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Fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré

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Fisioterapia na Síndrome 
de Guillain-Barré 
 
 
 
 
 
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A Síndrome de Guillain-Barré é definida como uma polineuropatia aguda ou 
subaguda, que ocorre em 60% dos casos após algum distúrbio infeccioso, 
sendo 50% desses de etiologia viral. A incidência é de um a dois casos em 
cada 100.000 pessoas. 
É uma patologia que afeta predominantemente o sexo masculino, sendo mais 
frequente com o avanço da idade, se caracterizando como uma doença 
desmielinizante das fibras do sistema nervoso periférico, de etiologia 
desconhecida, mas provavelmente autoimune. 
Comumente a infecção viral antecede a deficiência motora em duas a três 
semanas. Observa-se que pelo menos 50 a 75% dos pacientes atingem seu 
ápice na segunda semana, 80 a 92% até a terceira semana e 90 a 94% até a 
quarta semana. A insuficiência respiratória com a necessidade de ventilação 
mecânica ocorre em até 30% dos pacientes nesta fase. 
O diagnóstico precoce é imprescindível para um bom prognóstico da doença, 
somado aos cuidados hospitalares, incluindo a assistência respiratória. 
Porque se trata de um problema que surge de maneira natural com uma 
recuperação, na maioria dos casos, completa. 
Então independentemente da terapêutica empregada a necessidade do 
cuidado intensivo é evidente. Todos os doentes devem receber medidas 
como a sedação da dor, monitorização cardiorrespiratória, nutrição enteral e 
parenteral, manejo psicológico e fisioterapia motora e respiratória. 
 
 
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O Que É Síndrome de Guillain-Barré? 
 
A Síndrome de Guillain-Barré se refere a uma doença, provavelmente 
autoimune, que através de um mecanismo de mimetismo molecular é 
conduzido à desmielinização e/ou degeneração axonal dos nervos periféricos. 
Então é definida como uma polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda, 
caracterizada por paresia ou paralisia que afeta mais de um membro, 
geralmente simétrica, associada à perda dos reflexos tendinosos. 
 Tipos 
Dependendo das características patológicas, eletrofisiológicas e clínicas, a 
doença pode ser dividida em Polirradiculoneuropatia Desmielinizante 
Inflamatória Aguda (PDIA), Neuropatia Axonal Sensitivo – Motora Aguda 
(NASMA), Neuropatia Axonal Motora Aguda (NAMA) e Síndrome de Miller 
Fisher (SMF). 
 Polirradiculoneuropatia Desmielinizante Inflamatória Aguda (PDIA) 
 
 
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Corresponde a forma mais comum afetando 85 a 90% dos indivíduos com a 
Síndrome de Guillain-Barré. 
Através da eletroneuromiografia observa-se uma diminuição de velocidade da 
condução nervosa, indicando uma desmielinização, e secundariamente 
podendo haver degeneração axonal. 
 
Nesse tipo de síndrome, as alterações neurológicas podem ser proximais, 
distais ou ambos, gerando comprometimentos que podem ser somente 
sensorial ou motor ou sensório-motor, apresentando ou não 
comprometimento autonômico, principalmente com alterações cardíacas e de 
pressão arterial, que com os problemas respiratórios apresentam má 
evolução, podendo levar a óbito. 
 Neuropatia Axonal Sensitivo – Motora Aguda (NASMA) 
 
 
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Apresentando baixa incidência, afeta comumente adultos, sendo uma grave 
enfermidade com lenta recuperação. 
Observam-se inflamação e desmielinização mínimas, afetando nervos e 
raízes sensitivos e motores com degeneração axonal. 
 Neuropatia Axonal Motora Aguda (NAMA) 
É mais comum em crianças, apresentando uma rápida recuperação, pois é 
somente motora com lesão axonal, não tendo comprometimento da bainha de 
mielina. 
A eletroneuromiografia apresenta uma diminuição no potencial de ação 
muscular, sem a diminuição significativa na velocidade de condução nervosa. 
Nota-se que alguns pacientes, na fase de recuperação, têm hiperreflexia, com 
raro comprometimento autonômico. 
 Síndrome de Miller Fisher (SMF) 
Apresenta geralmente um bom prognóstico, com recuperação total e 
espontânea em até três meses. 
É caracterizada pela tríade oftalmoplegia, arreflexia e ataxia. Os pacientes 
apresentam diminuição de propriocepção, sem perda sensitiva, e moderada 
fraqueza dos membros. Ocorre uma desmielinização e a inflamação do III e 
VI pares cranianos, gânglios espinhais e nervos periféricos. 
 Causas 
 
