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@academizando_ SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO FUNÍCULO ESPERMÁTICO O funículo espermático contém estruturas que entram e saem do testículo e suspende o testículo no escroto. Começa no anel inguinal profundo, lateralmente aos vasos epigástricos inferiores, atravessa o canal inguinal, sai no anel inguinal superficial e termina no escroto na margem posterior do testículo. O revestimento do funículo espermático inclui: Fáscia espermática interna derivada da fáscia transversal Fáscia cremastérica derivada da fáscia das faces superficial e profunda do músculo oblíquo interno do abdome Fáscia espermática externa derivada da aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome e de sua fáscia de revestimento A fáscia cremastérica contém alças do músculo cremaster, que é formado pelos fascículos inferiores do músculo oblíquo interno do abdome, originados do ligamento inguinal. Os constituintes do funículo espermático são: Ducto deferente: um tubo muscular com aproximadamente 45 cm de comprimento que dá passagem aos espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório. Artéria testicular: tem origem na aorta e irriga o testículo e o epidídimo. Artéria do ducto deferente: originada na artéria vesical inferior. Artéria cremastérica: originada na artéria epigástrica inferior. Plexo venoso pampiniforme: uma rede formada por até 12 veias que convergem superiormente e formam as veias testiculares direita e esquerda. Ações do músculo cremaster regular a temperatura do testículo para a espermatogênese relaxa e o testículo desce profundamente no escroto em resposta ao quente traciona reflexamente o testículo para cima no escroto, sobretudo em resposta ao frio atuar concomitantem ente com o músculo dartos, que elevaa o testículo e contrai a pele do escroto músculo cremaster • estriado • inervado pelo ramo genital do nervo genitofemoral (L1, L2), um derivado do plexo lombar; • recebe inervação somática @academizando_ Fibras nervosas simpáticas nas artérias e fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas no ducto deferente. Ramo genital do nervo genitofemoral: supre o músculo cremaster. Vasos linfáticos: drenagem do testículo e de estruturas intimamente associadas e seguem para os linfonodos lombares Vestígio do processo vaginal: filamento fibroso na parte anterior do funículo espermático estendendo-se entre o peritônio abdominal e a túnica vaginal. Como não é homólogo ao funículo espermático, o ligamento redondo não contém estruturas comparáveis. Inclui apenas vestígios da parte inferior do gubernáculo ovariano e do processo vaginal. ESCROTO O escroto é um saco cutâneo formado por duas camadas: ▪ pele intensamente pigmentada e ▪ a túnica dartos intimamente relacionada, uma lâmina fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas responsáveis pela aparência rugosa do escroto. @academizando_ O escroto é dividido internamente pelo septo do escroto, em compartimentos direito e esquerdo. O septo é demarcado externamente pela rafe escrotal, uma crista cutânea que marca a linha de fusão das eminências labioescrotais embrionárias. A túnica dartos superficial não tem gordura e é contínua anteriormente com o estrato membranáceo da tela subcutânea do abdome (fáscia de Scarpa) e posteriormente com a camada membranácea da tela subcutânea do períneo (fáscia de Colles). A irrigação arterial do escroto provém de: Ramos escrotais posteriores da artéria perineal ramo da artéria pudenda interna Ramos escrotais anteriores da artéria pudenda externa ramo da artéria femoral Artéria cremastérica ramo da artéria epigástrica inferior Drenagem venosa: As veias escrotais acompanham as artérias. Drenagem linfática: Os vasos linfáticos do escroto drenam para os linfonodos inguinais superficiais. Inervação: Os nervos do escroto incluem ramos do plexo lombar para a face anterior e ramos do plexo sacral para as faces posterior e inferior: Ramo genital do nervo genitofemoral (L1, L2) supre a face anterolateral Nervos escrotais anteriores ramos do nervo ilioinguinal (L1) que suprem a face anterior Nervos escrotais posteriores ramos do ramo perineal do nervo pudendo (S2–S4) que suprem a face posterior Ramos perineais do nervo cutâneo femoral posterior (S2, S3) suprem a face posteroinferior Ações do m. dartos ajuda os músculos cremasteres a manterem os testículos mais próximos do