CIII a CVI - Inserção Corpos das vértebras CV a TIII Processos transversos das vértebras CIII a CV - Inervação Ramos anteriores dos Nervos espinais C2 – C6 - Ação Flete o pescoço com rotação para o lado oposto se estiver agindo unilateralmente 26 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Musculo Longo da Cabeca - Origem Porção basilar do occipital - Inserção Tubérculos anteriores dos processos transversos de CIII a CVI - Inervação Ramos anteriores dos Nervos espinais C1 – C3 - Ação Flete a cabeça Musculo Reto Anterior da Cabeca - Origem Base do crânio, anterior ao côndilo occipital - Inserção Face anterior da massa lateral do atlas (C1) - Inervação Ramos da alça entre os Nervos espinais C1 e C2 - Ação Flete a cabeça Musculo Escaleno Anterior - Origem Processos transversos das vértebras CIII a CVI - Inserção 1ª Costela - Inervação Nervos espinaiscervicais C4 – C6 - Ação Flete a cabeça 27 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Laterais Musculo Reto Lateral da Cabeca - Origem Processo jugular do occipital - Inserção Processo transverso do atlas (CI) - Inervação Ramos da alça entre os Nervos espinais C1 e C2 - Ação Flete a cabeça Estabiliza a cabeça Musculo Esplenio da Cabeca - Origem Metade inferior do ligamento nucal Processo espinhoso das seis vértebras torácicas superiores - Inserção Face lateral do processo mastoide Terço lateral da linha nucal superior - Inervação Ramos posteriores dos Nervos espinais cervicais intermédios] - Ação Flete lateralmente a cabeça Gira a cabeça e o pescoço para o mesmo lado Agindo bilateralmente, estende a cabeça e o pescoço Musculo Levantador da Escapula - Origem Tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras CII a CVI - Inserção Porção superior da margem medial da escapula - Inervação 28 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Nervo dorsal da escapula C5 Nervos espinais cervicais C3 e C4 - Ação Rotação da escápula para baixo Inclinação da cavidade glenoidal inferiormente por meio de rotação da escápula Musculo Escaleno Medio - Origem Tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras CV a CVII - Inserção Face superior da 1ª costela Posterior ao sulco da artéria subclávia - Inervação Ramos anteriores dos nervos espinais cervicais - Ação Flete o pescoço lateralmente Eleva a 1ª costela durante a inspiração forçada Musculo Escaleno Posterior - Origem Tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras CV a CVII - Inserção Margem externa da 2ª costela - Inervação Ramos anteriores dos nervos espinais cervicais C7 e C8 - Ação Flete o pescoço lateralmente Eleva a 2ª costela durante a inspiração forçada 29 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 RAÍZ DO PESCOÇO A raiz do pescoço é a área da junção entre o tórax e o pescoço. É localizada na face cervical da abertura superior do tórax, através da qual passam todas as estruturas que seguem do tórax para a cabeça ou membro superior e vice-versa. Nela encontram-se as vísceras do pescoço. ↠ Limites Inferior – Abertura superior do tórax Lateral – 1º par de costelas e suas cartilagens costais Anterior - Manúbrio do esterno Posterior - Corpo da vértebra TI Reto Lateral da Cabeça Longo da Cabeça Escaleno Médio Escaleno Posterior Escaleno Anterior Reto Anterior da Cabeça 30 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Os ramos do arco da aorta bifurcam-se e/ou atravessam a raiz do pescoço, com os ramos da artéria subclávia originando-se aqui também. As veias jugular interna e subclávia convergem na raiz do pescoço para formar as veias braquiocefálicas. Os principais troncos linfáticos (ducto linfático direito e ducto torácico) entram nos ângulos venosos formados pela convergência dessas veias. Os nervos frênico e vago entram no tórax passando anteriormente às artérias subclávias e posteriormente às veias braquiocefálicas. Os troncos simpáticos e os nervos laríngeos recorrentes atravessam a raiz do pescoço posteriormente às artérias, assim como as estruturas viscerais (traqueia e esôfago). A parte cervical dos troncos simpáticos inclui três gânglios simpáticos cervicais (inferior, médio e superior), nos quais fibras pré-ganglionares da parte torácica superior da medula espinal fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares. Esses neurônios enviam fibras para os nervos espinais cervicais, através de ramos comunicantes cinzentos; para a cabeça e as vísceras do pescoço, através de ramos arteriais cefálicos e plexos periarteriais; e para as vísceras torácicas, através de nervos cardíacos (esplâncnicos cardiopulmonares). VÍSCERAS DO PESCOÇO As vísceras do pescoço são dispostas em três camadas, nomeadas de acordo com sua função primária. Da região superficial para a profunda, elas são: Camada endócrina: Glândulas tireoide e paratireoides Camada respiratória: Laringe e traqueia Camada alimentar: Faringe e esôfago. 