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Funções psíquicas elementares - Consciência, atenção, sensopercepção, pensamento,

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A consciência pode ser alterar tanto por processos 
normais e orgânicas de alterações anatômicas ou 
fisiológicas, como os ritmos circadianos (oscilações 
biológicas que acontecem ao longo do dia e que 
incluem os estados de vigília e o sono), como por 
processos patológicos (que podem ter como causa 
emoções, estresses, eventos traumáticos e etc) 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Definições do que é consciência 
 
 Neuropsicológica: Seria o estado de vigilância, 
de estar desperto e lúcido, igualando a consci-
ência ao estado de clareza do sensório. Trata-
se do nível de consciência. 
 Psicológica: Seria a soma total das experiencias 
conscientes do indivíduo, ou seja, sua capaci-
dade de orientar-se com relação a realidade. 
Trata-se do campo da consciência. 
 Ético-filosofica: Mais usada no campo da filoso-
fia, ética, teologia e direito. Seria a capacidade 
de tomar ciência dos deveres éticos e assumir 
responsabilidades. Trata-se da consciência mo-
ral, ética e política. 
 
 Neuropsicologia da consciência 
Dentro da neuropsicologia a consciência estaria re-
lacionada ao “nível de consciência”, que seria basica-
mente um continuum de sensibilidade e alerta do orga-
nismo a estímulos externos e internos. As principais ca-
racterísticas e propriedades dos níveis de consciência 
são: 
 Ele facilita a interação da pessoa com o ambi-
ente de forma adequada ao contexto inserido. 
Exemplo de situações de ameaça em que fi-
camos em estado de alerta. 
 Ele pode ser evocado por estímulos externos 
(ambientais) e estímulos internos (pensamen-
tos, emoções e etc). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pode ser moldado por características dos estí-
mulos externos e por motivações que o esti-
mulo tem para o indivíduo. 
 Ele tem variações nos níveis de redução da 
consciência que vão do estado total de alerta 
até o estado de sono (variação normal) ou es-
tado de coma (variação patológica). 
 
 Alterações patológicas da consciên-
cia 
 
 
 
 
 
 
 Alterações patológicas quantitativas 
Diminuição do nível da consciência de forma pro-
gressiva de acordo com o grau de rebaixamento: 
 1º Grau – Obnubilação: 
 Grau leve a moderado; 
 É uma turvação da consciência ou sonolência 
patológica; 
 A primeira vista o indivíduo pode aparentar es-
tar desperto ou estar um pouco sonolento, 
mas há sempre diminuição do grau de clareza 
do que ocorre no ambiente, apresentando difi-
culdade de concentração e compreensão, 
Memória, sensopercepção, consciência do Eu, vontade, afetividade e etc são todos construtos aproxi-
mativos da psicologia e da psicopatologia que permitem uma comunicação mais fácil e um melhor 
entendimento dos fatos. Não existem funções psíquicas isoladas e alterações psicopatológicas compar-
timentalizadas pois quando o indivíduo adoece, ele adoece como um todo. 
 Não deve ser confundido com delírio. 
Delirium n Quadro causado por alterações da cons-
ciência em pacientes com distúrbios cerebrais agu-
dos; 
Delírio n Uma alteração do juízo da realidade en-
contrada em pessoas com psicoses 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
além de ter dificuldade em articular as informa-
ções sensoriais contidas no ambiente. 
 
 2º Grau – Torpor 
 É um grau mais acentuado; 
 O individuo se encontra claramente sonolento; 
 Só responde a chamados externos se for feito 
de forma enérgica, mas depois volta ao estado 
de sonolência e sua resposta a estímulos ex-
ternos (como alguém o chamando de forma 
enérgica) é mais curta que no estado de ob-
nubilação; 
 Ainda pode apresentar traços de critica e pu-
dor, ou seja, se ele estiver em uma enfermaria 
de hospital, por exemplo, vai tentar cobrir suas 
partes intimas. 
 
