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HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici RESUMO HABILIDADES MÉDICAS INTRODUÇÃO DE SINAIS VITAIS: VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: FATORES IMPORTANTES ANTES DOS PROCEDIMENTOS: 1. Cumprimentar o paciente e se identificar; 2. Explicar ao paciente qual será o procedimento; 3. Certifica-se de que o paciente está com a bexiga vazia, de que ele não fez exercícios físicos, não consumiu alimentos ou bebidas energéticas, não fez uso de álcool, cigarro ou drogas 30 minutos antes do procedimento; 4. Caso o paciente tenha passado por uma situação de stress ou de fortes emoções é necessário manter o paciente em espera em um ambiente calmo e fresco até que ele se acalme; 5. A pressão arterial é medida como paciente sentado, com o braço repousado sobre uma superfície firme. Caso tenha que aferir a pressão do paciente em pé ou sem apoio o braço dele deve ficar no nível do coração ESCOLHA DO MANGUITO: Dimensão recomendada para a bolça inflável de acordo com os diferentes tamanhos de braço O QUE É PRESSÃO ARTERIAL: É a pressão que o sangue exerce sobre a pare dos artérias. O ponto mais alto da pressão é chamado de pressão arterial SISTÓLICA e o ponto mais baixo DIASTÓLICA. Os instrumento usado para aferir a pressão de um indivíduo é esfigmomanômetro e o estetoscópio. Quando se está aferindo a pressão dois métodos são utilizados, o palpatório e o auscultatório. No método auscultatório são ouvidos uma serie de sons, esse sons são chamados de sons de korotkoff. Sendo que o primeiro sou que é claro, quando o sangue flui através da artéria comprimida, é chamado de PA SISTÓLICA e o último é o PA DIASTÓLICA. HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici OBS.: Há algumas varrições normais na pressão arterial, elas podem varias de acordo com a idade, estado emocional, temperatura do ambiente, posição e que a pressão foi aferida (em pé, deitado ou sentado). A pressão pode variar também dependendo do local onde é aferida a pressão, ou seja quanto mais distal o membro maior é a pressão. Ela também muda de um braço para outro (20 mmHg) por isso é importante aferir a pressão nos dois braços. PASSO A PASSO PARA SE AFERIR A PRESSÃO ARTERIAL: 1. O paciente de estar em um ambiente tranquilo com temperatura ambiente 2. O esfigmomanômetro apropriado (o tamanho do manguito deve ser escolhido corretamente, por isso antes de aferir a pressão precisa medir a circunferência do braço do paciente) 3. Posicionar o braço do paciente na altura do peito (coração), apoiando-o numa mesa ou estabilizado com o seu braço 4. Posicionar o manguito sobre a artéria braquial 5. Palpar o pulso (radial), para aferir a pressão com o método palpatório (importante para evitar o hiato auscultatório) 6. Após ter feito o método palpatório, e aferido a pressão sistólica, deve-se insuflar novamente o manguito somando ao valor encontrado 30 mmHg 7. Desinsuflar lentamente para conferir se a pressão sistólica está correta e achar a pressão diastólica O QUE SÃO OS SONS DE KOROTKOFF? São os sons ouvidos durante o procedimento de aferição de pressão, esses sons de dividem e cinco, sendo eles: FASE I: Surgimento do primeiro som P. Sistólica FASE II: Surgimento do Hiato Auscultatório FASE III: Sons mais intensos e nítidos (ainda é hiato) FASE IV: Sons menos intensos e abafados (fim do hiato) FASE V: Desaparecimento do sons P. Diastólica HIATO AUSCULTAÓRIO: É um intervalo de silêncio que pode ocorrer entre as pressões sistólicas e diastólicas, o sangue continua passando porém não tem pressão considerável pra ser ouvido VERIFICAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA: HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici Bradicardia: batimento diminuídos, irregulares (o coração não é capaz de bombear sangue rico em O2 de forma suficiente para o corpo). Pode causar tonturas, desmaios, cansaço estremo e falta de ar Normal: em torno de 50 a 100 batimento por minuto Taquicardia: batimento aumentados (aumento da frequência, o coração não é capaz de bombear sangue rico em O2 pra o corpo). Pode causar falta de ar, tontura, fraqueza súbita, palpitação, atordoamento e desmaio VERIFICAÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: A frequência respiratória é medida pela quantidade de incursões realizadas por minuto. A coisa mais importante para aferir uma frequência respiratória é jamais influenciar o paciente por isso deve-se usar métodos sutis, e nunca avisar o paciente com antecedência. BRADIPINEIA: <14 IRPM TAQUIPINEIA: > 20 IRPM MÉTODOS PARA AFETIR A FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: - Visual (observar o movimento que o tórax faz) - Ausculta sutil (pousar o estetoscópio na traqueia) VERIFICAÇÃO DA TEMPERRATURA: Para aferir a temperatura de uma pessoa deve-se levar em consideração a temperatura ambiental, se tu tiveres em um local extremamente quente é evidente que a temperatura do teu corpo vai estar elevada, logo, quando tu estiveres num lugar frio tua temperatura corporal ser menor. HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici NR32- SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇO DE SAÚDE: OBJETIVO DA NR32: Tem por finalidade estabelecer diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral CAMPO DE ATUAÇÃO DA NR32: Qualquer edificação destinada a prestação de serviços de assistência a saúde RISCOS BIOLÓGICOS: Para fins de aplicação desta NR, considera-se Risco Biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos. Os riscos biológicos são classificados como: -Culturas de bactérias; -Microrganismos geneticamente modificados ou não; -Parasitas; -toxinas; -Príons NR32: ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS COM RELAÇÃO AOS RISCOS BIOLÓGICOS: I. Identificação dos riscos biológicos mais prováveis, em função da localização geográfica e da característica do serviço de saúde e seus setores, considerando: a) fontes de exposição e reservatórios; b) vias de transmissão e de entrada; c) transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente; d) persistência do agente biológico no ambiente; e) estudos epidemiológicos ou dados estatísticos; f) outras informações científicas. II. Avaliação do local de trabalho e do trabalhador, considerando: a) a finalidade e descrição do local de trabalho; b) a organização e procedimentos de trabalho; c) a possibilidade de exposição; d) a descrição das atividades e funções de cada local de trabalho; e) as medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento. HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici CLASSIFICAÇÃO DOS PATOGENOS POR RISCO BIOLÓGICO: CAT- COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO: Em todas as ocorrências de acidentes de trabalho envolvendo riscos biológicos, físicos ou tóxicos devem ser comunicados, ou seja deve, ser emitido o CAT, não importa se ira ocorrer ou não o afastamento do profissional lesado. OBS.: Trabalhadores da saúde que possuam feridas ou cortes nas mãos não devem retomar seus afazeres antes que passem por uma avaliação médica, sendo obrigatório uma declaração redigida pelo médico que avaliou o ferimento autorizando-o a retomas suas atividades. NR32 – VEDAÇÕES: A utilização de pias de trabalho para fins diferentes dos previstos Usar adornos, manusear lentes de contato, se alimentar ou fumar nos postos de trabalho Guardar alimentos em locais destinados para outros fins Usar roupas decotadas, curtas ou sapatos abertos HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici Usar vestes de trabalho em ambientes externos ao hospital, ouclínicas (salvo em atendimentos externos) O PROFISSIONAL DA SAÍDE DEVE: Garantir a higienização dos materiais e instrumentos de trabalho Providenciar meios de transporte adequado para matérias infectantes, fluidos, tecidos orgânicos ou amostras de sangue, urina e fezes) Implementar plano para conter e prevenir riscos de acidentes de trabalho VESTIMENTAS DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE: Ser confortável para que não limite movimentos ou ações na hora do atendimento Deve ser feito o uso de calças compridas (sem rasgos), sapatos fechados e jaleco As vestimentas nas UTIs ou no Bloco Cirúrgico devem ser cedidas pelo hospital, assim como a sua higienização VACINAÇÃO: Deve ser distribuídas a todos que trabalhem na área da saúde de forma gratuita. CÓDIGO DE ÉTICA DO ESTUDDANTE DE MEDICINA: TÓPICOS IMPORTANTES: Sigilo médico