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RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 I • Composição: dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra; • O sangue é filtrado no rim e o que será eliminado seguirá o caminho dos ureteres, bexiga, uretra e meio externo. • Ali no rim ocorrerá o grande papel de filtrar o plasma sanguíneo, nosso rim não deverá filtrar elementos figurados. Grande parte da água e solutos retornam para a corrente sanguínea; • A outra parte forma a urina que passa pelos ureteres, é armazenada na bexiga até ser excretada pelo corpo da uretra; • Contribui para a homeostase, pois ele: -Altera a composição, o pH, o volume e a pressão do sangue → A medida que ele faz ajustes de volume ele também e ajusta volume sanguíneo; - Controle do volume e composição dos líquidos corporais → Presença do LEC e equilíbrio hídrico; - Excreta resíduos e substâncias; - Secreção, metabolismo e excreção de hormônios → Por exemplo, o rim libera o calcitriol que aumenta a absorção de cálcio em nosso TGI; Sofre ação de outros hormônios também; - Regulação da pressão arterial; - Gliconeogênese; • São órgãos pares (10 e 12 cm de comprimento; peso= 135 a 150 g); • São envolvidos por 3 camadas de tecido: cápsula fibrosa, adiposa e fáscia renal; • Filtração do plasma e remoção de substâncias – excreção através da urina e retorna para o sangue as que são necessárias; RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 • Regula a composição de ions no sangue: NA+, K+, Ca++, Cl- e HPO42- • Principal regulador do pH (lembrando que o pH vai variar com os níveis de hidrogênio livre em nosso corpo). Os rins vão excretar H+ e conservar HCO3; • Regula o volume de sangue no corpo: conservam ou eliminar água na urina; • Regula a pressão arterial, pois secretam a enzima renina → Toda vez que nosso rim detecta queda de volume sanguíneo, ele estabelece mecanismos para que seja reestabelecido; • Ele vai manter a osmolaridade do sangue para que tenhamos uma composição ideal; • É um importante regulador da concentração sanguínea de glicose (embora ele faça esse ajuste, ele não consegue controlar a glicose a ponto de não controlar o diabetes pois ele possui uma taxa de excreção para tudo, não conseguindo realizar este ajuste); • Produção de hormônios: calcitriol ( homeostasia do cálcio) e a eritropoietina (estimula a produção de eritrócitos): os rins usam o aminoácido glutamina na gliconeogênese e liberam glicose no sangue; • Excreta resíduos e substancias estranhas: ✓ Ureia: metabolismo de aminoácidos; ✓ Creatinina: metabolismo da creatina muscular; ✓ Ácido úrico: metabolismo dos ácidos nucleicos; ✓ Bilirrubina: produto da quebra da ✓ hemoglobina; ✓ Metabólitos de diversos hormônios; • O rim possui 2 regiões - Córtex renal - Medula renal: pirâmides renais; • No parênquima (parte funcional) do rim encontram-se as unidades funcionais do rim = NÉFRONS Córtex = mais periférico Medula = Meio Provenientes do metabolismo do nosso corpo RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 • Suprimento sanguíneo: Os rins são um filtro do nosso sangue e por isso é altamente vascularizado. → Possui um suprimento sanguíneo: 20 a 25% do DC em repouso (fluxo de 1200mL/min) e recebe essa irrigação através das artérias renais direita e esquerda; • Inervação dos rins: Assim como outras estruturas, possui inervação nessa região: Surgem no gânglio celíaco e passam pelo plexo renal – a maioria deles são nervos vasomotores que regulam o fluxo de sangue pelo rim (realizam vasodilatação e vasoconstrição); • ll Se repararmos, nos capilares glomerulares não temos mudança de cor pois ali não há perda de O2. Ali somente ocorre o processo de filtração do sangue, depois nos capilares peritubulares que vemos mudança de cor e ali sim ocorre trocas. Para que o sangue seja filtrado, ele chegará pela ARTERÍOLA AFERENTE! • Nos capilares glomerulares: • temos grande quantidade de líquido e de solutos filtrados para iniciar o processo de formação da urina. • Os capilares peritubulares: • temos trocas gasosas e depois dele se formarão as veias.... RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 • É a unidade funcional de um rim – existem um milhão de nefrons em cada rim; • São estruturas que não se regeneram; Por isso deveríamos ficar atentos sobre onde é processado o fármaco que estamos utilizando! Pois depois que