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Proliferação celular

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PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 
 
TUTORIA 1 
1) Descrever o ciclo celular e sua regulação 
2) Explicar a proliferação celular 
3) Explicar a influência dos fatores exógenos e 
endógenos 
4) Explicar a carcinogênese e a ação de seus 
mediadores e genes supressores 
5) Explicar a angiogênese e as vias de 
disseminação metastásica 
CICLO CELULAR 
 Tem como função básica duplicar a imensa 
quantidade de DNA nos cromossomos e depois separar 
as cópias em duas células-filhas geneticamente 
idênticas 
 A duplicação dos cromossomos acontece na fase 
S que é a fase mais longa do ciclo 
 A segregação dos cromossomos e divisão 
celular ocorrem na fase M (M de mitose) 
 Fase M divide-se em mitose (distribuição dos 
cromossos copiados em pares) e citocinese (divisão 
citoplasmática) 
 
 No começo da mitose tem um estágio chamado 
de prófase, onde as 2 moléculas de DNA se 
desenbaraçam e se condensam em pares = cromátides 
irmãs 
 Quando o envelope nuclear se desfaz na mitose 
os pares de cromátides irmãs ficam ligadas ao fuso 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
mitótico que ficam em polos opostos caracterizando a 
metáfase 
 A destribuição das cromátides-irmãs que são 
puxadas para polos opostos ao fuso é chamada de 
anáfase 
 A telófase é quando o fuso se desfaz e os 
cromossos segregados são empacotados em núcleos 
separados 
 Assim, a citocinese cliva a células em duas para 
que as células filhas herde um dos dois núcleos 
 
 
O CICLO CELULAR EUCARIÓTICO 
 A maioria das células requer muito mais tempo 
para crescer e duplicar sua massa de proteínas e 
organelas do que para duplicar seus cromossomos e se 
dividir 
 A maioria dos ciclos celulares possui fases de 
intervalo: fase G1 entre a fase M e a fase S, e a fase G2 
entre a fase S e a mitose 
 Assim, o ciclo celular eucariótico é divido em 4 
fases senquenciais: G1, S, G2 e M 
 As fases G1, S e G2 formam a interfase que 
pode oculpar 23 horas de um ciclo celular de 24 horas, 
restando apenas 1 hora de fase M 
 
 O crescimento celular ocorre ao longo do ciclo 
celular, exceto durante a mitose 
 As duas fases de intervalo são um simples 
retardo de tempo que garante o crescimento celular 
 E também da tempo para a célula monitorar o 
ambiente interno e externo, afim de monitorar as 
condições adequadas antes que a célula comece as 
principais transformações da fase S e M 
 Se as condições extracelulares forem 
desfavoráveis as células retardam a progressão a G1 e 
podem entrar num processo de repouso conhecido como 
G0, esse estágio pode durar por dias, semanas ou anos 
até que a proliferação seja retomada 
 Na verdade muitas células ficam em G0 até que 
elas ou o organismo morra 
 
REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR 
 O sistema de controle do ciclo celular atua de 
forma semelhante a um cronêmetro que aciona os 
eventos do ciclo celular em sequência 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 Na maioria das células eucarióticas, o sistema de 
controle ativa a progressão do ciclo em 3 principais 
pontos de transição reguladora 
 
PROTEÍNAS-CINASES E CICLINAS 
 As cinases (Cdk) são componetes centrais do 
sistema de controle do ciclo celular 
 A atividade das cinases muda a medida que a 
célula avança no ciclo e suas atividades são reguladas 
pelas ciclinas que se alteram entre síntese e degradação 
ao longo do ciclo celular 
 Todas as células eucarióticas necessitam de 3 
classes de ciclinas, sendo definidas pelo estágio do ciclo 
que se ligam as cinases 
 G1/S-ciclinas: ajudam a desencadear a 
progressão ao ponto de restrição e seus níveis caem na 
fase S 
 S-ciclinas: ajudam a estimular a duplicação 
dos cromossomos, seus níveis permanecem elevados 
até a mitose, além de contribuir para o controle de 
alguns eventos mitóticos iniciais 
 M-ciclinas: estimulam a entrada na mitose 
no ponto de verificação G2/M e são destruídas no meio 
da mitose 
OBS: Na maioria das células as G1-ciclinas ajudam a 
regular a atividade das G1/S-ciclinas 
 Em vertebrados existem 4 Cdks: 
 Cdk4 e Cdk6: interagem com G1-ciclinas 
 Cdk2: interafe com G1/S-ciclinas 
 Cdk1 e Cdk2: uma interage com S-ciclinas 
 Cdk1: interage com M-ciclinas 
 