 
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A patologia frequentemente se desenvolve após alguma infecção, 
principalmente de origem viral. Afinal, dois terços dos pacientes relatam um 
histórico de infecção prévia aos sintomas neurológicos, sendo as mais 
comuns as gastroenterites e aquelas que afetam o trato respiratório. 
Os agentes infecciosos mais frequentes associados a síndrome são o 
Campylobacter jejuni, Cytomegalovirus, Epstein-Barr, Mycoplasma 
pneumoniae, HIV, Helicobacter pylori, vírus da varicela-zoster, Haemophilos 
influenzae e pelo Aeds Aegypt. 
Outras causas podem incluir vacinações, doenças linfomatosas, doenças 
autoimunes, e procedimentos cirúrgicos. 
Fatores de Risco 
A Síndrome de Guillain-Barré pode atingir todos os grupos etários, sendo que 
afeta especialmente pessoas do sexo masculino e com o avançar da idade. 
Além disso pode ser desencadeada mais comumente através da infecção 
com Campylobacter jejuni (frequentemente encontrada em aves mal cozidas), 
dentre outros. 
 
 
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Nota-se que os fatores de risco relacionados ao mau prognóstico da patologia 
são a progressão rápida da doença (com menos de sete dias), amplitude de 
potencial da neurocondução motora inferior a 20% do limite normal, diarreia 
precedente, doença cardiorrespiratória pré-existente, indivíduos com idade 
acima de 60 anos, necessidade de ventilação mecânica por tempo 
prolongado, e tratamento tardio. 
Relação da Síndrome de Guillain Barré com o ​Aedes Aegypti 
As infecções por dengue, chikungunya e Zika, transmitidas pelo mosquito 
Aedes Aegypti​, podem resultar em um em várias síndromes clínicas, desde 
doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que 
podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, Síndrome de 
Guillain Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas 
diagnosticadas por médico especialista. 
Sintomas 
Comumente a Síndrome de Guillain-Barré é uma doença monofásica que se 
caracteriza por debilidade progressiva com duração de quatro semanas, um 
período de estabilidade (platô)e finalmente uma última fase de recuperação 
que pode ter a duração de meses. O quadro pode apresentar evolução em 
poucas horas ou mesmo em alguns dias ou semanas, sendo que o seu grau 
 
 
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de acometimento pode ter uma variação de simples fraqueza de membros 
inferiores até um quadro de quadriplegia. 
Os sintomas mais comuns são: 
● Fraqueza muscular que inicia nos membros inferiores após se 
estendendo para os membros superiores, face e tronco, podendo 
atingir a musculatura relativa a respiração levando a necessidade 
de ventilação mecânica (cerca de 25% dos casos); 
● Paralisia; 
● Falta de sensibilidade; 
● Formigamento; 
● Diminuição dos reflexos; 
● Dor com início nos membros inferiores e após afetando todo o 
corpo; 
● Distúrbios no sistema nervoso autônomo, podendo causar 
taquicardia, retenção de urina, hipotensão postural, arritmia 
cardíaca, transpiração, hipertensão, inclusive alterações do 
controle vesical e intestinal; 
● Músculos respiratórios afetados; 
● Sintomas sensitivos, como dor neurogênica, queimação e 
formigamento distal; 
● Alteração da deglutição devido ao acometimento dos nervos 
cranianos XI, X e IX (relacionados com a deglutição); 
● Paralisia facial por acometimento do VII par craniano (que inerva os 
músculos da face), podendo ser bilateral; 
● Insônia; 
● Dificuldade de se comunicar; 
● Imobilismo; 
● Trombose venosa; 
● Deficiência nutricional; 
● Formação de úlceras de pressão; 
● Alteração dos movimentos dos olhos que pode ocorrer em 
decorrência do acometimento do III, IV e VI nervos cranianos; 
 
 
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● Ataxia cerebelar (déficit de equilíbrio e incoordenação) associada a 
ptose palpebral (pálpebra caída) e perda dos reflexos sobretudo na 
variante Miller-Fisher. 
Na maior parte dos casos são verificados, precedendo os sintomas 
neurológicos, a presença de mal-estar, febre, sintomas respiratórios ou 
gastrointestinais. 
 