31 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 CAMADA ENDÓCRINA As vísceras da camada endócrina fazem parte do sistema endócrino (glândulas secretoras de hormônio, sem ductos). Glandula Tireoide ↠ Localização Situada na região cervical anterior, profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo e anterolateralmente á laringe e a traqueia (na transição de uma para a outra). Aproximadamente nas vértebras CII a CIV, mas pode variar. Algumas vezes pode chegar até TI, sendo chamada de tireoide mergulhante. ↠ Origem Ducto tireoglosso, região comum com a base da língua (desenvolvimento embrionário) ↠ Constituintes Formada por 2 lobos (direito e esquerdo), situados em posição anterolateral em relação à laringe e à traqueia. Os dois lobos são unidos por um istmo relativamente fino, sobre a traqueia, em geral anteriormente ao segundo e terceiro anéis traqueais. A região superior do lobo é chamada de apical e a inferior de basal. É comum haver uma assimetria entre os lobos, sendo um maior que o outro. Pode haver, eventualmente, um terceiro lobo - lobo piramidal - que representa um remanescente do ducto tireoglosso, que deriva da base da língua. ↠ Delimitação Cápsula falsa – extensão da fáscia pré-traqueal (parte visceral) a qual envolve externamente a glândula Cápsula verdadeira – conjuntivo próprio da glândula, a capsula glandular (encontra-se em íntimo contato com parênquima nodular). Esse tecido conjuntivo denso fixa a cápsula à cartilagem cricóidea e aos anéis traqueais superiores. ↠ Vascularização Artérias tireóideas superior (primeiros ramos da artéria carótida externa) – adentram a glândula na região apical Artérias tireóideas inferior (ramos da artéria subclávia) – adentram a glândula na região basal 32 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 As vascularizações dessas artérias se anastomosam para suprir a glândula, principalmente na superfície posterior. Nessa região encontram-se as glândulas paratireoides. Em cerca de 10% das pessoas, uma pequena artéria tireóidea ima ímpar origina-se do tronco braquiocefálico. Entretanto, pode originar-se do arco da aorta ou das artérias carótida comum direita, subclávia ou torácica interna. Quando presente, essa pequena artéria ascende na face anterior da traqueia, emitindo pequenos ramos para ela. A artéria continua até o istmo da glândula tireoide, onde se divide para irrigá-la. >> Corelacoes << Tanto da artéria tireóidea superior quanto da inferior emergem, respectivamente, as artérias laríngeas superior e inferior que dão suprimento vascular para a laringe – penetram na membrana tireóidea Do arco aórtico existe uma simetria na emergência dos grandes vasos: Lado direito - Tronco braquiocefálico (a. subclávia direita + carótida comum direita) Lado esquerdo - A. subclávia esquerda e a. carótida comum esquerda emergem separadamente. Em paralelo as artérias carótidascomum, existe o descenso do nervo vago (X). Quando esse nervo vai adentrar a região torácica, ele emite um ramo nervoso que ascendem em direção a glândula, do lado direito e esquerdo. Esses ramos são chamados de laringiorecorrentes direito e esquerdo (que emerge mais abaixo) e dão origem ao nervo laringeoinferior direito e esquerdo. Eles possuem grande importância na manutenção, controle motor e elevação sensitiva da laringe. Esses nervos inervam todos os músculos intrínsecos da laringe, com exceção cricotireoideo. Nesse caso, qualquer lesão em um desses ramos nervosos compromete praticamente toda a musculatura hipsilateral da laringe, inviabilizando a movimentação das cordas vocais. Como esses nervos são muito importantes e encontram próximos a base da glândula tireoide, eles podem ser afetados, muitas vezes, nas cirurgias de tireoidectomia (retirada da glândula) 33 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 ↠ Inervação Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores. Eles chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos (superior e inferior) que acompanham as artérias tireóideas. Essas fibras são vasomotoras, não secretomotoras. Causam constrição dos vasos sanguíneos. A secreção endócrina da glândula tireoide é controlada hormonalmente pela hipófise. ↠ Morfologia e hormônios A superfície da glândula é bocelada (formada por pequenas nodulações) que são delimitadas por tecido conjuntivo. Na sua microestrutura histológica, possui uma estrutura coloidal distribuída no interior dos folículos, que tem como função a produção do hormônio T3 e T4 - tiroxina trivalente e tetravalente ligado ao iodo – que aumenta o metabolismo basal do indivíduo. Entretanto, na mesma posição da células foliculares, encontram-se células que tem participação na produção do hormônio calcitonina – metabolismo ósseo, para regular a calcemia e a fosfatemia do indivíduo. ↠ Peso: O peso adulto médio: 20/25g (alteração nesse peso pode indicar uma patologia) Glandula Paratireoide ↠ Localização Próximo ao ápice e a base da glândula tireoide, na região posterior, entre a capsula falsa e a verdadeira, há de 4 a 6 estruturas diferenciadas na composição da glândula, que são as glândulas paratireoides. Paratireoides superiores costumam situar-se um pouco mais de 1 cm acima do ponto de entrada das artérias tireóideas inferiores na glândula tireoide. Estão situadas no nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. Paratireoides inferiores usualmente situam-se mais de 1 cm abaixo do ponto de entrada arterial. Encontram-se perto dos polos inferiores da glândula tireoide, mas elas podem ocupar várias posições. 34 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 ↠ Vascularização Como as artérias tireóideas inferiores são responsáveis pela vascularização primária da face posterior da glândula tireoide, onde estão localizadas as glândulas paratireoides, ramos dessas artérias geralmente suprem essas glândulas. Entretanto, também podem ser supridas por ramos das artérias tireóideas superiores; a artéria tireóidea ima; ou as artérias laríngeas, traqueais e esofágicas. As veias paratireóideas drenam para o plexo venoso tireóideo da glândula tireoide e da traqueia. ↠ Inervação A inervação das glândulas paratireoides é abundante; é derivada de ramos tireóideos dos gânglios (simpáticos) cervicais. Assim como os nervos para a glândula tireoide, são vasomotores e não secretomotores, porque as secreções endócrinas dessas glândulas são controladas por hormônios. CAMADA RESPIRATÓRIA As vísceras da camada respiratória, a laringe e a traqueia, contribuem para as funções respiratórias do corpo. As principais funções das vísceras respiratórias cervicais são: Direcionamento de ar e alimento para o sistema respiratório e o esôfago, respectivamente Garantia de uma via respiratória pérvia e de um meio para fechá-la temporariamente (uma “válvula”) Produção da voz Laringe A laringe, o complexo órgão de produção da voz, é formada por nove cartilagens unidas por membranas e ligamentos e contém as pregas vocais. ↠ Localização Situada na região anterior do pescoço no nível dos corpos das vértebras C III a C VI. Une a parte inferior da faringe (parte laríngea da faringe) à traqueia. ↠ Função Embora seja conhecida mais frequentemente por seu papel como o mecanismo fonador para produção de voz, sua função mais importante é proteger as vias respiratórias, 35 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 sobretudo durante a deglutição, quando serve como “esfíncter” ou “válvula” do sistema respiratório inferior, mantendo, assim, a perviedade da via respiratória. ↠ Morfologia É formado por nove cartilagens: 3 ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) 3 pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme). Cartilagem tireóidea A maior das cartilagens; sua margem superior situa-se oposta à vértebra C IV. Os dois terços inferiores de suas duas lâminas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a proeminência laríngea. Essa projeção (“pomo de Adão”) é bem definida em homens, mas raramente é visível em mulheres. Acima dessa proeminência, as lâminas divergem para formar uma incisura tireóidea superior em forma de V. A incisura tireóidea inferior, bem menos definida, é um entalhe pouco profundo no meio da