geamos uma lesão renal, não podemos regenera-lo. • Após os 40 anos: há uma queda no numero de nefrons, 10% a cada 10 anos → Claro que o corpo fará adaptações para manter o equilíbrio entre liquidos, eletrólitos, agua, produtos residuais. Divide-se em • Partes do néfron: -Glomérulo -Cápsula glomerular (de Bowman) CORPÚSCULO RENAL É o local onde o plasma sanguíneo é filtrado É um conjunto de túbulos -Túbulo contorcido proximal - Alça de Henle - Túbulo contorcido distal TÚBULO RENAL É a região onde irá passar o liquido filtrado do corpúsculo • Existem 2 tipos de néfrons: suas funções são as mesmas, eles apenas possuem formatos diferentes Néfrons Corticais (80 a 85%): tem os glomérulos localizados na zona cortical externa; Ou seja, ele é menor. Néfrons Justamedulares (15 a 20%): possuem a Alça de Henle maior e ela entra dentro da medula renal; glomérulos mais profundos, no córtex renal, perto da medula. RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 • Cada nérfron contém: • Um grupo de capilares glomerulares (glomérulo), onde grandes quantidades de líquido são filtrados do sangue; • Um longo túbulo, no qual o líquido filtrado é convertido em urina no trajeto para a pelve renal; Será convertido pois muitos hormônios entrarão em ação e muitos processos ainda ocorrerão no túbulo e afetarão o que será eliminado (urina). • Os capilares glomerulares são cobertos por células epiteliais e todo o glomérulo está envolvido pela Cápsula de Bowman; • O líquido filtrado dos capilares • No néfron: glomerulares passa para o interior da cápsula e segue para o interior do túbulo proximal; • Depois de passar no túbulo renal proximal, segue para Alça de Henle – ramo descendente e ascendente; • No final do ramo ascendente da Alça de Henle encontra-se uma placa na parede chamada de mácula densa – controle da função do néfron; • Depois da mácula densa, o líquido entra no túbulo distal; O sangue virá pela arteríola aferente, aentrará no glomérulo. Uma parte do líquido entrará no túbulo contorcido proximal e parte do sangue seguirá embora pela arteríola eferente, seguirá seu caminho para depois realizar as trocas nos capilares peritubulares. O liquido filtrado seguirá no túbulo contorcido proximal, depois alça de henle e no túbulo distal (final da alça de henle) temos a macula densa, que é um conjunto de células que fica monitorando a passagem dos liquidos nessa região. • Na porção final do túbulo contorcido distal e, continuando até os ductos coletores, existem 2 tipos de células: Células Principais: que possuem receptores para o hormônio ADH e aldosterona; ADH= É o hormônio antidiurético, ele sinaliza ao túbulo que ele deve guardar água ALDOSTERONA = É um mineralocorticoide, importante regulador de sódio. Vai sinalizar ao tubulo se é para ele guardar sódio e água Células Intercaladas: homeostasia do pH sanguíneo; *Essa região é a ultima chance que o sistema possui para fazer um ajuste, pois depois dos ductos coletores oliquido que será eliminado vai seguir para os ductos papilares; RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 Micção: • Esvaziamento da bexiga quando ela está cheia; Quando a bexiga está cheia, voluntariamente fazemos a eliminação desse volume. Toda vez que ela está cheia, os receptores detectam isso e aí temos o reflexo de micção. Essa resposta/reflexo é mediada pelo sistema autônomo, mas pode também ser inibida ou facilitada (vou antes de sair de casa mesmo sem ter vontade) pelos centros superiores/nossa vontade. Inicialmente aumentou o volume → Receptores percebem → Avisam o centro de controle → O centro de controle vai providenciar a resposta que seria reflexa (que seria eliminar a urina) → Nós adultos temos o controle consciente e não vamos liberar o xixi em qualquer local, vamos ao banheiro e fazemos o esvaziamento. Ureteres: • Transportam urina da pelve renal para a bexiga urinária através de contrações peristálticas (tem inervação + musculatura lisa) e contam com a ação da gravidade (são 25 a 30cm); • São inervados pelas fibras simpáticas (aumentam a contração) e parassimpáticas; • Cada ureter, penetra na bexiga, passando pelo músculo detrusor (músculo liso) que está envolvido nesse esvaziamento da bexiga; Bexiga Urinária: • Órgão muscular elástico oco (em média tolera 800 ml de urina, mas existem diferenças, mulheres toleram menos ); • Dividida em corpo (armazenamento) e colo (é a