corpo reduzir a perda de calor reduz a área de superfície escrotal causa o enrugamento do escroto no frio espessamento da camada tegumentar @academizando_ TESTÍCULO Os testículos são as gônadas masculinas — pares de glândulas reprodutivas masculinas, que produzem espermatozoides e hormônios masculinos, principalmente testosterona. Estão suspensos no escroto pelos funículos espermáticos, e o testículo esquerdo geralmente localiza-se em posição mais baixa do que o direito. A superfície de cada testículo é coberta pela lâmina visceral da túnica vaginal, exceto no local onde o testículo se fixa ao epidídimo e ao funículo espermático. A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que circunda parcialmente o testículo, que representa a parte distal cega do processo vaginal embrionário. Os testículos têm uma face externa fibrosa e resistente, a túnica albugínea, que se espessa em uma crista sobre sua face interna posterior como o mediastino do testículo. A partir dessa estria interna, septos fibrosos estendem-se T ú n ic a v ag in al d o te st íc u lo lâmina visceral intimamente aplicada ao testículo, epidídimo e parte inferior do ducto deferente seio do epidídimo, situa-se entre o corpo do epidídimo e a face posterolateral do testículo lâmina parietal adjacente à fáscia espermática interna é mais extensa estende-se superiormente até a parte distal do funículo espermático cavidade da túnica vaginal contém líquido que separa as lâmicas visceral e parietal Permite o movimento livre do testículo no escroto @academizando_ internamente entre lóbulos de túbulos seminíferos contorcidos pequenos, mas longos e muito espiralados, nos quais são produzidos os espermatozoides. Os túbulos seminíferos contorcidos são unidos por túbulos seminíferos retos à rede do testículo, uma rede de canais no mediastino do testículo. IRRIGAÇÃO ARTERIAL As artérias testiculares originam-se da face anterolateral da parte abdominal da aorta, imediatamente abaixo das artérias renais. Elas seguem no retroperitônio, cruzando sobre os ureteres e as partes inferiores das artérias ilíacas externas para chegar aos anéis inguinais profundos. Entram nos canais inguinais através dos anéis profundos, atravessam os canais, saem deles através dos anéis inguinais superficiais e entram nos funículos espermáticos para irrigar os testículos. A artéria testicular ou um de seus ramos anastomosa-se com a artéria do ducto deferente. DRENAGEM VENOSA As veias que emergem do testículo e do epidídimo formam o plexo venoso pampiniforme, uma rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que circundam a artéria testicular no funículo espermático. O plexo pampiniforme faz parte do sistema termorregulador do testículo (juntamente com os músculos cremaster e dartos), ajudando a manter essa glândula em temperatura constante. As veias de cada plexo pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia testicular direita, que entra na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular esquerda, que entra na veia renal esquerda. DRENAGEM VENOSA A drenagem linfática do testículo segue a artéria e a veia testiculares até os linfonodos lombares direito e esquerdo (caval/aórtico) e pré-aórticos. INERVAÇÃO Os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo nervoso testicular sobrea artéria testicular. fibras parassimpáticas vagais e aferentes viscerais fibras simpáticas do segmento T10 (– T11) da medula espinal @academizando_ EPIDÍDIMO O epidídimo é uma estrutura alongada na face posterior do testículo. Os dúctulos eferentes do testículo transportam espermatozoides recém- desenvolvidos da rede do testículo para o epidídimo. O epidídimo é formado por alças do ducto do epidídimo, tão compactadas que parecem sólidas. O ducto diminui progressivamente enquanto segue da cabeça do epidídimo na parte superior do testículo até sua cauda. Na cauda do epidídimo, o ducto deferente começa como a continuação do ducto do epidídimo. No longo trajeto desse tubo, os espermatozoides são armazenados e continuam a amadurecer. O epidídimo é formado por: Cabeça do epidídimo: a parte expandida superior que é composta de lóbulos formados pelas extremidades espiraladas de 12 a 14 dúctulos eferentes. Corpo do epidídimo: a maior parte é formada pelo ducto contorcido do epidídimo Cauda do epidídimo: contínua com o ducto deferente, o ducto que transporta os espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório, de