margem inferior da cartilagem. A margem posterior de cada lâmina projeta-se em sentido superior, como o corno superior, e inferior, como o corno inferior. A margem superior e os cornos superiores fixam-se ao hioide pela membrana tíreo- hióide. A parte mediana espessa dessa membrana é o ligamento tíreo-hióideo mediano; suas partes laterais são os ligamentos tíreohióideos laterais. Cartilagem Cricóidea Formato de um anel de sinete com o aro voltado anteriormente. Essa abertura anular da cartilagem permite a passagem de um dedo médio. A parte posterior (sinete) da cartilagem cricóidea é a lâmina, e a parte anterior (anel) é o arco. Embora seja muito menor do que a cartilagem tireóidea, a cartilagem cricóidea é mais espessa e mais forte, e é o único anel de cartilagem completo a circundar qualquer parte da via respiratória. Fixa-se à margem inferior da cartilagem tireóidea pelo ligamento cricotireóideo mediano e ao primeiro anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal. 36 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 No local onde a laringe está mais próxima da pele e mais acessível, o ligamento cricotireóideo mediano pode ser percebido como um ponto mole durante a palpação inferior à cartilagem tireóidea. Cartilagem Aritenóidea São piramidais pares, com três lados, que se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea. Cada cartilagem tem um ápice superior, um processo vocal anterior e um grande processo muscular que se projeta lateralmente a partir de sua base. O ápice tem a cartilagem corniculada e se fixa à prega ariepiglótica. O processo vocal permite a fixação posterior do ligamento vocal, e o processo muscular atua como alavanca à qual estão fixados os músculos cricoaritenóideos posterior e lateral. As articulações cricoaritenóideas, localizadas entre as bases das cartilagens aritenóideas e as faces superolaterais da lâmina da cartilagem cricóidea, permitem que as cartilagens aritenóideas deslizem,aproximando-se ou afastando-se umas das outras, inclinem-se anterior e posteriormente, e girem. Esses movimentos são importantes na aproximação, tensionamento e relaxamento das pregas vocais. Cartilagem Epiglótica Formada por cartilagem elástica, confere flexibilidade à epiglote, uma cartilagem em forma de coração coberta por túnica mucosa. Situada posteriormente à raiz da língua e ao hioide, e anteriormente ao ádito da laringe, forma a parte superior da parede anterior e a margem superior da entrada. Sua extremidade superior larga é livre. A extremidade inferior afilada, o pecíolo epiglótico, está fixada pelo ligamento tireoepiglótico ao ângulo formado pelas lâminas da cartilagem tireóidea. O ligamento hioepiglótico fixa a face anterior da cartilagem epiglótica ao hioide. Tem depressões para glândulas mucosas, e seu pecíolo está fixado pelo ligamento tireoepiglótico ao ângulo da cartilagem tireóidea superiormente aos ligamentos vocais. Cartilagem Corniculada e Cuneiforme Apresentam-se como pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas. As cartilagens corniculadas fixam-se aos ápices das cartilagens aritenóideas 37 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 As cartilagens cuneiformes não se fixam diretamente em outras cartilagens. ↠ Interior A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe, através do qual se comunica com a parte laríngea da faringe, até o nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. Aqui a cavidade da laringe é contínua com a cavidade da traqueia e inclui: Vestíbulo da laringe - entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares Parte média da cavidade da laringe - a cavidade central (via respiratória) entre as pregas vestibulares e vocais Ventrículo da laringe - recessos que se estendem lateralmente da parte média da cavidade da laringe entre as pregas vestibulares e vocais. O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre para cada ventrículo revestida por glândulas mucosas Cavidade infraglótica - a cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é contínua com o lúmen da traqueia. As pregas vocais controlam a produção do som. O ápice de cada prega cuneiforme projeta-se medialmente para a cavidade da laringe. Cada prega vocal contém um: Ligamento vocal - formado por tecido elástico espessado que é a margem livre medial do cone elástico. Músculo vocal - formado por fibras musculares muito finas que ocupam posição imediatamente lateral aos ligamentos vocais e terminam irregularmente em relação ao comprimento desses ligamentos. ↠ Músculos da Laringe Músculos extrínsecos da laringe - movem a laringe como um todo. Os músculos infrahióideos abaixam o hioide e a laringe, enquanto os músculos supra-hióideos (e o estilofaríngeo, um músculo da faringe, discutido adiante neste capítulo) são elevadores do hioide e da laringe. Músculos intrínsecos da laringe - movem os componentes da laringe, alterando o comprimento e a tensão das pregas vocais e o tamanho e formato da rima da glote. Todos, com exceção de um, são supridos pelo nervo laríngeo recorrente, um ramo do NC X. O músculo cricotireóideo é suprido pelo nervo laríngeo externo, um dos dois ramos terminais do nervo laríngeo superior. É mais fácil compreender as ações dos músculos intrínsecos da laringe quando estes são considerados como grupos funcionais: adutores e abdutores, esfíncteres, e tensores e relaxadores. Sâo eles: 38 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 CRICOTIREÓIDEO - tensor - Origem Porção anterolateral da cartilagem cricóidea - Inserção Margem inferior e corno inferior da cartilagem tireóidea - Inervação N. laríngeo externo (NC X) - Ação Estende e tensiona o ligamento vocal TIREOARITENÓIDEO - relaxador - Origem Metade inferior da face posterior do ângulo da lâmina da cartilagem tireóidea Ligamento cricotireóideo - Inserção Face anterolateral da cartilagem aritenóidea - Inervação N. laríngeo inferior (parte terminal do N. laríngeo recorrente do NC X) - Ação Relaxa o ligamento vocal CRICOARITENÓIDEO POSTERIOR - abdutor - Origem Face posterior da lâmina da cartilagem cricóidea - Inserção Processo vocal da cartilagem aritenóidea - Inervação N. laríngeo inferior (parte terminal do N. laríngeo recorrente do NC X) - Ação Abduz as pregas vocais 39 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 CRICOARITENÓIDEO LATERAL - adutor - Origem Arco da cartilagem cricóidea - Inserção Processo vocal da cartilagem aritenóidea - Inervação N. laríngeo inferior (parte terminal do N. laríngeo recorrente do NC X) - Ação Aduz as pregas vocais (parte interligamentar) ARITENÓIDEOS TRANSVERSO E OBLÍQUO - esfíncter - Origem Uma cartilagem aritenóidea - Inserção Cartilagem aritenóidea contralateral - Inervação N. laríngeo inferior (parte terminal do N. laríngeo recorrente do NC X) - Ação Aduzem as cartilagens aritenóideas (aduzindo a parte intercartilaginea das pregas vocais e fechando a rima da glote posterior) VOCAL - Origem Face lateral do processo vocal da cartilagem aritenoidea - Inserção Ligamento vocal ipsolateral - Inervação N. laríngeo inferior (parte terminal do N. laríngeo recorrente do NC X) - Ação Relaxa o ligamento vocal posterior enquanto mantém, ou aumenta, a tensão da parte anterior. 40 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 ↠ Vascularização Artérias laríngeas, ramos das artérias tireóideas superior e inferior, irrigam a laringe. Artéria laríngea superior acompanha o ramo interno do nervo laríngeo superior através da membrana tíreo-hióidea e ramos para suprir a face interna da laringe. Artéria cricotireóidea, um pequeno ramo da artéria tireóidea superior, supre o músculo cricotireóideo. Artéria laríngea inferior, um ramo da artéria tireóidea inferior, acompanha o nervo laríngeo inferior (parte terminal do nervo laríngeo recorrente) e supre a túnica mucosa e os músculos na parte inferior da laringe. As veias laríngeas acompanham as artérias laríngeas. Veia laríngea superior geralmente se une àveia tireóidea superior e através dela drena para a VJI. Veia laríngea inferior une-se à veia tireóidea inferior ou ao plexo venoso sobre a face anterior da traqueia, que drena para a veia braquiocefálica esquerda. ↠ Inervação Os nervos da laringe são os ramos laríngeos superior e inferior dos nervos vagos (NC X). Nervo laríngeo superior origina-se do gânglio vagal inferior na extremidade superior do trígono carótico. Ele divide-se em dois ramos terminais na bainha carótica: o nervo laríngeo interno (sensitivo e autônomo) e o nervo laríngeo externo (motor). » Laríngeo interno - o maior dos ramos terminais do nervo laríngeo superior, perfura a membrana tíreo-hióidea com a artéria laríngea superior, enviando fibras sensitivas para a túnica mucosa