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TEORIA GERAL DO PROCESSO U3- TEORIA DA JURISDIÇÃO, DA AÇÃO E COMPETÊNCIA U3S4 – Teorias da Ação e Elementos da Ação ÉTTORE DE LIMA REVISÃO: JURISDIÇÃO • Jurisdição é a função do Estado, destinada à solução imperativa dos conflitos e exercida mediante a atuação da vontade do direito em casos concretos. ❑ consiste no poder-dever do estado-juiz de declarar e executar os direitos conforme as pretensões que lhe são formuladas, segundo os valores e princípios fundamentais estabelecidos na Constituição Federal, garantindo o seu respeito efetivo no âmbito dos fatos, na vida dos litigantes. É esse o sentido que se deve atribuir ao art. 5º, inc. XXXV, da Constituição Federal. AÇÃO ❑ O ponto inicial da pacificação de conflitos se dá atualmente por meio de uma ação, exercitável pelo cidadão interessado em resolver seu conflito em face do Estado (responsável por prestar a tutela jurisdicional). A ação é o direito subjetivo público ou, mais que isso, o direito fundamental de pedir tutela jurisdicional do Estado-juiz, rompendo a inércia do Poder Judiciário. AÇÃO É O DIREITO AO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE JURISDICIONAL. * quando se fala do direito de ação, estão inseridos aqui tanto o direito de acionar o poder judiciário para levar a sua pretensão em juízo quanto os direitos de defesa do réu. TEORIAS DA AÇÃO ❑ Teoria civilista: o direito de ação seria o próprio direito material em movimento. ❑ Teoria concreta da ação: principal avanço foi justamente entender que o direito de ação é autônomo ao direito material. Trata-se, portanto, do direito de um indivíduo contra o Estado, com objetivo de obtenção de uma sentença favorável. ❑ Teoria abstrata do direito de ação: O direito de ação consiste, nessa ótica, no direito de levar qualquer pretensão ao juiz e dele receber uma resposta, ainda que desfavorável. O direito de ação é amplo, abstrato, genérico e incondicionado, não existindo nenhum requisito que precise ser preenchido para ser exercido. TEORIAS DA AÇÃO ❑ Teoria eclética da ação: mantém os traços principais da teoria abstrata no sentido de que o direito de ação é autônomo e independente. Não é, no entanto, incondicional e genérico, pois só existe quando o autor tem direito a um julgamento de mérito (sendo irrelevante se favorável ou não). E tal julgamento de mérito só ocorre no caso concreto se preenchidos alguns requisitos. A ação no plano concreto só existe, portanto, se preenchidas as “condições da ação”. ❑ Teoria da asserção: o direito de ação depende do grau de cognição do juiz. Se o juiz puder sumariamente (sem grandes ilações) concluir pela inexistência de uma ou mais condições da ação, deve extinguir o processo sem adentrar seu mérito, por carência de ação (= teoria eclética). Mas se o juiz necessitar de uma cognição mais aprofundada, então não haverá extinção sem apreciação do mérito, e sim sentença de improcedência do pedido do autor (= teoria pura). BRASIL: Teoria eclética da ação. ELEMENTOS IDENTIFICADORES DA AÇÃO ❑ É por meio dos elementos da ação que é possível comparar duas ou mais ações. ELEMENTOS IDENTIFICADORES DA AÇÃO As partes são autor (quem pede a tutela jurisdicional) e réu (contra quem se pede a tutela jurisdicional). Esses são os denominados sujeitos parciais do processo; aqueles que estão diretamente envolvidos no conflito que se busca resolver perante o Poder Judiciário. O pedido “corresponde ao bem da vida pretendido pelo autor, geralmente denominado de pedido mediato, e à providência jurisdicional apta a outorgá-lo, usualmente chamado de pedido imediato” (BUENO, 2016, p. 71). O primeiro diz respeito ao próprio direito material buscado em juízo, enquanto o segundo tem natureza tipicamente processual. Por fim, a causa de pedir diz respeito aos fundamentos de fato (causa de pedir remota) e de direito (causa de pedir próxima) que dão respaldo ao pedido formulado pelo autor. A causa de pedir ou causa petendi é “o conjunto de fundamentos levados pelo autor a juízo, constituído pelos fatos e pelo fundamento jurídico a eles aplicável. MOMENTO FIXADOR DOS ELEMENTOS DA AÇÃO ➢ Art. 319 CPC: requisitos da petição inicial. ➢Art. 32 CPC: CITAÇÃO! Portanto, este é um dos efeitos da citação! CONDIÇÕES DA AÇÃO CONDIÇÕES DA AÇÃO ❑Legitimidade processual ou para a causa: ligada diretamente à titularidade do direito material (legitimidade ordinária), ou da possibilidade autorizada por lei do exercício por pessoas que não possuem essa titularidade (legitimidade extraordinária). • Legitimidade ordinária, o titular do direito material é o mesmo titular do meio de ação a ser utilizado para a sua tutela. • Legitimidade extraordinária, também chamada de substituição processual, o titular do direito material tutelado por ser diferente do sujeito que é titular do direito de ação. Há alteração na titularidade do direito de ação, em razão de uma transmissão a uma pessoa diversa do direito material a ser protegido. CONDIÇÕES DA AÇÃO OBS: A legitimidade para a causa é ligada diretamente ao direito material tutelado. Já a legitimidade para o processo diz respeito à capacidade processual para o exercício de direitos em juízo. ❑ INTERESSE PROCESSUAL: ligado à necessidade/utilidade do provimento jurisdicional, somando-se à adequação do procedimento para busca do direito tutelado.
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