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Patologias do Sistema Urogenital Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 1 → Cálculos renais Urolitíase: a formação de cálculos em qualquer nível do sistema urinário coletor. Mais frequentemente os cálculos surgem nos rins. Epidemiologia: ~70 anos de idade: 11% homens e 5,6% das mulheres possuirão cálculo renal sintomático. Patogenia: 3 tipos de cálculos: • 80% compostos pela associação entre o oxalato de cálcio e o fosfato de cálcio. • 10% por fosfato, amônio e magnésio. • 6-9% por ácido úrico ou por cistina A causa da formação dos cálculos ainda não é totalmente esclarecida. Concentração do soluto, mudanças do pH urinário e infecções bacterianas podem estar envolvidos. Contudo, a principal causa é o aumento da concentração urinária dos constituintes do cálculo, que excede sua solubilidade na urina (supersaturação). Metade dos pacientes que desenvolvem cálculos de cálcio têm hipercalciúria (não associada a hipercalemia) – hipercalciúria absortiva (absorvida )no instestino e excretada na urina). Alguns possuem defeito na excreção de cálcio: hipercalciúria renal. Cálculos de fosfato-amônio-magnésio (estruvita): urina alcalina, resultante de ITUs (bactérias clivadoras de ureia como Proteus vulgaris e estafilococos predispõem à urolitíase, além de servir para formação de qualquer tipo de cálculo). Gota e outras doenças que envolvem renovação celular rápida (ex: leucemia): levam a altos níveis de ácido úrico na urina e à possibilidade de formação de cálculos de ácido úrico. Patologias do Sistema Urogenital Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 2 Cálculos de cistina são quase invariavelmente associados com um defeito geneticamente determinado no transporte renal de certos aminoácidos, incluindo cistina. Morfologia: unilaterais em cerca de 80% dos pacientes. Locais comuns de formação: pelve renal, os cálices renais e a bexiga. Tendem a ser pequenos, podem ser lisos ou irregulares. Cálculos coralifoformes (acréscimo de sais): estruturas ramificadas, molde da pelve/sistema coletor – fosfato- amônio-magnésio. → Hidronefrose Dilatação da pelve e dos cálices renais, acompanhada de atrofia do parênquima, causada por obstrução do fluxo urinário, que pode ser súbita ou insidiosa, podendo ocorrer em qualquer nível de TU. Causas mais comuns: • Congênita: atresia da uretra, formação de válvulas no ureter ou na uretra, artéria renal aberrante comprimindo o ureter, ptose renal com torção ou dobramento do ureter. • Adquirida: Corpos estranhos: cálculo, fragmentos de papilas necróticas; Lesões proliferativas: hiperplasia prostática benigna, carcinoma de próstata, tumores na bexiga (papiloma e carcinoma), doença maligna contígua (linfoma retroperitoneal, carcinoma de cérvix ou útero); Inflamação: prostatite, ureterite, uretrite, fibrose retroperitoneal; Neurogênica: dano na medula espinhal com paralisia da bexiga; Gravidez normal: discreta e reversível. Hidronefrose bilateral ocorre somente quando a obstrução está abaixo do nível dos ureteres. • Tumores renais: Tumores benignos: adenoma papilar (pequenos), angiomiolipoma (córtex), oncocitomas (células eosinofílicas com núcleos pequenos). Angiomiolipoma, proliferação de vasos, tecido adiposo e musculatura. Patologias do Sistema Urogenital Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 3 Adenoma papilar. Ninhos de células eosinofílicas – oncocitoma. Tumores malignos: Carcinoma renal (85%): Tabagismo, ocorre em idosos e mais em homens. Classificados em células claras, papilar, cromófobo e de ductos coletores (macroscopicamente não dá para diferenciar). Carcinoma de células claras (70-80%): citoplasma claro, pois as células são ricas em glicogênio e lipídios: Pleomorfismos leves, citoplasmas claros. Patologias do Sistema Urogenital Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 4 Carcinoma papilar (10-15%): Formações papilares. Trissomias dos cromossomos 7, 16, 17 e Y, Indícios de ser um carcinoma papilar devido a formações de papilas. Formações papilares. Carcinoma cromófobo (5%): citoplasma eosinofílico com halo ao redor. Citoplasma eosinofílico com halo ao redor. Patologias do Sistema Urogenital Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 5 Carcinoma dos ductos coletores: ninhos de células malignas emaranhadas no estroma fibrótico: Prognóstico desses carcinomas é ruim, pois são silenciosos e quando diagnosticados já sofreram metástases. Carcinoma urotelial da pelve renal: 5 a 10% dos tumores renais. São papilomas e carcinomas uroteliais. São invasivos: sobrevida de 10%. Células ureteliais atípicas e figuras mitóticas.
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