 3º Grau – Sopor 
 Grau de profunda turvação da consciência; 
 Sempre se mostra intensamente sonolento, 
quase em estado de coma; 
 O individuo pode ser despertado apenas por 
um período muito curto por estímulos muito 
enérgicos (como uma dor intensa); 
 Pode demonstrar sentir uma dor muito forte 
ou ter reações de defesa, mas ele é incapaz 
de qualquer ação espontânea. 
 Sua crítica e pudor encontram-se inibidas. 
 
 4º Grau – Coma 
 Grau de perda completa da consciência (o grau 
mais profundo do rebaixamento da consciên-
cia); 
 Não existe nenhum tipo de atividade voluntaria 
consciente; 
 É dividido em quatro níveis: I – Semicoma; II – 
Coma superficial; III – Coma profundo; IV- 
Coma dépassé. 
 
 Perdas abruptas da consciência 
Essas perdas podem ser causadas por fatores 
emocionais, neurofuncionais ou orgânicos, podendo ser 
rapidamente irreversíveis ou reversíveis e duram ge-
ralmente segundos ou minutos. 
 Lipotimia 
 É perda parcial e rápida da consciência que 
dura apenas alguns segundos; 
 A pessoa tem apenas a sensação de que vai 
desmaiar; 
 É rápida e completamente reversível; 
 Sinais e sintomas: visão borrada, palidez da 
face, suor frio, vertigens e perda parcial e mo-
mentânea do tônus muscular (“pernas bam-
bas”) podendo ou não chegar a cair no chão. 
 
 Síncope 
 É o colapso súbito com perda completa da 
consciência; 
 Pode ou não ser reversível, dependendo dos 
fatores que o causaram; 
 Sinais e sintomas: perda completa do tônus 
muscular fazendo a pessoa cair do chão. 
 
 Síndromes psicopatológicas (relacionadas 
ao rebaixamento prolongado da consciên-
cia) 
 
 Delirium 
É o termo atual mais usado pra definir as síndro-
mes confusionais agudas e diz respeito aos quadros 
com rebaixamento leve a moderado da consciência que 
são acompanhados de desorientação temporoespacial, 
dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade 
em graus variados, agitação ou lentificação psicomo-
tora, discurso sem lógica e confuso (podendo ter ilusões 
e/ou alucinações, quase sempre visuais. 
É um quadro que oscila muito durante o dia, o in-
divíduo vai ter clareza do sensório durante o dia e no 
inicio da tarde para o fim da noite o nível da consciência 
vai “afundando”. 
 
 
 
 
 
 
 
 O termo desmaio é um termo usado no 
senso comum pra designar qualquer perca ab-
rupta da consciência, na linguagem médica cor-
responde tanto aos termos sincope como lipoti-
mia. 
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 Nos transtornos mentais 
 
 Dissociação da consciência 
Seria uma fragmentação ou divisão do campo da 
consciência em que o paciente entra em um estado 
semelhante ao sono (como se fosse um sonho muito 
vivido em que a pessoa vê cenas complexas e ricas 
em detalhes), que em geral é causado por aconteci-
mentos psicologicamente significativos que geram 
grande ansiedade, e duram de minutos a horas (rara-
mente permanecendo por dias). 
Em quadros de ansiedade intensa essa dissociação 
pode acontecer como uma fuga da realidade para “pa-
rar de sofrer”. Quando ocorrem quadros agudos os a 
pessoa pode cair no chão, ter espasmos musculares e 
movimentação do corpo que se assemelham a uma 
crise convulsiva. 
Esse quadro ocorre com mais frequência em qua-
dros que antigamente eram chamados de histéricos. 
 
 
 
 
 
 Definição 
 
 
 
 
Por se tratar de um construto psicológico, ela pos-
sui uma variedade de componentes. 
 Componentes da atenção 
 
 Início da atividade consciente e focalização; 
 Atenção sustentada e nível de alerta (o estado 
de vigilância); 
 Atenção seletiva ou inibição de respostas a es-
tímulos irrelevantes; 
 Atenção alternada ou capacidade de mudar o 
foco. 
 