porção final e onde conecta-se com a uretra); • A parte inferior do colo da bexiga (colo vesical) também é chamada de uretra posterior (relação com uretra); Na abertura para uretra existem: os músculos esfíncter interno e externo: Esfíncter interno: músculo liso, mantém colo vesical e uretra posterior vazios – evita esvaziamento da bexiga; Por ser músc. liso ele está sobre controle do sistema neurovegetativo e por isso não conseguimos controla-lo). A medida que ele sofre pressão, ele se abre e aí a urina chega no esfíncter externo. Esfíncter externo: músculo esquelético, e esse esfíncter é o que controlamos de forma consciente. Depois que passou do esfíncter interno e chegou no externo, conseguimos realizar o controle: se queremos segurar, se queremos ir fazer agora. Quando esperamos demais a pressão vai aumentando e fica mais difícil de controlar. *Exercícios na Fisioterapia para essa musculatura auxiliam para pessoas com incontinência urinária. RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 Uretra: Depois que passou da bexiga a próxima etapa é a uretra! • Se estende do assoalho pélvico da bexiga até o exterior do corpo; • Parte terminal do sistema urinário e a via de passagem para eliminação de urina do corpo; • Possui esfíncter interno e externo (controle voluntário); • Nos homens também elimina sêmen; • Reflexo de micção; Quando começa a atingir os 200mL a 400mL de urina ocorre O aumento da pressão interna na bexiga (os receptores sensoriais de estiramento são ativados – nervos periféricos) Eles avisam o centro de controle/de micção (localizado na medula espinhal, pois é uma resp. reflexa) Nessa condição reflexa o M. Detrusor da bexiga vai contrair e ocorre o relaxamento dos M. Esfíncter externo e interno Ocorre a micção • Controle do cérebro: O cérebro faz esse controle consciente que falamos, pode inibir essa resposta reflexa, fazendo que mantenhamos o esfíncter externo até que decidamos realizar a micção de forma consciente/voluntária. • Os centros superiores podem manter o reflexo de micção parcialmente inibido; • Podem evitar a micção através da contração do esfíncter externo até o momento adequado para urinar; • Podem auxiliar o início da micção; Formação da Urina: FILTRAÇÃO GLOMERULAR; REABSORÇÃO TUBULAR (reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o sangue); SECREÇÃO TUBULAR (secreção de substâncias do sangue para os túbulos renais); • Para produzir urina, os néfrons e ductos coletores realizam 3 processos básicos: RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 O sangue chega pela arteríola aferete e entra nos capilares glomerulares. Parte deste sangue que entrou nos capilares glomerulares vai passar pelo processo chamado de filtração, e outra parte seguirá através da arteríola eferente. O plasma filtrado no glomérulo cai entrar pela capsula de Bowman (filtração, representado no número 1). Depois esse líquido ainda poderá devolver coisas ao sistema sanguíneo, o que chamamos de reabsorção. E ainda, lá do sangue poderão vir substâncias para esse liquido que chamamos de secreção. E podemos ver na figura também, todo o produto final, a urina que é o produto da excreção, marcado pelo número 4. • Substâncias que passam no filtrado renal (líquido produzido pelo glomérulo): Figura A: mostrando que toda a Creatinina passa pela filtração, mas não é reabsorvida, vai direto embora. Fig. B: Mostra os eletrólitos corporais, onde uma parte será reabsorvida e outra parte será mandada embora. Fig. C: Mostra os aminoácidos e glicose, foram todos filtrados e todos reabsorvidos, não foi nada para a urina. Por isso que quando encontramos glicose na urina não é um bom sinal Figura D: mostrando ácidos e bases orgânicas, tudo o que foi filtrado foi eliminado. • Então, existem diversos processo reguladores: • Os processos são regulados de acordo com a necessidade corporal; • As substâncias que devem ser eliminadas como ureia, creatinina, ácido úrico são excretadas em grandes quantidades de urina; • Eletrólitos como sódio, cloreto, e bicarbonato são altamente reabsorvidos – pequenas quantidades na urina. RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 1) Filtração Glomerular: processo em que a água e solutos no plasma sanguíneo passam através das paredes dos capilares glomerulares para a cápsula glomerular e vão seguir pelos túbulos renais, dando origem a nossa urina -Ali no glomérulo existe uma membrana de filtração que não permite a passagem de proteínas e hemácias (glóbulos vermelhos). Por isso que a presença delas podem indicar algum problema nos néfrons. 