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trabalho arquitetura e urbanismo

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
UNOPAR
ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I
PRÉ-PROJETO
Projeto para Clínica Veterinária
Para a cidade de Planalto Alegre - SC
Autor(a): Natalia
Orientador(a): Ana Luiza Moretto
Chapecó, abril de 2021
1 INTRODUÇÃO
	Esse trabalho visa à elaboração de uma pesquisa com o objetivo de auxiliar no Trabalho Final de Graduação II, tem como tema principal uma clínica veterinária situado no município de Planalto Alegre (como mostra as figunas 01 e 02 no anexo) no Oeste de Santa Catarina.
	Atualmente quase todas as residências nas cidades Possuem bichos de estimação e o veterinário representa para eles o mesmo que médico representa para seres humanos. Isso levou à necessidade da existência das clinicas de atendimento veterinário.
	O público consumidor das clínicas veterinárias é amplo e composto por donos de animais, que buscam nestes locais a saúde e a aparência de seus bichinhos de estimação. Por isso, esse empreendimento, de preferência, precisa estar localizado em um imóvel amplo, de fácil acesso e que possua estacionamento, bem como dispor de uma infraestrutura necessária para sua instalação e proporcionar o seu crescimento.
	De acordo com Goes (2004), uma clínica veterinária é um empreendimento voltado para o atendimento à saúde e estética de animais domésticos de pequeno porte, como cães e gatos, entre outros, disponibilizando um atendimento clínico, por meio de exames de raios-x, vacinação preventiva, exames laboratoriais e até intervenções cirúrgicas, seguida internamento.
	Diante do apresentado até aqui, este trabalho propôs a criação de um projeto arquitetônico de uma clínica veterinária especializada no ramo de clínica e cirurgia de pequenos animais.
	Com este projeto arrojado, caracterizado por espaços amplos, conceito moderno e serviços diferenciados, a Clínica busca ser uma referência na cidade de planalto alegre/SC, visto que contará com iluminação e ventilação naturais abundantes, bem como o aproveitamento da água das chuvas e acessibilidade de pessoas com necessidades especiais. Tudo em prol dos pequenos animais que não puderam, até então, receber um tratamento adequado em termos de saúde.
	O projeto arquitetônico de uma clínica veterinária tem como objetivo o atendimento das funções determinadas pelo setor, bem como contribuir para o desempenho de atividades terapêuticas nos pequenos animais, de forma a não causar nenhum dano à saúde dos bichos que ali permanecem para tratamento, bem como do meio ambiente, como contaminação por proximidade entre áreas funcionais ou até mesmo fluxos de materiais contaminados.
	Justifica-se este trabalho pela necessidade de se buscar maiores conhecimentos acerca de um projeto arquitetônico de uma clínica veterinária, visto que, falar de projetos em arquitetura é entender a sua transversalidade com outras áreas, como qualidade do ambiente construído, conforto ambiental, psicologia ambiental, dentre outras, em razão que nos últimos anos, a complexidade do projeto e a exigência da qualidade ambiental das construções tem aumentado significativamente.
	Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica, buscando-se em renomados autores sobre o assunto todo o referencial teórico necessário a concretização do objetivo proposto.
1.1 TEMA
A implantação de uma clínica veterinária no no município de Planalto Alegre (como mostra as imagens) no Oeste de Santa Catarina (como mostra as figuras 01 e 02 no anexo), com o objetivo de disponibilizar um espaço amplo e de fácil acesso e com atendimento aos animais de 08h por dia e plantão, buscando auxiliar da melhor forma através da arquitetura, oferecendo assim uma vida ou convívio melhor, para os animais.