 
 Perplexidade Patológica 
Seria uma perca de uma certa autoevidência do 
ambiente, pessoas e objetos. Nesse quadro a pessoa 
vai sentir uma estranheza inquietante, uma sensação de 
não conseguir captar o significado comum das coisas. 
É vista principalmente em quadros psicóticos agu-
dos, nos seus primeiros dias, e pode ocorrer também 
em quadros esquizofrênicose transtornos de humor 
(depressão e mania) com sintomas psicóticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Psicologia da atenção 
 
 Tipos básicos 
 Voluntaria: Concentração ativa e intencional da 
consciência sobre um objeto; 
 Espontânea: Atenção dada por um momento, 
de forma incidental, sobre algum objeto, que 
geralmente é aumentada nos estados mentais 
que a pessoa tem pouco controle voluntario 
sobre sua atividade mental. 
 
 Direção da atenção 
 Atenção externa: Aquela voltada para o mundo 
exterior que utiliza os órgãos do sentido para 
entender o mundo; 
 Atenção interna: Aquela voltada para os pro-
cessos mentais do próprio indivíduo, que tem 
uma natureza mais reflexiva e introspectiva. 
 
 
 
Seria a direção que a consciência toma, o conjunto 
de processos biológicos que nos faz capaz de sele-
cionar, filtrar e organizar informações para focar em 
determinada coisa ou objeto. A consciência e a aten-
ção estão estreitamente relacionadas. 
 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 Amplitude da atenção 
 Atenção focal: Que se foca em um determi-
nado campo e se mantem relativamente deli-
mitada e restrita; 
 Atenção dispersa: Que não se foca em ne-
nhum campo determinado. 
 
 Subtipos de atenção 
 
 Capacidade e foco de atenção 
Se refere à focalização da atenção, ou seja, 
quando um indivíduo consegue focar sua atenção em 
um campo ou estímulo verifica-se a capacidade de se 
ter uma atenção concentrada. Ela não é constante e 
essa capacidade está diretamente relacionada com a 
quantidade de operações mentais que precisamos rea-
lizar ao mesmo tempo e com a dificuldade das tarefas. 
 Atenção seletiva 
É a capacidade do sujeito de ignorar os estímulos 
distratores e selecionar apenas aquilo que é relevante. 
Essa seletividade acontece por acreditar-se que existe 
um filtro que seleciona quais estímulos serão usados 
pelo cérebro, para que assim possa ignorar os outros, 
através dos processos de bottom-up (quando o cére-
bro automaticamente capta os estímulos sensórias no-
táveis do ambiente) e o top-down (quando existe um 
esforço para controlar a atenção em um alvo). 
 Ex. quando estamos lendo um livro em 
um ambiente muito barulhento 
 
 Atenção dividida 
Quando o indivíduo não se limita a um único foco 
e divide a sua atenção em dois estímulos ao mesmo 
tempo. 
 Ex. quando estamos dirigindo um carro 
e ouvindo música ao mesmo tempo 
 
 Atenção alternada 
É a capacidade de mudar o foco de atenção entre 
duas tarefas dando foco as duas separadamente. 
 Ex. quando estamos assistindo TV e 
atendemos ao telefone o foco muda, 
por um instante, para a ligação e de-
pois volta para aquilo que estávamos 
assistindo. 
 Atenção sustentada 
É a capacidade de manter a atenção focada por 
um longo período de tempo em, geralmente, uma ta-
refa continua e repetitiva. Essa capacidade varia ao 
longo do tempo. Todas as pessoas possuem limites 
para manter a atenção por muito tempo e o desem-
penho depende da relação entre os estímulos-alvo, os 
estímulos distrativos, o nível de consciência (vigilância), 
motivação e fadiga. 
 Ex. quando um aluno continua estu-
dando por várias horas seguidas 
 
 Transtornos mentais 
 
 Tdah 
Há dificuldade em direcionar e manter a atenção, 
em controlar comportamentos e impulsos e dificuldade 
em filtrar estímulos irrelevantes à tarefa. Também es-
tão envolvidos no TDAH a memória de trabalho (me-
mória de curtíssimo prazo), a mudança de tarefas (aten-
ção alternada) e a capacidade de manter-se em uma 
tarefa (atenção sustentada). 
 
