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Ciclo Celular - Resumo

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
CENTRO DE CIENCIAS DA SAÚDE
MEDICINA VETERINÁRIA
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
NOME DO CENTRO
NOME DO CURSO
RESUMO CDP 04 – PROCESSOS REACIONAIS E ADAPTATIVOS I
ALUNA: Maria Clara Neves
Turma: T3ABCD 
Professora Belise
01) Descrever as etapas do ciclo celular e suas vias de regulação.
O ciclo celular pode ser definido como uma série de eventos que ocorrem numa célula levando à sua divisão e duplicação. Durante o ciclo celular a informação genética é duplicada, e os cromossomos duplicados são devidamente alinhados para distribuição entre duas células-filhas geneticamente idênticas. Conta com duas fases, a intérfase e a mitose (M), sendo elas divididas em subfases. A intérfase é a fase de maior atividade celular, ela divide-se em G1, S e G2. A fase G1 vem depois da fase pós-mitótica, quando a síntese de DNA é interrompida e começa a síntese de RNA e proteínas, dando início ao crescimento celular, essa é a fase onde a atividade metabólica será mais intensa. Durante a fase S (síntese), ocorre a síntese de DNA, quando se formarão dois conjuntos separados de cromossomos, um para cada célula-filha. Já a fase G2 representa a fase pré-mitótica e é semelhante a fase G1 pois interrompe a síntese de DNA, porém mantém a síntese de RNA e de proteínas. A mitose é a fase de divisão equacional, onde resultará na formação de duas células geneticamente idênticas a célula original e também a formação do fuso mitótico. A primeira fase da mitose é a prófase, onde os cromossomos replicados, cada um consistindo em duas cromátides-irmã intimamente associadas, se condensam. Fora do núcleo, o fuso mitótico se forma entre os dois centrossomos, os quais iniciam sua separação. Na metáfase, os cromossomos estão alinhados no equador do fuso, exatamente na metade entre os dois polos. Os micro túbulos dos cinetócoros pareados de cada cromossomo se ligam aos polos opostos do fuso. Na anáfase, as cromátides separam-se para formar os dois cromossomos, e cada um deles é puxado lentamente para o polo do fuso ao qual está ligado. Os microtúbulos do cinetócoro encurtam e os polos do fuso também se distanciam, contribuindo para a separação dos cromossomos. Durante a telófase, os dois conjuntos de cromossomos-filho chegam aos polos de fuso. Um novo envelope nuclear é remontado em torno de cada conjunto, completando a formação dos dois núcleos e marcando o fim da mitose. A divisão do citoplasma começa com a formação do anel contrátil. Por último, ocorre a citocinese, que é a divisão do citoplasma da células. Além de fases, o ciclo celular também conta com os pontos de checagem, que são os responsáveis por verificar se há algum dano ou erro na divisão da célula. O ponto G1 se localiza entre a fase G1 e S, ele checa o tamanho da célula, se está com todos os nutrientes necessários para se manter e a integridade do DNA, caso haja algum dano, a célula entra em G0 e fica em estado quiescente. O ponto G2 fica entre a fase G2 e a mitose, ele checa a replicação do DNA antes da entrada na fase de divisão celular. O ponto M checa a localização dos cromossomos, caso haja algum erro nessa fase, a mitose é interrompida. Para o ciclo celular se regular, é necessário o suporte das vias de regulação, que conta principalmente com as ciclinas, CDK´s e o P53. As ciclinas proteínas que controlam a entrada e a progressão das células no ciclo. As CDK´s (quinases dependentes de ciclinas) são enzimas dependentes das ciclinas, que fosforilam as proteínas, ambas estimulam o ciclo. O P53 é conhecido como o ´´guardião do genoma´´ por ser um importante inibidor do ciclo celular, ele é ativado mediante algum estresse celular, pode promover a parada do ciclo e se o dano a célula for irreversível, promove a apoptose.
02) Explicar a mutação e definir seu papel nas neoplasias
A mutação pode ser definida como um evento que promove uma alteração no DNA. O estímulo inicial das neoplasias é a mutação, pois quando há um acúmulo de mutações em alguns genes-chave que controlam o crescimento e a divisão celular, eles podem interferir na multiplicação celular, ou inibir um gene supressor de tumor e gerar uma neoplasia. Além disso, a mutação pode ser classificada em herdada, estando presente no óvulo ou no espermatozoide, e adquirida, que ocorre devido a algum erro no processo de divisão durante a vida do animal.
03) Compreender as etapas da carcinogênese
Iniciação
É a introdução de alteração genética nas células pela ação de agentes iniciadores. Esses agentes são carcinógenos químicos ou físicos que danificam o DNA. As células iniciadas parecem morfologicamente normais e podem permanecer quiescentes por muitos anos, no entanto, essas células armazenam mutações que proporcionam vantagem de crescimento em condições especiais. Por exemplo, as células iniciadas podem responder melhor aos sinais mitogênicos ou ser mais resistentes aos estímulos que induzem à apoptose do que suas vizinhas.
Promoção
A promoção se refere ao crescimento das células iniciadas em resposta a um estímulo seletivo. A maioria desses estímulos seletivos, denominados agentes promotores ou promotores, leva à proliferação celular. Em geral os promotores não são mutagênicos, eles alteram a expressão gênica nas células iniciadas e não iniciadas para criar um ambiente no qual as células iniciadas tenham vantagem em seu crescimento. Devido a isso, caso o contato com o agente seja removido, o dano consegue ser revertido.
Progressão 
"No estágio final do desenvolvimento do tumor, a progressão inclui a conversão de um tumor benigno em um tumor progressivamente maligno, pela multiplicação descontrolada das células, e pode garantir metástase. A conversão maligna representa uma alteração irreversível do tumor em desenvolvimento.
04) Relacionar os aspectos histomorfológicos com as nomenclaturas dos tumores
Quanto a origem e malignidade:
Os tumores mesenquimais se originam de células de origem embrionária mesodérmica, e sua nomenclatura é dada pelo nome do tecido ou da célula com a adição do sufixo ´´sarcoma´´. Ex: fibrossarcoma, hemangiossarcoma
Já os tumores de origem epitelial têm sua nomenclatura dada pelo nome do tecido ou da célula com a adição do sufixo ´´carcinoma´´. Ex: adenocarcinoma
 Quanto a critérios de benignidade 
Os tumores benignos recebem sua nomenclatura pelo nome do tecido ou da célula com a adição do sufixo oma. No entanto, existem exceções como o melanoma, que é um tumor maligno com sufixo de um tumor benigno.
Ex: fibroma, lipoma.

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