2) Reabsorção Tubular: células tubulares reabsorvem 99% da água filtrada e solutos úteis – ou seja, retornam ao sangue; 3) Secreção Tubular: as células do túbulo e do ducto removem substâncias do sangue – resíduos, fármacos, excesso de íons. Tudo isso dependerá de sinalizações, especialmente de hormônios, e aí vamos ter o ducto coletor e seguirá as estruturas que vinhamos falando até formar nossa urina. • Esses processos que vamos falar, que acontecem em cada uma dessas regiões, , vão garantir esse equilíbrio: Por isso que falávamos que a composição nos ductos coletores é a mesma composição da nossa urina. Filtração Glomerular: O liquido que entra em nosso espaço capsular é chamado de filtrado glomerular Em média 150 litros/dia na mulher 180 litros/dia no homem (isso está relacionado a quantidade de volume sanguíneo que temos) • De todo o plasma que entrou no glomérulo, apenas 20% é filtrado! • Somente 1 a 2 Litros são excretados na urina – 99% retorna ao sangue; • Nessa região temos a MEMBRANA DE FILTRAÇÃO: • Permite a filtração de água e pequenos solutos; • Impede a filtração da maioria das proteínas plasmáticas, células sanguíneas e plaquetas;• As substâncias filtradas do sangue atravessam 3 barreiras: - células endoteliais (fenestrações); - lâmina basal; - podócito (fendas de filtração); RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 As substâncias filtradas do sangue atravessam 3 barreiras, como se fossem esponjas para a filtração: • O volume de líquido filtrado no pelo corpúsculo renal é muito maior do que nos outros capilares do corpo, por 3 razões • Capilares glomerulares apresentam área de superfície maior para filtração (longos e extensos); • A membrana de filtração é fina e porosa; • A pressão arterial no capilar glomerular é alta; • Pressão efetiva de filtração (PEF): Quando o plasma chegou no glomérulo ele vai entrar com uma determinada pressão que chamaremos de pressão hidrostática glomerular do sangue, ou seka, a pressçao que o sangue que entrou ali faz no glomérulo. Essa pressão força o plasma para entrar e se transformara em filtrado. Lá dentro do glomérulo, nos túbulos, já temos liquidos, especialmente na capsula, e na capsula esses liquidos farão uma pressão contrária. E ainda temos a pressão coloidosmotica do sague que vai oferecer uma certa resistência a entrada desse plasma para ser filtrado. Mas o que quer dizer com isso? Que é necessária uma pressão para o nosso plasma entrar na capsula e ser filtrado. E a gente não precisa de uma grande diferença de pressão, se fizéssemos essa conta abaixo da uma diferença de apenas 10mmHG entre a pressão de entrada e a resistência permite que o plasma entre na capsula e seja filtrado. RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 • Taxa de Filtração Glomerular (TGF): E aí vamos tendo uma quantidade de filtrado a cada minuto e isso chamaremos de taxa de filtração glomerular. • Isso significa a quantidade de filtrado formado em todos os corpúsculos renais dos dois rins a cada minuto; • Adultos: média de 125 mL/minuto; • Mantida sempre constante – homeostasia; • Diretamente relacionada com as pressões que determinam a pressão efetiva de filtração; • Sua regulação acontece de duas maneiras ✓ ajustando o fluxo sanguíneo que entra e sai do glomérulo; ✓ alterando a área de superfície do capilar glomerular disponível para a filtração; Se o sangue passa muito rápido, nosso glomérulo fica filtrando muito mais, então a taxa de filtração aumenta quando o fluxo sanguíneo para os capilares glomerulares é maior. E também vimos que existem as arteríolas que podem fazer vasoconstrição e vasodilatação para regular o fluxo desse sangue que está passando pelo glomérulo. Se o sangue passar com muita velocidade/muita pressão o glomérulo não tem tempo para fazer todo esse processo de filtração adequada. Por isso vamos ver que existem 3 mecanismo que vão organizar essa taxa de filtração glomerular, fazendo que o sangue entre no glomérulo e ocorra o processo adequado de filtração: • A TFG aumenta quando o fluxo sanguíneo para os capilares glomerulares; • O diâmetro das arteríolas regula o fluxo sanguíneo glomerular; • 3 mecanismos controlam a TFG: o Autorregulação