 Transtornos de humor 
 
 Depressão 
Há a diminuição geral da atenção e em alguns ca-
sos graves ocorre uma fixação da atenção em temas 
depressivos com rigidez para mudar o foco da atenção. 
O desempenho da atenção sustentada e seletiva é pre-
judicado. 
 Mania 
Há uma redução da atenção voluntária e um au-
mento da atenção espontânea. A atenção nesse tipo 
de transtorno salta rapidamente de um estimulo para 
outro. 
 TOC 
Há atenção e vigilância excessivas e desreguladas, 
além de fixação em pensamentos, prejuízos na aten-
ção alternada e dificuldade na inibição de respostas 
comportamentais. 
 
 
 Esquizofrenia 
Há uma dificuldade em filtrar quais elementos são 
irrelevantes enquanto é realizada alguma tarefa tendo 
uma sucessibilidade a distrair-se com estímulos exter-
nos visuais e auditivos. Também há um prejuízo na 
atenção sustentada. Em pacientes com sintomas positi-
vos, como alucinações e delírios, é comum haver pre-
juízo na atenção alternada, seletiva e inibição de res-
posta. 
 
 
 
 
 Definições 
 Sensação: É gerado por estímulos físicos, quí-
micos e biológicos, dentro ou fora do orga-
nismo, e que produzem alterações nos órgãos 
receptores. É considerada um fenômeno pas-
sivo. 
 Percepção: É a tomada de consciência pelo 
indivíduo daquele estímulo sensorial é conside-
rada um fenômeno ativo. 
Sensopercepção seria, então, a junção, feita por 
alguns autores da psicologia e psicopatologia, entre a 
sensação e percepção. 
 Imagem, representação e imaginação 
 
 Imagem sensoperceptiva 
Seria o que conhecemos por ser apenas a “ima-
gem” de um objeto. Ela se caracteriza por ter nitidez, 
corporeidade (se tem luz, brilho e cores vivas), estabili-
dade (se a imagem é estável e não muda), extrojeção, 
ininfluenciabilidade voluntaria (diz respeito a pessoa não 
conseguir alterar voluntariamente a imagem percebida) 
e completude. 
 Representação 
Seria uma revivescência de uma imagem senso-
perceptiva, ou seja, apenas uma representação de uma 
imagem na consciência sem que o objeto que a origi-
nou esteja de fato presente externamente. Ela é ca-
racterizada por pouca nitidez, pouca corporeidade, ins-
tabilidade, introjeção e incompletude. 
 Questões clinicas sobre a atenção 
 
 Tem dificuldade para se concentrar? 
 Se distrai com facilidade? 
 Não escuta quando falam contigo? 
 Tem problemas em terminar tarefas? 
 Não consegue organizar as tarefas? 
 Esquece com muita frequência seus perten-
ces em lugares variados? 
 
 
 
 
 
 Imaginação 
É processo de produção de imagens que ocorre 
sem a necessidade de um estímulo sensorial. Pode 
acontecer a evocação de imagens percebidas no pas-
sado ou a criação de novas imagens. 
 Ilusão 
 
 
 
As ilusões ocorrem em três situações: 
 Estados de rebaixamento da consciência; 
 Estados de fadiga grave ou falta de atenção 
marcante; 
 Alguns estados afetivos. 
 
 Tipos de ilusão 
 Visuais: Geralmente a pessoa vê outras pes-
soas, monstros, animais ou outras coisas em 
estímulos visuais como roupas., móveis, objetos 
ou figuras penduradas na parede. 
 Auditivas: A pessoa ouve chamar seu nome ou 
de outras pessoas ou palavras significativas a 
partir de estímulos sonoros. 
 
