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Relatório PISC [1697]

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ESCOLA DE CIÊNCIAS DA 
SAÚDE 
 
 
____________________________________________________________________________________________________ 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE-UNINORTE/LAUREATE 
ESCOLA DE SAÚDE 
DISCIPLINA PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAÚDE-COMUNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADES PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
 
 
 
 
 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA 
SAÚDE 
 
 
 
 
2019 
 
BEATRIZ LOPES AMORIM – ENFERMAGEM – 16005600 
CAIO GOMES DOS SANTOS – ENFERMAGEM – 16214943 
HEVELEN RAINA GORDIANO MATOS – PSICOLOGIA – 16124600 
SOFIA SAMPAIO RIBEIRO – BIOMEDICINA – 17241170 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de atividade da Disciplina 
Programa de Integração Saúde 
Comunidade (PISC), ministrada 
pela Professora Msc. Silene 
Moreira de Souza, como requisito 
parcial para a obtenção de nota na 
referida disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA 
SAÚDE 
 
 
____________________________________________________________________________________________________ 
 
 
MANAUS 
2019
 
 
 
 
 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA 
SAÚDE 
 
 
 
 
 1. INTRODUÇÃO 
 O Programa de Integração Saúde Comunidade (PISC), trouxe a proposta de integrar os 
alunos de diferentes graduações da área de saúde da uninorte, às praticas de planejamento, 
desenvolvimento e intervenção no ambiente comunitário As atividades do PISC objetivam a 
inserção direta dos acadêmicos na comunidade, de forma que, são levados a refletir e pensar 
em soluções e atuar de forma direta na resolução de problemas, tudo sob supervisão da 
professora responsável, que nesse ambiente, atua como facilitadora, norteando a conduta dos 
acadêmicos 
 A visita foi realizada no Parque Residencial Mestre Chico II, sob a coordenação da 
psicóloga Maria Mercedes Andrade e da assistente social Vânia Melo dos Santos. A mesma é 
localizada na Rua Ramos Ferreira, s/n, Praça 14 de Janeiro, zona sul de Manaus. Construído 
através dos investimentos do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus 
(Prosamim), uma área urbanizada de 18.613,00m2 e possui 16 blocos, sendo dois blocos de seis 
apartamento e 14 blocos com 12 apartamentos, totalizando 180 unidades habitacionais. Há 
ainda um bloco dedicado ao escritório de gestão compartilhada socioambiental, que presta 
apoio social a comunidade. Cerca de 900 pessoas que moravam em áreas de risco nos bairros 
do Educandos e São Raimundo foram beneficiadas. Esse conjunto conta com infraestrutura de 
esgotamento sanitário, água encanada e um reservatório comunitário de 100 mil litros, 
iluminação pública, estacionamento, área de lazer para as crianças e academia em ar livre. 
 Os alunos foram divididos em grupos de 5 integrantes, cada grupo com um aluno de 
cada curso (enfermagem, psicologia, fisioterapia e biomedicina). Estes grupos foram 
distribuídos para algumas famílias com demandas emergenciais. Este grupo visitou a casa da 
sra. Maria, que em seu grupo familiar apresentou algumas demandas, onde a mais relevante é 
a saúde física e mental da sra. Maria, que com seus 72 anos de idade, passou por uma 
traqueostomia há 1 ano, além de ser portadora de doenças cronicas peculiares de sua idade 
avançada, como a osteoporose, a artrite e a hipertensão arterial. 
 
 
 
 
 
 
 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA 
SAÚDE 
 
 
 
