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ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ____________________________________________________________________________________________________ CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE-UNINORTE/LAUREATE ESCOLA DE SAÚDE DISCIPLINA PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAÚDE-COMUNIDADE RELATÓRIO DE ATIVIDADES PRÁTICAS MANAUS ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 2019 BEATRIZ LOPES AMORIM – ENFERMAGEM – 16005600 CAIO GOMES DOS SANTOS – ENFERMAGEM – 16214943 HEVELEN RAINA GORDIANO MATOS – PSICOLOGIA – 16124600 SOFIA SAMPAIO RIBEIRO – BIOMEDICINA – 17241170 RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA Relatório de atividade da Disciplina Programa de Integração Saúde Comunidade (PISC), ministrada pela Professora Msc. Silene Moreira de Souza, como requisito parcial para a obtenção de nota na referida disciplina. ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ____________________________________________________________________________________________________ MANAUS 2019 ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 1. INTRODUÇÃO O Programa de Integração Saúde Comunidade (PISC), trouxe a proposta de integrar os alunos de diferentes graduações da área de saúde da uninorte, às praticas de planejamento, desenvolvimento e intervenção no ambiente comunitário As atividades do PISC objetivam a inserção direta dos acadêmicos na comunidade, de forma que, são levados a refletir e pensar em soluções e atuar de forma direta na resolução de problemas, tudo sob supervisão da professora responsável, que nesse ambiente, atua como facilitadora, norteando a conduta dos acadêmicos A visita foi realizada no Parque Residencial Mestre Chico II, sob a coordenação da psicóloga Maria Mercedes Andrade e da assistente social Vânia Melo dos Santos. A mesma é localizada na Rua Ramos Ferreira, s/n, Praça 14 de Janeiro, zona sul de Manaus. Construído através dos investimentos do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), uma área urbanizada de 18.613,00m2 e possui 16 blocos, sendo dois blocos de seis apartamento e 14 blocos com 12 apartamentos, totalizando 180 unidades habitacionais. Há ainda um bloco dedicado ao escritório de gestão compartilhada socioambiental, que presta apoio social a comunidade. Cerca de 900 pessoas que moravam em áreas de risco nos bairros do Educandos e São Raimundo foram beneficiadas. Esse conjunto conta com infraestrutura de esgotamento sanitário, água encanada e um reservatório comunitário de 100 mil litros, iluminação pública, estacionamento, área de lazer para as crianças e academia em ar livre. Os alunos foram divididos em grupos de 5 integrantes, cada grupo com um aluno de cada curso (enfermagem, psicologia, fisioterapia e biomedicina). Estes grupos foram distribuídos para algumas famílias com demandas emergenciais. Este grupo visitou a casa da sra. Maria, que em seu grupo familiar apresentou algumas demandas, onde a mais relevante é a saúde física e mental da sra. Maria, que com seus 72 anos de idade, passou por uma traqueostomia há 1 ano, além de ser portadora de doenças cronicas peculiares de sua idade avançada, como a osteoporose, a artrite e a hipertensão arterial. ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 2. OBSERVAÇÃO DA REALIDADE Foram realizadas visitas ao Parque Residencial Mestre Chico II, nas datas 11.03 e 18.03 (ambos na segunda-feira). Nosso primeiro contato dia 11.03 das 09:30hrs às 11hrs, foi realizado no Escritório de Gestão Compartilhada Socioambiental, onde fomos recebidos pela assistente social Vânia Melo dos Santos, que nos direcionou a um pequeno auditório dentro do escritório, onde ficamos aguardando a com a psicóloga Maria Mercedes Andrade Senna chegar de uma reunião para nos orientar sobre as demandas da comunidade. Ao iniciar nosso encontro, a psicologa se apresentou, apresentou o corpo de funcionários do escritório e em seguida abordamos como funciona o sistema para ter acesso a casa, o motivo da retirada do local antigo, onde era o antigo local da moradia, o funcionamento dentro do Parque Residencial, a atividades oferecidas para os moradores e entre outras pautas referentes a gestão do local. Neste mesmo dia a professora Silene abordou conosco as orientações sobre a disciplina, sobre os tipos de intervenções possíveis e sobre a parceira da Uninorte com a comunidade Mestre Chico. Na segunda visita, realizada dia 18.03, das 09hrs às 11hrs da manhã, tivemos o primeiro