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Robbins & Cotran-cap 11 - Paula Cassa Pedrassi ──────── Hipertensão Arterial Sistêmica ─────── Vasos de alta pressão: aorta, artéria muscular e arteríola Vasos de baixa pressão: grande veia, veia média, vênula, vênula-pós capilar Elasticidade das artérias de grande calibre é importante pois a pressão que o sangue exerce após a sístole é acumulada na parede do vas para que quando aja relaxamento do ventrículo, ele utilize a energia do ventrículo para o relaxamento do ventrículo hipotensão (baixa pressão arterial) causa perfusão inadequada dos órgãos e pode levar à disfunção ou a morte tecidual hipertensão Causa danos aos órgãos-alvo e é um dos maiores fatores de risco para aterosclerose Área transversal máxima com velocidade mínima do fluxo nos capilares Na aorta, tem uma área d⇑ secção pequena e o sangue passa com uma pressão e velocidade alta Fisiologia DC : ○ Função do volume sistólico(enchimento regulada pelo Na e volume) e da FC (fatores cardíacos) ○ volume sanguíneo: influenciado por sódio, mineralocorticóides e peptídeo natriurético atrial ○ Mais sangue = pressão maior ○ Menos sangue = pressão menor Resistência vascular periférica : ○ influenciado por vasoconstrição e vasodilatação, sendo afetados por beta bloqueadores, sistema nervoso autônomo e hormônios (angiotensin, catecolaminas, noradrenalina) Inversamente proporcional ao diâmetro, diretamente proporcional ao comprimento do vaso ○ Aumento do fluxo sanguíneo causa vasoconstrição para proteger o tecido de hiperfusão ○ Se o corpo tenha uma maior resistência, terá uma maior Pressão arterial para vencer a resistências arterial periférica e perfundir o local que necessita ○ Regulando o nível de arteríolas por estímulos neurais e humorais: ○ Fatores neurais: ↳ Constrições(alfa-adrenérgicos) ↳ Dilatadores (beta-adrenérgicos) ○ Fatores humorais ↳ Constritores: angiotensina II, catecolaminas, tromboxano, leucotrienos, endotelina ○ ↳ Dilatadores: prostaglandinas, cininas, NO Pressão diastólica aumentada: 89 mmHg Pressão sistólica aumentada: 139 mmHg PA = DC x Resistência DC = FC x Vs Sistema de controle da pressão arterial ● Nervosos: SNC: FC ○ Controle rápida e imediato de alterações pressóricas - barorreceptores e quimiorreceptores ○ Alterando a DC ○ Tônus vascular periférico (receptor alfa e beta adrenérgico) ○ Secreção hormonal (renal ) ○ Regulação do centro da sede e saciedade ○ Reflexo Baroceptores ● Local : ○ Controle rápida e imediato de alterações pressóricas - barorreceptores e quimiorreceptores ○ Fatores endoteliais locais vasodilatadores e constritores ○ Resíduos metabólicos (CO2 e H+) ○ Agregação plaquetária e subprodutos (tromboxano, PPDGF) ● Humoral ○ Controlo a longo prazo ○ Liberação de fatores que atuam sobre os vasos e a volemia (pré/pós-carga) ○ Secreção de ADH ○ Peptídeos atrial natriurético ○ Cininas ○ SRAA (sistema renina angiotensina aldosterona): vasopressina Nervoso e local tem um controle rápido e imediato a alterações pressóricas ( barorreceptores e quimiorreceptores) Humoral controle a longo prazo Barorreceptores ○ São terminações nervosas sensíveis ao estiramento da parede vascular, na artéria aorta e artérias carótidas (seios coronários) ○ Feedback Negativo ○ O sangue estimula os barorreceptores na parede do vaso, que vai mudar a sua frequência de disparo, disparando mais rapidamente através de neurônios sensoriais, mandando então para o bulbo (núcleo). Nesse núcleo, terá uma resposta, em que os nervos eferentes irão diminuir a estimulação simpática, ou seja, diminuição na liberação de noradrenalina que diminui a FC , menor DC, diminuição da pressão arterial. Ao mesmo tempo, o centro de controle do bulbo estimula mais acetilcolina que ativa o parassimpático, que diminui o DC Parede do vaso tem detector de barorreceptores (se distende, se polariza e ativa barorreceptores) Mediadores que atuam sobre o controle pressórico ● Mediadores hipotensores: peptídeos atrial, óxido nítrico, prostaglandinas, ciclinas ● Mediadores hipertensores : catecolaminas, mineralocorticóides, renina angiotensina II, aldosterona,endotelinas,insulinas, tromboxanos SInais e sintomas ○ Mantém assintomática inicialmente ○ Fase tardia: ○ Hipertensão maligna: hipertensão grave - pressão sistólica acima de 200 mmHg, pressão diastólica acima de 120 mmHg característica de hipertensos Nervo Aferente : Conduz informações dos barorreceptores para o centro de controle cardiovascular no Bulbo Nervo Eferente: Simpático Parassimpático ⇓ PA Excreção de Na+ e H2O Vasodilatação Estimula simpático: Atua no nó sinoatrial e atrioventricular (↑ da FC) ↑ força de contração do cardiomiócitos ↑ Vasoconstrição (artérias e veias) Quanto mais baixa a pressão, PA menos distendida, logo, menos mensagem será enviada ⇑ PA aumento do SRAA Aumento do toûs Estimulação do parassimpático Atua no nó sinoatrial e atrioventricular ↓ FC Fatores de Risco ● Fatores de risco para HAS (não- modificáveis): ○ Quanto maior a idade, maior a prevalência ○ Mais prevalente na etnia negra ● Fatores de risco para HAS (modificáveis): ○ Excesso de peso (prevalência entre adultos aprox. 40%) e obesidade (prevalência aprox. 