laríngea do vestíbulo da laringe e cavidade média da laringe, inclusive a face superior das pregas vocais. » Laríngeo externo - o ramo terminal menor do nervo laríngeo superior, desce posteriormente ao músculo esternotireóideo em companhia da artéria tireóidea superior. Inicialmente, está situado sobre o músculo constritor inferior da faringe; depois perfura o músculo, contribuindo para sua inervação (com o plexo faríngeo),e continua para suprir o músculo cricotireóideo. Nervo laríngeo inferior, a continuação do nervo laríngeo recorrente (um ramo do nervo vago) entra na laringe passando profundamente à margem inferior do músculo constritor inferior da faringe e medialmente à lâmina da cartilagem tireóidea. Divide-se em ramos anterior e posterior, que acompanham a artéria laríngea inferior até a laringe. 41 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 » Ramo anterior - supre os músculos cricotireóideo lateral, tireoaritenóideo, vocal, ariepiglótico e tireoepiglótico. » Ramo posterior - supre os músculos cricoaritenóideo posterior e aritenóideos transverso e oblíquo. Como supre todos os músculos intrínsecos, com exceção do cricotireóideo, o nervo laríngeo inferior é o nervo motor primário da laringe. Entretanto, também envia fibras sensitivas para a túnica mucosa da cavidade infraglótica. Traqueia Estende-se da laringe até o tórax, termina inferiormente dividindo-se em brônquios principais direito e esquerdo. Transporta o ar que entra e sai dos pulmões, e seu epitélio impulsiona o muco com resíduos em direção à faringe para expulsão pela boca. ↠ Morfologia A traqueia é um tubo fibrocartilagíneo, sustentado por cartilagens (anéis) traqueais incompletas, que ocupa uma posição mediana no pescoço. As cartilagens traqueais mantêm a traqueia pérvia; são deficientes na parte posterior onde a traqueia é adjacente ao esôfago. A abertura posterior nos anéis traqueais é transposta pelo músculo traqueal, músculo liso involuntário que une as extremidades dos anéis. Portanto, a parede posterior da traqueia é plana. Nos adultos, a traqueia tem cerca de 2,5 cm de diâmetro, enquanto nos lactentes tem o diâmetro de um lápis. ↠ Localização A traqueia estende-se a partir da extremidade inferior da laringe no nível da vértebra C VI. Termina no nível do ângulo esternal ou do disco entre T IV e T V, onde se divide nos brônquios principais direito e esquerdo. Lateralmente à traqueia estão as artérias carótidas comuns e os lobos da glândula tireoide. Inferiormente ao istmo da glândula tireoide estão o arco venoso jugular e as veias tireóideas inferiores. O tronco braquiocefálico mantém relação com o lado direito da traqueia na raiz do pescoço. O desvio da traqueia da linha mediana, visível na superfície ou em radiografias, 42 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 costuma indicar a presença de um processo patológico. Muitas vezes o traumatismo da traqueia afeta o esôfago, que está bem aderido a ela. CAMADA ALIMENTAR Participam nas funções digestórias do corpo. Embora a faringe conduza o ar para a laringe, a traqueia e os pulmões, os músculos constritores da faringe direcionam (e a epiglote desvia) o alimento para o esôfago. O esôfago, que também participa na propulsão do alimento, é o início do sistema digestório. Faringe É a parte expandida superior do sistema digestório, posterior às cavidades nasal e oral, que se estende inferiormente além da laringe. ↠ Localização Estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea anteriormente e a margem inferior da vértebra C VI posteriormente. A faringe é mais larga (cerca de 5 cm) defronte ao hioide e mais estreita (cerca de 1,5 cm) em sua extremidade inferior, onde é contínua com o esôfago. A parede posterior plana da faringe situa-se contra a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. ↠ Interior É dividida em 3 partes: Parte nasal da faringe (nasofaringe) - posterior ao nariz e superior ao palato mole Parte oral da faringe (orofaringe) - posterior à boca Parte laríngea da faringe (laringofaringe) - posterior à laringe. Parte nasal – função respiratória Extensão posterior das cavidades nasais. O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe). O teto e a parede posterior da parte nasal da faringe formam uma superfície contínua situada inferiormente ao corpo do esfenoide e à parte basilar do occipital. Possui tecido linfoide agregado em algumas regiões, formando as tonsilas. A tonsila faríngea (comumente chamada de adenoide quando aumentada) está situada na túnica mucosa do teto e parede posterior da parte nasal da faringe). 