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RESPOSTAS PROVA AV1 D PROC CIVIL IV T CCJ0038 2001 VESPERTINO

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Estácio Fap
	CURSO: BACHARELADO EM DIREITO
	DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 
	DOCENTE: NADIA MARIA BENTES
	TURMA: CCJ0038 - 2001
	SEMESTRE LETIVO: 2021.1 
	TURNO: VESPERTINO
	DISCENTE: GABRIEL SILVA REIS
	MATRICULA: 201801149402
1) O Banco dá Grana S/A propõe ação de execução baseada em título executivo extrajudicial em face de José Carlos, no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais). O executado possuía alguns bens, entre eles um automóvel, duas motocicletas, uma pequena lancha, um único imóvel, além de investimentos financeiros. Prosseguindo na execução, a instituição financeira pleiteia ao magistrado a penhora dos ativos financeiros em nome do executado, sem sua prévia ciência, por meio de sistema eletrônico. O juiz, por sua vez, negou o pedido afirmando que, de acordo com o princípio do menor sacrifício do executado, devem ser esgotados todos os meios lícitos e possíveis para que sejam nomeados à penhora outros bens que garantam a execução. Deste modo, analise se o juiz agiu de modo correto, fundamentando a sua resposta. A questão deverá ser desenvolvida e fundamentada no CPC/2015, pois apenas a citação ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação (2.0)
De acordo com Marcus Vinicius Rios Gonçalves (2016, p. 975), “A penhora é ato de constrição que tem por fim individualizar os bens do patrimônio do devedor que ficarão afetados ao pagamento do débito e que serão executados oportunamente.” 
Sendo uma medida utilizada, a princípio no processo de execução, que é determinado pelo magistrado.
Portanto, esse instrumento pode ser compreendido como uma maneira de restringir a venda ou a transferência de ativos financeiros, bem como, dos bens do executado, como maneira de garantir o pagamento do inadimplemento deve para o credor.
No caso em questão, a penhora é cabível através do sistema eletrônico, conforme o art. 854 do Código de Processo Civil, pode ser execução, sem dar ciência previa do ato, determinando à instituição financeira para efetua a devida penhora.
Além da previsão legal, o STJ admite a penhora sem necessidade de comprovação do esgotamento de vias extrajudiciais, com base na jurisprudência:
EMENTA PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. PENHORA ONLINE. 1. Após a entrada em vigência da Lei 11.382/2006, é possível a penhora online, ainda que não haja o esgotamento dos demais meios de satisfação da execução, uma vez que o bloqueio de valores disponíveis em conta bancária atende a ordem legal prevista no artigo 655, do CPC. 2. A decisão recorrida foi proferida em 24 de março de 2008, após o advento da Lei n. 11.382/06, razão pela qual o procedimento a ser seguido, na execução, deve ser adequado às novas regras processuais. 3. Recurso especial provido. (STJ-REsp nº 1093415 / MS 2008/0210978-3, RELATOR: MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 24/05/2011, T4 – QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 07/06/2011).
Portanto, na ação de execução deve recair a penhora sobre os ativos financeiros e dinheiro, em qualquer quantia, sendo a decisão do juiz equivocada, pois não considerou as modificações operadas pela Lei nº 11.382 de dezembro de 2016.
2) Podemos afirmar que o processo de execução é a imposição coercitiva do Estado Jurisdicional contra o devedor, através da intervenção em seu patrimônio, extraindo deste a quantia que se fizer necessária para realizar o pagamento do credor. Dentro do CPC 2015 existem diversas espécies de execução. Entre elas a execução por quantia certa, que se realiza pela expropriação dos bens do executado. Responda em que consiste a expropriação dos bens do executado. A questão deverá ser desenvolvida e fundamentada no CPC/2015, pois apenas a citação ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação (2.0)
Segundo Marinoni, Arenhart e Midiero (2016, p. 932), em sua obra nomeada de o Novo Código de Processo Civil, define que a expropriação, “é um conjunto de técnica que visa a retirar o patrimônio do executado valores que sirvam para satisfação do exequente. Consiste na adjudicação (arts. 825, I, 876 e 877, CPC), na alienação por iniciativa particular ou em leilão público (arts. 825, II, e 879 e ss., CPC) ou na expropriação de frutos e rendimentos (art. 825, III e 866 – 869, CPC)”.
Bem como o art. 825 do Código de Processo Civil, tem um rol com as espécies de expropriação de bens, que são a adjudicação, prevista além do inciso I, mas também nos arts. 876 e 877 do CPC, trata-se de um ato executivo expropriatório, que transfere o bem penhorado para o exequente ou para outras pessoas que tem preferência na sua aquisição.