contato com a família em que ficamos destinados a trabalhar. Nos encaminhamos ao local orientado, o apartamento , lá fomos recebidos pela dona Maria, uma idosa de 76 anos, porem cheia de vigor e alegria, o que nos surpreendeu, pois devido a situação de sua saúde, esperávamos encontrar uma pessoa extremamente debilitada. Seu circulo familiar é composto por 7 pessoas, sendo 5 adultos (3 filhos, 1 nora e a dona Maria) e 2 crianças (netos). Atualmente, dona Maria mora no apartamento do filho, há 3 anos, que é o único na casa que trabalha fora, e a renda da família é proveniente do salario do filho, da aposentadoria de dona Maria e da pensão e bolsa família que a filha que também reside com eles recebe. Nossa visita teve o intuito de obter informações sobre a família e as demandas da mesma, porem, observou-se que a demanda principal da casa diz respeito a própria dona Maria, pois sua saúde frágil, a cirurgia tão invasiva pela qual ela passou com idade tão avançada, sua rotina após este procedimento, a situação na casa em que vive e sua historia de vida nos despertou o interesse de cuidar e cumprir nosso papel social enquanto estudantes e futuros profissionais da área de saúde. Para conseguir coletar informações e nos apropriar de suas demandas, afim de ter informações suficientes para trabalhar com ela, fizemos algumas ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE perguntas e ouvimos alguns relatos que ela nos passou, ainda que com uma certa dificuldade devido a intervenção cirúrgica em sua garganta que prejudicou sua fala. Por ter sido o fato que mais nos instigou em seus relatos, focamos em investigar sobre a cirurgia que ela fez, a traqueostomia. Dona Maria afirma que o procedimento ocorreu há aproximadamente 1 ano e que ela deve ficar com o acesso por pelo menos mais 4 anos. Este procedimento foi indicado a ela devido a uma perda de voz abrupta que se apresentou logo após a morte de seu filho. Relata que a voz começou a ficar bem baixa, quase inaudível e que com o passar dos dias sumiu de vez, que pra conseguir se comunicar ela precisava escrever. Preocupada, dona Maria foi ao médico e foi diagnosticada com imobilidade nas cordas vocais e informada que a única forma de tratar esse problema seria fazendo uma intervenção cirúrgica. Hoje, apesar da dificuldade e o desconforto que é para ela ter que tapar o acesso para falar e de uma leve dificuldade para respirar, a comunicação de dona maria foi restabelecida com sucesso. Ao longo da conversa, ela relatou que é hipertensa controlada, sofre com osteoporose e artrite nos dois joelhos. Relatou sobre a dificuldade de fazer seus acompanhamentos médicos, por conta da dificuldade de locomoção devido aos seus problema ósseos, afirmando que quando “sobra um dinheiro a mais” (SIC) os filhos solicitam carros de aplicativo para leva-la ao médico, mas quando não tem, ela precisa pegar ônibus e as paradas são distantes de sua residencia e ela sofre com dores nos joelhos ao fazer esse trajeto. A idosa relata que seus filhos a ajudam bastante, tanto com apoio afetivo quanto financeiro, segundo ela “eles fazem o que podem” (SIC) para cuidar da sua saúde, mas ainda assim ela revela que não faz acompanhamento para tratar os ossos e que tem sofrido bastante comisso. Outro ponto levantado como sofrimento por dona Maria, seria a perda do filho, onde ela relata que desde então sua saúde piorou muito com este acontecimento (EXPLORAR ESSE PONTO COM A BEATRIZ). Finalizamos a visita na casa da dona Maria por volta das 11 horas da manhã, pois ela teria um compromisso pela parte da tarde e precisava organizar suas cisas para sair. Agradeceu muito a nossa visita e se mostrou ansiosa para nosso retorno. ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 3. PONTOS-CHAVES De acordo com as demandas observadas no contexto comunitário observado, podemos destacar alguns pontos que sobressaíram-se e que decidimos explorar para buscar intervir interdisciplinarmente sobre. São eles: • Traqueostomia: considerando que a Dona Maria está neste tratamento há pouco tempo e ainda terá mais alguns anos com ele, observa-se a necessidade de trabalhar essa demanda afim de trazer uma melhor qualidade de vida para ela dentro das condições possíveis neste caso; • Artrite: doenças cronicas pela qual a paciente é acometida. Escolhemos trabalhar esta demanda pois foi relatado que não é feito nenhum tipo de tratamento desse caso, mesmo existindo grande sofrimento da paciente em relação a isto; • Hipertensão: a paciente relata fazer tratamento corretamente, mas acreditamos ser necessário uma intervenção nesse sentido pois a mesma possui outros problemas clínicos crônicos que podem interferir na pressão arterial, logo, há necessidade de explorar essa demanda. • Saúde mental: devido a quantidade de doenças físicas das quais dona maria é acometida, faz-se necessário trabalha também sua saúde mental, afim de investigar possíveis sintomas psicossomáticos. ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 4. TEORIZAÇÃO A partir da analise situacional das demandas levantadas na comunidade, elencamos como ponto principal a saúde física e mental da dona Maria. A partir de então, iremos teorizar estas demandas a luz das áreas envolvidas no trabalho. No que se refere a saúde física, temos por demandas a traqueostomia, artrite, osteoporose e hipertensão. A artrite reumatoide (AR) atinge aproximadamente 1% da população mundial, é uma doença auto imune que se caracteriza pela inflamação cronica progressiva das articulações, levando a destruição do tecido e causando dor, deformidades e consequentemente redução da qualidade de vida do paciente. Como uma doença auto imune, o surgimento da AR é influenciada por fatores hormonais, ambientais e imunológicos, que atuam em conjunto em indivíduos geneticamente propensos. É importante destacar que a artrite é uma doença que afeta 3 vezes mais as pessoas do gênero feminino, nas formas mais graves da doença, sendo mais comum ter seu surgimento a partir dos 40 anos de idade. Conforme afirma Laurindo (2004): o acompanhamento destes pacientes do ponto de vista funcional deve ocorrer desde o início da doença, com orientação do paciente e programas terapêuticos dirigidos à proteção articular, à manutenção do estado funcional do aparelho locomotor e do sistema cardiorrespiratório. Ou seja, pacientes acometidos por artrite, devem receber acompanhamento o mais breve possível, pois por ser a artrite uma doença degenerativa e progressiva, caso não haja tratamento, ela se alastra e acaba por afetar outros órgãos e debilita gradativamente o organismo, que em idosos geralmente já se encontra debilitado devido a idade. Nesse processo de diagnostico e tratamento, a biomedicina se torna extremamente importante evidenciar a fisiopatologia de Artrite resultante da ação das células T e B autorreativas, que levam à sinovite, à infiltração celular e a um processo desorganizado de destruição e remodelação óssea. O Biomédico iniciará a Análise do líquido sinovial, que se apresenta como “um fluido biológico que está presente nas articulações com a função básica de lubrificá-las através de sua composição gelatinosa e mucinosa, semelhante ao aspecto de uma ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE clara de ovo” (MUNDT&SHANAHAN,2012,p.256). A analise deste fluido é feita para identificar os cristais característicos da artrite e para pesquisar sinais de infecção articular e a partir disto prescrever qualquer tipo de tratamento para o paciente, seja medicamentoso ou terapêutico. No que se refere a hipertensão, é sabido que diversos fatores podem desencadear o processo de desregulação da pressão arterial, desde uma má alimentação até mesmo questões psicológicas. Conforme afirma Salgado (2003, p.115) A hipertensão arterial, uma entidade clínica multifatorial, é conceituada pelo III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial como uma síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados associados a alterações metabólicas, hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofia cardíaca e vascular). A hipertensão arterial essencial é a doença crônica que apresenta maior prevalência no mundo. Por ser uma patologia que, caso não passe por um acompanhamento médico extremamente controlado, pode causar grande impacto na vida do paciente, um atendimento multiprofissional é necessário para um tratamento eficaz da hipertensão. No que diz respeito à pratica do profissional de enfermagem, Moura (2010, p.763) afirma que: A Enfermagem é uma ciência, cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade, desenvolvendo-o de forma autônoma e/ou, muitas vezes, em equipe;[...] O enfermeiro pode ser identificado como um elemento de confiança no compartilhamento dos problemas e questões de ordem biológica, social, familiar, econômica e emocional. Sendo assim, o enfermeiro no processo de tratamento da hipertensão arterial, tem como conduta não só a parte medicamentosa e clinica, mas também um papel de orientador de praticas saudáveis para o paciente. No