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Adrenalina na PCR

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1 Bruna Lago Santos 
 
 
 
 
A PCR é uma situação que requer atendimento imediato por risco de vida iminente e é extremamente estressora 
e caótica. Nela, ocorre um comprometimento hemodinâmico progressivo, de modo que o retorno à circulação 
espontânea é o objetivo do atendimento médico. 
• CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA 
➢ Reconhecimento precoce de uma parada com acionamento do serviço de emergência; 
➢ Manobra de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediata e de alta qualidade; 
➢ Desfibrilação rápida; 
➢ Prestação dos serviços médicos básicos e avançados de emergência acionados; 
➢ Continuação do suporte avançado de vida e cuidados pós-parada (nível necessariamente intra-
hospitalar). 
No quarto elo da cadeia de sobrevivência, já em suporte avançado (4º e 5º elos da cadeia), tem-se usado 
classicamente a ADRENALINA, tendo em vista sua ação alfa-adrenérgica de vasoconstrição e aumento da pressão 
de perfusão coronariana. 
 
 
 RITMOS DE PCR 
Os ritmos de PCR são divididos em: chocáveis e não chocáveis. Como o próprio nome já diz, nos chocáveis será 
necessário realizar a desfibrilação, enquanto no não chocável, a mesma não é necessária e nem efetiva. 
 
• RITMOS CHOCÁVEIS 
Os ritmos chocáveis consistem em: Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso. 
IMPORTANTE: não é necessário falar FV sem pulso, visto que não é fisiologicamente possível o paciente 
apresentar pulso com um ritmo consistente de FV. No entanto, na TV é necessário declará-la sem pulso, visto que 
há pacientes que se apresentam em TV com pulso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Bruna Lago Santos 
 
Na figura 01 uma TV: Note o complexo QRS alargado, monomórfico, ausência de ondas P e ritmo regular no QRS. 
Na figura 02 há uma FV: Note o ritmo totalmente desorganizado, ondas com diferentes morfologias, e total 
ausência de ritmo. 
IMPORTANTE: Mais importante do que ser um mestre nos ECGs da vida, é saber reconhecer os ritmos! Para o 
paciente, não importa se ele se encontra em uma FV ou TV sem pulso. 
No fim, o mais importante será realizar uma ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de qualidade, associada à uma 
desfibrilação precoce – isso ajudará o paciente a ter mais chance de sobreviver. 
 
• RITMOS NÃO CHOCÁVEIS 
Os ritmos não chocáveis consistem em: Atividade elétrica sem pulso (AESP) e Assistolia. 
A AESP se caracteriza como o próprio nome já diz, um traçado de ECG que lembra um coração com ritmo 
adequado, no entanto o paciente não possui pulso. 
Já a assistolia caracteriza-se como uma linha reta no monitor. 
IMPORTANTE: AESP e assistolia costumam apresentar-se como os ritmos mais comuns de serem encontrados 
em pacientes provindos de ambiente extra-hospitalar. Os pacientes pediátricos também tendem a apresentar, 
com maior frequência, esses ritmos. Você deve ficar atento a ritmos como a AESP, pois eles tendem a não ser 
prontamente reconhecidos em algumas situações. Logo, se estiver lidando com um paciente crítico, ou recebeu 
algum doente provindo de extra-hospitalar, lembre-se de checar o pulso do mesmo. 
 
Por fim, lembre-se que esses ritmos se apresentam, geralmente, devido a alguns eventos reversíveis que devemos 
lembrar em toda PCR: os famosos 5Hs e 5Ts. 
5Hs: 
➢ Hipóxia 
➢ Hipovolemia 
➢ Hidrogênio (se refere a acidose metabólica), 
➢ Hipo/Hipercalemia 
➢ Hipotermia. 
5Ts: 
➢ Tamponamento cardíaco 
➢ Trombose coronariana (IAM), 
➢ Trombose pulmonar (TEP), 
➢ Toxinas, 
➢ Tensão no tórax (Pneumotórax hipertensivo). 
 
Na figura 03 um exemplo de AESP, e na figura 04, um exemplo de assistolia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Bruna Lago Santos 
COMO USAR A ADRENALINA 
IMPORTANTE: A adrenalina deve ser realizada a cada 3-5 minutos e na dose de 1mg em adultos em bolus. 
Lembre-se de que, se você estiver lidando com uma criança, a dose é de 0,1mL/kg. 
Para facilitar, se você estiver diante de uma criança, pegue uma ampola de adrenalina e dilua em 9mL de soro 
fisiológico, e assim, a partir dessa concentração, efetue a dose indicada na criança. 
 
Quando o paciente apresentar RITMOS CHOCÁVEIS, o próprio nome já sugere que é mais importante aplicar a 
desfibrilação e iniciar a RCP de qualidade, antes de pensar em usar adrenalina. 
Segundo os protocolos da AHA, a administração da adrenalina em ritmos chocáveis deve acontecer após o 
segundo choque efetuado no paciente. 
 
Na figura 05, é apresentado o protocolo do ACLS., no qual a adrenalina é administrada após o segundo choque, 
e então, caso o paciente não obtenha ROSC, a próxima droga a ser administrada será amiodarona (300mg – 2 
ampolas) ou lidocaína (1,5mg/kg). Assim, a adrenalina só voltará a ser administrada após o quarto choque 
(lembre-se que após o quinto choque, amiodarona deverá ser repetida na dose de 150mg – 1 ampola, ou lidocaína 
na dose de 0,75mg/kg). 
E então, caso o paciente não obtenha ROSC, a terceira adrenalina será efetuada após o sexto choque. 
Posteriormente a este, a mesma continuará a ser realizada a cada 3 – 5 minutos, já que não usaremos outras 
drogas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Bruna Lago Santos 
Em relação aos ritmos NÃO CHOCÁVEIS, a adrenalina deve ser prontamente realizada assim que estiver disponível. 
Não retarde a administração da mesma, já que ela é parte importante da RCP. 
Lembre-se de que, nos ritmos não chocáveis, devemos procurar corrigir causas reversíveis durante o processo 
de ressuscitação (os 5Hs e 5Ts). 
 
IMPORTANTE: PUSH-DOSE PRESSORS 
O “push-dose” trata-se de uma solução diluída de adrenalina para ser usado de maneira rápida, quando você se 
encontra diante de um paciente hipotenso ou chocado, e não pode esperar até que a noradrenalina seja 
preparada. 
Aqui no Brasil, devido à diluição da ampola de adrenalina, você pode criar a solução aspirando uma ampola de 
adrenalina e diluindo em 100mL de soro fisiológico. 
Desta solução, você administrará de 2 a 5 mL no paciente a cada 3 a 5 minutos. O uso da medicação fará com 
que a pressão arterial se eleve, assim como a frequência cardíaca. Em algumas situações é ideal ter um “push-
dose” preparado para você não se arriscar. 
Quer saber uma boa situação? Pós intubação, se você esqueceu de solicitar à equipe de enfermagem que prepare 
a noradrenalina! No entanto, lembre-se: O “push-dose” é apenas uma solução temporária! 
Quer uma dica? Assim que você chegar ao seu plantão, já monte uma solução e deixa ela guardada, te garanto: 
isso ajuda, e muito! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Sanar

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