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Teoria Geral do Processo - Aula 12

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
U3- TEORIA DA JURISDIÇÃO, DA AÇÃO E 
COMPETÊNCIA
U3S4 – Teorias da Ação e Elementos da Ação
ÉTTORE DE LIMA
REVISÃO: JURISDIÇÃO
• Jurisdição é a função do Estado, destinada à solução
imperativa dos conflitos e exercida mediante a atuação
da vontade do direito em casos concretos.
❑ consiste no poder-dever do estado-juiz de declarar e
executar os direitos conforme as pretensões que lhe
são formuladas, segundo os valores e princípios
fundamentais estabelecidos na Constituição Federal,
garantindo o seu respeito efetivo no âmbito dos fatos,
na vida dos litigantes. É esse o sentido que se deve
atribuir ao art. 5º, inc. XXXV, da Constituição Federal.
AÇÃO
❑ O ponto inicial da pacificação de conflitos se dá atualmente
por meio de uma ação, exercitável pelo cidadão interessado
em resolver seu conflito em face do Estado (responsável por
prestar a tutela jurisdicional). A ação é o direito subjetivo
público ou, mais que isso, o direito fundamental de pedir
tutela jurisdicional do Estado-juiz, rompendo a inércia do
Poder Judiciário.
AÇÃO É O DIREITO AO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE 
JURISDICIONAL.
* quando se fala do direito de ação, estão inseridos aqui tanto
o direito de acionar o poder judiciário para levar a sua
pretensão em juízo quanto os direitos de defesa do réu.
TEORIAS DA AÇÃO
❑ Teoria civilista: o direito de ação seria o próprio
direito material em movimento.
❑ Teoria concreta da ação: principal avanço foi
justamente entender que o direito de ação é autônomo
ao direito material. Trata-se, portanto, do direito de um
indivíduo contra o Estado, com objetivo de obtenção de
uma sentença favorável.
❑ Teoria abstrata do direito de ação: O direito de ação
consiste, nessa ótica, no direito de levar qualquer
pretensão ao juiz e dele receber uma resposta, ainda
que desfavorável. O direito de ação é amplo, abstrato,
genérico e incondicionado, não existindo nenhum
requisito que precise ser preenchido para ser exercido.
TEORIAS DA AÇÃO
❑ Teoria eclética da ação: mantém os traços principais da teoria abstrata
no sentido de que o direito de ação é autônomo e independente. Não é,
no entanto, incondicional e genérico, pois só existe quando o autor tem
direito a um julgamento de mérito (sendo irrelevante se favorável ou
não). E tal julgamento de mérito só ocorre no caso concreto se
preenchidos alguns requisitos. A ação no plano concreto só existe,
portanto, se preenchidas as “condições da ação”.
❑ Teoria da asserção: o direito de ação depende do grau de cognição do
juiz. Se o juiz puder sumariamente (sem grandes ilações) concluir pela
inexistência de uma ou mais condições da ação, deve extinguir o
processo sem adentrar seu mérito, por carência de ação (= teoria
eclética). Mas se o juiz necessitar de uma cognição mais aprofundada,
então não haverá extinção sem apreciação do mérito, e sim sentença de
improcedência do pedido do autor (= teoria pura).
BRASIL: Teoria eclética da ação.
ELEMENTOS IDENTIFICADORES DA 
AÇÃO
❑ É por meio dos elementos da ação que é possível
comparar duas ou mais ações.
ELEMENTOS IDENTIFICADORES DA 
AÇÃO
As partes são autor (quem pede a tutela jurisdicional) e réu
(contra quem se pede a tutela jurisdicional). Esses são os
denominados sujeitos parciais do processo; aqueles que estão
diretamente envolvidos no conflito que se busca resolver perante o
Poder Judiciário.
O pedido “corresponde ao bem da vida pretendido pelo
autor, geralmente denominado de pedido mediato, e à providência
jurisdicional apta a outorgá-lo, usualmente chamado de pedido
imediato” (BUENO, 2016, p. 71). O primeiro diz respeito ao próprio
direito material buscado em juízo, enquanto o segundo tem
natureza tipicamente processual.
Por fim, a causa de pedir diz respeito aos fundamentos de
fato (causa de pedir remota) e de direito (causa de pedir próxima)
que dão respaldo ao pedido formulado pelo autor. A causa de pedir
ou causa petendi é “o conjunto de fundamentos levados pelo autor
a juízo, constituído pelos fatos e pelo fundamento jurídico a eles
aplicável.
MOMENTO FIXADOR DOS 
ELEMENTOS DA AÇÃO
➢ Art. 319 CPC: requisitos da petição inicial.
➢Art. 32 CPC: CITAÇÃO! Portanto, este é um dos
efeitos da citação!
CONDIÇÕES DA AÇÃO
CONDIÇÕES DA AÇÃO
❑Legitimidade processual ou para a causa: ligada
diretamente à titularidade do direito material
(legitimidade ordinária), ou da possibilidade autorizada
por lei do exercício por pessoas que não possuem essa
titularidade (legitimidade extraordinária).
• Legitimidade ordinária, o titular do direito material é o
mesmo titular do meio de ação a ser utilizado para a
sua tutela.
• Legitimidade extraordinária, também chamada de
substituição processual, o titular do direito material
tutelado por ser diferente do sujeito que é titular do
direito de ação. Há alteração na titularidade do direito
de ação, em razão de uma transmissão a uma pessoa
diversa do direito material a ser protegido.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
OBS: A legitimidade para a causa é ligada
diretamente ao direito material tutelado. Já a
legitimidade para o processo diz respeito à
capacidade processual para o exercício de direitos em
juízo.
❑ INTERESSE PROCESSUAL: ligado à
necessidade/utilidade do provimento jurisdicional,
somando-se à adequação do procedimento para
busca do direito tutelado.

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