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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA DO JUIZADO 
FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE... 
NOME brasileira, solteira, estudante, inscrito no CPF sob n.º..., portador do RG 
n.º..., residente na..., CEP..., com endereço eletrônico ..., por intermédio de sua 
advogada legalmente constituída, conforme instrumento procuratório, vem à 
presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO CONDENATÓRIA NA OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE 
TUTELA DE URGÊNCIA E DANOS MORAIS 
em face de POLO PASSIVO, com endereço complete com CEP, representada 
pela por seu advogado em..., cujo endereço é endereço completo, pelos 
motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
1- PRELIMINARMENTE 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
Consoante o disposto na Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 
13.105/2015, art. 98 e seguintes, a Promovente declara para os devidos fins e 
sob as penas da lei, ser pobre, não tendo como arcar com o pagamento de 
custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de 
sua família pelo que requer os benefícios da justiça gratuita. 
2 – DOS FATOS 
A Autora é acadêmica do curso de Engenharia de Produção na Universidade 
Cuiabá e, para continuar seus estudos diante de mensalidades que consomem 
parte substancial de sua renda, entrou para o programa do Ministério da 
Educação do Governo Federal denominado FIES – Fundo de Financiamento 
do Ensino Superior. 
Para tanto, assinou com a Ré o Contrato de Abertura de Crédito para 
Financiamento Estudantil – FIES n. º... 
Tal contrato só foi assinado pois não havia a necessidade de fiador, visto que a 
Requerente fazia jus ao financiamento sem fiador por força da renda per capita 
familiar 
Se a Autora tivesse que apresentar fiador no ato da assinatura do contrato, 
teria ela desistido no negócio jurídico, pois a Requerente teria dificuldades em 
encontrar uma pessoa que comprove uma alta renda e propriedade de imóveis, 
que não tenha nenhuma restrição cadastral e que se disponha, junto com o 
cônjuge a comparecer pessoalmente na agência da Ré, e aguardar mais de 40 
minutos para assinar o contrato. Conforme reza o contrato este deverá ser 
aditado semestralmente., a Autora entrou no sistema da sua Universidade, 
“portal do aluno” para realizar o aditamento, como de costume, e então 
começaram os problemas. 
O seu sistema impedia que avançasse a página pois pedia que fosse 
cadastrado um fiador. Dessa forma, a Requerente procurou a Faculdade para 
informar que seu contrato não tem fiador e saber qual era o problema, pois ela 
está no último semestre e nunca ocorrera isso antes. 
mailto:Emily-luz@live.com
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727456/inciso-lxxiv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895641/artigo-98-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
Avisaram então que a partir de agora se exigia o fiador por força de uma liminar 
judicial, assim a Autora deveria conseguir um fiador comparecer à agência 
bancária para aditar o contrato. A partir de então, a Autora passou a uma busca 
desenfreada por um fiador. Note, MM. Julgador que, ao mesmo tempo em que 
o fiador deve cumprir exigências econômicas que revelam privilegiada situação 
financeira, esta pessoa deve ter com a Autora uma relação de confiança 
absoluta. Entretanto, a Requerente provém de família humilde. A mãe, falecida, 
e ela mora com os avós que auferem, apenas, aposentadoria do INSS. 
Dessa forma, a parte Autora procurou um tio que se dispôs a fazer, contudo, no 
banco eles foram informados que não seria possível, uma vez que o contrato 
inicial dela era sem fiador, conforme documento anexado que demonstra o 
impedimento de alteração do contrato. 
Insta salientar que a data MÁXIMA para aditamento é XXX, a Requerente já 
procurou todos os meios administrativos de resolver o problema e até hoje não 
tem nenhuma resposta da Ré ou qualquer outro órgão. 
De todo o exposto se infere que a não realização do aditamento de 
renovação contratual não adveio de conduta negligente da acadêmica, 
restando, perante este quadro, apenas a trilha do processo judicial para 
que esta não veja sua vida acadêmica gravemente prejudicada por conta 
de questões burocráticas por parte dos operacionalizadores do FIES. 
3- DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
Inicialmente, verificamos que o presente caso trata-se de relação de consumo, 
sendo amparada pela lei 8.078/90, que trata especificamente das questões em 
que fornecedores e consumidores integram a relação jurídica, principalmente 
no que concerne a matéria probatória. 