Como Diagnosticar? 
Para chegar a um diagnóstico são analisados critérios laboratoriais, 
eletrofisiológicos e clínicos. A síndrome não apresenta ainda um marcador 
específico para o critério diagnóstico. Então laboratorialmente se verifica o 
aumento da proteína liquórica, sem pleocitose. Pois a elevação proteica 
ocorre de quatro a seis semanas do início dos sintomas, sendo atribuído ao 
processo inflamatório das raízes nervosas. 
Em relação aos estudos eletrofisiológicos observa-se uma polineuropatia 
desmielinizante multifocal com degeneração axonal secundária, 
apresentando na eletroneuromiografia uma diminuição da velocidade de 
 
 
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condução nervosa ocorrendo potenciais de desnervação normalmente após a 
terceira semana. 
Os critérios clínicos para a Síndrome de Guillian-Barré, segundo Asbury e 
Cornblath (1990), são divididos em: características necessárias para o 
diagnóstico; características que apoiam fortemente o diagnóstico; e aquelas 
que excluem o diagnóstico, a saber: 
Características necessárias para o diagnóstico: 
● Debilidade motora progressiva em ambos os membros superiores e 
inferiores; 
● Arreflexia. 
Características que apoiam fortemente o diagnóstico: 
● Rápida progressão dos sinais e sintomas por até quatro semanas; 
● Sinais e sintomas sensitivos leves; 
● Relativa simetria dos sintomas; 
● Sinais de envolvimento dos nervos craniais, especialmente 
fraqueza bilateral dos músculos faciais (ocorrem aproximadamente 
em 50% dos casos), da língua e da deglutição; 
● Presença de disfunção autonômica (arritmias, alterações de 
pressão e sintomas vasomotores); 
● Ausência de febre durante o surgimento dos sintomas 
neurológicos; 
● Alta concentração de proteína liquórica na primeira semana do 
surgimento dos sintomas, com concentração celular menor que 10 
células/mm3; 
● Presença de achados eletrofisiológicos, como a diminuição na 
velocidade de condução nervosa ou bloqueio da mesma (em 
aproximadamente 80% dos casos); 
 
 
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● Início da recuperação de duas a quatro semanas após o término da 
evolução. 
Características que excluem o diagnóstico: 
● Diagnóstico de Botulismo, Miastenia, Poliomielite ou Neuropatia 
Tóxica; 
● História recente de Difteria; 
● Metabolismo anormal das porfirinas; 
● Síndrome puramente sensorial, sem a presença de fraqueza 
muscular. 
Tratamento da Síndrome de Guillain-Barré 
 
O tratamento da síndrome é caracterizado por medidas de suporte médico, 
imunomodulação, suporte ventilatório em UTI, plasmaferese ou 
imunoglobulina intravenosa, tratamentos para evitar complicações 
respiratórias e tromboembólicas, suporte nutricional e fisioterapia. 
Observa-se que a maior parte dos indivíduos tem uma boa evolução, 
podendo levar alguns meses para ter uma recuperação completa, mas em 
torno de 20% dos pacientes podem permanecer com alguma deficiência, 
sendo 15% algum grau de déficit motor ou sensorial e 5% déficits severos. 
 
 
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Cada paciente tem uma evolução variável, porém a hospitalização imediata 
de todos que são afetados pela síndrome é imprescindível para a prevenção 
das complicações que promovem uma deterioração rápida podendo levar até 
a falência respiratória e consequente óbito, por isso a fisioterapia vai ser de 
extrema importância no tratamento, pois a necessidade de cuidados 
intensivos é evidente com os recursos utilizados na fisioterapia motora e 
respiratória. 
A Importância do Tratamento Fisioterapêutico 
 
O tratamento fisioterapêutico é imprescindível em várias fases da doença, 
atuando com fisioterapia motora e respiratória, com condutas baseadas nas 
possíveis complicações advindas da Síndrome de Guillain-Barré. 
Afinal a intervenção fisioterapêutica auxilia no processo de recuperação, 
maximizando as funções e diminuindo as complicações decorrentes dos 
déficits neurológicos residuais, auxiliando na redução ou eliminação da 
limitação funcional ou incapacidade, além de ajudar na produção do líquido 
sinovial, diminuição da sintomatologia álgica, conservação da elasticidade 
muscular e proporcionar o aperfeiçoamento da coordenação motora para a 
melhoria da funcionalidade dos movimentos articulares, entre outros. 
Portanto, objetiva o restabelecimento da força muscular de forma mais 
precoce possível minimizando as incapacidades, e procura promover o 
retorno às atividades de vida diária do paciente. 
 