que tange a prática do profissional biomédico no sentido de cuidados de saúde, Tesser (2006, p.351) comenta: Com isso, o saber biomédico profilático desligou-se da perspectiva existencial do sujeito doente, pouco dizendo que lhe faça significado vital e lhe remeta a processo de revisão valorativa, no sentido de abrir possibilidades de crescimento, ação e responsabilização em relação a si mesmo, seus próximos e seus problemas de saúde. Logo, percebe-se que a função do biomédico nesses casos, remete a uma orientação sobre condutas saudáveis, dentro das condições do paciente concomitantemente com o conhecimento ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE do profissional naquela determinada área. Isso sem contar na pratica no sentido laboratorial, onde este profissional é responsável pela manipulação e analise dos materiais coletados no paciente para diagnosticar possíveis doenças. Baseado ainda nas demandas levantadas, temos a cirurgia de traqueostomia. Segundo Ricz (2011, p.63) “traqueostomia é o procedimento cirúrgico que consiste na abertura da parede anterior da traqueia, comunicando-a com o meio externo, tornando a via aérea pérvia.” Esse procedimento é utilizado quando existe uma obstrução nas vias aéreas superiores (cavidades nasais, faringe, laringe, cordas vocais e glote), acumulo de secreção traqueal, debilidade da musculatura respiratória ou para fornecer uma via aérea estável para pacientes em situação de entubação prolongada. Antes de qualquer indicação de procedimento, é necessário que o paciente passe por diversos exames. Com a traqueostomia não seria diferente, uma vez que este procedimento é bastante invasivo e pode causar grandes danos se indicado incorretamente. Para isso, o profissional de biomedicina com especialização em biomedicina nuclear pode ajudar com sua pratica no diagnostico de problemas. Costa (2015) afirma que o biomédico habilitado em imagenologia pode trabalhar com exames de imagem,como radiologias, ultrassonografias, tomografias computadorizadas, ressonância magnética, medicina nuclear, entre outros exames de imagem. É preciso destacar que este profissional também atua com exames laboratoriais comuns, inclusive os referentes a este procedimento. Inicialmente os pacientes traqueostomizados permanecem internados em UTI, ambiente normalmente caracterizado como áspero, estressante e cansativo, não somente para o paciente e seus familiares, como também para os profissionais que ali trabalham. Por ser um procedimento delicado e invasivo, é necessário um tratamento mais humanizado e voltado para o bem-estar físico e mental do paciente. Em relação a isto, Gomes (2016, p.1256) elucida que “A importância da comunicação com os pacientes traqueostomizados durante a prática do cuidado melhora a interação, informa e tranquiliza o paciente, além de humanizar o atendimento.” Esse atendimento é necessário não só nesse caso, mas nos cuidados em geral com os doentes, porem, em casos de pacientes traqueostomizados, que na maioria dos casos encontram- se em situação de UTI ou de entubação prolongada e estão com a saúde bastante debilitada, é ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE fundamental esse olhar diferenciado, principalmente dos profissionais de enfermagem, que estão lidando diariamente com esses casos. Gaspar (2015) fala sobre a importância da comunicação com os pacientes traqueostomizados para o processo de tratamento: A comunicação com o traqueostomizado, por parte da equipe de enfermagem, busca avaliar não somente a causa da necessidade da traqueostomia, mas também a observação de fatores como: estado de alerta, aspectos cognitivos, linguagem compreensiva e expressiva, tendo em vista um atendimento personalizado. A enfermagem, a partir da comunicação desenvolvida com o paciente, pode identificar suas necessidades, informar e esclarecer sobre procedimentos ou situações que ele deseja saber, promover o relacionamento do paciente com outros pacientes, com a equipe multiprofissional ou com familiares, desenvolver educação em saúde, trocar de experiências e mudança de comportamentos, entre outros. (GASPAR, 2015, p.735) Alem disso, o profissional da enfermagem pode (e deve) trabalhar no sentido de orientação do paciente e da família no que diz respeito a higienização da cânula, procedimentos para medicação, alimentação, dentre outra atribuições do processo de recuperação no pós-cirurgia. “Cabe ao enfermeiro acompanhar o paciente nos retornos médicos com o objetivo de avaliar a condição do