43 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Uma prega vertical de mucosa, a prega salpingofaríngea, estende-se inferiormente a partir da extremidade medial da tuba auditiva). Ela cobre o músculo salpingofaríngeo, que abre o óstio faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição. A coleção de tecido linfoide na tela submucosa da faringe perto do óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária. Posteriormente ao toro tubário e à prega salpingofaríngea há uma projeção lateral da faringe, semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo, que se estende lateral e posteriormente. Parte oral – função digestória - Limites Superior – Palato mole Inferior – Base da língua Lateral – Arcos palatoglosso e palatofaríngeo Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote As tonsilas palatinas são coleções de tecido linfoide de cada lado da parte oral da faringe no intervalo entre os arcos palatinos. A tonsila não ocupa toda a fossa tonsilar entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo em adultos. A fossa tonsilar, na qual está situada a tonsila palatina, situa-se entre esses arcos. Formada pelo músculo constritor superior da faringe e pela lâmina fibrosa e fina da fáscia faringobasilar. Esta fáscia funde-se ao periósteo da base do crânio e define os limites da parede faríngea em sua parte superior. Parte laríngea – função Situa-se posteriormente à laringe, estendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde se estreita e se torna contínua com o esôfago. Posteriormente, essa parte mantém relação com os corpos das vértebras C IV a C VI. As paredes posterior e lateral são formadas pelos músculos constritores médio e inferior da faringe. Internamente a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. A parte laríngea da faringe comunica-se com a laringe através do ádito da laringe em sua parede anterior. Recesso piriforme - Pequena depressão da parte laríngea da faringe de cada lado do ádito da laringe. É revestido por túnica mucosa e separado do ádito da laringe pela prega ariepiglótica. 44 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Lateralmente, é limitado pelas faces mediais da cartilagem tireóidea e pela membrana tíreo-hióidea. Os ramos dos nervos laríngeo interno e laríngeo recorrente situam-se profundamente à túnica mucosa do recesso piriforme e são vulneráveis à lesão quando um corpo estranho se aloja no recesso. ↠ Músculos da faringe A parede da faringe é excepcional para o trato alimentar, tem uma lâmina muscular formada apenas por músculo voluntário disposto em uma camada interna de músculo longitudinal e uma camada circular externa. A maior parte do trato alimentar é composta de músculo liso, com uma camada de músculo longitudinal externa e uma camada circular interna. Longitudinal interno – Palatofaríngeo, Estilofaríngeo e Salpingofaríngeo Circular externa – Constritor superior, médio e inferior Camada externa CONSTRITOR SUPERIOR - Origem Hâmulo pterigoideo, rafe pterigomandibular Extremidade posterior da linha milo-hióidea da mandíbula Face lateral da língua - Inserção Tubérculo faríngeo (parte basilar do occipital) - Inervação Ramo faríngeo do N. vago (NC X) Plexo faríngeo - Ação Contrai as paredes da faringe durante a deglutição CONSTRITOR MÉDIO - Origem Ligamento estilo-hióideo Cornos maior e menor do hioide - Inserção Rafe da faringe 45 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 - Inervação Ramo faríngeo do N. vago (NC X) Plexo faríngeo + ramos n. laríngeos externo e recorrente do N. vago - Ação Contrai as paredes da faringe durante a deglutição CONSTRITOR INFERIOR - Origem Línha oblíqua da cartilagem tireóidea Lateral da cartilagem cricóidea - Inserção Porção cricofaríngea circunda a junção faringoesofágica sem formar uma rafe - Inervação Ramo faríngeo do N. vago (NC X) Plexo faríngeo + ramos n. laríngeos externo e recorrente do N. vago - Ação Contrai as paredes da faringe durante a deglutição Camada interna PALATOFARÍNGEO - Origem Palato duro Aponeurose palatina - Inserção Margem posterior da lâmina da cartilagem tireóidea Face lateral da