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RELATÓRIO PROCESSUAL DESCRITIVO
Data: 19 de março de 2021
Local: Associação Terapêutica Portal da Sobriedade – ATPS 
Participantes: Francismar Xavier Nunes Pereiria, (Assistente Social), Regiane Pires da Silva (estagiária), (alguns residentes em tratamento)
Atividade Desenvolvida: entrevista de evolução do acolhido
Objetivo: promover conscientização sobre as condicionalidades e a superação das dificuldades enfrentadas no dia a dia, para o bom andamento das atividades propostas do CT.
Descrição da Atividade: 
Foi realizado juntamente com o assistente social a elaboração de algumas fichas de evolução dos residentes em tratamento.
Na primeira: um interno recém chegado; depois de realizado a entrevista e a triagem pelo coordenador que informa sobre o regimento interno, as condicionalidades da casa, sobre o programa de recuperação e tempo de permanência do mesmo; o recém chegado é uma pessoa idosa e analfabeta, usuário de álcool e crack; está na quarta tentativa de tratamento na CT, onde o mesmo relata não conseguir seguir com tratamento, o residente é viúvo e tem contato com dois irmãos que residem em cidade próxima, através do CT e realizado o contato e informado sobre o tratamento do mesmo. O residente é encaminhado para realização de exames médicos, exames oftalmológicos e disponibilizados os óculos de grau, além de tratamento odontológico onde será disponibilizado prótese, pois o mesmo não possui arcada dentária. 
Segunda ficha de acompanhamento de evolução trata-se de um interno que está a vinte dias na CT, já na sua terceira tentativa de tratamento, o residente veio encaminhado pelo CREAS, que juntamente com a equipe traçou algumas medidas de intervenção onde será acompanhado semanalmente pela psicóloga, apresenta comportamento agressivo por ser homossexual e comportamentos inibidos com relação a opção sexual; já conhece a rotina da CT, participa de forma voluntária e espontânea das reuniões, mesmo lendo pouco já sabe os 12 passos; o acompanhamento com a piscologa já emergiu efeitos e o residente tem ajudado de forma ativa as atividades do CT, gosta de cuidar das hortaliças e apresenta comportamento mais tranquilo e hostil com a equipe e com outros internos; demonstra maior interesse em concluir o tratamento e mudar de vida.
Terceira ficha de acompanhamento de evolução se trata de um residente com 6 meses de tratamento, participante de todas as atividades e com conhecimento sobre o processo de reinserção, ajuda os novatos e se demonstra bastante paciente em todas as etapas, já se comunica e se expressa de forma consciente sobre a dificuldades e as vontades do vício e como lidar com elas; em suas partilhas fala sobre o tempo que se perdeu distante da família e sobre o isolamento que ocorreu; tem se tornado uma pessoa melhor a cada dia no CT, faz muita leitura da bíblia e participa ativamente da execução dos 12 passos sem necessidade de apostilha; na primeira saída do CT do processo de ressocialização voltou um pouco diferente, estava desanimado com as atividades, está mais crítico com os colegas e gesticulando bastante, se sentia incomodado com os colegas, preferindo o isolamento, depois de algumas semanas já está voltando a rotina, a equipe está trabalhando e conscientizando o residente sobre o ocorrido e o mesmo já esta se preparando para a próxima saída, a escuta qualificada realizada pela equipe de psicóloga, coordenador e assistente social faz muita diferença nessa situação. As reuniões de grupos e as leituras bíblicas são ferramentas utilizadas nesse processo de superação. 
AVALIAÇÂO CRÍTICA 
Todo processo de tratamento realizado com os residentes no Centro Terapêutico Portal da Sobriedade é visto como um processo de profunda transformação pessoal, que abrange questões espirituais, emocionais, psíquicas, comportamentais e sociais. A metodologia aplicada no tratamento consiste num tripé de cunho religioso, onde a oração, a disciplina e o trabalho são fundamentais no processo de recuperação dos residentes, essa metodologia aplicada pela instituição tem a igreja católica como base, o conservadorismo e as ações tecnicista são visíveis na comunidade. O trabalho do assistente social dentro da instituição está sendo aos poucos construído, ainda que se nota “um faz tudo” que tem deixado o profissional sobrecarregado, o mesmo tem defendido e aos pouco construído junto à comunidade e a equipe técnica, o seu papel, apresentando as suas competências e as suas atribuições estabelecidas na lei de regulamentação do serviço social, e no código de ética da profissão, na defesa e na garantia dos direito dos internos; a elaboração do plano individual de atendimento está sendo construída em paralelo com o coordenador que já realizava a ficha de avaliação dos internos, fazia os encaminhamentos médicos e realizava os acompanhamentos durante as atividades realizadas na cidade, evidenciando que as intervenções práticas não eram realizadas por profissional do serviço social. A entrevista e o acompanhamento da ficha de evolução do residente realizado pelo assistente social, na forma de uma escuta qualificada e empática, buscam compreender o contexto que é apresentado, e avaliar as melhores estratégias de intervenção com aporte teórico metodológico e ético político, trazendo resultados capaz de mudar a contesto social do interno, realizar uma orientação sociofamiliar, elaborar atividades de convívio e de organização da vida cotidiana e comunitária, informar sobre os direitos e a responsabilidades na construção de um novo projeto de vida, podendo através de ações ampliar a capacidade protetiva da família na superação das dificuldades e na ressocialização dos internos.
 Para GUERRA (2017), a profissão do serviço social é fundamentalmente operativa, se instrumentalizando através do tipo de devolutiva que a sociedade e o espaço ocupado na divisão social e técnica do trabalho se apresenta. 
E fundamental que a organização do profissional não seja apenas especifica, é importante que o mesmo avalie sua própria atuação profissional, pois mesmo que de modo interventiva sobre as reais condições sociais dos residentes, se possa ter uma perspectiva investigativa para uma real leitura das condições de vida do interno, relacionando seus aspectos culturais e a forma como constroem suas vidas para então atuar visando cada indivíduo, propiciando melhores condições durante o tratamento, na superação da dificuldades imposta pela dependência, na superação dos preconceitos e valores morais que a doença carrega e no objetivo proposto pela instituição que é “promover a recuperação, reestruturação e reintegração do dependente na família e na sociedade” (ATPS, ESTATUTO Cap.I Art.5° a)
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	Assinatura do Aluno
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Assinatura do Supervisor de Campo

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