Nos termos do art. 877 do CPC, o juiz ordenara a adjudicação no prazo de 5 dias, contados a partir da última intimação, após, o auto se lavrado e assinado pelo magistrado, e expedido por meio de carta de abjudicação e o mandado de imissão na posse, tratando de bem imóvel, que deve conter a descrição do imóvel, com remissão à sua matrícula e os seus registros, mas se tratando de bem móvel, será expedido a ordem de entrega ao adjudicatário.
A outra forma de expropriação é a alienação, que pode ser feita por meio de iniciativa particular ou por intermédio de leilão judicial eletrônico ou presencial, com fulcro no art. 879 do CPC, quando não efetiva a adjudicação.
Em relação a alienação por iniciativa particular, segundo Marinone (Curso de Processo Civil, 2007), afirma que a forma de alienação, é confiada a um particular, cuja atividade é controlada pelo juiz, por exemplo um leiloeiro público credenciado pelo órgão judiciário.
Esse tipo de alienação configura-se por ser operada sob a intervenção da autoridade pública e sem consentimento do proprietário, sendo o preço mínimo fixado pelo magistrado, igualmente, o prazo para que seja efetivada a alienação do bem, sendo concretizado por meio de assinatura do juiz, do exequente e adquirente, com fundamento no art. 880 do CPC.
Caso seja frustrada por esse modo, será submetida pela forma judicial, com base no art. 881 do CPC.
Se tratando de alienação em hasta pública, é considerado o meio mais tradicional de satisfação do credor, com isso, Marinone (Curso de Processo Civil, 2007) leciona acerca do assunto, que a alienação em hasta publica requer oferta ao público do bem penhorado, objetivando despertar os terceiros e gerar competição pela aquisição do bem.
Assim, a alienação será realizada em leilão judicial, por meio de leiloeiro público, com ressalva nos casos de alienação a cargo de corretores de bolsa de valores, todos os demais bens serão alienados em leilão público.
 Por fim, apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou estabelecimentos e de outros bens, contudo, esta modalidade dependerá da impossibilidade das demais.
Tal modalidade segundo o art. 867, estabelece que o juiz pode ordenar a penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel, considerando esta forma mais eficiente para receber o crédito e menos gravosa ao executado.
Portanto, esse método quando o executado demonstrar que outra oferta subsídios para que a penhora recaia sobre outros bens.
3) O Sr. Benedito da Purificação foi condenado através de uma sentença judicial já transitada em julgado, a pagar pensão mensal de R$ 1.200,00 (hum reais e duzentos reais) aos filhos gêmeos que, numa única noite amorosa, teve com a Sra. Jovelina Ó Rosa Cheirosa. Ocorre que neste mês completam oito meses que o pai não cumpre com a sua obrigação. A mãe das crianças, lhe contrata como advogado (a) para o recebimento de toda a pensão devida pelo Sr. Benedito da Purificação. Diante de tal questão, você como advogado de D. Cheirosa poderia coagir o Sr. Benedito da Purificação, requerendo ao juiz sua prisão civil pelo pagamento de todas as oito prestações vencidas, com base no cumprimento de sentença que reconheça a obrigação de prestar alimentos? A questão deverá ser desenvolvida e fundamentada no CPC/2015, pois apenas a citação ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação (2.0)
O Código de Processo Civil é claro ao afirmar, que se tratando de cumprimento de sentença que concede o pagamentode alimentos, o exequente pode sim requer ao juízo, que o executado seja intimado para efetuar o pagamento do debito em até 3 dias, conforme o art. 528 do CPC.
Também, o referido artigo do CPC, o pedido de prisão civil, só será autorizada, quando o executado estiver inadimplente até 3 meses, somente após em período, o exequente poderá requer a prisão. 
Igualmente, o art. 528, § 8º do CPC, garante que a ordem de prisão, é uma opção do exequente, com isso, ele poderá abrir mão deste rito e promover diretamente o cumprimento de sentença por quantia certa, além da previsão legal do Código de Processo Civil, também conforme o entendimento jurisprudencial:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE FIXA ALIMENTOS. RITO DA PRISÃO CIVIL. CONVERSÃO DE OFÍCIO PARA O RITO DA PENHORA. IMPOSSIBILIDADE. 1. É livre e exclusiva do credor a escolha pelo rito executivo que melhor satisfaça os seus interesses. 2. Manifesto o desinteresse da parte exequente pelo rito de penhora, inviável a conversão procedimental levada a efeito de ofício pelo magistrado. 3. Recurso conhecido e provido.
(Acórdão 1252092, 07076335420208070000, Relator: GISLENE PINHEIRO, 7ª Turma Cível, data de julgamento: 27/5/2020, publicado no PJe: 4/6/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada.) 
No caso do executado não pagar, apresentar uma justificativa ou não for aceita pelo juiz, ele vai decretar a prisão, com pena de 1 a 3 três meses, sendo, o executado separado dos presos comuns, com fundamento nos §§ 3º e 4º do art. 528, do CPC.