onde são expulsos pela uretra durante a ejaculação. DUCTO DEFERENTE O ducto deferente é a continuação do ducto do epidídimo. Tem paredes musculares relativamente espessas e um lúmen muito pequeno Começa na cauda do epidídimo, no polo inferior do testículo Ascende posterior ao testículo, medial ao epidídimo É o principal componente do funículo espermático @academizando_ Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente mantém contato direto com o peritônio. O ducto cruza superiormente ao ureter perto do ângulo posterolateral da bexiga urinária, seguindo entre o ureter e o peritônio da prega uretérica para chegar ao fundo da bexiga. Posteriormente à bexiga urinária, o ducto deferente inicialmente situa-se acima da glândula seminal, depois desce medialmente ao ureter e à glândula. O ducto deferente aumenta para formar a ampola do ducto deferente antes de seu término. Irrigação arterial: A artéria do ducto deferente origina-se de uma artéria vesical superior (às vezes inferior) e termina anastomosando-se com a artéria testicular, posteriormente ao testículo. Drenagem venosa: As veias da maior parte do ducto drenam para a veia testicular, incluindo o plexo pampiniforme distal. Sua parte terminal drena para o plexo venoso vesical/prostático. GLÂNDULAS SEMINAIS Cada glândula seminal é uma estrutura alongada situada entre o fundo da bexiga e o reto. As glândulas seminais encontram-se em posição oblíqua superiormente à próstata e não armazenam espermatozoides. Secretam um líquido alcalino espesso com frutose (fonte de energia para os espermatozoides) e um agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra. extremidades superiores extremidades inferiores são recobertas por peritônio Separadas do reto pelo septo retovesical posterior aos ureteres separadas do reto pelo peritônio da escavação retovesical O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. Penetra a parede abdominal anterior através do canal inguinal Cruza sobre os vasos ilíacos externos e entra na pelve Segue ao longo da parede lateral da pelve, onde se situa externamente ao peritônio parietal Termina unindo- se ao ducto da glândula seminal forma o ducto ejaculatório @academizando_ Irrigação arterial e drenagem venosa das glândulas seminais: As artérias para as glândulas seminais originam-se nas artérias vesical inferior e retal média. As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes. DUCTOS EJACULATÓRIOS Os ductos ejaculatórios se originam pela união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Os ductos ejaculatórios originam-se perto do colo da bexiga e seguem juntos, anteroinferiormente, atravessando a parte posterior da próstata e ao longo das laterais do utrículo prostático. Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal por meio de pequenas aberturas sobre a abertura do utrículo prostático. Embora os ductos ejaculatórios atravessem a parte glandular da próstata, as secreções prostáticas só se juntam ao líquido seminal quando os ductos ejaculatórios terminam na parte prostática da uretra. @academizando_ Irrigação arterial e drenagem venosa dos ductos ejaculatórios: As artérias do ducto deferente, em geral ramos das artérias vesicais superiores (mas muitas vezes das artérias vesicais inferiores), suprem os ductos ejaculatórios. As veias unem os plexos venosos prostático e vesical. @academizando_ PRÓSTATA A próstata é a maior glândula acessória do sistema genital masculino. consistência firme circunda a parte prostática da uretra. 2/3 = parte glandular 1/3 = fibromuscular cápsula fibrosa: densa e neurovascular, incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos Tudo é circundado pela fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha prostática fibrosa que é fina anteriormente, contínua anterolateralmente com os ligamentos puboprostáticos, e densa posteriormente onde se funde ao septo retovesical. PARTES DA PRÓSTATA: Face anterior muscular: fibras musculares transversais; forma um hemiesfíncter vertical, que é parte do músculo esfíncter da uretra; é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no espaço retropúbico. Uma face posterior relacionada com a ampola do reto. Faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus. Lobos da próstata: ➢ O istmo da próstata situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares representam a continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o colo da bexiga, e contém pouco ou nenhum tecido glandular. ➢ Os lobos direito e esquerdo da próstata, separados anteriormente pelo istmo e posteriormente por um sulco longitudinal central e pouco profundo, podem ser subdivididos, cada um, em quatro lóbulos indistintos, definidos por sua relação com a uretra e os ductos ejaculatórios, e pelo arranjo dos ductos e tecido conjuntivo: 1. Um lóbulo inferoposterior situado posterior à uretra e inferior aos ductos ejaculatórios. Esse lóbulo constitui a face da próstata palpável ao exame retal digital. 