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Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 Transtornos mentais Disfunção (cognitiva, emocional e comportamental); Sofrimento subjetivo; Prejuízo; Respostas atípicas. Fatores causais: Psicossociais e Biológicos. Avaliação e diagnóstico A avaliação clínica seria a avaliação e medição dos fatores psicológicos, biológicos e sociais de alguém que apresenta um possível transtorno psicológico. O processo começa com o clínico coletando uma grande quantidade de informações sobre muitos aspectos do funcionamento da pessoa para poder determinar onde pode estar a fonte do problema. O diagnóstico é o processo de avaliar se um determinado problema em particular, que esteja afetando o indivíduo, se encaixa nos critérios de um transtorno psicológico definido (atualmente em 2021) pelo DSM-5. Entrevista clínica Geralmente são utilizadas entrevistas semiestruturadas, na maioria dos casos, por conterem um roteiro que ajuda o clinico a investigar os aspectos mais importantes. Sua desvantagem é apenas a perca da espontaneidade de duas pessoas conversando sobre um problema. Pode fazer perguntas para fazer uma investigação da queixa como: Desde quando o problema se manifesta? Existe algum fator desencadeante? Qual a intensidade dos sintomas? Em que ambientes os sintomas se manifestam? Como o paciente percebe os sintomas? Qual a influência dos sintomas na vida diária? Também pode fazer perguntas para investigar a situação atual, como por exemplo: Que tipo de suporte (social, familiar, financeiro) ele tem para lidar com o problema? Com quem vive e quem o auxilia em suas dificuldades? Ele já passou por algum tipo de atendimento profissional antes? Quais profissionais o acompanham? Faz algum tipo de tratamento medicamentoso? Veio encaminhado ou é demanda espontânea? Devido ao grande número de informações que a entrevista possa trazer, o clínico pode usar o exame do estado mental para organizar as informações obtidas durante a entrevista. Exame do estado mental Esse exame envolve uma observação informal e sistemática do comportamento de alguém usando uma organização de informações que possa ajudar a determinar se um transtorno psicológico possa estar presente ou não. Podem ser estruturados e detalhados, mas, na maioria das vezes, são desenvolvidos rapidamente por clínicos mais experientes. Esse exame cobre cinco categorias: ① Aparência e comportamento n Observação de qualquer comportamento físico manifestado como um balançar das pernas, postura ou expressão facial. Ex. um comportamento motor lento e que requer esforço pode ser sinal de depressão. ② Processos de pensamento n Quando o clínico escuta a fala de um paciente pode ter uma boa ideia de quais são seus processos de pensamento Avaliação Clínica Avaliação Clínica Ela fornece informações sobre o comportamento atual e passado, atitudes e emoções, um histórico detalhado da vida do indivíduo e sobre o problema que apresenta. Usa a observação direta para avaliar formalmente os pensamentos, sentimentos e comportamento de alguém em situações ou contextos específicos. Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 e pode procurar diversas coisas nesses discursos como o ritmo da fala e como ela flui, se fala rápido ou lento, se tem continuidade no que diz, se há evidencias de delírios ou alucinações. Quando o paciente mostra dificuldade com a continuidade pode-se perguntar coisas como “Você pode pensar claramente ou tem dificuldade em organizar os pensamentos?”. Ex. pacientes com esquizofrenia podem ter um padrão de discurso desorganizado. ③ Humor e afeto n O humor é o estado emocional predominante do indivíduo, como parecer estar muito triste ou muito eufórico, por exemplo. O afeto seria o estado emocional daquele determinado momento e, geralmente, ele é “adequado” ao momento, como por exemplo quando rimos quando dizem algo engraçado. O afeto se mostra “inadequado” quando não condiz com o acontecido no momento. Quando alguém não demonstra nenhum tipo de afeto, em qualquer tipo de situação, é chamado de “embotado” (conhecido por embotamento afetivo) ou “achatado”. Ex. quando uma pessoa conta sobre a morte de um parente e começa a rir, pode se dizer que o afeto dela está inadequado. ④ Funcionamento Intelectual n Através de uma conversa é feito apenas uma estimativa por alto do funcionamento intelectual do paciente. É observado coisas como “como é a memória da pessoa?”, “conversa usando metáforas e abstrações?”