Se tratando do caso em questão, ocorre que já são 8 meses, sendo total cabível a mãe coagir o pai a pagar o debito, através de requerimento ao juízo.
Vale lembrar que a ordem de prisão, não exime o executado de pagar, contudo, a partir do momento que for efetuado o pagamento, a ordem de prisão será suspensa.
4) Regina é proprietária de uma loja que revende confecções por atacado. A referida proprietária realizou negócio jurídico com Carlota, no qual a revendedora aceitou o recebimento de notas promissórias, cada uma no montante de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais), pelo pagamento das confecções, com o respectivo vencimento para 10.02.21. Já tendo vencido a nota, a proprietária da loja procura seu escritório, enquanto advogado, para manejar o instrumento legal cabível para obrigar a devedora a adimplir com a obrigação. A questão deverá ser desenvolvida e fundamentada no CPC/2015, pois apenas a citação ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Deste modo, responda (2,0):
a) Quais os requisitos que obrigatoriamente deve gozar o título executivo para que seja executável? (1,0)
O título executivo é um componente importante para a execução processual, deste modo, Alexandre Freitas Câmara (O novo processo civil brasileiro, 2016) ensina que o título executivo é um ato jurídico capaz de legitimar a prática dos atos de agressão a serem praticados sobre os bens que integram um dado patrimônio, de forma a tornar viável sua utilização na satisfação de um crédito.
Assim para um título seja executável, é uma obrigação que ele seja certo, liquido e exigível, ou seja, que não tenha controvérsia sobre a existência da obrigação e sobre o conteúdo, a quantia devida identificada e não há dúvida sobre a exigência do título, conforme o art. 783 do CPC.
b) Quais requisitos devem ser cumpridos na petição inicial executória? (1,0)
A petição inicial de uma ação de execução de título executivo, conforme o art. 798, inc. I, do CPC, deve contém o título executivo certo, liquido e exigível, bem como, o demonstrativo do debito atualizado até a data de propositura da ação.
Cabe ressaltar que o demonstrativo deverá conter o índice de correção monetária adotado, com a taxa de juros, utilizando os termos inicial e final de incidência dos índices da taxas de juros e índice de correção monetária, se for o caso, a periodicidade da capitalização dos juros e a especificação de desconto, com fulcro no Parágrafo Único, do art. 798, do CPC.
Bem como, o STJ tem entendimento consolidado, onde afirma que o demonstrativo é suficiente para inicia a execução:
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL. DEFICIÊNCIA DO DEMONSTRATIVO DE DÉBITO QUE INSTRUI A INICIAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. RETORNO DOS AUTOS AO JUÍZO SINGULAR PARA SUPRESSÃO DO VÍCIO E POSTERIOR ADITAMENTO DA AÇÃO INCIDENTAL.1. Nos termos da jurisprudência desta Corte, "é suficiente para instruir a inicial de execução o demonstrativo que permite a exata compreensão da evolução do débito e informa os índices utilizados na atualização da dívida cobrada" (REsp 1.309.047/MT, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Rel. p/ Acórdão Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Turma, julgado em 27.08.2013, DJe 13.09.2013). Orientação jurisprudencial albergada pelo artigo 798 do Novo CPC.2. Nada obstante, também é cediço nesta Corte que, "encontrando-se a execução instruída com título executivo hábil, a falta da adequada demonstração da evolução da dívida ou a ausência do simples cálculo aritmético, não acarreta, por si só, a extinção automática do processo, devendo o magistrado oportunizar a emenda a inicial para correção do vício (artigo 616 do CPC)" (AgRg no AgRg no REsp 987.311/MS, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 12.04.2012, DJe 19.04.2012). No mesmo diapasão é o teor do artigo 801 do Novo CPC.3. Consequentemente, constatado o cerceamento de defesa do devedor em razão da deficiência do demonstrativo da evolução da dívida que instruiu a inicial da execução, afigura-se impositiva a cassação do acórdão estadual e da sentença, a fim de que seja oportunizada, ao exequente, a supressão do vício apontado no prazo assinalado e, posteriormente, o aditamento e rejulgamento dos embargos à execução.4. Agravo interno não provido.(AgInt no REsp 1199272/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 28/06/2016, DJe 01/08/2016)
Em continuidade ao art. 798, I, do CPC, a peça inicial também deve conter a prova, se for o caso, da condição ou ocorreu o termo, uma vez que o art. 783 do CPC, determina a obrigação seja liquida, certa e exigível, bem como, a prova de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação.
Por fim, no inciso II do art. 798 do CPC, a inicial deve indicar, quando por mais de uma espécie de execução, indicar a de sua preferência, juntamente com o nome completo do exequente e do executado e seus números de CPF, entretanto, apresentar o número de CNPJ, tratando-se de pessoa de natureza jurídica, assim, sempre que possível, como os bens suscetíveis de penhora.
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