 
 2. OBSERVAÇÃO DA REALIDADE 
 Foram realizadas visitas ao Parque Residencial Mestre Chico II, nas datas 11.03 e 18.03 
(ambos na segunda-feira). 
 Nosso primeiro contato dia 11.03 das 09:30hrs às 11hrs, foi realizado no Escritório de 
Gestão Compartilhada Socioambiental, onde fomos recebidos pela assistente social Vânia Melo 
dos Santos, que nos direcionou a um pequeno auditório dentro do escritório, onde ficamos 
aguardando a com a psicóloga Maria Mercedes Andrade Senna chegar de uma reunião para nos 
orientar sobre as demandas da comunidade. Ao iniciar nosso encontro, a psicologa se 
apresentou, apresentou o corpo de funcionários do escritório e em seguida abordamos como 
funciona o sistema para ter acesso a casa, o motivo da retirada do local antigo, onde era o antigo 
local da moradia, o funcionamento dentro do Parque Residencial, a atividades oferecidas para 
os moradores e entre outras pautas referentes a gestão do local. Neste mesmo dia a professora 
Silene abordou conosco as orientações sobre a disciplina, sobre os tipos de intervenções 
possíveis e sobre a parceira da Uninorte com a comunidade Mestre Chico. 
 Na segunda visita, realizada dia 18.03, das 09hrs às 11hrs da manhã, tivemos o primeiro 
contato com a família em que ficamos destinados a trabalhar. Nos encaminhamos ao local 
orientado, o apartamento , lá fomos recebidos pela dona Maria, uma idosa de 76 anos, porem 
cheia de vigor e alegria, o que nos surpreendeu, pois devido a situação de sua saúde, 
esperávamos encontrar uma pessoa extremamente debilitada. Seu circulo familiar é composto 
por 7 pessoas, sendo 5 adultos (3 filhos, 1 nora e a dona Maria) e 2 crianças (netos). Atualmente, 
dona Maria mora no apartamento do filho, há 3 anos, que é o único na casa que trabalha fora, e 
a renda da família é proveniente do salario do filho, da aposentadoria de dona Maria e da pensão 
e bolsa família que a filha que também reside com eles recebe. 
 Nossa visita teve o intuito de obter informações sobre a família e as demandas da 
mesma, porem, observou-se que a demanda principal da casa diz respeito a própria dona Maria, 
pois sua saúde frágil, a cirurgia tão invasiva pela qual ela passou com idade tão avançada, sua 
rotina após este procedimento, a situação na casa em que vive e sua historia de vida nos 
despertou o interesse de cuidar e cumprir nosso papel social enquanto estudantes e futuros 
profissionais da área de saúde. Para conseguir coletar informações e nos apropriar de suas 
demandas, afim de ter informações suficientes para trabalhar com ela, fizemos algumas 
 
 
 
 
 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA 
SAÚDE 
 
 
 
 
perguntas e ouvimos alguns relatos que ela nos passou, ainda que com uma certa dificuldade 
devido a intervenção cirúrgica em sua garganta que prejudicou sua fala. Por ter sido o fato que 
mais nos instigou em seus relatos, focamos em investigar sobre a cirurgia que ela fez, a 
traqueostomia. 
 Dona Maria afirma que o procedimento ocorreu há aproximadamente 1 ano e que ela 
deve ficar com o acesso por pelo menos mais 4 anos. Este procedimento foi indicado a ela 
devido a uma perda de voz abrupta que se apresentou logo após a morte de seu filho. Relata 
que a voz começou a ficar bem baixa, quase inaudível e que com o passar dos dias sumiu de 
vez, que pra conseguir se comunicar ela precisava escrever. Preocupada, dona Maria foi ao 
médico e foi diagnosticada com imobilidade nas cordas vocais e informada que a única forma 
de tratar esse problema seria fazendo uma intervenção cirúrgica. Hoje, apesar da dificuldade e 
o desconforto que é para ela ter que tapar o acesso para falar e de uma leve dificuldade para 
respirar, a comunicação de dona maria foi restabelecida com sucesso. Ao longo da conversa, 
ela relatou que é hipertensa controlada, sofre com osteoporose e artrite nos dois joelhos. Relatou 
sobre a dificuldade de fazer seus acompanhamentos médicos, por conta da dificuldade de 
locomoção devido aos seus problema ósseos, afirmando que quando “sobra um dinheiro a mais” 
(SIC) os filhos solicitam carros de aplicativo para leva-la ao médico, mas quando não tem, ela 
precisa pegar ônibus e as paradas são distantes de sua residencia e ela sofre com dores nos 
joelhos ao fazer esse trajeto. 
 A idosa relata que seus filhos a ajudam bastante, tanto com apoio afetivo quanto 
financeiro, segundo ela “eles fazem o que podem” (SIC) para cuidar da sua saúde, mas ainda 
assim ela revela que não faz acompanhamento para tratar os ossos e que tem sofrido bastante 
comisso. Outro ponto levantado como sofrimento por dona Maria, seria a perda do filho, onde 
ela relata que desde então sua saúde piorou muito com este acontecimento (EXPLORAR ESSE 
PONTO COM A BEATRIZ). 
 Finalizamos a visita na casa da dona Maria por volta das 11 horas da manhã, pois ela 
teria um compromisso pela parte da tarde e precisava organizar suas cisas para sair. Agradeceu 
muito a nossa visita e se mostrou ansiosa para nosso retorno. 
 