 As ciclinas ativam Cdks e as direcionam para 
proteínas-alvo específicas e cada complexo ciclina-Cdk 
fosforila um conjunto diferente e proteínas-substrato 
 Na ausência de ciclina, o sítio ativo da Cdk é 
bloqueado pela alça em T 
 
PROTEÍNAS INIBIDORAS DE CININAS 
(CKIS) 
 O aumento e diminuição dos níveis de ciclinas 
são os determinates primordiais da atividade das Cdks 
durante o ciclo celular 
 Além desses, vários outros mecanismos 
adicionais podem controlar a atividade das Cdks em 
estágios específicos do ciclo 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 A fosforilação de um par de aminoácidos na 
cavidade do sítio ativo da cinase inive a atividade de um 
complexo de ciclina-Cdk 
 A fosforilação desses sítios por uma cinase 
conhecida como Weel1 inibe a atividade das Cdks 
 Mas, a desfosforilação desses sítios por uma 
fosfatase como a Cdc25 aumenta a atividade das Cdks 
 As células usam as CKIs para auxiliá-las na 
regulação das atividades de G1/S-Cdks e S-Cdks no 
ínicio do ciclo celular 
 
 
 Enquanto a ativação de complexos específicos 
ciclina-Cdk controla a progressão através do início e 
transições G2/M 
 A progressão através da transição metáfase-
anáfase é desencadeada não pela fosforilação protéica, 
mas pela degradação de proteínas, levando a estágios 
finais da divisão celular 
 O principal regulador da transição entre 
metáfase e anáfase é o ciclosomo (APC/C) 
 O sistema de controle do ciclo celular também 
utiliza o SCF, principalmente para ubiquitinar certas 
proteínas CKI em G1 tardio 
 Ajudando asism no controle da ativação de S-
Cdks e replicação de DNA. A SCF também é resposável 
pela destruição das ciclinas G1/S na fase S inicial 
 
SISTEMA DE CONTROLE DO CICLO 
CELULAR 
 Quando as condições para a proliferação celular 
são adequadas, vários sinais externos e internos 
estimulam a ativação de G1-Cdk 
 Que por sua vez estimula a expressão de genes 
que codificam G1/S-ciclinas e S-ciclinas 
 A ativação resultante de G1/S-Cdk controla a 
progressão através do início da transição, 
desencadeando uma onda de atividade das S-Cdks que 
inicia a duplicação dos cromossomos na fase S e 
contribui para alguns eventos iniciais da mitose 
 A ativação de M-Cdk dispara a progressão 
através da transição de G2/M e eventos da mitose 
inicial, levando ao alinhamento de pares de cromátides-
irmãs na placa equatorial do eixo mitótico 
 Finalmente, APC/C junto com o ativador Cdc20 
dispara a degradação de ciclinas 
 E desencadeia a separação de cromátides-irmãs 
e a segregação e finalização da mitose 
 Quando a mitose está completa, múltiplos 
mecanismos colaboram na supressão da atividade das 
Cdks que resulta no período de G1 
 
 
 
 
 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 
RESUMINDO 
 
 
 
 
 
PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 Uma nova célula surge no momento em que 
outra se divide – sendo esse fênomeno a proliferação 
celular 
 Mas antes da célula se dividir ela passa pelo 
processo de interfase e depois por 6 fenômenos na fase 
M 
 
 Interfase: a célula aumenta de tamanho e o 
DNA dos cromossosmos é replicado e o centrossomo 
duplicado 
 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 Prófase: os cromossomos replicados que 
tinham duas cromátides irmãs se condesam. Tem 
formação do fuso mitótico e a separação dos mesmos 
 
 Pró-metáfase: se inicia repentimamente como o 
rompimento do envelope nuclear, os cromossomos se 
ligam aos microtúbulos do fuso e sofrem movimentosativos 
 
 Metáfase: os cromossos estão alinhados no 
equador do fuso, na metade entre os dois polos. Os 
microtúbulos de cada cromossomo se ligam aos polos 
opostos do fuso 
 
 Anáfase: as cromátides-irmãs se separam 
sicronicamente e cada uma delas é puxada lentamente 
para o polo do fuso ai qual está ligada 
 