Tal legislação, faculta ao magistrado determinar a inversão do ônus da prova 
em favor do consumidor conforme seu artigo 06º, VIII: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
[...] 
VIII- A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus 
da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil 
a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiência (grifamos). 
Da simples leitura deste dispositivo legal, verifica-se, sem maior esforço, ter o 
legislador conferido ao arbítrio do juiz, de forma subjetiva, a incumbência de, 
presentes o requisito da verossimilhança das alegações ou quando o 
consumidor for hipossuficiente, poder inverter o ônus da prova. 
Assim, presentes a verossimilhança do direito alegado e a hipossuficiência da 
parte autora para o deferimento da inversão do ônus da prova no presente 
caso, dá-se como certo seu deferimento. 
4 – DO DIREITO 
a) Do direito à Educação 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
O fundo de Financiamento Estudantil (FIES), criado pela Lei 10.260/2001, é 
destinado à concessão, para alunos carentes, de financiamento dos encargos 
concernentes ao curso superior em instituições particulares de ensino, visando 
concretizar a política pública, constitucionalmente exigida, de promoção da 
igualdade material e democratização do acesso aos níveis superiores de 
ensino “segundo a capacidade de cada um” (art. 208, V, CF). 
Contudo, dos fatos narrados se visualiza que em razão dos erros meramente 
operacionais, o objetivo do FIES, assim como o direito à educação da Autora, 
sendo vigorosamente afrontados. 
A situação de ilegalidade – ocasionando seu impedimento de realizar o 
aditamento e matricular-se regularmente no semestre XXX junto à instituição 
de ensino – merece ser prontamente sanada, garantindo-se à parte autora a 
possibilidade de frequentar o curso de Engenharia de Produção na UNIC, com 
o valor de todas as mensalidades financiadas por meio do FIES, sem qualquer 
entrave. 
A educação, nos termos do art. 6º, caput, da CF, constitui um dos direitos 
sociais especialmente protegidos e almejados pelo Estado Brasileiro: 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. 
Já o art. 205 da Constituição traz a seguinte disposição: 
Art. 205 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação parao trabalho. 
Sendo assim, resta claro que o impedimento sofrido pela Autora, por não ter 
condições de arcar com o valor da mensalidade do seu curso, fere um dos 
direitos fundamentais, podendo vir a causa sérios danos na continuidade de 
sua qualificação profissional. 
De outro giro, oportuno relembrar que o acesso ao ensino superior restou por 
um longo período limitado as classes sociais mais abastadas, sendo a proposta 
política pública inclusiva do FIES justamente a de permitir que os alunos 
pobres, que não tenham condições de custear a universidade particular, 
possam cursa-lo mediante financiamento do Poder Público e, somente após 
dezoito meses de conclusão da graduação, passem a pagar as parcelas deste 
financiamento. 
Salta aos olhos, pois, que os beneficiários do FIES são pessoas de baixa renda 
e que não possuem condições de custear (seja parcial ou integralmente) as 
mensalidades de um curso universitário particular, sem prejuízo ou 
comprometimento de seu sustento. 
Sendo assim, frisa-se que a Autora e nenhum outro estudante pode ser 
prejudicado por omissões e falhas operacionais atribuídas às demandadas, 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650040/artigo-208-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649825/inciso-v-do-artigo-208-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641309/artigo-6-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1241734/artigo-205-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
uma vez que, por inúmeras vezes, já fora anunciado que o SisFIES 
apresentou, por exemplo, erro sistêmico e demora no processamento. 
b) Da ausência de culpa/ Da regulamentação administrativa do FIES 
Relevante consignar que a regulamentação interna do Ministério da Educação, 
especificamente o art. 25, da Portaria Normativa nº 01/2010, prevê que erros 
operacionais por parte dos gestores do FIES e da CPSA que resultem na perda 
de prazo, devidamente comprovados, não geram óbices a realização de 
procedimentos e ainda possibilitam a prorrogação do prazo para solicitação de 
aditamentos: 
Art. 25. Em caso de erros ou da existência de óbices operacionais por parte da 
Instituição de Ensino Superior (IES), da CPSA, do agente financeiro e dos 
gestores do Fies, que resulte na perda de prazo para validação da inscrição, 
contratação e aditamento do financiamento, como também para adesão e 
renovação da adesão ao Fies, o agente operador, após o recebimento e 
avaliação das justificativas apresentadas pela parte interessada, deverá adotar 
as providências necessárias à prorrogação dos respectivos prazos, observada 
a disponibilidade orçamentária do Fundo e a disponibilidade financeira na 
respectiva entidade mantenedora, quando for o caso. 
