Prévia do material em texto
Mariana Freitas – 3º semestre Concepção e Formação do Ser Humano 1 Ovogênese É a formação do gameta feminino. Possui diferentes fases para ocorrer, sendo estas: Fase pré-natal; fase da puberdade. Fase pré-natal As células germinativas primordiais (gonócitos) são formados durante a 2º semana de gestação e durante a 4º semana, elas migram do saco vitelínico até a crista genital (gônadas em desenvolvimento). Uma vez que os gonócitos chegam as gônadas do embrião feminino, se diferenciam em ovogônias e sofrem diversas divisões mitóticas. Com isso, os ovócitos primários são formados e passam por meiose, mas essa meiose não é completada e só chega até a fase de prófase I. Essas células são cobertas pelas células foliculares achatadas. As células ovócitos primário entram em estado diplóteno, que é um estado quiescente (repouso), por isso, os ovócitos primários permanecem parados na prófase e não terminam sua primeira divisão meiótica antes da puberdade, esse estado é produzido pelo inibidor de maturação do ovócito, que é um peptídeo produzido pelas células foliculares. Fase da puberdade Durante a infância, a maioria dos ovócitos tornam-se atrésicos. Nenhum ovócito primário se forma depois do nascimento o que contrasta com a produção contínua de espermatozoides primários. Os ovócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a puberdade e quando um folículo se torna maduro, o ovócito primário aumenta de tamanho e antes da primeira ovulação, completa a divisão meiótica para dar origem ao ovócito secundário e ao primeiro corpo polar. Durante a ovulação, o ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas ela só vai até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozoide entrar em contato com aquele óvulo, a divisão é completada e aquela célula vira um ovócito fecundado. Mariana Freitas – 3º semestre Concepção e Formação do Ser Humano 2 Foliculogênese Passam por 3 estágios: primário; vesicular ou antral; folículo vesicular maduro ou de Graaf. Na puberdade, um conjunto de folículos em crescimento se estabelece. A cada mês, de 15 a 20 folículos dessa reserva começam a maturar, sendo que alguns morrem enquanto outros começam a acumular líquido em um espaço chamado de antro, isso representa o estágio antral ou vesicular. Esse líquido de acumula de modo que antes da ovulação, os folículos estão bem inchados e são chamados de folículos vesiculares maduros ou folículos de Graaf. À medida que os folículos começam a crescer, as células foliculares ao redor passam de achatadas a cuboides e se proliferam para produzir o epitélio de células granulosas, que formam a teca, além disso, as células granulosas e o ovócito secretam uma camada de glicoproteínas na superfície do ovócito, formando a zona pelúcida. Conforme o folículo continua a crescer, é formada a teca interna (camada de células secretoras de esteroides e rica em vasos sanguíneos) e a teca externa (cápsula fibrosa). As células granulosas que circundam o ovócito formam o cúmulo ovóforo. A cada ciclo ovariano, vários folículos começam a se desenvolver, mas apenas um alcança a maturidade e os outros tornam-se atrésicos (degeneram-se). Ovulação A ovulação na mulher se dá mais ou menos 14 dias depois do início da menstruação. Um pouco antes de ovular, a parede externa protuberante do folículo Mariana Freitas – 3º semestre Concepção e Formação do Ser Humano 3 incha e o estigma se projeta como um bico, logo depois, o líquido começa a vazar do folículo através do estigma e assim, o estigma rompe-se inteiramente, permitindo que o líquido que antes estava na porção central do folículo, seja lançado para fora. Este líquido viscoso carrega consigo o óvulo cercado por células granulosas, chamada coroa radiata. Para a ovulação e para o crescimento folicular final o LH é necessário, pois até mesmo quando tem grandes quantidades de FSH, o folículo não progredirá para a fase de ovulação. Cerca de 2 dias antes da ovulação, a secreção de LH pela hipófise anterior aumenta muito, cerca de 6 a 10 vezes e de FSH também, sendo que os dois atuam sinergicamente para causar a dilatação do folículo, durante os últimos dias de ovulação. O LH ainda tem efeito específico nas células granulosas e da