Renal da TFG; o Regulação Neural da TFG; o Regulação Hormonal; Autorregulação Renal da TFG • É um processo de controle local em que os rins mantém uma TFG relativamente constante diante de flutuações normais que ocorrem na PA – autorregulação renal; • Esse mecanismo ainda se divide em dois mecanismos: - Mecanismo miogênico; - Retroalimentação (feedeback) tubuloglomerular. • É um processo de controle local em que os rins mantém uma TFG relativamente constante diante de flutuações normais que ocorrem na PA – autorregulação renal; • Esse mecanismo ainda se divide em dois mecanismos: - Mecanismo miogênico; - Retroalimentação (feedeback) tubuloglomerular. Mecanismos miogênico: normaliza o fluxo de sangue para manter o rim e a taxa de filtração glomerular (TGF) mesmo após a variação da PA; Quando temos um volume de sangue maior em um vaso, essa pressão gerada pelo fluxo sanguíneo aumentado lá no vaso, faz com que as paredes do vaso percebam que há um fluxo aumentado. O mesmo ocorre nas arteríolas aferentes, se ela detecta aumento da pressão, isso geraria aumento da taxa de filtração glomerular. Entretanto, as arteríolas não permitem a passagem do sangue nessa velocidade e suas fibras musculares se contraem, estreitando o vaso. Com isso, sabemos que vasos estreitos oferecem mais resistência para o fluxo e o fluxo sanguíneo diminui e mantém a taxa de filtração glomerular. Ou seja, se por acaso aumentar muito a pressão do fluxo sanguíneo na arteríola aferente, isso poderia gerar aumento para a taxa de filtração glomerular. Como o corpo não quer que isso aconteça, a artéria se fecha gerando uma resistência para diminuir a taxa de filtração glomerular RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 Retroalimentação tubuloglomerular: opera mais lentamente, mas visa normalizar o fluxo de sangue para o rim. Já o mecanismo de retroalimentação tubuloglomerular também vai detectar quando temos uma taxa de filtração acima do normal. Ou seja, os dois mecanismos querem impedir isso. Mas como esse mecanismo age? Se o meu glomérulo tiver filtrando muito rápido, se a taxa de filtração tiver muito elevada, terei muitos liquidos passando nos túbulos. O túbulo percebendo isso, ele vai inibir a liberação de oxido nítrico, ele é um importante vasodilatador. Quando cai a liberação de oxido nítrico ele fecha o vaso. Com isso o sangue vai fluir mais lentamente e cai a taxa de filtração glomerular. Regulação Neural da TFG • A regulação neural é um outro mecanismo que também vai tentar manter a taxa de filtração glomerular adequada! • Ela envolve neurônios; Toda vez que tenho aumento da atividade simpática eu tenho constrição das arteríolas, e ainda terei aumento da liberação de renina. Então nosso corpo, primeiramente lançando mão dos mecanismos de autorregulação renal para diminuir o fluxo sanguíneo, se ele não conseguir dar conta teremos ativação simpática. Justamente para fechar ainda mais arteríola, fazer resistência ao fluxo e diminuir a taxa de filtração glomerular. *Exemplo com exercício e hemorragia: durante o exercício, pela ativação simpática, essas arteríolas também se fecham e aí temos menor fluxo sanguíneo e de plasma sendo filtrado e isso reduz o volume de urina que eliminamos durante a atividade e ainda conserva volume sanguíneo adequada para todas as funções. Em uma situação de hemorragia, nosso corpo também fará uma ativação simpática para fecharmos as arteríolas e evitar perda de sangue. RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 Regulação Hormonal da TFG • Quando tenho aumento da atividade simpática ocorre liberação de renina, quando tenho aumento da atividade simpática. A renina desperta aquele circuito de renina-angiotensina aldosterona e com a produção da angiotensina II também ocorre reforço da vasoconstrição. • Novamente as arteríolas vão diminuir de calibre, com isso cai o volume sanguíneo para o rim e novamente temos queda na taxa de filtração glomerular. O que queremos explicar com isso tudo? Que o corpo sempre vai lançar mão de mecanismos para que o fluxo sanguíneo passe lentamente e garanta uma taxa de filtração adequada.Então se olharmos para a autoregulação renal, a regulação hormonal e a regulação neural, veremos que todos estão contribuindo para a diminuição da taxa de filtração glomerular para garantir que o sangue passe lentamente em nossos glomérulos. Apenas um hormônio