 Ilusões em diferentes transtornos mentais 
Ocorrem normalmente nos quadros de delirium, 
esquizofrenia, estados de medo intenso, transtornos de: 
humor, ansiedade, alimentares, dismórfico corporal, e 
etc. 
Seria uma percepção deformada de um objeto real 
e presente. Na ilusão há sempre um objeto externo 
real. 
 Alucinação 
 
 
 
As alucinações são mais comuns em pessoas com 
transtornos mentais graves, porém elas também po-
dem ocorrer em pessoas que não apresentem essas 
condições. O humor, as emoções negativas, o estresse, 
ansiedade e as disforias em geral podem desencadear 
alucinações em pessoas vulneráveis. 
 
 Alucinações auditivas 
São as mais frequentes nos transtornos mentais e 
podem ser dividas em simples e complexas. 
 Simples 
São aquelas em que se ouve apenas ruídos primá-
rios, e são chamadas de tinnitus. Diz respeito a sensação 
que a pessoa tem de ouvir ruídos (em um ou nos dois 
ouvidos) que podem ser zumbidos, burburinhos, cliques 
e estalidos. 
 Complexas 
 Audioverbal: São as mais frequentes, na qual a 
pessoa escuta vozes, sem um estimulo real, 
que possuem conteúdo depreciativoe/ou de 
perseguição e que geralmente o ameaçam ou 
insultam. Elas costumam impor uma certa “con-
vicção” na pessoa, que, por estar assustado ou 
intrigado, faz de tudo para achar ou saber da 
onde está vindo aquela “voz invisível”. 
 Schneiderianas: São aquelas que as vozes co-
mandam (João, ponha fogo nas suas roupas) 
ou comentam (Olha, o João está indo beber 
água) as ações e atividades do dia a dia da pes-
soa. As vozes de comando ocorrem quando a 
voz tem sonoridade de uma já conhecida pelo 
indivíduo, quando o individuo tem uma relação 
emocional com aquela voz e percebe como 
uma voz real que está ouvindo. 
 Sonorização do pensamento: São muito próxi-
mos das alucinações audioverbais. Seria basica-
mente a experiencia sensorial de ouvir o pró-
prio pensamento no momento em que está 
sendo pensado ou logo após ter sido pensado, 
e existem em dois tipos: 
① Sonorização do próprio pensamento: Quando 
a pessoa ouve os próprios pensamentos, no 
mesmo instante em que os pensa; 
② Sonorização de pensamentos como vivência 
alucinatório-delirante: Quando a pessoa ouve 
pensamentos que foram inseridos na sua 
mente por alguém estranho e agora está ou-
vindo eles. 
 Publicação do pensamento: Quando a pessoa 
tem a nítida sensação de que as outras pes-
soas ouvem seus pensamentos no momento 
em que elas estão pensando. 
 
 Alucinações auditivas em transtornos mentais 
Ocorrem com maior frequência na esquizofrenia (a 
pessoa ouve vozes), transtornos de humor (no episódio 
de mania o conteúdo é de grandeza e na depressão 
grave o conteúdo é negativo e autodepreciativo), tam-
bém podendo ocorrer na demência, doença de Parkin-
son e no transtorno de personalidade borderline. 
 
 Alucinações visuais 
São visões, as vezes nítidas, que a pessoa tem sem 
necessariamente um estimulo visual. Elas podem ser 
simples e complexas. 
 Simples 
Chamadas de fotopsias, são momentos em que o indi-
víduo vê cores, bolas e pontos brilhantes. Ocorrem com 
mais frequência em pessoas com doenças oculares, 
mas também podem aparecer em indivíduos que pas-
saram por acidentes vasculares que comprometeram a 
visão, além de indivíduos com esquizofrenia, uso de ál-
cool, enxaqueca e epilepsia. Também existem as esto-
comas, que são pontos cegos ou manchas no campo 
visual, que aparecem em pessoas com distúrbios oftal-
mológicos. 
 Complexas 
Incluem figuras e imagens de pessoas (vivas ou mortas 
e familiares ou desconhecidos), partes do corpo (nor-
mais ou deformadas), entidades (o demônio, uma santa, 
um fantasma, etc), objetos inanimados, animais ou cri-
anças. Além disso também pode acontecer dois even-
tos: 
 Alucinações cenográficas: Quando o individuo 
tem visões de cenas completas; 
Seria a percepção clara e definida de um objeto 
(voz, ruído e/ou imagem) sem a presença de um 
objeto estimulante real. 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 Alucinação liliputiana: Quando o individuo vê ce-
nas de personagens minúsculos entre objetos 
e pessoas reais de sua casa. 
 