. Uma estimativa grosseira é feita apenas quando é perceptível o desvio da normalidade. ⑤ Orientação n Esse termo se refere a nossa consciência sobre o que está ao nosso redor. Que dia é? Que horas são? Onde está? Quem o paciente é? Quem você (o clinico) é? Quando o paciente consegue responder essas perguntas então ele está “orientado” autopsiquicamente (para si mesmo) e alopsiquicamente (para tempo e espaço) Ex. pessoas com danos ou disfunção cerebral permanente podem não saber as respostas para essas perguntas Exame físico Alguns problemas que se apresentam como transtornos podem ser identificados em exames físicos e serem causados por um estado tóxico temporário. Pode ser causado por má alimentação, dose ou tipo errado de medicamento ou começo de alguma condição médica. Ex. hipertireoidismo podem produzir sintomas que imitam a TAG; hipotireoidismo pode produzir sintomas que se assemelhem aos da depressão; sintomas psicóticos como delírios ou alucinações podem estar associados ao desenvolvimento de algum tumor cerebral; abstinência de cocaína pode causar transtorno de pânico. Avaliação comportamental Ela é mais apropriada para se usar, no lugar da entrevista, com pessoas que não são maduras o suficiente ou que não são capazes de falar sobre seus problemas ou experiencias, como é o caso das crianças e adultos dependentes. Aqui os comportamentos-alvo são identificados e observados para determinar quais fatores que podem estar os influenciando. Observação antecedente-comportamento- consequência (ACC) A avaliação observacional focaliza o aqui e agora, então a ACC vai avaliar o comportamento imediato, seus antecedentes (o que acontece antes do comportamento) e suas consequências (o que acontece em seguida do comportamento). Quando o comportamento-alvo é definido o avaliador vai anotar todas as vezes que ele acontece, junto com aquilo que aconteceu antes (o antecedente) e com o que aconteceu depois (a consequência). O objetivo é observar a existência de qualquer padrão de Essas informações servem para determinar previamente quais áreas ou comportamentos devem ser avaliadas mais a fundo de forma detalhada. Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 comportamento para poder designar um tratamento com base nesses padrões. AUTOMONITORAMENTO Acontece quando as pessoas observam seus próprios comportamentos para identificar padrões para saber exatamente qual a extensão do problema e quais situações levam àquilo. O clinico pode pedir para o paciente fazer isso para obter informações mais detalhadas, já que o mesmo está na melhor posição para avaliar seu próprio comportamento no decorrer do dia e, principalmente, no âmbito particular. Ex. diário de emoções, pensamentos e comportamentos. Nesse tipo de técnica um fenômeno chamado reatividade pode acontecer. Os comportamentos que as pessoas querem potencializar – com falar em público – tendem a aumentar enquanto que aqueles que querem minimizar – como parar de fumar – podem diminuir quando a pessoa está se automonitorando. As vezes os clínicos dependem dessa reatividade para aumentara efetividade dos tratamentos. Testes psicológicos São ferramentas especificas que podem determinar respostas cognitivas, emocionais ou comportamentais que podem estar associadas a algum tipo de transtorno, e avaliar características de personalidade. Testes projetivos Originários da psicanalise, eles usam estímulos ambíguos, como figuras de pessoas ou objetos, que são apresentados a pessoa e pedido para que ela descreva o que vê. Teoricamente ela irá projetar sua personalidade e medos inconscientes em outras pessoas ou coisas e, sem perceber, revelam seus pensamentos inconscientes. Os mais usados são o teste de Rorscharch, o Teste de Apercepção Temática e o método de completar sentenças. Inventários de personalidade Correspondem a um questionário de autorrelato que avalia características pessoais. Nesse tipo de teste o importante não são as perguntas e sim o eu as respostas podem predizer. Teste psicométricos Aqui há a medição de constructos psicológicos através dos “scores”. Testes neuropsicológicos Esse teste vai investigar alterações nas funções cognitivas como linguagem, atenção, concentração, memória, habilidades motoras, capacidades perceptuais e aprendizagem para observar o efeito dessa possível disfunção na capacidade da pessoa de desempenhar tarefas. Não é possível verificar o dano, mas serve para ver seus efeitos sobre a pessoa. Exames de neuroimagem Utiliza tecnologia sofisticada para avaliar a estrutura e função cerebral, por isso é dividida em duas categorias: Estrutura: São procedimentos que examinam a estrutura do cérebro, como o tamanho das partes e se há algum dano, como por exemplo as tomografias computadorizadas (TC) ou a ressonância magnética (MRI). Funcionamento: São procedimentos que examinam o funcionamento real do cérebro por meio do mapeamento do fluxo sanguíneo e outras atividades metabólicas, como por exemplo a tomografia por emissão de pósitron (PET-scan), a tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) e o eletroencefalograma (EEG). Reatividade: Quando algo possa distorcer qualquer fato observacional. Ex. Diga a um amigo que irá contar quantas vezes ele fala a palavra “tipo”. Antes disso conte quantas vezes ele fala casualmente. Depois de avisar, conte quantas vezes ele fala a palavra e, provavelmente, acontecerá dele falar em uma frequência menor, pois a sua presença pode fazer ele mudar de comportamento.
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