Em outras palavras, a própria regulamentação normativa reconhece a 
possibilidade da existência de erros e óbices operacionais à realização dos 
aditamentos, admitindo a prorrogação do prazo originalmente estipulado, com o 
fito de não prejudicar os alunos financiados, desde que estes não tenham dado 
causa a não realização. 
Por todo o exposto, não recaindo culpa na conduta da parte Autora, devem ser 
os requeridos compelidos a regularizar a situação da Requerente, oportunando 
a regularização de sua matricula no período 2016/1, a fim de não atrapalhar 
sua vida acadêmica. 
5 – DO DANO MORAL 
A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos 
diplomas legais a devida proteção, inclusive, estando amparada pelo art. 5º, 
inc. V da Carta Magna/88: 
Art. 5º, inc: V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, 
além da indenização por dano material, moral ou à imagem. 
Pode-se vislumbra no artigo referido que o incidente gerou um dano a esfera 
moral da Requerente, devido à falta de organização no sistema dos 
Requeridos, senão vejamos o que estabelecem os arts. 186 e 927 CC/02: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único: 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101329/fundo-de-financiamento-ao-estudante-do-ensino-superior-lei-10260-01
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730887/inciso-v-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10677854/artigo-927-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
Haverá a obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida 
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
(Grifo nosso) 
Então, de acordo com o art. 186 do Código Civil em vigor, a Requerida violou 
os direitos da Requerente, quando causou transtornos a vida acadêmica da 
Requerente, que não deu causa a isso, e sequer prestou qualquer 
esclarecimento do ocorrido. 
Finalmente, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º também 
protege a integridade moral dos consumidores: 
Art. 6º – São direitos básicos do consumidor: (…) VI - a efetiva prevenção e 
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 
No tocante ao dano moral, eminente Desembargador Celso Pimentel, do TJSP, 
ao se reportar, reiteradamente na Jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça: 
“A propósito, dano moral, exatamente porque moral, não se demonstra nem se 
comprova. Afere-se segundo o senso comum do homem médio. Resulta por si 
mesmo da ação ou omissão culposa, in re ipsa, porque se traduz em dor física 
ou psicológica, em constrangimento, em sentimento de reprovação, em lesão e 
em ofensa ao conceito social, à honra, à dignidade." 
O dano moral, cuja responsabilidade é da Requerida, deve ser indenizado de 
acordo com o que estabelece a Constituição Federal: 
" Art. 5, inc. X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano 
material, moral decorrente de sua violação. "(grifei)Sendo assim, é de se ressaltar a angústia e a situação de estresse prolongado 
a que a autora foi submetida, pois, desde o dia 24/05/2016 a mesma se 
empenha em tentar esclarecer e resolver o mal-entendido para se matricular, o 
que nunca ocorreu. 
Enfatiza-se a atitude ilícita das requeridas, pois, apesar das inúmeras tentativas 
que a autora fez junto as Requeridas, nenhuma delas se prontificou a 
esclarecer e resolver a situação com o sistema, fazendo com que a 
promovente passasse pelo dissabor de estar com todos os documentos em dia, 
porém, não ter seu nome na lista de chamada e assistir aulas com a 
preocupação de como resolver a questão, fazendo com que esta quase 
implorasse para que alguém lhe explicasse o problema, o que sempre lhe foi 
ignorado. 
Daí o dano moral está configurado. Pois, o fato da autora ter sido submetida a 
uma situação de constrangimento e de desrespeito que perdurou por mais de 
90 (noventa) dias, sem ter dado causa para tanto, e no fim, depois de tentado 
resolver de diversas maneiras, não conseguiu, de forma que resta configurada, 
sem sombra de dúvidas, abalo a ordem psíquica e moral da promovente. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607666/artigo-6-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Sendo assim, demonstrados o dano e a culpa dos réus, evidente se mostra o 
nexo causal. Como visto, derivou-se da conduta ilícita dos réus os 
constrangimentos e vexações causados à autora, sendo evidente o liame 
lógico entre um e outro. 
