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Embriologi� d� Sistem� Endócrin� Hipófise: A hipófise, se origina do ectoderma, por uma via regulada pelos genes Notch, FGF8, BMP4, WNT5A, Lim-LHX3 e 4. A hipófise se desenvolve de duas fontes: - A Bolsa de Rathke (uma evaginação que se forma a partir do teto ectodérmico do estomodeu), originando a adeno-hipófise; - O infundíbulo (uma invaginação do assoalho neuroectodérmico do diencéfalo, que se forma na 3ª semana), originando a neuro-hipófise. Essa origem dupla explica porque a hipófise é composta de dois tipos diferentes de tecido. A formação da hipófise está completa na 6ª semana do desenvolvimento. Suprarrenal: A glândula adrenal (suprarrenal) é importante para o controle do metabolismo e estresse humano. A adrenal pode ser facilmente dividida em uma região cortical, mais espessa, e uma região medular. Região cortical: células secretoras de esteróides. O córtex pode ser dividido em três zonas: glomerulosa (logo abaixo da cápsula, alta produção de aldosterona – equilíbrio entre sódio, potássio e água, mantém a pressão arterial), fasciculada (região intermediária, alta produção de cortisol – atividade anti-inflamatória) e reticulada (produção de andrógenos -em contato com a região medular); Região medular: secreção de epinefrina e norepinefrina. - Desenvolvimento: Durante a 5ª semana de desenvolvimento, o epitélio celômico adjacente (ao lado) à crista genital em formação prolifera e um subconjunto de células se delamina entra no mesênquima subjacente (mesoderma), formando o córtex da adrenal. No 3º mês, uma segunda onda de células se delamina e migra formando mais uma camada cortical permanente, fina, circundando o córtex fetal da adrenal. A camada cortical fetal cresce rapidamente, produzindo fatores importantes para a secreção de estradiol pela placenta, para a maturação dos pulmões, fígado e trato digestivo. A diferenciação das zonas corticais tem início no período fetal, formando a zona glomerulosa e fasciculada. A zona reticulada só é reconhecível ao final do terceiro ano de vida. Formação da medula da adrenal: Células da crista neural (ectoderma) migram para a região do córtex da adrenal em desenvolvimento e se diferenciam em células cromafins, que são neurônios simpáticos que liberam adrenalina e noradrenalina quando estimulados. Essas células são envolvidas pela região cortical em desenvolvimento, dando origem à medula da adrenal. Tireoide: A tireoide é uma glândula endócrina localizada na região cervical, anteriormente à laringe. A tireoide é constituída de dois lobos laterais ligados por um istmo. Sua função é produzir os hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam a taxa de metabolismo do corpo. Ela é composta por folículos tireoidianos, de formato esferóide, contendo em seu interior coloide. Colóide é uma substância gelatinosa, constituída de glicoproteínas denominadas tireoglobulinas, onde estão contidos T3 e T4. Células parafoliculares, células C, secretam calcitonina, que regula a taxa de cálcio no organismo. - Desenvolvimento: ocorre na 4 semana. A tireoide é a primeira glândula endócrina a se desenvolver. Sua formação se dá a partir da estrutura do intestino primitivo anterior, na altura da faringe primitiva. No 24º dia pós-fecundação, ocorre um espessamento do endoderma que recobre o assoalho da faringe primitiva. Esse espessamento forma uma evaginação: primórdio da tireoide. Nesse ponto da faringe, está acontecendo também a formação da língua (ligação provisória entre a língua e a tireóide = Ducto Tireoglosso). À medida que o embrião e sua língua crescem, a tireoide em desenvolvimento desce pelo pescoço e se dividindo em 2 lobos laterais ligados por um istmo. Durante sua migração, a tireoide permanece ligada à língua do embrião por um ducto estreito, o ducto tireoglosso, que é provisório. Com 7 semanas, a tireoide já assume sua forma e localização definitivas (entre a segunda e terceira cartilagens traqueais) e o ducto tireoglosso já degenerou e desapareceu (tireoide já não tem nenhuma conexão com a língua). O local de origem do primórdio da tireoide forma o forame cego, uma pequena fossa cega na base da língua. A tireoide começa a funcionar, geralmente, depois da 10ª ou 12ª semana de desenvolvimento, quando se diferenciam os primeiros folículos contendo colóide, fonte de tiroxina. A Função da tireoide é fundamental para um bom desenvolvimento encefálico. Hipotireoidismo leva a retardo mental, surdez, nanismo. Paratireoides: Na 4ª semana começam a se formar estruturas chamadas de arcos faríngeos, que contribuirão para a formação das estruturas de cabeça e pescoço. São estruturas mesenquimais (ou seja, preenchidas de mesoderma), recobertas internamente por endoderma e externamente por ectoderma. Os 4 primeiros arcos são visíveis. Mais 2 pares se formam, mas são rudimentares, não-visíveis. Os arcos faríngeos sustentam as paredes laterais da faringe primitiva, região inicial do intestino anterior. Entre a 5ª/6ª semana ocorre a formação das glândulas paratireoides derivadas do 3º arco faríngeo acompanha o timo, então elas se posicionam inferiormente às glândulas paratireoides derivadas do 4º arco faríngeo. Via de sinalização: sonic hedgehog. As células principais se formam no período embrionário, após 6ª semana, e regulam o metabolismo do cálcio fetal. Já as células oxífilas se formam após o nascimento. Pâncreas: O pâncreas é um órgão associado ao sistema digestório, com função dupla: exócrina (secretando enzimas digestivas - acinos pancreáticos) e endócrina (secretando insulina e glucagon - ilhotas pancreáticas). A porção exócrina consiste em grande número de ácinos ligados por ductos secretores. As ilhotas são constituídas por células poligonais de 5 tipos: alfa (produtoras de glucagon), beta (produtoras de insulina), delta (produtoras de somatostatina), PP (produtoras de polipeptídeo pancreático)e épsilon (produtoras de grelina). - Desenvolvimento: Assim como a tireóide, o pâncreas também se forma a partir de estruturas derivadas do intestino primitivo anterior. O desenvolvimento do pâncreas, a partir da 5ª semana, começa com o aparecimento de dois brotos endodérmicos separados, na região proximal do duodeno: os brotos pancreáticos ventral e dorsal. Há modulação de genes FGF2. A maior parte do pâncreas deriva do broto dorsal, que é maior e aparece primeiro, crescendo pra dentro do mesentério dorsal. O broto pancreático ventral é menor e se forma depois, próximo ao ducto da vesícula biliar. O duodeno passa por uma rotação, na 6ª semana para a direita e ganha a forma de um “C”, levando o broto ventral a se posicionar próximo ao broto dorsal. Com a aproximação dos dois brotos pancreáticos, eles fazem contato e se fundem, formando o pâncreas definitivo. Seus ductos internos também se interconectam (anastomosam), assim como o parênquima pancreático. Com a expansão e brotamento pancreático, as células do epitélio do pâncreas se diferenciam em endócrinas e exócrinas mediante uma modulação de genes específicos (neurog3). No início do 3º mês (geralmente, na 9ª semana), as ilhotas pancreáticas (de Langerhans) se desenvolvem a partir do tecido pancreático parenquimatoso e se dispersam por todo o pâncreas. A secreção de insulina começa, aproximadamente, na 10ª semana. O mesoderma esplâncnico (visceral) que circunda os brotos pancreáticos forma o tecido conjuntivo.
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