 Telófase: os dois conjuntos de cromossomos 
chegam os polos do fuso. Um envelope nuclear é 
remontado em torno de cada conjunto, completando a 
formação de dois núcleos e marcando o fim da mitose 
 
 Citocinese: o citoplasma é dividido em dois 
pelo anel contrátil, o qual forma um sulco na célula para 
dar origem a duas células-filhas, cada uma com um 
núcleo 
 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
CLASSIFICAÇÃO E NOMEMCLATURA 
 
 HIPERTROFIA > é o aumento do tamanho das 
células e consequentemente do tecido ou órgão. É 
causada por demanda funcional maior ou estimulação 
hormonal. As fibras musculares estriadas cardíacas e 
esqueléticas aumentam de tamanho quando estimuladas 
por maior demanda. 
 HIPOTROFIA > redução quantitativa de 
componentes estruturais e funções celulares que 
resultam na diminuição de volume das celulas e órgãos 
atingidos. Mecanismo básico = redução do anabolismo. 
 HIPOPLASIA > diminuição da população 
celular, são alterações de proliferação celular. 
 Ex: fisiológica: involução do timo; patológica: 
medula óssea em infecções (reversíveis). 
 HIPERPLASIA > É o crescimento de um 
tecido ou órgão pelo aumento do número de células, 
alteração de proliferação. Ocorre em células com 
capacidade de mitose, quando estimuladas para maior 
atividade. É necessário aumento do suprimento 
sanguíneo, integridade morfofuncional e inervação 
adequada. 
 HIPERPLASIA HORMONAL > Proliferação 
do epitélio glandular da mama na puberdade e 
gravidez (em que há também maior produção de 
TSH, resultando em hiperplasia da tireóide). No 
ciclo menstrual há hiperplasia das glândulas do 
endométrio. 
 HIPERPLASIA COMPENSATÓRIA > 
Ocorre nos rins por exemplo, é fisiológica. 
 HIPERPLASIA NODULAR > geralmente 
afeta o órgão como um todo, entretanto pode 
ocorrer em nódulos, podendo ser considerado 
como processo patológico, e se necessário pode 
ser removido cirurgicamente. Ocorre na 
próstata, tireóide, adrenal e mama. 
 METAPLASIA > É a transformação de uma 
célula ou tecido em outro com características diferentes. 
A metaplasia pode ser considerada como uma adaptação 
da célula a estímulos adversos. Ocorre nas vias 
respiratórias quando por irritação crônica (fumo), o 
epitélio pseudo-estratificado ciliado se transforma em 
epitélio escamoso. 
 DISPLASIA > alterações na proliferação e da 
diferenciação celular. São alterações citológicas 
atípicas no tamanho e forma das estruturas celulares. É 
comum no epitélio do cervix uterino, no carcinoma "in 
situ". 
 NEOPLASIAS > crescimento novo, 
crescimento celular desordenado e autônomo, sem 
finalidade biológica. 
 O que diferencia uma neoplasia de uma 
hiperplasia é exatamente a autonomia de proliferação. 
 BENIGNA > geralmente não são letais e nem 
causam grandes problemas ao paciente mas seu volume 
pode obstruir órgãos ou estruturas e induzir a produção 
de estruturas. São diferenciadas. Seu crescimento é 
lento. 
 MALIGAN > Formadoras de CÂNCER. Suas 
celulas tem alto índice mitótico, com crescimento tão 
rápido que é acompanhado mais lentamente pela 
formação de vasos sanguíneos, causando degenerações, 
necrose, hemorragias e ulceras. São celulas mais 
volumosas pelo aumento da relação núcleo/citoplasma, 
além da cromatina irregular ser mais compacta. As 
celulas não são tao aderidas entre si, facilitando o 
deslocamento da colônia cancerígena, justificando a 
penetração de vasos sanguíneos e linfáticos, além da 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
metástase. Tem chance de recidiva após cirurgias de 
remoção. 
FATORES ENDÓGENOS E EXÓGENOS 
(ONCOGÊNESE) 
 O organismo humano encontra-se exposto a 
múltiplos fatores carcinogênicos, com efeitos aditivos 
ou multiplocativos 
 Sabe-se que a predisposição individual tem um 
papel decisivo na resposta final, porém não é possível 
definir em que grau ela influencia a relação entre a dose 
e o tempo de exposição ao carcinógeno e a resposta 
individual a exposição 
 A carcinogênese pode iniciar de forma 
espontânea ou ser provocada pela ação de anges 
carnogênicos (químicos, físicos ou biológicos) 
 A incidência, distribuição geográfica e o 
comportamento de tipos específicos de cânceres estão 
relacionados com múltiplos fatores (sexo, idade, raça, 
predisposição genética e exposição a carcinógenos 
ambientais) 
 