O pleito autoral tem fundamento constitucional, no tocante a indenização pelos 
danos morais decorrentes da falta de organização entre os Requeridos, em 
exigir um fiador para o seu contrato de financiamento, que sempre foi realizado 
sem fiador. 
A indenização consiste numa compensação, numa tentativa de substituir o 
sofrimento por uma satisfação, além do aspecto retributivo e verdadeiramente 
punitivo no tocante ao causador do dano que, vendo-se obrigado a indenizar 
os danos causados, certamente entenderá que ainda se faz valer as normas 
editadas e vigentes em nosso ordenamento jurídico. 
Em consequência com o que foi abordado neste pedido, requer a Autora uma 
indenização no valor equivalente a R$ XXX para que lhe sejam reparados os 
danos morais. 
6 – DA TUTELA DE URGÊNCIA 
O Novo Código de Processo Civil dispõe no livro V, da parte geral, sobre a 
tutela provisória, que tem como espécies a tutela de urgência e a tutela de 
evidencia. Nos termos do art. 300, a tutela de urgência será concedida 
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 
O primeiro requisito resta preenchido, uma vez que todas as alegações 
estão devidamente comprovadas pela documentação que instrui a peça 
vestibular. Com isso, resta claro a ausência de culpa da estudante para a não 
regularização de sua situação no SisFIES, impedindo o aditamento do 
semestre XXX. 
Por sua vez, o perigo do dano está de plano evidenciado, uma vez que o 
semestre em curso (02/2016) é o último da graduação e a interessada precisa, 
por meio do site, realizaratividade avaliativas e todas as demais atividades 
acadêmicas, o que é possível somente quando o estudante se encontra 
devidamente matriculado. Caso isto não ocorra, todo esforço dispendido pela 
Autora, em relação ao curso, até o momento, restará inútil, adiando o seu 
objetivo de alcançar a graduação e começar a trabalhar na área escolhida. 
Saliente-se que, além do óbice para a realização do aditamento 2016/2, a 
Requerente está sendo cobrada injustamente e, ainda, corre o risco de ter seu 
nome inscrito em órgão de proteção ao crédito. 
Desta feita, requer-se a concessão da tutela provisória de urgência, no sentido 
de determinar que a UNIC proceda à regularização da matricula da Autora, 
viabilizando lhe a realização de todas as atividades acadêmicas, dentre elas o 
acesso ao portal e a participação nas matérias online, inclusive as que, por 
ventura, tenha perdido, e sem qualquer custo, além da inclusão de seu nome 
na lista de frequência, bem como para que o FNDE proceda a regularização do 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
contrato de financiamento estudantil junto ao SisFIES, garantindo a realização 
do aditamento do contrato. 
7 – DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, requerer: 
1- A antecipação dos efeitos da tutela provisória de urgência, no sentido de 
determinar que a UNIC proceda a regularização da matricula da Autora, 
viabilizando lhe a realização de todas as atividades acadêmicas, dentre elas o 
acesso ao portal e a participação nas matérias online, inclusive as que, por 
ventura, tenha perdido, e sem qualquer custo, além da inclusão de seu nome 
na lista de frequência bem como para que o FNDE proceda a regularização do 
contrato de financiamento estudantil junto ao SisFIES, garantindo a realização 
do aditamento do contrato; 
2- A citação dos requeridos, nas pessoas de seus representantes legais, para, 
querendo, oferecer Contestação no prazo legal; 
3- Ao final, que sejam julgados procedentes os pedidos, para o fim de 
tornar definitivo os efeitos decorrentes da antecipação de tutela; 
4- Inversão do ônus da prova conforme o art. 6º, VIII, do CDC que constitui 
direito básico do consumidor a facilitação da defesa dos seus direitos em juízo; 
5- Que os réus sejam condenados ao pagamento a título de DANOS MORAIS 
no valor de R$ XXX 
O protesto para comprovar o alegado por todas as provas admitidas no Direito. 
Atribui-se à presente causa o valor de R$ XXX. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local / Data. 
Advogado 
OAB nº 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607666/artigo-6-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607335/inciso-viii-do-artigo-6-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90

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