1.2 PROBLEMA
O grande problema é que, de acordo com os dados da pesquisa, o atendimento aos cães corresponde a mais da metade dos atendimentos, sendo as ocorrências mais comuns: as doenças gastrointestinais (43%), as doenças transmitidas por vetores (carrapatos), como as hemoparasitoses (babesiose e erliquiose) com 34% das ocorrências, e as afecções dermatológicas (32% dos casos). Já os gatos possuem menor participação no total de atendimentos clínicos dos veterinários, correspondendo menos de um terço. Em geral, enfermidades nos gatos são as doenças renais e do trato urinário (79%). Outros exemplos comuns de afecções são as doenças gastrointestinais e dermatológicas, semelhante aos cães.
Recomenda-se sempre que os donos busquem realizar check-ups de rotina com periodicidade para identificar o quanto antes qualquer mudança na saúde do animal, a fim de evitar maiores problemas.
1.3 JUSTIFICATIVA
O local foi escolhido com a ideia de implantar um projeto numa área com um crescimento comercial e residencial, localizado em uma SC importante e de muito acesso e movimento.
O seu projeto será bem observado pois em suas proximidades não há uma clínica de porte essencial, visando também o crescimento da cidade. Por conta da sua localização, a clínica conterá com um acesso fácil, pela SC 283, que dá acesso à cidade.
Sem contar que com a arquitetura podemos abrir um leque enorme para o bem estar dos animais e o aconchego de seus donos, elaborando por exemplo uma área de recepção confortável. 
1.4 OBJETIVO
Realização de um projeto arquitetônico de uma clínica veterinária, tendo em vista o ramo da saúde animal, marcada pela urgência ou precisão dos procedimentos, com a intenção de desenvolver uma proposta que ofereça a todos os usuários conforto ambiental e bem-estar.
1.5 OBJETIVO ESPECIFICOS
· Projeto clínica veterinária, com capacidade de dar tratamento correto aos animais.
· Soluções arquitetônicas que geram o bem-estar dos animais/usuários/funcionário.
· Conhecer o funcionamento de uma clínica veterinária e propor espaços eficientes para atendimentos médicos e a realização de exames.
· Buscar referencias de materiais e técnicas construtivas para promover a economia e eficiência na execução do projeto.
· Respeitar a legislação federal, municipal e sanitária.
· Proporcionar o acesso a atendimento clinico veterinário à população carente.
2 REFERENCIAL TEÓRICO – A HISTÓRIA DA MEDICINA VETERINÁRIA
2.1 NO MUNDO
O contato dos seres humanos com os animais começou há muito tempo atrás. Há registros desde a pré-história desta interação, como as pinturas rupestres encontradas nas paredes das cavernas por todo o planeta. Nesta época os animais serviam principalmente como força de trabalho, alimento e proteção. Segundo vesgios arqueológicos, o primeiro animal a ser domesticado pelo homem foi a ovelha, animal que lhe servia diversos recursos, como alimento, couro, leite e lã. Já nessa época, no período Neolíco, entre 3.000 e 8.000 a.C. os pastores de animais tratavam das enfermidades que ocorriam com os animais. (DRESSEL, 2015).
Mas foi no Egito, próximo de 1890 a.C., na Idade Anga que se encontrou o papiro documentando a “ars veterinária”, ou a arte de curar animais. Neste haviam diversos fragmentos de outros papiros, sendo que alguns eram voltados a Medicina Veterinária, indicando o diagnóstico, prognóstico, sintomas, doenças, e drogas usadas para os tratamentos dos animais. 
(SARTOR, 2002).
 