paciente: “É vedado ao acadêmico a quebra de sigilo” Assédio moral: “O acadêmico deve se posicionar sobre todo e qualquer tipo de assédio sofrido Trote: “O acadêmico deve denunciar qualquer abuso físico, emocional ou moral” Exercício ilegal da profissão: “Proíbe o acadêmico de identificar-se como médico, ou executar qualquer procedimento sem a presença de um médico” Remuneração: “O estudante de medicina pode não receber remuneração, salvo em caso de em caso de bolsa” Relação com o cadáver: “Deve-se respeitar o cadáver” Supervisão obrigatória Respeito com o paciente Privacidade: “Preservar a intimidade e o pudor do paciente” SMS/ Redes sociais: “Em caso de acidentes ou necessidade imediata de ajuda, pode usar as redes sociais para solicita-la” Equipe multidisciplinar: “manter boa relação com outros médicos, enfermeiros...” HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici ANTROPOMETRIA: É uma palavra em grego que significa: Medir o homem em movimento. É o método de obtenção das medidas corporais de indivíduos. CUIDADOS GERAIS PARA O PROCEDIMENTO: 1. O local escolhido deve ser amplo e climatizado 2. Deve-se deixar o paciente com o mínimo de roupa possível na hora do procedimento 3. Para realizar o procedimento deve-se colocar no lado direito do paciente 4. Marcar os pontos anatômicos antes de iniciar as medidas RECOMENDAÇÕES: 1. Explicar ao paciente sobre o procedimento 2. Mexer no paciente de fora não brusca 3. Respeitar os horários que os teste foram realizados pela primeira vez 4. É conveniente contar com a ajuda de alguém (para evitar algum mal entendido LOCAIS PARA A AFERIÇÃO: a) Tórax: Homens: Linha dos mamilos Mulheres: Acima ou abaixo dos seios b) Cintura: Sobre a 12ª costela (parte mais fina) c) Abdômen: Sobre a cicatriz umbilical d) Quadril: Sobre o trocanter maior e) Coxa: Entre o trocanter maior e o côndilo medial f) Panturrilha: Pés ligeiramente afastado, o peso do corpo deve estar distribuído TECNICAS DE MANEJO DA BALANÇA ANALÓGICA: 1. Equilibrar balança 2. Travar a balança 3. O paciente deve subir na balança de pisando no centro, mantendo-se ereto e de costas para ela 4. Mover o cilindro maior para um peso próximo ao do paciente 5. Destravar a balança 6. Mover o cilindro menor até equilibra-la 7. Travar a balança 8. Pedir para que o paciente desça 9. Fazer a leitura OBS.: Antes de iniciar a medição, deve-se observar se a balança esta nivelada, se o paciente está com a menor quantidade de roupa HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici TECNICA PARA MEDIR A ALTURA DO PACIENTE: 1. Usa-se o estadiometro 2. O paciente deve estar olhando para frente (plano de Frankfurt) 3. O paciente deve estar ereto com os pés unidos 4. Deve-se pedir ao paciente para que inspire fundo e em seguida permaneça em apneia por alguns instantes 5. Travar o estadiometro 6. Pedir para que o paciente se retire 7. Fazer a leitura IMC: INDICE DE MASSA CORPORAL: É uma medida usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal O IMC é uma medida que indica o grau de obesidade de uma pessoa. Através do cálculo do IMC dá pra se dizer se uma pessoa está acima ou abaixo do peso O cálculo do IMC pode ser falho quando se trata de um fisiculturista, ou uma pessoa muito alta por exemplo COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTICIAS: SPIKES: Protocolo em 6 etapas OBJETIVO: Recolher informação do paciente, Transferir informações ao paciente, proporcionar suporte ao paciente e induzir um plano de tratamento O QUE É MÁ NOTICIA? Qualquer informação que afeta seriamente e de forma adversa a visão de um indivíduo sobre o futuro IMC Classificação < 18,5 Baixo peso 18,5 - 24,9 Peso normal 25,0 - 29,9 Pré obesidade 30,0 - 34,9 Obesidade grau I 35,0 - 39,9 Obesidade grau II > 400,0 Obesidade grau III Circunferência abdominal Riscos de complicações Homem Mulher Baixo riscos < 94 cm < 80 cm Risco aumentado 94 a 101 80 a 87 Risco muito alto 102 ou + 88 ou + HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici SITUAÇÕES QUE SE DEVEM DAR UMA MÁ NOTÍCIA: Recividade de doença Metástase Falha no tratamento Efeitos colaterais de medicamento Paralisia (tetraplegia, paraplegia, esclerose...) Cuidados paliativos Morte OBS.: Tu deves proporcionar