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Caso Clínico DRGE ➢ Id.: Mulher, 30 anos, estudante, solteira, sem filhos ➢ Q.P.: Pirose há 10 anos ➢ H.M.A.: Paciente conta apresentar pirose há 10 anos. Refere que os sintomas passaram de esporádicos para frequentes. Relata apresentar piora dos sintomas ao ingerir alimentos gordurosos e após deitar. Afirma apresentar sensação de retorno da comida, negando náuseas ou vômitos. Nega exteriorização de sangramento, negando também disfagia, halitose e perda de peso. Nega controle dietético, afirmando bastante consumo de enlatados, refrigerantes e café. ➢ H.P.M.A.: Realizou EDA há 8 sem alterações – SIC. Sendo tratado como distúrbio nervoso. ➢ A.P.: Ansiedade, em uso de Paroxetina. Nega outras comorbidade ➢ E.F: beg, loc, muc, aaa PA: 100 / 60 mmHg FC: 64 bpm ACV: bnf, 2t, rr, sem sopro AR: MV+, s/ RA ABD: RHA+, s/p ➢ Cd.: Retorno em 2 meses, com exames, após tratamento ➢ No retorno, paciente referia melhora significativa dos sintomas ➢ LAUDO EDA: Esofagite erosiva grau B e esôfago de Barret. ➢ Qual a principal hipótese diagnóstica? ➢ Uma das causas mais frequentes de consultas gastroenterológicas. A doença do refluxo gastroesofágico é uma afecção crônica causada pelo fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele. Possui diversos sinais e sintomas, que podem ou não estar associados a lesões teciduais. A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma das mais importantes afecções digestivas. ➢ E sua fisiopatologia? ➢ A JEG impede que haja um refluxo constante do conteúdo gastroduodenal para o esôfago. São necessárias ações de quatro componentes básicos: integridade do esfíncter inferior do esôfago; ligamento frenoesofágico; compressão anatômica diafragmática e presença da angulação de His na JEG. O conjunto é diretamente responsável pela competência do obstáculo funcional. Existe o refluxo de curta duração (que geralmente ocorre durante as refeições), é dito fisiológico, sendo tipicamente assintomático. Porém quando esse é crônico e constante, pode acarretar em sintomas como por exemplo a pirose. ➢ Como se faz o diagnóstico? ➢ O diagnóstico é clínico, confirmado por meio de exames complementares, destacando-se endoscopia, manometria e phmetria. ➢ Quais orientações sobre tratamento poderiam ser feitas? ✓ Não medicamentoso: - Medidas comportamentais e dietéticas: ✓ Medicamentoso - Inibidores da bomba de prótons (IBP); Bloqueadores dos receptores H2 da histamina (ARH2), Procinéticos; Antiácidos, alginatos e sucralfato ➢ Qual a relação de DRGE e esôfago de Barret? ➢ Como há um refluxo de ácido gástrico para o esôfago, acaba levando a uma esofagite erosiva, no processo de cicatrização cicatrização desse epitélioocorre uma transformação, uma metaplasia, da mucosa esofágica, substituindo o epitélio escamoso normal por um epitélio colunar de padrão intestinal (altamente resistente ao pH ácido). Esse processo trata-se do Esôfago de Barret. Essa condição é um fator importante que predispõe ao adenocarcinoma do esôfago - portadores de Esôfago de Barret tem 40 vezes mais de desenvolver adenocacinoma esofágico.
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