 Outros tipos de alucinação 
 
 Alucinação Olfativa: Quando o individuo co-
meça a sentir um odor forte como, por exem-
plo, de coisas podres, cadáveres, gasolina etc, 
e são sempre acompanhados de um forte im-
pacto emocionais, podendo estar relacionadas 
a interpretações delirantes. São poucos co-
muns, porém podem ocorrer na esquizofrenia 
e em crises epilépticas. 
 Alucinação Gustativa: Acontece quando o indi-
viduo sente gostos fortes na boca, como, por 
exemplo, de sangue, ácido, urina, sem ter um 
estimulo gustativo presente. Ocorrem, muitas 
vezes, junto da alucinação olfativa. 
 Alucinação Somática (ou cenestésica): São 
sensações incomuns e anormais que os órgãos 
podem estar se mexendo (cérebro enco-
lhendo) ou despedaçando (mão se esfare-
lando). Existem as alucinações somáticas orais 
que são quando os indivíduos tem uma sensa-
ção marcante e desagradável na boca, língua 
ou garganta. 
 Alucinação Tátil (ou cinestésica): São sensa-
ções alteradas do movimento do corpo, como 
sentir o corpo afundando ou sentir animais na 
pele. 
 Alucinação Reflexa (ou funcional): São alucina-
ções desencadeadas por estímulos reais como, 
por exemplo, abrir a torneira a pia e ouvir vo-
zes (difere da ilusão quando, na alucinação, não 
há a deformação daquele estimulo real.). 
 Alucinação Autoscópica: É uma alucinação vi-
sual que o indivíduo vê a si mesmo fora do 
corpo, como se estivesse o observando. Ele 
exp 
 
 
 
 
 Definições 
 Conceitos: Eles se formam a partir das repre-
sentações e das percepções, porém, diferente 
da percepção, os conceitos não possuem ele-
mentos sensoriais, eles são apenas cognitivos, 
experimenta o fenômeno chamado Doppel-
gängerI, em que há sensação de ter um Eu 
dentro do corpo e um Eu fora dele. 
 Alucinação Hipnopômpica e Hipnagógica: Estão 
relacionadas ao processo de adormecer e des-
pertar, são frequentemente acompanhadas de 
uma sensação de medo ou ameaça e geral-
mente complexas, vívidas e parecendo um so-
nho. A hipnopômpica acontece quando a pes-
soa está despertando e a hipnagógica quando 
ela está adormecendo. 
 Alucinação Combinada: Acontece quando vá-
rios tipos de alucinações ocorrem ao mesmo 
tempo. Por exemplo, quando um individuo vê 
uma pessoa (inexistente) que fala e toca nele. 
 
 Possíveis perguntas para identificar aluci-
nações 
 
 Alucinações Auditivas: 
 Tem ouvido vozes de pessoas estanhadas ou 
conhecidas? 
 São ruídos, murmúrios ou vozes claras? Tem 
medo? 
 O que lhe dizem as vozes? São seu próprio 
pensamento? 
 
 Alucinações Visuais 
 Tem visto algo estranho que lhe chamou aten-
ção? 
 O que vê? 
 Quando costuma ocorrer? 
 