ONCOGÊNESE FÍSICA 
 A energia radiante, solar e ionizante, é o mais 
importante carcinógeno físico 
 O mecanismo da carcinogênese pela radiação 
reside na sua capacidade de induzir mutações 
 Essas mutações podem resultar de um efeito 
direto da energia radiante ou de efeito indireto 
intermediado pela produção de radicais livres 
 As radiações alfa e nêutrons são mais 
carcinogênicas do que a retenção eletromagnética (raios 
X, raios gama) 
 
RAIOS ULTRAVIOLETA 
 Os RUV-B são carcinogênicos e sua ocorrência 
tem aumentado muito com a destruição da camada de 
ozônio 
 Já os RUV-A não sofrem influência da camada 
de ozônio e causam câncer de pele em quem se expõe a 
doses altas e por um longo período de tempo 
 Dois mecanismos podem estar envolvidos na 
indução do câncer por raios ultravioleta: lesão do DNA 
pela formação de dímeros de pirimidina e 
imunossupressão 
 
RAIOS IONIZANTE 
 As radiações eletromagnéticas e na forma de 
partículas são todas carcinogênicas e a sua ação 
perniciosa é evidenciada em várias circustâncias: 
 Os mineiros que trabalham com 
elementos radioativos apresetam risco aumentado de 
câncer de pulmão 
 A incidência de certas formas de 
leucemia esteve e está acentuadamente aumentada em 
sobreviventes das bombas atômicas 
ONCOGÊNESE QUÍMICA 
 A oncogênese química é um processo sequencial 
é divido em duas fases: iniciação e promoção 
 A primeira etapa consiste de um fator iniciador 
ou carcinogênico que causa dano ou mutação celular 
 A mutaçaõ dos ácidos nucléicos é o fenômeno 
central da etapa de iniciação da carcinogênese 
 As células iniciadas permanecem latentes até 
que sobre elas atuem agente promotores 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 A segunda etapa estimula o crescimento da 
célula que sofreu mutação e pode acontecer a qualquer 
momento, após a transformação celular inicial 
 Os fatores de promoção podem ser agentes 
químicos, processo inflamatório, hormônios e fatores 
que atuam no crescimento celular normal 
ONCOGÊNESE BIOLÓGICA 
 Diversos vírus de DNA e RNA produzem 
cânceres em animais, e alguns foram implicados na 
gênese do câncer humano 
 Entre os vírus de DNA encontramos o HPV, 
Epstein-Barr e o da hepatite B 
 Os vírus de RNA (retrovírus) se relacionam 
mais raramente com o câncer humano 
 O único comprovadamente oncogênico é o 
retrovírus HTLV 1 que causam leucemia/linfoma da 
célula T do adulto e pelo linfoma cutâneo de célula T 
 Os vírus agem incorporando seu DNA ao da 
célula hospedeira que passa a ser utilizada para a 
produção de novos vírus 
 Durante esse processo, ou mesmo após ele, pode 
haver inativação de antioncogenes celulares pelas 
proteínas virais (inibem apoptose) ou a ativação de 
proto-oncogenes humanos ou virais (estimulam 
replicação viral) 
 
