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Eduarda Lima (UFCA – T31) Fisiologia do Sistema Nervoso Simpático - No simpático, o neurônio pré-ganglionar é mais curto e o neurônio pós-ganglionar é mais longo. Origem toracolombar; - Na maioria das vezes, os anticolinérgicos realizam o mesmo que o simpático; - No gânglio vai ser liberado acetilcolina que vai ativar o receptor nicotínico que está no neurônio pós-ganglionar, essa fibra despolariza e libera no órgão alvo o neurotransmissor noradrenalina/noraepinefrina (na maioria, em algumas poucas fibras continua liberando a ACh); - A glândula suprarrenal/adrenal funciona como se fosse uma fibra pós-ganglionar. Quando é ativada pelo simpático, libera o hormônio adrenalina/epinefrina; Catecolaminas - Possuem anel catecol (hidrossolúvel – não atravessam a barreira hematoencefálica); - Adrenalina, noradrenalina, dopamina, tirosina e DOPA; Síntese de catecolaminas: - Como a noradrenalina é produzida? 1. O neurônio capta a tiramina (precursor da tirosina); 2. Tirosina é convertida em DOPA (tyrosine hydroxylase faz a conversão); 3. DOPA é transformada em dopamina (dopa decarboxilase faz a conversão); Quando o neurônio para o circuito aqui, se chama neurônio dopaminérgico; 4. Dopamina é armazenada nas vesículas (as etapas anteriores acontecem no citoplasma); 5. Dopamina é transformada em noradrenalina (beta hydroxylase faz a conversão); Outros neurônios param aqui; OBS.: Adrenalina (hormônio; cai na corrente sanguínea e atua em todo o corpo, pega todos os receptores – mas a atividade é maior em beta) X Noradrenalina (neurotransmissor; é liberado por um neurônio pós- ganglionar para atuar em um conjunto de células específicas, não pega beta 2); Eduarda Lima (UFCA – T31) 6. Quando for a suprarrenal, acontece a transformação de noradrenalina em adrenalina (transferase faz a conversão); Atuação e destruição dos neurotransmissores (catecolaminas – nora e adrenalina): - Os receptores que são ativados pela nora e pela adrenalina são chamados receptores adrenérgicos; - Receptores adrenérgicos: alfa 1, alfa 2, beta 1, beta 2 e beta 3; - Alfa 2: Receptor pré-sináptico e pós em alguns tecidos, função principal de feedback negativo – detecta quando a nora está na fenda sináptica e o neurônio não precisa liberar mais; - Parassimpático: A acetilcolina é destruída pela acetilcolinesterase na própria fenda sináptica; - Simpático: O neurotransmissor liberado na fenda sináptica será captado novamente para o neurônio que o liberou por uma proteína NET/Transportadora de noraepinefrina (RECAPTAÇÃO); - Quando a nora é captada, ela tem dois caminhos: ou é armazenada novamente na vesícula ou vai ser destruída pela MAO (monoamina oxidase) que está dentro do neurônio, no citoplasma; - A MAO pode destruir nora, adrenalina e dopamina; Receptores Adrenérgicos Receptor Local (Alvo) Efeito Alfa 1 Vasos sanguíneos superficiais/ vaso cutâneo Vasoconstricção/aumento de PA Alfa 1 Próstata Crescimento prostático benigno Alfa 2 Neurônio pré-sináptico Reduz a liberação de noradrenalina na fenda sináptica Beta 1 Coração Inotropismo, dromotropismo e cronotropismo positivos Beta 2 Vasos profundos Vasodilatação Beta 2 Brônquios Broncodilatação Beta 3 Adipócito Queima gordura, adipócitos diminui OBS.: O efeito global na pressão arterial é o aumento. A vasoconstricção periférica é maior que a vasodilatação profunda. Metildopa – um dos únicos medicamentos usados em grávidas > ativa o alfa 2 > alfa 2 “engana” o neurônio, que vai deixar de liberar nora > nora cai e pressão arterial também. A anfetamina e a cocaína bloqueiam a NET, a nora se acumulará na fenda sináptica, aumentando tanto seu efeito periférico, quanto central (prazer, excitação do cérebro, diminuição da fome etc.). Eduarda Lima (UFCA – T31) Ações Fisiológicas - Efeitos vasculares: Redução do fluxo sanguíneo cutâneo (α1), aumento do fluxo sanguíneo para músculos esquelético (β2) – Redistribuição do sangue; - Efeitos cardíacos: Inotropismo (força), cronotropismo (frequência) e dromotropismo (condução átrio ventricular) positivos (β1); - Efeitos sobre a musculatura lisa: - Músculo liso do TGI: Relaxamento com redução do tônus intestinal e da frequência e amplitude das contrações; - Útero: Inibição do tônus e das contrações (principalmente no último mês de gravidez e parto); - Bexiga: Relaxamento do detrusor (β) e contração do esfíncter e trígono (α); - Efeitos respiratórios: Ação broncodilatadora - ação direta nos brônquios e nos mastócitos; - Efeitos metabólicos: Aumento da glicose e lactato no sangue, diminuição da secreção de insulina (α2), diminuição da captação de glicose pelos tecidos periféricos, aumento da glicogenólise, aumento dos ácidos graxos (β3) – Resumindo: Hiperglicemia e aumento de ácidos graxos livres; - Olhos: Midríase e aumento da PIO; - Músculo esquelético: Aumento da força motora e tremores (placa motora mais lubrificada); - Glândulas exócrinas: - Glândulas salivares: Diminuição da produção de saliva; - Glândulas sudoríparas: Aumento da produção de suor (simpático e parassimpático agem aumentando).
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