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Imunologia dos transplantes Imunologia Médica · manter viva a pessoa que perdeu a função de algum órgão · sucesso dos transplantes é recente · se deve aos avanços da imunologia · resposta imunitária -> rejeição (principal barreira) · desenvolvimento logísticos e técnicos · tornaram-se realidade no século XX · impacto grande na medicina atual · Brasil em segundo lugar em número absoluto de transplantes renais (entre 35 países) ano 2017 · marco importante para o SUS · procedimentos de alto risco; alto custo · Quais órgãos podem ser transplantados? · Desde córnea até mais complexos, como coração Maioria dos órgãos sólidos esbarram em problemas de resposta imunológica Alguns órgãos têm que ser retirados antes da parada cardíaca Parada cardíaca -> sangue para de circular -> hipóxia das células -> tecidos lesados por radicais livres Células mortas liberam DAMPS - reconhecidos pelo sistema inato do receptor > segundo sinal co estimulatório Primeiro sinal são os antígenos distintos Dano tecidual pode ser intenso o suficiente para que o segundo sinal seja forte o suficiente para que o receptor gere uma resposta imune adaptativa contra os antígenos do órgão doado e rejeite o órgão Essa resposta imunitária destrói o órgão TIPOS DE TRANSPLANTES · origem do órgão ou tecido · autólogos (do mesmo indivíduo p/ ele mesmo) · singênicos (gêmeos idênticos) · alogênicos (mais comum - de um indivíduo distinto para outro da mesma espécie) · xenogênicos (entre indivíduos de espécies distintas - menos comuns) · órgãos sólidos (hospedeiro vs enxerto) versus medula óssea (enxerto vs hospedeiro) · ossos, tendões e córneas (razoavelmente inérteis) - menor rejeição O QUE VAI SER DISCUTIDO · Histocompatibilidade · Rejeição a órgãos transplantados (superaguda, aguda e crônica) · Doença do enxerto vs hospedeiro · Imunoprofilaxia da rejeição GENÉTICA DA COMPATIBILIDADE (histocompatibilidade) · A rejeição de órgãos é uma resposta imunitária! · transferência por meio de linfócitos · Região genômica principal para compatibilidade é o MHC · MHC é a região mais polimórfica REJEIÇÃO HIPERAGUDA · Em 2-5 minutos após anastomosar o órgão incha, fica avermelhada/arroxeado · Paciente cai a pressão · Aumenta a FC · Pode entrar em choque e morrer · Principalmente em diferenças da tipagem ABO · Ativação do complemento -> inflamação · Endotélio destruído gera formação de trombos · Incomum COMO O MHC DO DOADOR É RECONHECIDO PELO RECEPTOR? · 2 formas principais · APRESENTAÇÃO INDIRETA · Célula dendrítica do receptor e do doador entram no órgão e fagocitar as células mortas, processar e apresentar as moléculas · Moléculas de MHC do doador (polipeptídeos) são digeridas dentro da célula apresentadora de antígeno · São quebradas em peptídeos e expostas · Chance de possuírem sequência diferente de peptídeos é alta · Porque as moléculas de MHC são muito polimórficas · Linfócitos do receptor podem reconhecer · RECONHECIMENTO DIRETO · Independente do antígeno apresentado o linfócito T vai reconhecer diretamente · Molécula de MHC apresenta o antígeno para um linfócito T · Interação do peptídeo com o MHC e com o receptor de celular T · Receptor de célula T tem que ser capaz de reconhecer o antígeno E o MHC · Qualquer receptor de célula T capaz de reconhecer a molécula de MHC diretamente vai ser eliminado na seleção negativa no TIMO (alta afinidade) · Provavelmente o receptor vai ter pelo menos um receptor de linfócito T cuja conformação tridimensional vai ser complementar a estrutura tridimensional da molécula de MHC do doador ATIVAÇÃO DE CÉLULAS T ALORREATIVAS · Células dendríticas do doador com antígenos próprios · Células dendríticas do receptor com antígenos próprios · No órgão linfóide secundário ocorre a apresentação do antígeno do doador para as células T do receptor · Células T podem reconhecer diretamente ou indiretamente · Presença de primeiro e segundo sinal · Sofrem expansão clonal e viram linfócitos efetores · Migram para o órgão doado · Secretam citocinas pró-inflamatórias -> lesão tecidual · Macrofagos ativados · Linfócitos T CD8 reconhecem direta ou indiretamente o MHC 1 e montam resposta imune contra essas células · Destruição dessas células do órgão doado (enxerto) REJEIÇÃO AGUDA · mecanismos mediados por células T · resposta inflamatória · inflamação dos vasos · atrapalha a circulação · pode ser mediada por anticorpos · rejeição por imunidade celular ou humoral · fácil de prevenir REJEIÇÃO CRÔNICA · não se conhece muito · relativamente · difícil de ser controlada · resposta de hipersensibilidade tardia 4 · dependente de ativação crônica e contínua de linfócitos TCD4 e macrofagos · proliferação de vasos · lumen cada vez maior até serem ocluídos DOENÇA DO ENXERTO VS HOSPEDEIRO · geralmente de MO · pode acontecer por transplante de órgãos sólidos também · células presentes no enxerto destroem o corpo do hospedeiro · células T maduras podem vir juntas com as celulas tronco hematopoiéticas · passaram por seleção negativa contra antígeno do DOADOR · passaram contra MHC do doador, não do receptor · CTH do doador -> pro-linfocito -> passam por seleção negativa no DOADOR! não causam problema · já as células T originais reconhecem o MHC do receptor como estranhas · expansão clonal -> células efetoras -> DANOS · hospedeiro corre risco de morrer · inflamação muito forte · é comum em transplante de CTH · pode ocorrer também em transplante de órgãos sólidos, se houver quantidade suficiente de linfócitos T maduros que gerem inflamação grave · Como amenizar? NÃO transplanta MO · purifica as CTH · minimiza a doença · em transplante de MO como terapia para câncer é interessante transplantar um pouco dos LT do doador · porque esses LT vão montar resposta imune contra as células tumorais do receptor · nem células T demais, nem de menos, EQUILÍBRIO · consegue aumentar a chance da pessoa ser curada do câncer IMUNOTERAPIA DOS TRANSPLANTES · sistema imunitário é a principal barreira · tipagem para maior compatibilidade · quase impossivel 100% compatíveis · sempre vão ter diferenças · drogas imunossupressoras são essenciais para garantir o funcionamento dos órgãos · pode ser um problema médico · pessoas cronicamente imunossuprimidas · ações: inibição da interação de MHC com o receptor de LT · inibição da IL-2 e receptor de IL-2 (etapa para ativação de linfócitos T) · rapamicina: inibe a cascata de transdução de sinal dos receptores de células T (necessários para ativação de LT) · minimizar o dano tecidual inibindo a proliferação dos LT
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