2. Um lóbulo inferolateral diretamente lateral à uretra, que forma a maior parte do lobo direito ou esquerdo. 3. Um lóbulo superomedial, situado profundamente ao lóbulo inferoposterior, circundando o ducto ejaculatório ipsilateral. 4. Um lóbulo anteromedial, situado profundamente ao lóbulo inferolateral, diretamente lateral à parte prostática proximal da uretra. 5. Um lobo médio dá origem a (3) e (4) anteriores. Essa região tende a sofrer hipertrofia induzida por hormônio P A R T E S D A P R Ó S T A T A BASE relacionada ao colo da bexiga ÁPICE está em contato com a fáscia na face superior dos mm. esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo @academizando_ na idade avançada, formando um lóbulo médio situado entre a uretra e os ductos ejaculatórios e próximo do colo da bexiga. Acredita-se que o aumento do lobo médio seja ao menos parcialmente responsável pela formação da úvula que pode se projetar para o óstio interno da uretra. A próstata ainda pode ser divida em zonas periférica e central (interna). A zona central é comparável ao lobo médio. Os ductos prostáticos (20 a 30) se abrem principalmente nos seios prostáticos, situados de cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra. O líquido prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume do sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas seminais, próstatae glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os espermatozoides são transportados) e participa da ativação dos espermatozoides. Irrigação arterial: As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo as artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média. Drenagem venosa: As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata. Esse plexo venoso prostático, situado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática, drena para as veias ilíacas internas. O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical e comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno. @academizando_ GLÂNDULAS BULBOURETRAIS As duas glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper), situam-se posterolateralmente à parte membranácea da uretra, inseridas no músculo esfíncter externo da uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na uretra durante a excitação sexual. Inervação dos órgãos genitais internos da pelve masculina O ducto deferente, as glândulas seminais, os ductos ejaculatórios e a próstata são ricamente inervados por fibras nervosas simpáticas. As fibras simpáticas pré-ganglionares originam-se de corpos celulares na coluna intermédia de células dos segmentos T12– L2 (ou L3) da medula espinal. Atravessam os gânglios paravertebrais dos troncos simpáticos para se tornarem componentes dos nervos esplâncnicos lombares (abdominopélvicos) e dos plexos hipogástricos e pélvicos. As fibras parassimpáticas pré-ganglionares dos segmentos S2 e S3 da medula espinal atravessam os nervos esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos plexos hipogástricos/pélvicos inferiores. As sinapses com neurônios simpáticos e parassimpáticos pós-ganglionares ocorrem nos plexos, no trajeto para as vísceras pélvicas ou perto delas. Durante um orgasmo, o sistema simpático estimula a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar a ejaculação retrógrada. Ao mesmo tempo, estimula contrações peristálticas rápidas do ducto deferente, e a contração e secreção associadas das glândulas seminais e da próstata que garantem o veículo @academizando_ (sêmen) e a força expulsiva para liberar os espermatozoides durante a ejaculação. As fibras parassimpáticas que atravessam o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos que seguem até os corpos eréteis do pênis, responsáveis pela ereção peniana. Referência: Anatomia orientada para a clínica. Keith Moore. 7ª ed.
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