Buscar

ABCDE DO TRAUMA E AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

ABCDE E AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA NO TRAUMA 
ATLS 10ª EDIÇÃO 
 
 
Checar Alergias, Medicamentos em uso, Passado ou “Prenhez”, Líquidos e alimentos ingeridos, 
Ambiente do trauma (mnemônimo AMPLA) 
 
Exame físico → cefalocaudal 
Medidas auxiliares → radiografia, opioides, vacinação antitetânica, reavaliação constante, 
transferência para tratamento definitivo 
 
 
VIAS AÉREAS 
 
Observação do paciente → agitação (hipóxia), torpor (hipercapnia), cianose (sinal tardio → 
observar eito ungueal e região perioral), tiragem intercostal 
Ausculta → respiração ruidosa, gorgolejos, roncos, estridores, rouquidão (trauma de traqueia) 
Palpação → posicionamento anormal da traqueia, turgência jugular, etc 
 
Falou apropriadamente ou chorou → via aérea patente e bom nível de consciência → boa 
perfusão cerebral 
Oferecer O2 → 10 a 12L/min em máscara de venturi 
Oximetria de pulso → identificar hipóxia antes da cianose 
Aspirador rígido 
Coma → queda de base da língua → IOT 
 
Técnicas de manutenção de via aérea → chin lift e jaw thrust 
Remover corpos estranhos, secreção ou sangue → aspirador rígido 
 
Cânula de Guedel → somente para pacientes inconscientes → reflexo do vômito 
Cânula nasofaríngea → somente em pacientes em que não haja suspeita de trauma de base de 
crânio → sinais: sina do guaxinim, sinal de battle, otorragia ou rinorreia 
Máscara de venturi + AMBU → risco de insuflar estômago → aumenta chance de regurgitação 
Via aérea definitiva → tubo com cuff insuflado em via aérea 
 
 
Quando intubar? 
 
- Apneia 
- Queimado com suspeita de atingir via aérea → estenose de traqueia 
- Glasgow menor do que 8 
- Proteção de vômito 
- Fraturas maxilofaciais graves 
- Incapacidade de ventilar efetivamente com máscara de venturi + ambu 
 
IOT → confirmar posicionamento, capnografia (padrão ouro), fixar o tubo 
 
 
Sequência rápida para IOT 
 
- Preparo 
- Posicionamento 
- Pré ventilar com O2 100% 
- Manobra de sellick → prevenir vômito 
- Fentanil (opioide – analgesia) → 2 a 3 mcg/kg 
- Midazolam (benzodiazepinico – hipnose) → 0,5 a 1,5mg/kg → idosos, pacientes instáveis, 
disfunção cardíaca ou renal há containdicação → fazer etomidato 
- Succinilcolina (bloqueador neuromuscular – relaxante muscular) → 1,5mg/kg → queimados há 
+24h, esmagados há +3 dias, insuficiência renal cronica há contraindicação → hiperpotassemia 
→ fazer rocurônio (antidoto: sugamadex) 
 
Máscara laríngea 
Via aérea cirúrgica → não faz em paciente com menos de 12 anos 
Cricotireoidostomia por punção → manter 1:4 inspiração/expiração → no máximo 40 minutos 
 
Só faz traqueostomia de urgência se houver trauma de laringe! → sinais: desvio de traqueia, 
rouquidão e enfisema subcutâneo 
 
 
Complicações IOT 
 
- Intubação esofágica, levando a hipóxia e morte 
- Intubação seletiva do brônquio fonte direito (+comum) 
- Indução de vômito, levando a aspiração,hipóxia e morte 
- Lesão das vias aéreas resultando em hemorragia e possível aspiração 
- Fratura ou arrancamento dos dentes 
- Ruptura ou vazamento do balão da sondaendotraqueal 
- Conversão de uma lesão vertebral cervical semdéficit neurológico em lesão medular com dano 
irreversível 
- Obstrução do TOT por rolha 
 
 
TRAUMA TORÁCICO 
 
20 a 25% das mortes por traumas → 85% poderiam ser evitadas com atendimento rápido e 
correto 
Mortes precoces → gravidade 
 
Respiração e ventilação → traqueia, pulmões 
Cinemática do trauma 
 
Exame físico → inspeção, palpação, percussão (MV – e hipertimpanismo → pneumotórax; MV 
– e macicez → hemotórax) e ausculta 
Medidas complementares → oximetria e RX tórax 
 
Pneumotórax hipertensivo → punção no 5º EI anterior a linha axilar média (nas crianças, 2º EI) 
Pneumotórax aberto → curativo de 3 pontas 
Hemotórax maciço → drenagem pleural e avaliação cirúrgica 
Tamponamento cardíaco → pericardiocentese (toracotomia) → tríade de beck: abafamento de 
bulha, hipotensão e estase jugular 
Tórax instável → suporte de O2 e analgesia 
 
Pneumotórax maciço → ferimentos penetrantes → quando há sangramento maior que 1500mL 
→ reposição volêmica e drenagem pleural 
 
 
Quando fazer toracotomia? 
 