 A Helicobacter pylori, bactéria resposável pela 
gastrite crônica, também é suspeita de promover 
carcinogênese 
 Acredita-se que os agntes carcinogênicos 
biológicos atuem como promotores da proliferação 
celular, criando condições propícias para mutações por 
erros de transcrição do DNA 
ONCOGENES 
 A descobertade que os oncogenes causadadores 
de tumores estão relacionados ao genes anormais 
levantou várias questões sobre o papel destes genes no 
crescimento e desenvolvimento das células normais e 
tumorais 
 A estimulaçãoo da proliferação celular normal é 
quase sempre desencadeada por fatores de crescimento 
que se ligam aos receptores dispostos nas membranas 
 O sinal recebido por esses receptores é 
transmitido para o citoplasma e depois para o núcleo 
 Os fatores de crescimento regulam a 
proliferação celular e outras funções celulares, como 
disposição de proteínas na MEC 
CARCINOGÊNESE 
 É um fenômeno lento de sucessivas alterações 
genéticas onde células normais adquirem um fenótipo 
neoplásico 
 Geralmente envolve fatores exógenos 
(exposição a carcinógenos) e fatores próprios da 
célula, como falhas na reparação de erros ao azar 
durante a duplicação do DNA 
 A carcinogênese pode ser divida em: 
 A iniciação tumoral é o procesos que envolve a 
exposição das células normais a agentes químicos, 
físicos ou virais que causam danos irreversíveis nos 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
genes, levando a ativação de oncogenes e inativação 
de genes supressores de tumor 
 As células podem permanecer estacionárias no 
estado de iniciadas durante tempos variados se não 
recebem estímulos para se dividir 
 O processo de promoção compreende a 
expansão clonal das células iniciadas até formar 
tumores visíveis, normalmente lesões benignas ou 
focos de células preneoplásicas 
 A promoção pode ocorrer por consequência da 
exposiçao exógena (ex:. cigarros ou infecções) ou por 
processo endógenos (ex:. estimulação hormonal) 
 Os promotores tumorais se caracterizam pela 
habilidade de reduzir o período de latência na 
formação de um tumor depois da exposição de um 
tecido a um iniciador 
 Assim, os promotores tumorais não são capazes, 
por si mesmos, de produzirem mutações no DNA ou 
sejá, não são carcinogênicos 
 A conversão maligna é a transformação das 
células preneoplásicas em células que expressam o 
fenótipo maligno 
 Esse processo necessita de mais trocas 
genéticas, as quais podem ocorrer por erros na síntese 
do DNA ou pela ativação do oncogenes e ou 
inativação de genes supressores de tumor 
 A progressão tumoral caracteriza-se na fase em 
que a célula adquire características cada vez mais 
agressivas 
 Por causa da enorme quantidade de mutações 
sofridas pela célula tumoral nesta fase 
 A instabilidade genômica experimentada ela 
célula propicia um ambiente favorável ás trocas 
genéticas 
 Causando uma amplificação de alguns genes e 
expressão alterada de outros o que pode resultar numa 
maior taxa de crescimento e na aquisição de 
propriedades como a invação local e disseminação 
metastática 
 
ANGIOGÊNESE 
 Como os tecidos normais, os tumores requerem 
a distribuição de oxigênio e nutrientes, e a remoção de 
produtos de excreção (resíduos) 
 As células cancerosas podem estimular a 
neoangiogênese, durante a qual novos vasos brotam a 
partir dos capilares previamente existentes 
 Porém, a vasculatura tumoral é anormal, os 
vasos são dilatados e possuem um padrão de conexão 
aleatório 
 A neovascularização apresenta um efeito duplo 
no crescimento tumoral: a perfussão provê nutrientes e 
oxigênio e as células tumorais adjacentes secretam 
fatores de crescimento, coo IGF, PDGF e fator 
estimulante de colônia de macrófagos-granulócitos 
 A angiogênse é requerida não somente para o 
crescimento continuado, mas também para o acesso á 
vasculatura e posterior formação de metástases 
 Assim, a angiogênese é um controle biológico 
nessesário a malignidade 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
INVASÃO E MESTÁSTASE 
 A invasão e a metástase são marcas registradas 
biológicas dos tumores malignos, além de ser a 
principal causa de morbimortalidade relacionadas ao 
câncer 
 Para que as células tumorais se soltem do tumor 
primário, entrem nos vasos sanguíneos ou linfáticos e 
produzam um segundo crescimento em um sítio distante 
elas devem passar por uma série de passos 
 
 A cascata metastática é dividia em duas fases: 
invação da matriz extracelular e disseminação 
vascular, instalação tumoral e colonização 
INVASÃO DA MEC 
 A organização estrutural e função dos tecidos 
normais são determinadas pela interação entre as células 
e a MEC 
 As células tumorais devem ser interagir com a 
MEC em diversos estágios da cascata metastática 
 Um carcinoma deve primeiro romper a 
membrana basal subjacente, atravessar o tecido 
conjuntivo intercicial e por último ter acesso a 
circulação através da penetração na membrana basal 
vascular 
 A invasão da MEC é um processo ativo e pode 
ser separado por diversos passos: 
 Relaxamento das interações célula-
célula do tumor 
 Degradação da MEC 
 Ligação a novos componentes da MEC 
 Migração das células tumorais 
 A dissociação das células é uma frequente 
alteração nas molecúlas de adesão intercelulares 
 As interações célula-célula são mediadas por 
uma família de glicoproteínas – caderinas 
 A E-cadeirinas mantém as células epiteliais em 
união para transmitir sinais entre sin 
 Em diversos tumores epiteliais a uma redução da 
E-caderina o que causa a diminuição da capacidade das 
células se aderirem umas às outras, facilitando seu 
desligamento do tumor primário e um avanço em 
direção aos tecidos circunjacentes 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 
 As células tumorais podem secretar enzinas 
proteolíticas, ou induzir as células estromais a elaborar 
proteases 
 A MMP por exemplo é uma protease que regula 
a invasão tumoral através da remodelação de 
componetes insolúveis da membrana basal e da matriz 
interticial, mas também por liberar fator de crescimento 
da MEC 
 Por exemplo, a MMP9 cliva o colágeno tipo IV 
da membrana basal epitelial e vascular 
 