17%) ○ Ingestão de sal (consumo recomendado é de 2g/dia de sódio. Estudos mostram ingestão média de 4,7 g/dia de sódio na pop brasileira) ○ ingestão de álcool (30 ml/dia de etanol, consumo limite, já é fator de risco. Consumo acima do limite foi observado em aprox. 16% adultos) ○ Sedentarismo (aprox. 46% da pop. Brasileira é insuficientemente ativa) ○ No Brasil, o HAS atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doenças cardiovasculares. PrevalÊncia ● 20% da pop. adulta ● Problema de saúde pública Doenças Hipertensivas ● Condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. ● Frequentemente se associa a distúrbiosmetabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e DM. ● HAS aumentado risco para aterosclerose, a hipertensão pode causar hipertrofia cardíaca e insuficiências cardíacas , demência vascular , dissecção da aorta e insuficiência renal Hipertensão primária (essencial/idiopática) ● Grande maioria dos casos (90 a 95%) ● Não há mecanismo específico ● Fatores envolvidos (patogênese) - Polimorfismo genéticos associados à doença, como receptores de angiotensina, proteínas G - Sistema renina angiotensina aldosterona - Defeitos enzimáticos da degradação de aldosterona e mutações que aumentam a reabsorção de Na+ e água - Hiperatividade do SNA - Redução de excreção renal de Sódio - Aumenta da resistência vascular arterial periférica - Disfunção endotelial - Substâncias vasoativas - Hipercoagulabilidade - Sensibilidade à insulina - Fatores genéticos - Influências intrauterinas - Anormalidades dos vasos de resistência, incluindo lesões seletivas da microvasculatura renal; - Diabetes mellitus e resistência à insulina; - Aumento na atividade de fatores de crescimento vascular; - Alterações dos receptores adrenérgicos, influenciando a FC, a resposta inotrópica do coração e o tônus vascular; e alterações no transporte iônico celular. Pressão Arterial (mmHg) Seguimento < 130 e < 85 - Reavaliar em 1 ano - Estimular MEV 130 – 139 e/ou 85 – 89 - Reavaliar em 6 meses* - Insistir MEV 140 – 159 e/ou 90 - 99 - Confirmar em 2 meses* - Considerar MAPA e MRPA 160 – 179 e/ou 100 - 109 - Confirmar em 1 mês* - Considerar MAPA/MRPA >180 e/ou ≥ 110 - Intervenção medicamentosa imediata ou reavaliar em 1 semana* - Deficiência na produção de vasodilatadores como prostaciclinas, óxido nítrico (NO) e péptidos natriuréticos; - Aumento ou secreção inapropriada de renina, com consequente aumento na produção de angiotensina II e aldosterona; ● Fatores hipotensão gênicos - Idade - Sexo - raça - obesidade: adipocina(mediadores inflamatórios, aumentando o tônus muscular) - apnéia do sono - Resistência à insulina - Tipo de vida: sedentarismo - dieta pobre em K e Ca - Tabagismo : nicotina do tabaco aumenta o tônus simpático - Stresse:elevação de catecolaminas - Álcool - Sal: ingestão elevada durante a vida de sal tem uma retenção hídrica e aumento da volemia Hipertensão secundária ● 5 a 10% ● Muitas doenças ● Principais causas : - Doenças dos rins: relacionado com isquemia renal e aumento na produção de renina - Hipertensão renovascular - Doenças endócrinas: há aumento da volemia por retenção de líquidos ou produção de catecolaminas - Lesões cefálicas: aumento de PA - Hipertensão na gravidez - ACO e outros fármacos - Renal parenquimatosa - Renovascular - Adrenal: alfosteronismos primário, feocromocitoma, cushing, adenocarcinomas - Distúrbio tireoidiano; - Hiperparatireoidismo; - Apnéia/Hipopnéia do sono; - Acromegalia; - Coarctação de aorta; - Outros; Hiperaldosteronismo ● ACTH : associado aos glicocorticóides produzido na hipófise, produz aldosterona. Causando então aumento da aldosterona - HIPERALDOSTERONISMO. Assim, deflagra um quadro de hipertensão pois promove uma maior absorção de sódio e excreção de potássio que aumenta o volume sanguíneo. ● Consequências: - Lesão vasculares : - Lesão do endotélio vascular - Formação de aterosclerose quando associado à dislipidemia - Deposição de proteínas plasmáticas e componentes da MEC na túnica íntima de arteríolas e pequenas artérias - Hipertrofia da túnica média: aterosclerose e rins, coração e cérebro - Aneurisma - Nefroesclerose hipertensiva - Alterações cardíacas: sobrecarga de função do SVC : CARDIOPATIA HIPERTENSIVA Artérias (grande e médio calibre): doenças aterosclerótica, dissecções agudas e formação de aneurismas Arteriolosclerose hialina - Material hialino na íntima - Deposição de proteínas plasmáticas - Síntese aumentada de matriz extracelular - Arteríolas do rim Arteriolosclerose Hiperplásica - Arteríolas - Hipertensão grave - casca de cebola - Hiperplasia de células musculares lisas - Espessamento da membrana basal e reduplicação - Hipertensão maligna à depósitos fibrinoides e necrose (arteriolite necrosante) ● Retinopatia Hipertensiva: - 15% dos hipertensos - Redução progressiva da luz de arteríolas secundária a vasoespasmo e/ou a hialinização da parede vascular (arteriosclerose). - Tais alterações modificam o padrão da circulação sanguínea ao exame de fundo de olho - As arteríolas espessadas podem comprimir as veias nos pontos de cruzamento dos dois vasos => frequentes áreas de microinfartos envolvendo principalmente a camada de fibras nervosas da retina -
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