 
 
 
 
 
 
 
portanto, nós não podemos imagina-lo e nem 
senti-lo. Eles são as características mais abstra-
tas e gerais dos objetos e dos fenômenos, são 
a base do pensamento porque exprimem os 
caracteres essenciais dos objetos e os fenô-
menos da natureza e da cultura, e para sua 
As causas para que um individuo possa desencadear 
episódios de alucinação estão nas suas bases biológi-
cas e psicológicas. 
Os temas e assuntos 
predominantes 
A estrutura básica preenchida pe-
los conteúdos e interesses da pes-
soa. 
É como o pensamento flui, sua velocidade e ritmo ao 
longo do tempo. 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
formação são necessários dois passos: 1. Elimi-
nação dos caracteres de sensorialidade (ex. 
quando conceitualizamos uma cadeira como 
um objeto de quatro pés que serve para sen-
tar, estamos excluindo seus elementos de sen-
sorialidade e deixando apenas o conceito puro); 
2. Generalização (ex. quando se pensa no con-
ceito de cadeira, esse conceito é valido para 
qualquer tipo de cadeira, não importa se é ca-
deira de mesa ou trabalho). 
 Juízo: É a articulação entre dois ou mais con-
ceitos para poder formamos relações significa-
tivas e formamos frases. 
 Raciocínio: É a função que junta o conceito e 
o juízo para que possamos formar uma narra-
tiva ou argumentação. 
 
 
 
 
 Pensamento lógico 
Aquele pensamento que é considerado “normal” 
porque é regido pela lógica formal e se orienta na rea-
lidade e nos princípios de racionalidade de cada cultura. 
 Pensamento crítico 
É o modo de pensar que deixa o indivíduo atento 
as possíveis falhas do seu pensamento, as tendencia já 
pré estabelecidas, os vieses e as conclusões precipita-
das. 
 Vieses de pensamento 
 Viés de Confirmação: É a busca que o sujeito 
faz para confirmar suas hipóteses ou precon-
ceitos falsos ou sem fundamentos sem analisar 
os fatos da realidade. Dessa forma as pessoas 
vão distorcer, inconscientemente, a realidade 
para aquilo que acreditam. 
 Viés do Salto de Confirmação: São as conclu-
sões precipitadas que tomamos sem evidencias 
da realidade. 
 
 
 
 
 O processo de pensar 
O pensar segue o seguinte processo: Ocurso do 
pensamento, a forma (ou estrutura) e o conteúdo (ou 
temática) do pensamento. 
Curso n Forma n Conteúdo 
 
 
 
 
 