Na Grécia a profissão do médico veterinário era conhecida como “hipiátrica” e era desnado ao tratamento das enfermidades em cavalos, tendo em vista que os equinos eram de grande importância pelo transporte, força e valor no exército e frente as guerras. (GARCIA, 2011).
Já durante a Idade Média diminuiu o número de estudos voltados as ciências. Isso gerou uma diminuição no número de rebanhos, que foi dizimada com diversas “pestes”, logo na época em que a população cresceria drascamente e precisava de comida. Os bovinos enfermos eram tratados por pastores, boiadeiros e ferreiros, profissões de classes mais inferiores. (BIRGEL; DEVELEY, 2014)
 
Após a idade Média, com a guerra dos 30 anos e com o iluminismo, as ciências voltadas a Medicina, inclusive a Veterinária, começaram a ganhar maior destaque no âmbito
de estudos, até mesmo com aprimoramentos nos equipamentos, surge assim a necessidade do ensino da medicina veterinária, chamada na época de “alveitar”. (BIRGEL; DEVELEY, 2014).
Mas só em 1761, em Lyon na França, foi criada a primeira escola de medicina veterinária a parr de critérios científicos, pelo hipologista Claude Borgelat (1712-1779). A escola foi fundada com 19 alunos, e em seguida se tornaria uma importante profissão, fazendo com que outros países da Europa fundassem logo em seguida suas primeiras escolas, e até o fim do século XVIII já haviam sido criadas 19 escolas no velho connente. Na América as primeiras escolas chegariam um pouco mais tarde, em 1846 em Nova York, seguida por Boston em 1883 e na América Lana um ano mais tarde, em Bogotá. (DRESSEL, 2015).
2.2 NO BRASIL
Assim que a família real chegou ao Brasil, em 1808, a literatura e cultura cienfica começou a ganhar mais espaço no país, que até então não possuía imprensa, biblioteca e ensino superior. Mas o curso de medicina veterinária demoraria um pouco mais para chegar em solo brasileiro. Só em 1875, após o Imperador Dom Pedro II visitar e se encantar por uma conferência ministrada pelo veterinário Collin, na universidade de Alfort. Quando regressou ao Brasil o Imperador visava implantar uma Escola de Veterinária no país, mas não teve sucesso. (BIRGEL; DEVELEY, 2014).
Foi somente no século XX que foram criadas as primeiras escolas no Brasil, a escola de Veterinária do Exército, e a Escola Superior de Agricultura e Veterinária, ambas inauguradas em 1910, na cidade do Rio de Janeiro. (GERMINIANI, 1998). 
A Escola de Veterinária do Exército foi pioneira no campo cienfico atuando na patologia de enfermidades, e esta teve grande importância pelo fato de haver militares distribuídos por todo o país, incenvando assim a abertura de novas escolas em diferentes regiões, como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e no Estado do Rio de Janeiro (Niterói), marcando o ensino da medicina veterinária no Brasil. (GERMINIANI, 1998)
2.3 NA ATUALIDADE
Nos dias de hoje, com toda a tecnologia que temos, o enfoque dos médicos veterinários está voltado ao controle de doenças e a questões ambientais. (PFUETZENREITER, 2003). 
Segundo Pfuetzenreiter,
 
A proteção dos alimentos e o controle e erradicação de zoonoses permanecem as funções de maior interesse na área. Também ganham destaque outros três enfoques: os modelos biomédicos (pesquisas em animais para estudar os problemas de saúde dos seres humanos), o desenvolvimento dos serviços de saúde pública veterinária, e o ensino e formação em saúde pública. (PFUETZENREITER, 2003).
 
Além disso, questões ligadas ao ambiente e a sustentabilidade também são alguns fatores de maior importância tratados na atualidade, como por exemplo, a ulização de métodos sustentáveis na produção de alimentos, degradação e perda da biodiversidade, e a prevenção de novas zoonoses. 
(POSSAMAI, 2011).
A mesma autora ainda indica que as principais dificuldades se referem a saúde pública, as biotecnologias e o controle das infecções de origem alimentar. (POSSAMAI, 2011)
2.4 FUNCIONALIDADE DA ARQUITETURA
O conceito de bem-estar animal refere-se a uma boa ou satisfatória qualidade de vida que envolve determinados aspectos referentes ao animal tal como a saúde, a felicidade, a longevidade (Tannenbaum, 1991; Fraser, 1995). E ainda segundo Barry Hughes responsável por um dos conceitos mais populares sobre o tema, bem-estar animal é “um estado de completa saúde física e mental, em que o animal está em harmonia com o ambiente que o rodeia" (Hughes, 1976, p. 155).
 
Portanto, levando-se em conta a situação crítica de abalamento psicológico e muitas vezes física que um animal abandonado se encontra ao ser resgatado e as classificações de bem-estar animal descritas acima se percebe a necessidade de voltar a arquitetura para a sensação de aconchego e contato com o meio ambiente. Segundo Broom (1986, p. 2) o “bem-estar de um indivíduo é seu estado em relação às suas tentativas de adaptar-se ao seu ambiente” e facilitar essa adaptação é função da arquitetura. Caso não haja a preocupação na adaptação desses animais ao novo ambiente de inserção, pode originar estresses e consequentemente distúrbios comportamentais (NETO, 2014, p. 17). O estresse poderá acarretar ao animal uma maior susceptibilidade a doenças, gerando comportamentos anormais (MACHADO, 2000).
 
