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ANESTÉSICOS LOCAIS • COMPOSIÇÃO DAS SOLUÇÕES ANESTÉSICAS (TUBETE) 1. sal anestésico 2. vasoconstritor 3. veículo (água bidestilada) 4. antioxidante (bissulfito de sódio) 5. bacteriostático (metilparabeno) • ANESTÉSICOS LOCAIS 1. ÉSTERES: Foram os primeiros anestésicos locais sintetizados, sendo a cocaína a precursora deste tipo de substância. Procaína, cloroprocaína, tetracaína e a benzocaína (utilizada como anestésico tópico). 2. AMIDAS: Fazem parte deste grupo a lidocaína, a mepivacaína, prilocaína, articaína, bupivacaína, ropivacaína e etidocaína (as duas últimas não comercializadas no Brasil). • LIDOCAÍNA - Início de ação entre 2 e 4 minutos. Devido a sua ação vasodilatadora, não há indicação de seu uso sem vasoconstritor. • MEPIVACAÍNA - Potência anestésica similar à da lidocaína. Início de ação entre 1,5 e 2 minutos. Possui discreta ação vasodilatadora, pode ser empregada (na concentração de 3%) Sem vasoconstritor. • PRILOCAÍNA - Potência anestésica similar à da lidocaína Início de ação entre 2 e 4 minutos. Possui baixa ação vasodilatadora (50% menor que a lidocaína) pode ser empregada sem vasoconstritor. • ARTICAÍNA – Potência 1,5 maior que o da lidocaína. Início de ação entre 1 e 2 minutos. Apresenta grande poder de difusão tecidual, podendo ser empregada em técnica infiltrativa, inclusive na mandíbula. Seu uso em bloqueio regional tem sido relacionado com casos de parestesia. • BUPIVACAÍNA - Apresenta potência 4 vezes maior que a da lidocaína. Ação vasodilatadora maior em relação à lidocaína, mepivacaína e prilocaína. Possui longa duração de ação. No bloqueio produz anestesia pulpar por 4 horas e em tecidos moles, por até 12 horas. Era indicada para controle da dor pós-operatória, pelo seu longo tempo de ação. Estudos recentes demonstraram que após 24 horas, promove aumento da concentração de prostaglandinas. VASOCONSTRITORES • AMINAS SIMPATOMINÉTICAS 1. - ADRENALINA = EPINEFRINA 2. - NORADRENALINA = NOREPINEFRINA 3. - LEVONORDEFRINA = CORBADRINA 4. - FENILEFRINA • FELIPRESSINA • AMINAS SIMPATOMINÉTICAS Agem sobre receptores adrenérgicos alfa (α) e beta (β). A ação vasoconstritora é exercida pela interação com os receptores α. • EPINEFRINA (ADRENALINA) A epinefrina é o vasoconstritor mais utilizado em todo mundo, devendo ser o agente de escolha para a grande maioria dos casos. Ao ser depositada na maxila ou mandíbula promove a vasoconstrição pela interação com os receptores α. Ao ser absorvida, pode interagir com receptores β no coração, aumentando a frequência cardíaca, força de contração e consumo de oxigênio. Produz dilatação das artérias coronárias, levando a um aumento do fluxo sanguíneo coronário. Por essas razões a epinefrina deve ser administrada com cuidado para pacientes com história de doenças cardiovasculares. Término de ação e eliminação: a ação da epinefrina termina principalmente por recaptação pelos nervos adrenérgicos; a epinefrina que não é recaptada sofre inativação rápida no sangue pelas enzimas (COMT e MAO), ambas existentes no fígado. Sua eliminação inalterada é feita pela urina, mas apenas cerca de 1% de epinefrina é excretada. • CONTRAINDICAÇÕES DA EPINEFRINA 1. - hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg ) 2. - história de infarto agudo do miocárdio 3. - período < 6 meses após AVC 4. - cirurgia coronária recente 5. - pacientes usuários de anfetaminas e drogas ilícitas 6. - história de alergia a sulfitos. • NOREPINEFRINA (NORADRENALINA) Não apresenta vantagens sobre a epinefrina, tendo 25% de sua ação vasoconstritora. Seu uso está relacionado a relatos de reações adversas como cefaleia intensa decorrente de episódios de hipertensão arterial transitórios e necrose e descamação tecidual. Em função disso, seu uso é desaconselhável. • CORBADRINA (LEVONORDEFRINA) Tem somente 15% da ação vasoconstritora da epinefrina, sem nenhuma vantagem em relação a esta. • FENILEFRINA Tem somente 5% da ação vasoconstritora da epinefrina, sem nenhuma vantagem em relação a esta. • FELIPRESSINA Está presente nas soluções de prilocaína. A vasoconstrição é promovida pela ação sobre os receptores V1 da vasopressina, presentes no músculo liso da parede dos vasos, com ação mais acentuada sobre a microcirculação venosa do que na arteriolar. Devido a esse mecanismo de ação, tem mínimo controle da hemostasia, o que explica o maior sangramento observado durante os procedimentos cirúrgicos, quando se empregam soluções com esse vasoconstritor. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 1. LIDOCAÍNA é muito segura (baixa toxicidade, baixo risco a alergias), podendo ser empregada na maioria dos casos. 2. MEPIVACAÍNA possui discreta ação vasodilatadora, podendo ser utilizada sem vasoconstritor. 3. PRILOCAÍNA é apresentada com felipressina. RECOMENDAÇÕES DE USO 1. LIDOCAÍNA 2% com epinefrina 1:100.000 é indicada para a maioria das situações. 2. Para pacientes com história médica especial utilizar PRILOCAÍNA 3% com felipressina 0,03 UI/ml ou MEPIVACAÍNA 3% sem vasoconstritor. 3. BUPIVACAÍNA 0,5% com epinefrina 1:200.000 para procedimentos de longa duração. 4. ARTICAÍNA 4% com epinefrina 1:100.000 para dentes ou situações de difícil anestesia 5. ARTICAÍNA possui grande poder de difusão tecidual. 6. BUPIVACAÍNA é muito potente e apresenta efeito de longa duração.
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