 
 
 
 
 
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SAÚDE 
 
 
 
 
 
3. PONTOS-CHAVES 
 De acordo com as demandas observadas no contexto comunitário observado, podemos 
destacar alguns pontos que sobressaíram-se e que decidimos explorar para buscar intervir 
interdisciplinarmente sobre. São eles: 
• Traqueostomia: considerando que a Dona Maria está neste tratamento há pouco tempo 
e ainda terá mais alguns anos com ele, observa-se a necessidade de trabalhar essa 
demanda afim de trazer uma melhor qualidade de vida para ela dentro das condições 
possíveis neste caso; 
• Artrite: doenças cronicas pela qual a paciente é acometida. Escolhemos trabalhar esta 
demanda pois foi relatado que não é feito nenhum tipo de tratamento desse caso, mesmo 
existindo grande sofrimento da paciente em relação a isto; 
• Hipertensão: a paciente relata fazer tratamento corretamente, mas acreditamos ser 
necessário uma intervenção nesse sentido pois a mesma possui outros problemas 
clínicos crônicos que podem interferir na pressão arterial, logo, há necessidade de 
explorar essa demanda. 
• Saúde mental: devido a quantidade de doenças físicas das quais dona maria é acometida, 
faz-se necessário trabalha também sua saúde mental, afim de investigar possíveis 
sintomas psicossomáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. TEORIZAÇÃO 
 A partir da analise situacional das demandas levantadas na comunidade, elencamos 
como ponto principal a saúde física e mental da dona Maria. A partir de então, iremos teorizar 
estas demandas a luz das áreas envolvidas no trabalho. 
 No que se refere a saúde física, temos por demandas a traqueostomia, artrite, 
osteoporose e hipertensão. A artrite reumatoide (AR) atinge aproximadamente 1% da população 
mundial, é uma doença auto imune que se caracteriza pela inflamação cronica progressiva das 
articulações, levando a destruição do tecido e causando dor, deformidades e consequentemente 
redução da qualidade de vida do paciente. Como uma doença auto imune, o surgimento da AR 
é influenciada por fatores hormonais, ambientais e imunológicos, que atuam em conjunto em 
indivíduos geneticamente propensos. É importante destacar que a artrite é uma doença que afeta 
3 vezes mais as pessoas do gênero feminino, nas formas mais graves da doença, sendo mais 
comum ter seu surgimento a partir dos 40 anos de idade. 
 Conforme afirma Laurindo (2004): 
o acompanhamento destes pacientes do ponto de vista funcional deve ocorrer desde o 
início da doença, com orientação do paciente e programas terapêuticos dirigidos à 
proteção articular, à manutenção do estado funcional do aparelho locomotor e do 
sistema cardiorrespiratório. 
Ou seja, pacientes acometidos por artrite, devem receber acompanhamento o mais breve 
possível, pois por ser a artrite uma doença degenerativa e progressiva, caso não haja tratamento, 
ela se alastra e acaba por afetar outros órgãos e debilita gradativamente o organismo, que em 
idosos geralmente já se encontra debilitado devido a idade. 
 Nesse processo de diagnostico e tratamento, a biomedicina se torna extremamente 
importante evidenciar a fisiopatologia de Artrite resultante da ação das células T e B 
autorreativas, que levam à sinovite, à infiltração celular e a um processo desorganizado de 
destruição e remodelação óssea. O Biomédico iniciará a Análise do líquido sinovial, que se 
apresenta como “um fluido biológico que está presente nas articulações com a função básica de 
lubrificá-las através de sua composição gelatinosa e mucinosa, semelhante ao aspecto de uma 
 
 
 