 As células epiteliais normais possuem 
receptores (ex:. integrinas) para a laminina da 
membrana basal e para o colágeno que estão 
polarizados em sua superfície basal 
 Esses receptores ajudam a manter as células em 
um estado quiescente diferenciado 
 A perda de adesão nas células normais leva a 
indução da apoptose, enquanto as células tumorais são 
resistentes a essa forma de morte celular 
 Além disso, a própria matriz se torna modificada 
a promover a invasão e a metástase 
 Exemplo, a clivagem das proteínas de 
membrana basal, colágeno e laminina, pelas MMP2 e 
MMP9 gera novos sítios ativos que se ligam a 
receptores nas células tumorais e estimulam a migração 
 
 A locomoção é a ultima etapa da invasão, 
impulsionadno as células tumorais através da 
membrana basal degradada e das zonas de proteólise da 
matriz 
 
DISSEMINAÇÃO VASCULAR E INSTALAÇÃO 
DAS CÉLULAS TUMORAIS 
 Assim, que atingem a circulação as células 
tumorais ficam vulneráveis à destruição por uma 
variedade de mecanismos 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 Dentro da circulação, as células tumorais 
tendem a agregar-se, a formação de agregados plaqueta-
tumor pode aumentar a sobrevida da célula tumoral e 
sua capacidade de se implantar 
 As células tumorais podem se ligar e ativar os 
fatores de coagulação e formar êmbolos que em algum 
ponto distante da sua formação se adere ao endotélio e 
depois entra na membrana basal 
 As moléculas de adesão e as enzimas 
proteolíticas estão envolvidas nesse processo 
 A molécula de adesão CD44 apresenta interesse 
em particular, pois se expressa em células T normais, 
sendo usada por elas no processo de migração, sendo 
assim, a superexpressão de CD44 pode favorecer a 
disseminação metastática 
 
 Assim, as células tumorais devem se proliferar, 
desenvolver um suprimento vascular e evadir as defesas 
do hospedeiroVIAS DE DISSEMINAÇÃO 
 Todos os tipos de câncer podem provocar 
metástases, com exceções dos gliomas e do carcinoma 
basocelular de pele 
 As principais vias de metástases são: 
1) Disseminação através de cavidades e superfícies 
corporais 
 Esse tipo de disseminação ocorre quando as 
células neoplásicas penetram em uma cavidade natural, 
como a peritonial, pericárdica, pleural e subaracnóide 
2) Disseminação linfática 
 É a principal via de disseminação inicial dos 
carcinomas 
 As células tumorais são reconhecidas como 
antígenos e levadas aos vasos linfáticos 
 Assim, o primeiro sítio de metastáses é o 
primeiro linfonodo na via de drenagem linfática do 
tumor – linfonodo sentinela 
3) Disseminação hematogênica 
 Células sanguíneas que penetram na corrente 
sanguínea podem ser levadas a qualquer parte do corpo 
 As artérias são mais resistentes que as veias a 
invasão tumoral, assim os órgãos mais acometidos são 
fígado, pulmão e SNC 
REFERÊNCIAS 
 Biologia molecular da célula. Bruce Alberts, 6 
ed. 
 Patologia geral. Bogliolo, 6 ed. 
 Características gerais nas neoplasias. Patologia 
geral, UNICAMP 
 Patologia: bases patológicas das doenças. 
Robbins e Cotran, 8 ed. 
 Ações de enfermagem para o controle do câncer. 
Cap. 2: fisiopatologia do câncer. COFEN, 2015 
 MaxWell, PUC-RIO

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