teca interna, de modo que as estimula para secretar progesterona. A ovulação só ocorre sobre as condições de: 1. Crescimento rápido do folículo; 2. Menor secreção de estrogênio e início da secreção de progesterona que a ovulação ocorre. Quando o LH aumenta, ocorre dois efeitos muito necessários para o início da ovulação: A teca externa (cápsula do folículo) começa a liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos e causa dissolução da parede capsular do folículo e enfraquecimento dela, resultando em degeneração do estigma; Simultaneamente, ocorre crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular, além da secreção de prostaglandinas nos tecidos foliculares. Esses dois efeitos promovem passagem do plasma do folículo, contribuindo para sua dilatação e isso culmina no seu rompimento, liberando o óvulo. Quando o óvulo é liberado, as fímbrias (projeções das trompas de Falópio) recolhem o óvulo e o movimentam até a trompa de Falópio realmente. Hormônios O hipotálamo libera hormônio liberador de gonadotropina, que atua na hipófise por meio do sistema hipotalâmico-hipofisário e isto o estimula para ocorrer a liberação dos hormônios gonadotrópicos: hormônio do folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). O hormônio FSH é responsável pela maturação dos folículos ovarianos durante a ovogênese, pois estimula a secreção de estrogênio. E a secreção de LH ocorre Mariana Freitas – 3º semestre Concepção e Formação do Ser Humano 4 de 1 a 2 dias antes da ovulação e faz com que ocorra esse processo. Espermatogênese É o processo de formação do gameta masculino e começa a partir das espermatogônias, que são formados por gonócitos que migram do saco vitelínico para a região de crista genital. Depois da diferenciação, elas viram espermatogônias que ficam adormecidas até a puberdade. As células germinativas primordiais formam espermatogônias do tipo A, que marca o início da espermatogênese e essas células passam por mitose para produzir espermatogônias do tipo B, que em seguida dividem-se para formar espermatócitos primários. Estes espermatócitos primário passam por meiose e formam espermatócitos secundários, que por sua vez, passam pela segunda divisão meiótica e formam espermátides haploides, que, por último, passará por espermiogênese. Espermiogênese É a transformação de espermátides em espermatozoides. Envolve a formação do acrossomo, que fica como um capuz nuclear que cobre 2/3 da sua totalidade e contém enzimas que auxiliam na penetração no ovócito; envolve a condensação nuclear; envolve a formação do colo, da porção média (onde ficam as mitocôndrias) e a cauda e envolve a perda da maior parte do citoplasma e dos corpúsculos residuais. Quando ocorre esse processo, os espermatozoides são transferidos pro lúmen dos túbulos seminíferos e logo após, são empurrados em direção ao epidídimo pela contração da parede dos túbulos seminíferos. Mariana Freitas – 3º semestre Concepção e Formação do Ser Humano 5 Células de Sertoli As espermatogônias até as espermátides permanecem na parte profunda das células de Sertoli ao longo do seu desenvolvimento. Dessa maneira, as células de Sertoli sustentam e protegem as células germinativas, participam da sua nutrição e ajudam na liberação de espermatozoides maduros. Células de Leydig Se encontram entre os túbulos seminíferos, no interstício dos testículos e tem a função primordial de produzir testosterona. Recebem estimulação do LH. Hormônios A maior parte do controle das funções sexuais, tantonos homens quanto nas mulheres, começa com a secreção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo. Esse hormônio, por sua vez, estimula a hipófise anterior a secretar dois outros hormônios chamados de hormônio gonadotrópicos: Hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo- estimulante (FSH). O efeito desses hormônios é produzido por um sistema de segundo mensageiro do monofosfato cíclico de adenosina. O hormônio luteinizante estimula as células de Leydig a secretar testosterona. O hormônio folículo estimulante é secretado pela hipófise anterior e estimula as células de Sertoli, de modo a ligar-se a estas, estimulando a produção de líquido testicular e promovendo a espermatogênese. Mariana Freitas