fará o mecanismo contrário, ele vai aumentar a taxa de filtração glomerular: • O Peptídeo Natriurético Atrial (PNA): sua produção provoca relaxamento das céls. Glomerulares, aumentando a área de superfície dos capilares disponíveis para filtração (aumento da TGF) Se lembrarmos da fisio I e do natriurético natural, vamos lembrar que toda vez que nossos átrios detectam um volume de sangue maior, isso significa que passará mais volume de snague para ser filtrado. Então ele percebe que há muito volume, e ele libera o PNA. O que o PNA fará? Vai agir nas células glomerulares e os tornará mais permeável para aumentar a filtraçãoe para colocarmos mais agua para fora do corpo e com isso mantemos a homeostase. Reabsorção e Secreção Tubular: • O sangue já foi filtrado, está coma taxa adequada de filtração e agora o plasma/lliquido entrara nos túbulos (flui do túbulo proximal, da alça de Henle e tubulo distal, chegando ao ducto coletor) • Neste trajeto substancias ainda poderão ser reabsorvida e outras secretadas. A reabsorção tubular é altamente seletiva e quantitativamente grande, ou seja, que nossos túbulos vão poder selecionar exatamente o que precisa ser mantido no corpo e o que precisa ser excretado. Reabsorção: realizada pelas células epiteliais dos túbulos renais - retorno da maior parte da água e solutos filtrados para o sangue; - Esses solutos poderão ser reabsorvidos de forma ativa ou passiva - Substancias que serão reabsorvidas: glicose, AA, uréia, íons (Na+, K+, Ca2+, Cl-, HCO3, HPO4 2–) Secreção tubular: transferência de substâncias do sangue para o líquido tubular - H+, íons amônia (NH4), creatinina, certos medicamentos - secreção de H+ ajuda a controlar o pH da sangue e a secreção de outras substâncias ajuda eliminá-las; • A filtração glomerular e a reabsorção tubular são quantitativamente muito superiores em relação a excreção de urina - alterações nestes processos são coordenadas, de forma que grandes mudanças na excreção urinária são evitadas; RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 • A filtração glomerular é relativamente não – seletiva: filtra praticamente todos os solutos do plasma, exceto as proteínas plasmáticas ou substância ligadas a ela; • A reabsorção tubular é altamente seletiva (glicose e aminoácidos são quase que completamente reabsorvidos); • TRANSPORTE PASSIVO: Não ocorre gasto de energia. • TRANSPORTE ATIVO: Possui gasto de energia. Mecanismos de Transporte • Como estávamos falando, quando as células renais transportam solutos para fora e para dentro do liquido tubular, movem substancias especificas em apenas uma direção; • Esse transporte das substancias pode ser: ✓ Passivo ✓ Ativo: ▪ Primário: energia derivada da hidrolise (decomposição) do ATP; ▪ Secundário: é uma energia armazenada no eletroquímico do íon; • Vias de Reabsorção: temos formas de reabsorver, chamamos elas de vias. Reabsorção paracelular: líquido vaza entre as células – processo passivo (não tem gasto energético); Reabsorção transcelular: a substância passa do líquido presente no lume do túbulo, através da membrana apical de uma célula do túbulo, através do citosol e sai para o líquido intersticial através da membrana basolateral Há gasto de energia Ou seja, algumas substancias passam diretamente sem gasto outras vao precisar ter gasto de energia através do ATP. E ainda existem substancias que pegarão carona, no caso do transporte ativo secundário. Ex da imagem: glicose pegando carona com o sódio para conseguir atravessar; RESUMO DE FISIOLOGIA – SISTEMA URINÁRIO PARTE 1 • Para a maioria das substâncias que são reabsorvidas ou secretadas ativamente, existe um limite para a taxa de soluto – transporte máximo; • A reabsorção de soluto direciona a reabsorção da água – a grande parte da agua reabsorvida é por via osmose; • Osmose: difusão da água de uma região de baixa concentração de soluto (alta concentração de água) para uma de alta concentração de soluto (baixa concentração de água); • Reabsorção de água: 90% ocorre junto com a reabsorção de solutos (Na+, Cl- e glicose) = reabsorção obrigatória de água – túbulo contorcido proximal – ramo descendente da alça de Henle • 10% finais (20 a 30 litros/dia) = reabsorção facultativa de água – “capacidade de se adaptar à necessidade” – ductos coletores – regulada pelo hormônio anti-diurético (ADH)
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