faringe e esôfago - Inervação Ramo faríngeo do N. vago (NC X) Plexo faríngeo - Ação Eleva a faringe e a laringe durante a deglutição e fala SALPINGOFARÍNGEO - Origem Parte cartilagínea da tuba auditiva 46 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 - Inserção Funde-se ao M. Palatofaringeo - Inervação Ramo faríngeo do N. vago (NC X) Plexo faríngeo - Ação Eleva a faringe e a laringe durante a deglutição e fala ESTILOFARÍNGEO - Origem Processo estiloide do temporal - Inserção Margens posterior e superior da cartilagem tireóidea com o M. Palatofaríngeo - Inervação Ramo faríngeo do N. vago (NC X) Plexo faríngeo - Ação Eleva a faringe e a laringe durante a deglutição e fala ↠ Vascularização Ramo da artéria facial, a artéria tonsilar, atravessa o músculo constritor superior da faringe e entra no polo inferior da tonsila palatina. A tonsila também recebe brotos arteriais das artérias palatina ascendente lingual, palatina descendente e faríngea ascendente. Veia palatina externa (veia paratonsilar) desce do palato mole e passa perto da face lateral da tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo. Vasos linfáticos tonsilares seguem em sentido lateral e inferior até os linfonodos perto do ângulo da mandíbula e o linfonodo jugulodigástrico, denominado linfonodo tonsilar em razão de seu frequente aumento quando a tonsila está inflamada (tonsilite). As tonsilas palatinas, linguais e faríngeas formam o anel linfático (tonsilar) da faringe, uma faixa circular incompleta de tecido linfoide ao redor da parte superior da faringe. Parte anteroinferior do anel - Tonsila lingual na parte posterior da língua Partes laterais do anel - Tonsilas palatinas e tubárias Partes posterior e superior - Tonsila faríngea 47 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 ↠ Inervação Deriva do plexo nervoso faríngeo (motora e a maior parte da sensitiva) Fibras motoras - derivadas do nervo vago (NC X) através de seu ramo ou ramos faríngeos. Suprem todos os músculos da faringe e do palato mole, com exceção dos músculos estilofaríngeo (suprido pelo NC IX) e tensor do véu palatino (suprido pelo NC V3). O músculo constritor inferior da faringe também recebe algumas fibras motoras dos ramos laríngeos externo e recorrente do nervo vago. Fibras sensitivas - derivadas do nervo glossofaríngeo. Distribuídas para as três partes da faringe. Além disso, a túnica mucosa das regiões anterior e superior da parte nasal da faringe é suprida principalmente pelo nervo maxilar (NC V2). Os nervos tonsilares são derivados do plexo nervoso tonsilar formado por ramos dos nervos glossofaríngeo e vago. Esofago Inicia no pescoço, onde é contínuo com a parte laríngea da faringe na junção faringoesofágica. É um tubo fibromuscular que conecta a faringe ao estômago. Consiste em músculo estriado (voluntário) em seu terço superior, músculo liso (involuntário) em seu terço inferior, e uma mistura de músculo estriado e liso na região intermediária. ↠ Localização Parte cervical (terço superior voluntário) Situa-se entre a traqueia e a coluna cervical vertebral. Posterior à margem inferior da cartilagem cricóidea e no mesmo nível dela, no plano mediano. Este é o nível da vértebra C VI. Externamente, a junção faringoesofágica apresenta-se como uma constrição produzida pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe (o esfíncter esofágico superior) e é a parte mais estreita do esôfago. Essa porção inclina-se um pouco para a esquerda enquanto desce e entra no mediastino superior, através da abertura superior do tórax, onde se torna a parte torácica do esôfago. 48 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 ↠ Vascularização cervical Ramos das artérias tireóideas inferiores. Cada artéria dá origem a ramos ascendentes e descendentes que se anastomosam entre si e através da linha mediana. Veias tributárias das veias tireóideas inferiores. Vasos linfáticos drenam para os linfonodos paratraqueais e linfonodos cervicais profundos inferiores. ↠ Inervação cervical É somática motora e sensitiva para a metade superior e parassimpática (vagal), simpática e sensitiva visceral para a metade inferior. A parte cervical do esôfago recebe fibras somáticas através de ramos dos nervos laríngeos recorrentes e fibras vasomotoras dos troncos simpáticos cervicais através do plexo ao redor da artéria tireóidea inferior.