 
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SAÚDE 
 
 
 
 
clara de ovo” (MUNDT&SHANAHAN,2012,p.256). A analise deste fluido é feita para 
identificar os cristais característicos da artrite e para pesquisar sinais de infecção articular e a 
partir disto prescrever qualquer tipo de tratamento para o paciente, seja medicamentoso ou 
terapêutico. 
 No que se refere a hipertensão, é sabido que diversos fatores podem desencadear o 
processo de desregulação da pressão arterial, desde uma má alimentação até mesmo questões 
psicológicas. 
 Conforme afirma Salgado (2003, p.115) 
A hipertensão arterial, uma entidade clínica multifatorial, é conceituada pelo III 
Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial como uma síndrome caracterizada pela 
presença de níveis tensionais elevados associados a alterações metabólicas, hormonais 
e a fenômenos tróficos (hipertrofia cardíaca e vascular). A hipertensão arterial 
essencial é a doença crônica que apresenta maior prevalência no mundo. 
 Por ser uma patologia que, caso não passe por um acompanhamento médico extremamente 
controlado, pode causar grande impacto na vida do paciente, um atendimento multiprofissional 
é necessário para um tratamento eficaz da hipertensão. No que diz respeito à pratica do 
profissional de enfermagem, Moura (2010, p.763) afirma que: 
A Enfermagem é uma ciência, cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser 
humano, individualmente, na família ou na comunidade, desenvolvendo-o de forma 
autônoma e/ou, muitas vezes, em equipe;[...] O enfermeiro pode ser identificado como 
um elemento de confiança no compartilhamento dos problemas e questões de ordem 
biológica, social, familiar, econômica e emocional. 
 Sendo assim, o enfermeiro no processo de tratamento da hipertensão arterial, tem como conduta 
não só a parte medicamentosa e clinica, mas também um papel de orientador de praticas 
saudáveis para o paciente. 
 No que tange a prática do profissional biomédico no sentido de cuidados de saúde, Tesser (2006, 
p.351) comenta: 
Com isso, o saber biomédico profilático desligou-se da perspectiva existencial do 
sujeito doente, pouco dizendo que lhe faça significado vital e lhe remeta a processo 
de revisão valorativa, no sentido de abrir possibilidades de crescimento, ação e 
responsabilização em relação a si mesmo, seus próximos e seus problemas de saúde. 
 Logo, percebe-se que a função do biomédico nesses casos, remete a uma orientação sobre 
condutas saudáveis, dentro das condições do paciente concomitantemente com o conhecimento 
 
 
 
 
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SAÚDE 
 
 
 
 
do profissional naquela determinada área. Isso sem contar na pratica no sentido laboratorial, 
onde este profissional é responsável pela manipulação e analise dos materiais coletados no 
paciente para diagnosticar possíveis doenças. 
 Baseado ainda nas demandas levantadas, temos a cirurgia de traqueostomia. Segundo 
Ricz (2011, p.63) “traqueostomia é o procedimento cirúrgico que consiste na abertura da parede 
anterior da traqueia, comunicando-a com o meio externo, tornando a via 
aérea pérvia.” Esse procedimento é utilizado quando existe uma obstrução nas vias aéreas 
superiores (cavidades nasais, faringe, laringe, cordas vocais e glote), acumulo de secreção 
traqueal, debilidade da musculatura respiratória ou para fornecer uma via aérea estável para 
pacientes em situação de entubação prolongada. 
 Antes de qualquer indicação de procedimento, é necessário que o paciente passe por 
diversos exames. Com a traqueostomia não seria diferente, uma vez que este procedimento é 
bastante invasivo e pode causar grandes danos se indicado incorretamente. Para isso, o 
profissional de biomedicina com especialização em biomedicina nuclear pode ajudar com sua 
pratica no diagnostico de problemas. Costa (2015) afirma que o biomédico habilitado em 
imagenologia pode trabalhar com exames de imagem,como radiologias, ultrassonografias, 
tomografias computadorizadas, ressonância magnética, medicina nuclear, entre outros exames 
de imagem. É preciso destacar que este profissional também atua com exames laboratoriais 
comuns, inclusive os referentes a este procedimento. 
 Inicialmente os pacientes traqueostomizados permanecem internados em UTI, ambiente 
normalmente caracterizado como áspero, estressante e cansativo, não somente para o paciente 
e seus familiares, como também para os profissionais que ali trabalham. Por ser um 
procedimento delicado e invasivo, é necessário um tratamento mais humanizado e voltado para 
o bem-estar físico e mental do paciente. Em relação a isto, Gomes (2016, p.1256) elucida que 
“A importância da comunicação com os pacientes traqueostomizados durante a prática do 
cuidado melhora a interação, informa e tranquiliza o paciente, além de humanizar o 
atendimento.” 
 Esse atendimento é necessário não só nesse caso, mas nos cuidados em geral com os 
doentes, porem, em casos de pacientes traqueostomizados, que na maioria dos casos encontram-
se em situação de UTI ou de entubação prolongada e estão com a saúde bastante debilitada, é 
 