tanta informação quanto teu paciente está disposto/puder receber. Não cabe ao ti esconder informações do paciente, porém é teu papel saber como dar a notícia da melhor forma, de modo que o paciente tenha entendimento e clareza sobre problema que lhe assola A fim de evitar problemas de comunicação na hora de dar a notícia ao paciente foi criado o protocolo de SPIKES PROTOCOLO DE SPIKES: 1. Planejamento (setting up): Fazer um ensaio mental, conduzir o paciente para uma sala calma, onde tenham privacidade. Avisar para não ser incomodado, desligar celular, enfim preparar o ambiente para dar a notícia 2. Percepção (perception): A medida que tu começas a contar a notícia, tu deves ficar atento as reações e ao entendimento que o paciente está apresentando. Durante esse processo tu podes perguntar ao paciente sobre o entendimento que ele tem sobre sua doença/ problema. Isso facilita a achar a melhor maneira de passar as informações ao paciente 3. Convite (invitation): Algumas pessoas desejam ter a informação completa sobre seu quadro de saúde, já outras não tem o mesmo desejo, reconhecer isso é o melhor jeito de se começar dar a notícia. Uma estratégia para dá início a conversa e pedir exames ou analisar exames que já forma feitos HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici 4. Passando a informação (knowledge): Avisar ao paciente que notícias ruins estão a caminho, informar o problema de modo claro, sem jargões médicos ou linguagem difícil. SER O MAIS CLARO POSSIVEL E NUNCA OMITIR INFORMAÇÃO 5. Respeitar as emoções (emotions): Tu deves respeitar as emoções do paciente, ou seja deixar que ele chore, grite, se desespere. Porém tu na sequencia deves oferecer apoio e solidariedade ao teu paciente que esta frágil e abalado 6. Estratégia e resumo (Summary): Antes de discutir um plano de tratamento é importante perguntar ao paciente se ele está pronto para esta discussão; revisar o que foi dito até essa momento então entrar com um plano de tratamento SUPORTE BÁSICO DE VIDA: É o conjunto de medidas e procedimentos técnicos que objetivam o suporte de vida à vítima. Esse suporte de vida é primordial até a chegada a um hospital. OBS.: Quando ocorrer algum acidente ou emergência medica e tu precisares de ajuda, podes usar as mídias sociais para contata-la PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE/ EMERGÊNCIA: 1. Ver se o local é seguro 2. Delegar funções (pedir paraligarem pra emergência, fechar a rua, afasta os curiosos... enquanto tu volta-se a atender o paciente) 3. Checar a responsividade do paciente 4. Chegar se o paciente tem pulso (carótida, radial ou femoral) 5. Chegar se o paciente está respirando 6. Na ausência de pulso iniciar a massagem cardiorrespiratória 7. Abrir as vias aéreas 8. Chocar o paciente se possível e necessário 9. Imobiliza-lo 10. Transferir para o hospital HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici OBSERVAÇÕES: - 30 comparações para 2 ventilações - 100 a 120 comparações por minuto - 10 a 12 ventilações por minuto - evitar interrupções entre as contrações - A ventilações tem não podem ser longas - É necessário revezar o ressuscitador que está fazendo a massagem a cada 2 minuto (Modos de abrir as vias aéreas) OBS.: Só deve fazer respiração boca a boca se tu conheceres a pessoa, ou se não oferecer NENHUM tipo de risco pra ti, caso contrário NÃO faz Pra fornecer Oxigênio usa o Ambu ou a mascara HABILIDADES MÉDICAS, UNIG Primeiro período Por: Julia Brescovici USO DO DESFRIBRILADOR EXTERNOS AUTOMATICOS (DEA): - Assim que tu tiveres o DEA a disposição monte-o imediatamente - Pra chocar o paciente só após 2 minutos de massagem - Coloque as pás sobre o paciente e ligue o DEA Quando devo chocar o paciente? OBS.: Quando tem “A” na frente não choca, quando não choca faz massagem CHOCA: -Fibrilação ventricular -Taquicardia ventricular (sem pulso) NÃO CHOCA: -Atividade elétrica sem pulso -Assitolia IMOBILIZAÇÃO: Checar se a pessoa está viva (verificar pulso); Estabilizar a cervical; Abrir vias aéreas; Por o colar cervical; Colocar o paciente na prancha; Colocar as “almofadinhas” na cabeça do paciente, passar a fica, pra só então tirar a mão da coluna dele.
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