 
 Alterações do curso 
 
 Aceleração do Pensamento 
Quando o pensamento flui de forma muito acele-
rada, com vários pensamentos um em cima do outro 
que, às vezes, fica difícil de acompanhar o que o outro 
fala. Pode acontecer em quadros de mania, esquizofre-
nia, ansiedade intensa, psicoses tóxicas (por uso de 
substancias como cocaína e anfetamina) e depressão 
ansiosa. 
 Lentificação do Pensamento 
Quando o pensamento fica muito lento e de forma 
dificultosa e a pessoa tem dificuldade de formular res-
postas. Pode acontecer em quadros de depressão 
grave, casos de rebaixamento da consciência, algumas 
intoxicações por substâncias sedativas e alguns quadros 
que afetam estruturas do cérebro. 
 Bloqueio do Pensamento 
Acontece quando a pessoa está conversando e no 
meio da conversa ele para de falar de forma abrupta, 
sem motivos, como se algo estivesse bloqueando seu 
pensamento. Ocorre quase que exclusivamente na es-
quizofrenia. 
 Roubo do Pensamento 
É associado ao bloqueio do pensamento, mas acon-
tece quando a pessoa tem a nítida sensação de que 
seu pensamento foi roubado por uma forma ou alguém 
estranho, pode ser uma pessoa, uma máquina, antena, 
etc. É uma alteração característica da esquizofrenia. 
A ligação entre conceitos permite a formação de 
juízos, a ligação entre juízos conduz a formação de 
novos juízos e assim o raciocínio e o próprio pensa-
mento se desenvolvem. 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 Alterações da forma 
Essas alterações geralmente implicam em impacto 
negativo na vida das pessoas e são divididas em altera-
ções positivas, negativas e desorganizadas. As positivas 
incluem pressão para falar, as negativas incluem po-
breza do discurso e do conteúdo do pensamento e as 
desorganizadas incluem a perca do pensamento lógico, 
descarrilhamento e causam incoerência. 
 Afrouxamento das Associações 
Aqui nota-se a falta de associação e articulação dos 
pensamentos, parecendo mais frouxos e manifestam-
se nas fases iniciais da esquizofrenia. 
 Descarrilhamento do Pensamento 
Aqui acontece o descarrilhamento do curso original 
do pensamento, como se houvesse desvios do que 
está sendo falado e aqui acolá retorna ao percurso ori-
ginal. Está associado a distração e quando esses desvios 
são muito frequentes e longos pode-se não captar mais 
a sequencia lógica do pensamento. É observado na es-
quizofrenia e as vezes nos transtornos maníacos. 
 Dissociação e Incoerência do Pensamento 
Quando o afrouxamento das associações fica mais 
grave os pensamentos progressivamente a não seguir 
uma sequencia lógica e organizada e os juízos não se 
articulam de forma coerente. No inicio pode ser discreto 
e ainda é possível captar o que o sujeito diz, porém 
com o agravamento seu discurso fica totalmente inco-
erente e incompreensível. 
 Desagregação do Pensamento 
Aqui há uma perca profunda dos enlaces feitos nas 
associações e uma perca total da coerência, sobrando 
apenas “pedaços” de pensamentos, conceitos e ideias 
sem qualquer articulação racional. Pode ser encontrado 
nas formas avançadas e esquizofrenia e demência. 
 
 Alterações do conteúdo 
Como o conteúdo diz respeito a temáticas de in-
teresse do indivíduo, apenas preenchendo uma estru-
tura, não se pode falar de alterações propriamente pa-
tológicas do conteúdo, portanto o que se pode indicar 
são os conteúdos presentes nas outras alterações, ou 
seja, os conteúdos que preenchem os sintomas psico-
patológicos. Alguns desses temas são (alguns podem 
conter uma hipótese do porquê serem presentes: 
 Persecutórios n Implica diretamente na so-
brevivência do individuo e a possibilidade de ser 
atacado e destruído são elementos tanto na 
perspectiva biológica como psicológica e soci-
ocultural. 
 Conteúdos Depreciativos n Os conteúdos de-
preciativos, de menos-valia, vergonha e desva-
lorização são frequentes, pois, estados afetivos 
depressivos são muito prevalentes em pratica-
mente todos os grupos sociais. 
 Conteúdos de Poder n Conteúdos de poder, 
riqueza, grandeza ou missão estão associados 
a questões narcísicas e de negação das dificul-
dades, limites e sofrimentos da vida humana. 
 Temas Religiosos e Místicos n A religião está 
profundamente associada a organização da re-
presentação do mundo, nas formas de com-
preender a origem e destino do ser humano e 
do mundo, dos valores éticos e morais, com-
preensão do sofrimento e dos modos de cons-
tituição da subjetividade. 
 Culpa 
 Hipocondríaco n Estão relacionados com a 
importância que o corpo tem para nós e tam-
bém a algumas questões narcísicas associadas 
a vivencias corporais, o bem estar físico e o 
medo de adoecer. 
 
 O delírio (ou ideia delirante) 
É um juízo da realidade compartilhada patologica-
mente falso que está incluso nas alterações de pensa-
mento e tem sua origem no adoecimento mental. Não 
é a falsidade do conteúdo que faz um juízo ser um 
delírio, mas sim três características especificas para 
identifica-lo: 
 Convicção extraordinária n Uma certeza ab-
soluta que não se pode duvidar da veracidade; 
 Não é modificável pela experiencia objetiva n 
Não importa que se mostre os fatos da reali-
dade para quem está delirando, para ele sua 
crença é irrefutável.. 
 Seu conteúdo é impossível na realidade;

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