 
 
 
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SAÚDE 
 
 
 
 
fundamental esse olhar diferenciado, principalmente dos profissionais de enfermagem, que 
estão lidando diariamente com esses casos. 
 Gaspar (2015) fala sobre a importância da comunicação com os pacientes 
traqueostomizados para o processo de tratamento: 
A comunicação com o traqueostomizado, por parte da equipe de enfermagem, busca 
avaliar não somente a causa da necessidade da traqueostomia, mas também a 
observação de fatores como: estado de alerta, aspectos cognitivos, linguagem 
compreensiva e expressiva, tendo em vista um atendimento personalizado. A 
enfermagem, a partir da comunicação desenvolvida com o paciente, pode identificar 
suas necessidades, informar e esclarecer sobre procedimentos ou situações que ele 
deseja saber, promover o relacionamento do paciente com outros pacientes, com a 
equipe multiprofissional ou com familiares, desenvolver educação em saúde, trocar 
de experiências e mudança de comportamentos, entre outros. (GASPAR, 2015, p.735) 
 Alem disso, o profissional da enfermagem pode (e deve) trabalhar no sentido de orientação do 
paciente e da família no que diz respeito a higienização da cânula, procedimentos para 
medicação, alimentação, dentre outra atribuições do processo de recuperação no pós-cirurgia. 
“Cabe ao enfermeiro acompanhar o paciente nos retornos médicos com o objetivo de avaliar a 
condição do paciente tanto física como psicossocial e se necessário elaborar novas intervenções 
juntamente com o paciente e seus familiares. (SILVA, 2002, p.215) 
 Considerando todas as demandas físicas descritas até aqui, é necessário considerar que 
o paciente em questão pode apresentar também demandas psicológicas, com sintomas 
psicossomáticos. O psicólogo tem uma grande importância no processo de diagnostico e 
tratamento de doenças físicas, pois o paciente poderá passar pro um processo disfunção no seu 
bem-estar, podendo desencadear diversas doenças psicossomáticas. 
 No que diz respeito a artrite, o paciente poderá sofrer com a deformação de suas 
articulações e com dores nas mesmas devido a debilidade da doença. o mesmo também se 
encontra com uma certa dificuldade de aceitação, sua rotina já não e mais a mesma, seus 
movimentos ficam dificultados por conta da debilidade da doença. Conforme Santos (2012, 
p.1012 ): 
“a dor figura como uma das principais causas para o abandono das atividades da vida 
diária e pela procura por serviços de saúde, sobretudo na população idosa, levando à 
 
 
 
 
 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA 
SAÚDE 
 
 
 
 
perda da capacidade funcional e da independência, além de outras formas de 
comprometimento como depressão e isolamento social.” 
 Além disto, a hipertensão, quem também é um problema presente nas demandas 
estudadas, pode causar um quadro de tristeza profunda no paciente, devido a restrição alimentar 
e a quantidade de medicamentos ingeridos para seu tratamento, sem contar no medo de 
apresentar quadros mais graves, como um infarto ou alguma outra complicação cardíaca. Vargas 
(2006, p. 2) declara que o tratamento da doença cardíaca 
[...]podem representar uma nova realidade, abruptamente imposta, que desestrutura o 
paciente que se sente atingido em sua auto-imagem, tem medo do seu estado de saúde 
e fica à mercê de profissionais que nem sempre lhe transmitem segurança e empatia. 
A ameaça à saúde também provoca ansiedade nessa pessoa já fragilizada pelo seu 
estado clínico. 
 No que se refere ao procedimento de traqueostomia, é possível afirmar que o paciente 
em questão pode desenvolver quadros de tristeza e de ansiedade ou perceber que suas relações 
interpessoais estão prejudicadas por causa da dificuldade na fala e na respiração que o 
procedimento ocasiona. Quanto a isso, Ribeiro e Leal (2010) afirmam que uma das funções do 
psicologo que lida com essa demanda, é desenvolver técnicas adaptativas que possibilite uma 
comunicação adequada, afim de reorganizar a comunicação do indivíduo. 
 Falar sobre suas angustias, medo, família, amigos, limitações e aceitações poderão ser 
de suma importância e iram ser uma forma de alivio e retirada de um certo peso que o mesmo 
carrega, para uma melhor aceitação da doença e proposta uma terapia grupal como e citado por 
Vandenberghe, Cruz e Ferro (2003) 
 A terapia de grupo aqui proposta busca uma redefinição da maneira pela qual o 
paciente compreende e interage com a dor. Isto significa ampliar a interpretação das 
queixas com atenção para fatores situacionais e comportamentais. Não se trata de 
seguir explicações ou adotar estratégias propostas pelo psicólogo, mas de uma 
mudança de atitude do próprio paciente. Ele deve ser o agente ativo nesta mudança. 
As relações interpessoais que se desenvolvem espontaneamente entre terapeuta e 
participantes e entre os diferentes participantes constituem o contexto que pode 
propiciar esta mudança. A ênfase no que acontece entre as pessoas ali presentes é 
diretamente decorrente do modelo teórico que enfatiza as implicações contextuais de 
cada vivência e o papel central da ação do paciente. (p.34) 
 