 
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Na fisioterapia motora utiliza-se exercícios passivos, ativo-assistidos e ativos 
observando o quadro de fraqueza muscular, e respeitando o limite e dor dopaciente. Com a evolução do tratamento atua-se com atividades de 
fortalecimento muscular e melhora da propriocepção, com treino de 
transferências e equilíbrio em posturas cada vez mais altas, exercícios 
resistidos realizados em cadeia cinética fechada e aberta, e treino de marcha 
que pode estar prejudicada pelo período de paresia. 
Sempre lembrando de posicionar bem o paciente, realizar mudanças de 
decúbito e exercícios metabólicos que são essenciais para evitar 
encurtamentos de tendões, contraturas articulares, úlceras de decúbito, 
trombose venosa profunda, e tromboembolismo pulmonar. 
KHAN, PALLANT, AMATYA, NG, GORELIK e BRAND (2011), em um estudo 
controlado randomizado, observaram melhora na locomoção, mobilidade 
articular, controle esfincteriano e transferências após a realização de um 
programa de reabilitação fisioterapêutica de alta e baixa intensidade em 
indivíduos na fase crônica da Síndrome de Guillain-Barré. 
Na pesquisa foram divididos um grupo teste com um programa intensivo de 
reabilitação ambulatorial, e um grupo controle, com o mesmo programa mas 
com intensidade menor em um programa domiciliar. Finalmente o grupo teste 
alcançou as melhoras antes citadas. 
 
 
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A fisioterapia respiratória, se torna muito importante na UTI, por ser um 
recurso terapêutico eficaz na assistência ventilatória mecânica artificial, e 
especialmente naqueles pacientes portadores de complicações em função da 
permanência prolongada ao leito. 
Se constitui através de manobras de higiene brônquica (evitando 
consolidações e atelectasias, e promovendo a clearence mucociliar), 
drenagem postural para mobilização de secreções, técnicas de reexpansão 
pulmonar, aspiração de vias aéreas, treinamento muscular e desmame da 
ventilação mecânica. 
 O Papel do Fisioterapeuta 
Como o paciente com Síndrome de Guillain-Barré, principalmente na fase de 
internação em terapia intensiva, pode ser acometido de inúmeros problemas 
e complicações da função pulmonar, podem acabar necessitando de suporte 
em ventilação mecânica através de via aérea artificial, sendo assim é 
importante a indicação de fisioterapia intensiva, inclusive devido ao 
comprometimento de outros sistemas. 
Afinal, sabe-se que os pacientes que são admitidos na UTI devem sempre 
receber medidas como fisioterapia respiratória e motora, além de suporte 
ventilatório, umidificação de conjuntivas, monitorização cardiorrespiratória 
invasiva e não-invasiva, nutrição enteral ou parenteral, sedação de dor e 
manejo psicológico. 
 
 
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Deve-se atentar para o fato de que a fisioterapia também é extremamente 
necessária para evitar a atrofia muscular em casos mais prolongados, 
evitando sequelas motoras. 
Dessa forma, o fisioterapeuta se torna imprescindível com seus recursos 
terapêuticos, não somente no tratamento da patologia, mas principalmente 
para a prevenção de sequelas e complicações decorrentes. 
Portanto o fisioterapeuta vai atuar tanto na fase aguda quanto na fase de 
recuperação. Assim enquanto o paciente estiver internado, na fase aguda, as 
condutas visam o controle da dor, prevenção de úlceras de pressão e 
contraturas, prevenção de complicações circulatórias (trombose venosa 
profunda e embolia pulmonar), assim como a realização de cuidados 
respiratórios para evitar complicações como atelectasias, infecções 
respiratórias e primordialmente insuficiência respiratória com consequente 
falência respiratória. 
Já na fase de recuperação, após a internação, os objetivos serão a melhora 
da amplitude de movimento, ganho de força muscular, recuperação do 
controle de tronco e coordenação motora, ganho de equilíbrio e da realização 
de transferências, treino de marcha e propriocepção, e recuperação das 
atividades de vida diária. 
 Cuidados e Restrições 
 
