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PADRÃO DE HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE - BCM HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE: - Necessário que haja alteração em apenas um alelo ; se houver nos 2, também irá ocorrer alteração, porém, mais SEVERA; - As alterações são diversas, com características específicas; - Dominante - mais comum nas mulheres; - recessivo - mais comum nos homens; - Números aproximadamente iguais de homens e mulheres afetados (quando ambos são dominantes; O fenótipo alterado aparece em todas a gerações , ao que chamamos de transmissão vertical do gene afetado ; Tanto homens quanto mulheres são afetados (não pode ser característica dominante ligada ao Sexo porque um pai transmite a característica para um filho). FATORES QUE AFETAM A EXPRESSÃO DE GENES CAUSADORES DE DOENÇAS AUTOSSÔMICAS: - Mutação nova – (de novo); alteração que não veio herdada (primeiro da geração a mudar); - Penetrância reduzida; - Penetrância dependente da idade; - Expressividade Variável; PENETRÂNCIA E EXPRESSIVIDADE - relacionado com doenças autossômicas; - PENETRÂNCIA: Percentual de casos que o gene é expresso; - Completo: Gene produz o fenótipo correspondente sempre que estiver em condições de se expressar; - Incompleto: Apenas uma parcela dos indivíduos com o mesmo genótipo expressa o fenótipo correspondente ; - EXPRESSIVIDADE: Nível de expressão; - Uniforme: Um alelo expressa sempre um único tipo de fenótipo, de fácil reconhecimento; - Variável: A expressão do alelo no aparecimento de vários padrões de fenótipos ou vários graus de expressão; Ex: Polidactilia – seis ou mais dedos nas mãos e/ou nos pés. Penetrância incompleta – Expressividade Variável; ou seja pode manifestar de forma diferente ; - o pai pode ter 6 dedos, e filho 8; não necessariamente será igual; (expressão variável) Herança Autossômica Dominante: Exemplos clínicos: - Acondroplasia (nanismo dificuldade de crescimento dos ossos longos) - (expressão variável) - Neurofibromatose (diversas verrugas - tumores de pele)- Expressividade Variável; - Síndrome de Marfan - Penetrância completa - Expressividade Variável; todos os herdeiros, terão a síndrome, porém, a expressão varia; - (os ossos longos são mais longos) - desordem do tecido conjuntivo - aracnodactilia - mutação no gene fibrilina - tecidos elásticos perdem a resiliência, vão esticando… ossos extremamente longos; podendo haver rompimento de artérias ou problemas de válvulas; - Maior probabilidade de desenvolver dissecção de aorta; - nos 3 tópicos, envolvem a fibrilina; Esquelético: caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos alongados e deformidade torácica – pectus excavatum; Cardiovascular: caracterizado por alterações da valva mitral e dilatação da artéria aorta; Ocular: caracterizado por miopia e luxação do cristalino. Esta capacidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia . Genética da síndrome de Marfan: Gene: FBN1 Localização: Cromossomo 15 – Braço longo ◦ Proteína: Fibrilina-1 : importante componente na formação das fibras elásticas. Sua produção anormal resulta em fibras elásticas anormais , produzindo as alterações que caracterizam a síndrome. Fibrilina – Proteína do tecido conjuntivo: Encontrada na Aorta , no ligamento suspensório do Cristalino e no Periósteo. Papel no tecido conjuntivo – explicam o papel pleiotrópico – transtorno oculares esqueléticos e cardíacos; Periósteo – Tecido conjuntivo que reveste os ossos e proporciona uma força de oposição no crescimento normal do osso. Periósteo mais elástico: super crescimento dos ossos, resultando em defeitos do esqueleto; Lesão aórtica principal manifestação cardíaca - A aorta é rica em fibras elásticas - Circunferência da aorta está entremeada por grande número de fibras musculares e discreta matriz de sustentação - 95% morrem por alterações cardíacas; - Retinoblastoma (problemas na retina) pode afetar tanto um, quanto nos 2 olhos; Expressividade Variável; - - Doença de Huntington (Demência são alteração do sistema nervoso, no qual possui uma vasta variação; nesse caso é devido à alteração de um único gene.) - Doença neurológica degenerativa de causa genética. - Alterações só aparecem depois dos 50 anos de idade… Penetrância completa 100% - relacionada com a idade ; expressividade variável; - Caracterizada por alterações psiquiátricas, cognitivas e motoras progressivas; - Deve seu nome ao médico norte- americano George Huntington, de Ohio, que a descreveu em 1872; Huntington causa degeneração dos núcleos lenticulares (em roxo), responsável entre outras funções pelo controle de movimentos voluntários. - Decadência mental progressiva; - Problemas psiquiátricos: demência e distúrbio afetivo; - Perda da visão periférica; - Perda substancial de neurônios no cérebro; Em alguns casos – perda de 25% do peso total do cérebro; Podendo variar; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Coréia (movimentos involuntários, rápidos, irregulares e sem finalidade, associados à diminuição da força muscular); - Ocorrem especialmente nas extremidades (mãos e antebraços principalmente) e na face; MARCADOR GENÉTICO: Gene: HTT ou HD Localização: Cromossomo 4 – Braço curto Proteína: Huntingtina; - Quanto maior o número de repetições, início mais precoce do distúrbio ; - Normal: 10 a 26 repetições; - Afetado: Acima de 36 cópias; - Proteína se dobra de maneira errada… DIAGNÓSTICO: Logo de cara o diagnóstico vem como ALZHEIMER - Devido à ausência de investigação genética; pois só assim pode ser diferenciado um do outro; Clínico: observação dos sintomas; Laboratorial: exames de líquor (dosagem do GABA (corpos celulares dos neurônios) bastante reduzida), sangue, urina e Rx normal; Teste genético: mutação no gene HTT - Histórico familiar; Exame de neuroimagem: atrofia do núcleo caudado, sendo observados nos estágios intermediários e tardios da doença. Na doença avançada pode-se encontrar atrofia cortical mais difusa. PROGNÓSTICO A sobrevida varia muito de indivíduopara indivíduo, mas geralmente é de cerca de 10-20 anos após o aparecimento do primeiro sintoma. A morte não é pela doença, mas sim, como consequência de problemas: Respiratórios (30%); Cardíacos (25%) causados pela movimentação ineficiente da musculatura; Suicídio (7%) que tem um risco aumentado pelo quadro depressivo; Lesões de quedas frequentes e por má nutrição. TRATAMENTO: Se restringe a amenizar os sintomas motores, e eventualmente os psiquiátricos, com fármacos e outros eventuais tratamentos que o paciente possa buscar para melhorar seu quadro específico.
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