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Análise dos elementos de pintura: carvão, lápis e caneta
Elenice Máximo Galassi
EAD FMU – Artes Visuais – Linguagem Pictóricas
O carvão, considerado como o material mais antigo, consiste num pedaço de madeira carbonizado, e pode ser encontrado em barras, em lápis e em pó. Uma das maiores virtudes do carvão é sua capacidade de criar tons que podem ser fundidos, aumentados, com manchas ampliadas. A versatilidade e a instabilidade fazem com que este material seja mais adequado para desenhos e estudos práticos. É muito utilizado pelos artistas como uma primeira abordagem do trabalho, seja um caminho para uma escultura ou pintura e afrescos. É possível criar linhas que são facilmente apagáveis, facilitando também uma variação na composição, dirigidas pelo movimento da mão. Os traços marcantes desse material conferem maior intensidade e expressividade ao desenho do que os realizados com lápis. No entanto, o carvão exige uma atitude mais audaz que o lápis, pois obriga a desenhar formas conjuntas, mais do que detalhes. Atualmente, já existe no mercado liquido fixador e formas mais caseiras para a conservação dos trabalhos feitos com esse material.
O lápis é o meio mais imediato, versátil e válido para realizar um rascunho rápido ou um trabalho detalhado. Feito de madeira e recheado com grafite, que é um mineral macio de grãos uniformes, não necessita de nenhuma fixação final. Faz marcas nítidas, resistentes e fáceis de apagar desde que não sejam feitas de forma mais dura. No papel, apresenta um aspecto suave e aveludado, quando aplicado de forma leve, ou intenso e agudo quando se pressiona sua ponta contra o papel. O artista tem um controle muito preciso sobre o desenho porque pode apagá-lo e desenhar novamente quantas vezes forem necessárias. 
Os lápis são classificados segundo o grau de dureza, expresso por meio de números e letras. A dureza ou maciez do grafite. Para o desenho artístico aconselham-se os grafites macios, que vão de HB ás classificações mais altas de B, do inglês black (preto). Do 4B ao 7B, são indicados para fazer o preenchimento ou escurecer áreas do desenho, e 2B, 3B e HB para sombreamento e tons. As classificações dos H, do inglês hard (duro), destinam-se ao desenho técnico. Alternando os lápis de diferentes graus num mesmo desenho é possível reproduzir desde luz mais sinuosa até a sombra mais profunda e intensa.
A caneta, tida como a ferramenta mais gráfica, é utilizada desde a Antiguidade passando de gravetos de pontas afinadas e mergulhadas nas tintas, a pontas feitas com penas de ganso. O desenho feito com caneta exige do artista um controle total e absoluto porque, diferente do lápis e do carvão, seus traços não podem ser apagados. Não existe a possibilidade de criar efeitos expressivos de luz e sombra, com variações tonais como ocorre com as duas ferramentas avaliadas acima. 
Dentre as canetas utilizadas para o desenho, podemos citar a caneta nanquim. Esse componente tem sua origem na China e atualmente é comercializado com um mistura a base de cânfora, gelatina e um pó chamado negro de fumo.
 Dentro da analise histórica dessa ferramenta, a caneta também utilizou uma espécie de ponta ou bico, chamado de bico de pena feito em metal e preso a um cabo de madeira. Sua ponta possui um reservatório que vai liberando a tinta com a pressão feita pela mão. Exige habilidade e um tipo especial de papel, que dá um aspecto peculiar ao trabalho. Assim como os lápis, a caneta nanquim possui uma numeração específica para cada espessura da linha. São utilizadas em desenhos técnicos, no entanto, são muito uteis para destacar linhas ou outros detalhes em trabalhos feitos com diversas técnicas como aquarelas, lápis, lápis de cor.
Tendo como base as obras de Van Gogh (1853-1890), podemos trazer para o contexto desta analise, as peculiaridades desse artista com o uso desses elementos: carvão e lápis. Van Gogh possuía uma capacidade notável de manifestar uma visão. Foi o grande mestre em reproduzir manchas em movimentos. Faz suas composições mover-se de forma única transpondo para tela toda beleza, de forma vibrante. Veremos que é possível trazer para o desenho toda essa percepção pictórica, usando o carvão e o lápis. Utilizando com o carvão as técnicas do esfumado, aplicando suaves variações tonais, criando efeitos nebulosos, paisagem difusa. Este elemento que tem como uma das características mais interessantes sua fácil adequação a textura do papel, é possível obter fusões esfregando um tom sobre um contorno próximo dando a impressão de luz suave e nebulosa. Alternando os diversos graus do lápis é possível retratar, assim como fez Van Gogh, a atmosfera gerada pela luz. Podemos utilizar também, a técnica do dégradé, transitando entre o suave e o escuro e vice-versa, dando o máximo contraste, com uma cor espessa, entre luzes e sombras. Concluindo, é possível criar uma composição a altura de grandes pinturas usando esses elementos tão simples, mas que possuem uma infinidade de opções.

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