Sendo assim, para o desenvolvimento desse projeto focou-se em conceitos da arquitetura moderna e da arquitetura bi climática. A segunda “fomenta a integração harmoniosa entre o ambiente construído, o clima e as suas relações de trocas energéticas passivas, buscando o conforto ambiental do usufrutuário e podendo este ser térmico, lumínico, acústico, entre outros” (SANTOS, 2016, p. 2). Tal método favorece a eficiência e o baixo consumo energético além de promover uma sensação de pertencimento e interação com o ambiente em que a edificação está inserida:
 Na arquitetura bi climática é o próprio ambiente construído que atua como mecanismo de controle das variáveis do meio através de sua envoltura (paredes, pisos, coberturas), seu entorno (água, vegetação, sombras, terra) e, ainda, através do aproveitamento dos elementos e fatores do clima para melhor controle do vento e do sol (ROMERO, 2000, p. 48).
 Aplicando-se o termo em questão, teríamos um projeto com atenção voltada para a arborização, aplicação de brises nas fachadas com maiores incidências solares, melhor aproveitamento da ventilação natural e a utilização de materiais vernaculares, tudo isso voltado para o terreno que será implantado o edifício: “um dos fundamentos que contribuem para a construção de uma edificação bi climática 24 é a compreensão de que não existe uma solução perfeita e aplicável a todas as situações, mas sim mecanismos que devem ser selecionados no sentido de se encontrar uma alternativa adequada para determinado local” (JUNIOR et al., 2012, p. 7).
Já a arquitetura moderna favorece esse tipo de projeto voltado para o bem-estar animal através do seu conceito de ambientes permeáveis visualmente e fisicamente que acaba por se relacionar também com o conceito de liberdade, um elemento e sentimento crucial na vida de um animal. Sobre esse segundo conceito, há “Cinco Liberdades” formuladas pelo Conselho para o Bem-Estar de Animais de Produção (FAWC, 1993) que asseguram a quaisquer animais os direitos de ser: 
Livre de fome e de sede – pelo fornecimento de água fresca e uma dieta balanceada que mantenha os animais saudáveis e vigorosos; 25 Livre de dor, lesões e doenças – pela prevenção ou rápido diagnóstico e tratamento; Livre de medo e estresse – assegurando condições e tratamento que evitem sofrimento mental; Livre de desconforto – providenciando ambiente apropriado, incluindo abrigo e área para descanso confortáveis; Livre para expressar comportamento normal – providenciando espaço suficiente, proporcionando atividades e companhia apropriada de animais de sua própria espécie (FAWC, 1993, p. 3).
3 METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho foi proposta a seguinte metodologia:
 Referencial teórico, que será desenvolvido a partir de diversas informações obtidas com a leitura feita em livros, artigos, teses, dissertações, entre outras. Ele ajudará para compreender melhor o tema do trabalho, e dar embasamento às propostas. 
Análise de referenciais projetuais para compreender melhor o programa de necessidades e o fluxograma do funcionamento de um projeto cujas necessidades são próximas ao da proposta. 
Estudo de caso, que tem como intuito conhecer melhor a estrutura, as necessidades, problemas, e o dia a dia de um espaço físico igual, ou parecido com a temática do trabalho final de graduação. Conhecer a área, os profissionais envolvidos e a vivência do espaço.
 Levantamento e diagnóstico do terreno proposto, que busca conhecer o bairro, seus fluxos, a demanda da população, acesso, infraestrutura, o entorno, os usos permanentes a área, e a legislação. 
Após a realização de todos estes tópicos,
a proposta terá o lançamento do conceito e do pardo com base em todas as informações obtidas, para então o desenvolvimento do anteprojeto. 
4 CRONOGRAMA
A cronologia deste trabalho é composta por três etapas, são elas:
Desenvolvimento TFG I:
- Desenvolvimento de pesquisa;
- Escolha de terreno;
Desenvolvimento TFG II:
- Estudos de Caso;
- Programas de Necessidades;
- Organograma;
- Fluxograma;
Desenvolvimento TFG III:
- Estudo das condicionantes;
- Desenvolvimento arquitetônico de acordo com o programa de necessidade;
- Desenvolvimento do projeto final;
Gráfico de desenvolvimento:
5 ANEXOS
6 BIBLIOGRAFIA
https://revistaclinicaveterinaria.com.br/blog/principais-causas-atendimentos-clinicos-caes-gatos/
Coluna 1	TFG I	TFG II	TFG III	25	Coluna2	TFG I	TFG II	TFG III	30	Coluna 3	TFG I	TFG II	TFG III	45	
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