paciente tanto física como psicossocial e se necessário elaborar novas intervenções juntamente com o paciente e seus familiares. (SILVA, 2002, p.215) Considerando todas as demandas físicas descritas até aqui, é necessário considerar que o paciente em questão pode apresentar também demandas psicológicas, com sintomas psicossomáticos. O psicólogo tem uma grande importância no processo de diagnostico e tratamento de doenças físicas, pois o paciente poderá passar pro um processo disfunção no seu bem-estar, podendo desencadear diversas doenças psicossomáticas. No que diz respeito a artrite, o paciente poderá sofrer com a deformação de suas articulações e com dores nas mesmas devido a debilidade da doença. o mesmo também se encontra com uma certa dificuldade de aceitação, sua rotina já não e mais a mesma, seus movimentos ficam dificultados por conta da debilidade da doença. Conforme Santos (2012, p.1012 ): “a dor figura como uma das principais causas para o abandono das atividades da vida diária e pela procura por serviços de saúde, sobretudo na população idosa, levando à ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE perda da capacidade funcional e da independência, além de outras formas de comprometimento como depressão e isolamento social.” Além disto, a hipertensão, quem também é um problema presente nas demandas estudadas, pode causar um quadro de tristeza profunda no paciente, devido a restrição alimentar e a quantidade de medicamentos ingeridos para seu tratamento, sem contar no medo de apresentar quadros mais graves, como um infarto ou alguma outra complicação cardíaca. Vargas (2006, p. 2) declara que o tratamento da doença cardíaca [...]podem representar uma nova realidade, abruptamente imposta, que desestrutura o paciente que se sente atingido em sua auto-imagem, tem medo do seu estado de saúde e fica à mercê de profissionais que nem sempre lhe transmitem segurança e empatia. A ameaça à saúde também provoca ansiedade nessa pessoa já fragilizada pelo seu estado clínico. No que se refere ao procedimento de traqueostomia, é possível afirmar que o paciente em questão pode desenvolver quadros de tristeza e de ansiedade ou perceber que suas relações interpessoais estão prejudicadas por causa da dificuldade na fala e na respiração que o procedimento ocasiona. Quanto a isso, Ribeiro e Leal (2010) afirmam que uma das funções do psicologo que lida com essa demanda, é desenvolver técnicas adaptativas que possibilite uma comunicação adequada, afim de reorganizar a comunicação do indivíduo. Falar sobre suas angustias, medo, família, amigos, limitações e aceitações poderão ser de suma importância e iram ser uma forma de alivio e retirada de um certo peso que o mesmo carrega, para uma melhor aceitação da doença e proposta uma terapia grupal como e citado por Vandenberghe, Cruz e Ferro (2003) A terapia de grupo aqui proposta busca uma redefinição da maneira pela qual o paciente compreende e interage com a dor. Isto significa ampliar a interpretação das queixas com atenção para fatores situacionais e comportamentais. Não se trata de seguir explicações ou adotar estratégias propostas pelo psicólogo, mas de uma mudança de atitude do próprio paciente. Ele deve ser o agente ativo nesta mudança. As relações interpessoais que se desenvolvem espontaneamente entre terapeuta e participantes e entre os diferentes participantes constituem o contexto que pode propiciar esta mudança. A ênfase no que acontece entre as pessoas ali presentes é diretamente decorrente do modelo teórico que enfatiza as implicações contextuais de cada vivência e o papel central da ação do paciente. (p.34) ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Assim, é possível perceber a necessidade de um acompanhamento psicológico para pacientes que sofrem com doenças cronicas ou que passaram por procedimentos cirúrgicos que causaram grande impacto na sua vida e na sua saúde. 5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS • LAURINDO, I.M.M et al. Artrite reumatoide: diagnostico e tratamento. Revista Brasileira de Reumatologia. São Paulo, v. 44, n. 6, p . 35 42, nov-dez, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbr/v44n6/07.pdf> Acesso em: 10/04/2019. • MUNDT, Lillian A.; S HANAHAN, Krist y. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff. 02. Ed. Porto Alegre: Artmed,2012. • SALGADO, C.M.; CARVALHAES J.T.A.; Hipertensão arterial na infância. Jornal de Pediatria. Goiânia, v. 79, n. 1, p. 115-124, 2003. 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