 
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A taxa elevada de mortalidade relacionada à doença pode estar associada a 
rápida paresia da musculatura respiratória, seguida de uma falência 
respiratória, e também a complicações infecciosas e trombóticas, portanto, é 
muito importante a atuação do fisioterapeuta com condutas para auxiliar na 
prevenção desses problemas. 
Na realização dos exercícios, tomar cuidado, pois estudos referem que o uso 
excessivo de uma unidade motora afetada pode impedir uma boa 
recuperação motora. 
O fisioterapeuta deve ter como objetivo através das suas condutas evitar a 
evolução do paciente para a ventilação mecânica invasiva, mas, caso esta 
venha a ocorrer, procurar promover a extubação do paciente em um menor 
período possível, e com o melhor prognóstico funcional. 
É importante sempre recordar que as particularidades de cada paciente 
devem ser observadas, sempre realizando uma reavaliação em cada 
atendimento, pois a Síndrome de Guillain-Barré tem a característica de evoluir 
de forma rápida, assim o quadro patológico do paciente pode sofrer 
alterações em questão de minutos. 
Conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Síndrome de 
Guillain-Barré, do Ministério da Saúde do Brasil, deve-se recomendar que o 
paciente procure retornar ao serviço de saúde regularmente após o término 
do tratamento, sendo acompanhado pela equipe multidisciplinar em um 
 
 
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período de pelo menos dois anos após o tratamento dos sintomas, porque o 
seu sistema nervoso pode sofrer recidivas por ainda se encontrar debilitado. 
 Conclusão 
 
Estudos afirmam a importância de uma equipe multidisciplinar no tratamento 
da Síndrome de Guillain-Barré afim de propiciar a prevenção das 
complicações, manejo dos sintomas, minimizar as sequelas e promover a 
independência e autonomia dos doentes. 
Em virtude dos avanços tecnológicos nos suportes de cuidados dessa 
patologia, o prognóstico pode ser favorável, a taxa de mortalidade 
relativamente baixa e a morbidade residual mínima. Sendo assim se faz 
extremamente necessária a atenção a evolução da doença para intervir e 
tomar as medidas eficazes no momento oportuno, garantindo dessa forma um 
prognóstico favorável, afinal essa síndrome é a mais comum das morbidades 
neuromusculares com uma progressão rápida. 
 
 
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A fisioterapia nessa patologia deve ter como objetivo a independência do 
indivíduo e melhora da qualidade de vida, pois como refere Lianza (1995), 
cada paciente é um ser individual com história de vida própria, possuindo 
características próprias que podem influenciar de forma decisiva nas 
incapacidades acarretadas por uma doença e, por consequência na sua 
reabilitação, então o fisioterapeuta deve valorizar as capacidades 
preservadas pela doença tanto quanto a incapacidade por ela causada. 
 Referências 
ASBURY, A. K.; CORNBLATH, D. R. Assessment of Current Diagnostic Criteriafor 
Guillain-Barré Syndrome.​ Ann Neurologic​, v. 27 (suppl), 1990. 
CABRAL, E. K. F.; GOMES, G. C.; SANTOS, H. H.; MACIEL, S. S. Efeito Ventilatório da 
Fisioterapia Intensiva na Síndrome de Guillain-Barré sob Ventilação Mecânica.​ Revista 
Brasileira de Ciência da Saúde​, Paraíba, v. 16, n. 2, 2012. 
CECATTO, S. B.; GARCIA, R. I. D.; COSTA, K. S.; NOVAIS, R. A. B.; YOSHIMURA, R.; 
RAPOPOR, P. B. Síndrome de Guillain-Barré como Complicação de Amigdalite Aguda. 
Revista Brasileira Otorrinolarinfologia​, São Paulo, v. 69, n. 4, 2003. 
DOURADO, M. E.; FREITAS, M. L.; SANTOS, F. M. Síndrome de Guillain-Barré com 
Flutuações Relacionadas ao Tratamento com Imunoglobulina Humana Endovenosa. 
Arquivos de Neuropsiquiatria​, v. 56, n. 3-A, 1998. 
FONSECA, T.; CARDOSO, T.; PERDIGÃO, S.; SARMENTO, A.; MORGADO, R.; COSTA, 
M. M. Síndrome de Guillain-Barré. ​Acta Médica Portuguesa​, Matosinhos, v. 17, 2004. 
JERRE, G.; SILVA, T. J.; MARCELO, A.; GASTALDI, K C.; LEME, F.; GUIMARÃES, F.; 
JUNIOR, F. G.; LUCATO, J. J. J.; TUCCI, M. R. ; VEJA, J. M.; OKAMOTO, V. N. Fisioterapia 
no Paciente sob Ventilação Mecânica. ​Revista Brasileira Terapia Intensiva​, São Paulo, v. 
19, n. 3, 2007. 
 
 
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