 
 
 
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SAÚDE 
 
 
 
 
 Assim, é possível perceber a necessidade de um acompanhamento psicológico para 
pacientes que sofrem com doenças cronicas ou que passaram por procedimentos cirúrgicos que 
causaram grande impacto na sua vida e na sua saúde. 
 
 
 
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
• LAURINDO, I.M.M et al. Artrite reumatoide: diagnostico e tratamento. Revista 
Brasileira de Reumatologia. São Paulo, v. 44, n. 6, p . 35 42, nov-dez, 2004. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbr/v44n6/07.pdf> Acesso em: 10/04/2019. 
• MUNDT, Lillian A.; S HANAHAN, Krist y. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff. 
02. Ed. Porto Alegre: Artmed,2012. 
• SALGADO, C.M.; CARVALHAES J.T.A.; Hipertensão arterial na infância. Jornal de 
Pediatria. Goiânia, v. 79, n. 1, p. 115-124, 2003. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/jped/v79s1/v79s1a13> Acesso em: 10/04/2019. 
• MOURA, D.J.M. Et al. Cuidado de enfermagem ao cliente com hipertensão: uma 
revisão bibliográfica. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, v. 64, n. 4, p.759-
765, jul-ago, 2011. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/reben/v64n4/a20v64n4.pdf> Acesso em: 11/04/2019. 
• TESSER, C.D. Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica 
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jul-dez, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/icse/v10n20/06.pdf> Acesso 
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• RICZ, H.M.A. Et al. Traqueostomia. Simpósio de Fundamentos em Clínica Cirúrgica, 
3, Ribeirão Preto, 2011 In: Revista USP de Medicina, v. 44, n. 1, p. 63-69, out-dez, 
2011. Disponívelem: <https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/47337/51073> 
Acesso em: 11/04/2019. 
• COSTA, B.C.L. Atribuições do Biomédico no diagnóstico por imagem. Biomedicina 
Padrão, 2015. Disponível em: 
<https://www.biomedicinapadrao.com.br/2015/06/atribuicoes-do-biomedico-no-
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http://www.scielo.br/pdf/rbr/v44n6/07.pdf
http://www.scielo.br/pdf/jped/v79s1/v79s1a13
http://www.scielo.br/pdf/reben/v64n4/a20v64n4.pdf
http://www.scielo.br/pdf/icse/v10n20/06.pdf
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/47337/51073
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2015/06/atribuicoes-do-biomedico-no-diagnostico.html
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2015/06/atribuicoes-do-biomedico-no-diagnostico.html
 
 
 
 
 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA 
SAÚDE 
 
 
 
 
• GOMES, R.H.S. Et al. A comunicação do paciente traqueostomizado: uma revisão 
integrativa. Revista CEFAC, v. 18, n. 5, p.1251-1259, set-out, 2016. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v18n5/1982-0216-rcefac-18-05-01251.pdf> Acesso 
em 11/04/2019 
• GASPAR, M.R. De F. Et al. A equipe de enfermagem e a comunicação com o paciente 
traqueostomizado. Revista CEFAC, v. 17, n. 3, p. 734-744, mai-jun, 2015. Disponível 
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	5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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