- Quando sangramento maior de 1500mL ou mais de 200mL/h nas primeiras 2-4h 
 
 
Quando colocar em ventilação mecânica? 
 
- FR > 35 
- PCO2 > 55 
- PO2 < 60 
 
 
Tamponamento cardíaco → ferimento por arma branca → geralmente em VD 
Pulso paradoxal (queda de PA ao inspirar) 
Tríade de Beck (abafamento de bulha, hipotensão e estase jugular) 
Sinal de Kusmmaul 
 
 
Como fazer pericardiocentese? 
 
- Agulha no apêndice xifoide, 45º, voltada para ombro esquerdo 
- Fazer com paciente monitorizado para saber se houve atingimento do miocárdio 
- É tratamento paliativo → tratamento definitivo: cirurgia 
 
 
Contusão pulmonar → suporte ventilatório e restrição hídrica → evita edema de pulmão 
 
Rotura tamponada de aorta → alargamento do mediastino (RX) 
 
Rotura traumática do diafragma → confirmação com truque da sonda nasogástrica com 
contraste 
 
 
TRAUMA RENAL 
 
 
Lesões 
 
- Contusas/fechadas → 90%, com mínima mortalidade, causadas por acidentes automobilísticos 
e pacientes com dç pré-existentes 
- Penetrantes/abertas → 10%, maior gravidade, causadas por ferimentos de armas ou armas 
brancas → principalmente com acometimento de tórax inferior e flancos 
 
 
Apresentação clínica 
 
Hematúria → sintoma mais frequente e não se relaciona com gravidade do trauma; até 50% das 
lesões graves não apresentam hematúria 
Dor/equimose abdominal ou em flancos com irradiação para escroto ou grandes lábios 
Fratura de arcos costais inferiores e de processo transverso de vértebras lombares 
Instabilidade hemodinâmica → FAST ou laparotomia exploradora 
 
 
Classificação 
 
- Grau I → contusão ou hematoma subcapsular não expansivo, sem laceração 
intraparenquimatosa 
- Grau II → hematoma perirrenal não expansivo ou laceração de córtex renal <1cm, sem 
extravasamento urinário 
- Grau III → laceração de córtex renal >1cm, sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento 
urinário 
- Grau IV → laceração <1cm atingindo córtex, medula e sistema coletor, ou lesão da aa renal ou 
veias renais segmentares com hemorragia contida 
- Grau V → lacerações grau 5 ou avulsões do pedículo renal, devascularização renal total 
 
 
 
Diagnóstico 
 
- TC com contraste IV (padrão-ouro) → fez urografia cair em desuso 
- Urografia excretora → paciente contrastado IV, fazendo RX para avaliar extensão da lesão 
- Pielografia → contraste e radiografia após 10 min 
- Laparotomia em pacientes instáveis e com indicação de cirurgia 
- USG não deve ser utilizada! 
- RM não deve ser adotada em pacientes vítimas de trauma em razão da demora para resultados 
 
Investigação radiológica está indicada quando: 
- Paciente estável com hematúria macroscópica 
- Paciente instável com hematúria microscópica + PAS <90mmHg 
- Trauma penetrante com hematúria macro ou micro 
 
 
Indicações de laparotomia 
 
- Absoluta → instabilidade hemodinâmica, hematoma perirrenal pulsátil ou em expansão, 
sangramento ativo visto em laparotomia 
- Relativa → alto grau, extravasamento, desvitalizado, estágio incompleto e lesão associada 
 
 
Tratamento 
 
- 95% dos traumas renais fechados são tratados conservadoramente 
- Traumas penetrantes com frequencia necessitam de exploração cirúrgica → gravidade 
- Abordagem cirúrgica deve ser feita por laparotomia mediana → permite completa inspeção da 
cavidade e possíveis lesões associadas 
 
Nefrectomia só é feita em casos de lesões renais extensas, quando há risco a vida do paciente! 
 
 
Manejo conservador 
 
Diagnóstico e classificação precisos com TC de abdome com contraste 
Internar em UTI 
Repouso absoluto 
Acompanhamento clínico e laboratorial rigorosos 
 
 
Manejo cirúrgico 
 
Se o paciente estiver instável com risco de vida, salvar o rim e salvar a vida do paciente 
(nefrectomia) 
Em condiçõesclínicas adequadas, fazer reconstrução renal (completa exposição, debridamento 
dos tecidos inviáveis, hemostasia por ligadura de vasos sangrantes, fechamento da via coletora 
renal, aproximação do parênquima renal) 
 
Cuidado com urinoma → extravasamento de urina para cavidade peritoneal → manejada com 
ATB sistêmico e geralmente com resolução espontânea. Em extravasamento persistente, usar 
cateter duplo J. Se houver abcesso, drenagem pericutanea ou cirúrgica 
 
 
Trauma ureteral 
 
É rara, pois a uretra está protegida por outras estrutras 
4% penetrantes 
1% contusos 
Uretra proximal é a mais acometida 
A causa mais comum é iatrogênica no intraoperatório (80%)

Outros materiais