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Sistema Digestório

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ESTIMULANTES DO APETITE
Vitaminas do complexo B;
Esteroides anabolizantes;
Zinco;
Anti histamínicos H1;
Benzodiazepínicos.
São usados para estimular a alimentação de animais com enfermidades.
Inicialmente, eram usadas substâncias ácidas ou cítricas, que ao entrarem em contrato
com as papilas gustativas, estimulavam a produção de saliva e consequentemente, o efeito
estimulante do apetite ocorria. Porém, apenas foram observados efeitos em bovinos e
equinos, e observou-se que em cães e em gatos essa estimulação não ocorria, pois esses
animais evitam sabores amargos.
Atualmente, as substâncias utilizadas são:
 DEMULCENTES, PROTETORES DE MUCOSA, EMOLIENTES,
ADSORVENTES E ADSTRINGENTES
São substâncias que realizam ação protetora do TGI.
Demulcentes: são substâncias de alto peso molecular cujos efeitos se fazem nas primeiras
porções do sistema digestório (da boca até o estômago).
Protetores de mucosa: são substâncias insolúveis e quimicamente inertes que atuam nas
porções finais do TGI.
Emoliente: refere-se a substâncias gordurosas ou oleosas utilizadas em geral sobre a pele
e, eventualmente, em membranas mucosas.
Adsorventes: são substâncias que, mediante forças eletrostáticas, atraem outras, fixando-
as sobre sua superfície. O carvão ativado é o mais eficiente adsorvente conhecido, é
empregado em casos de intoxicação em que o animal ingeriu um agente tóxico e pretende-
se impedir a absorção gastroentérica desse agente, fazendo com que este seja adsorvido
pelo carvão e, assim, seja eliminado do organismo.
Adstringentes: são substâncias que têm a capacidade de precipitar a camada superficial
proteica das células, formando uma película protetora sobre a superfície. Atualmente, são
mais utilizados sobre a pele e, no intestino são desaconselhados, pois podem formar uma
película protetora sobre o microrganismo causador de diarreia, impedindo a atuação do
antimicrobiano (ácido tânico e zinco).
Sistema Digestório
Grupos de substâncias com efeito no TGI
São medicamentos que facilitam a eliminação de gases contidos no sistema digestório ou
dificultam a formação de espuma nos líquidos digestivos que aprisiona os gases no seu
interior. Os antiespumantes são usados em Medicina Veterinária principalmente no
combate do timpanismo espumoso dos bovinos. No processo normal de fermentação da
celulose que ocorre no rúmen, há formação de gás, que é periodicamente eructado. No
timpanismo espumoso o gás está aprisionado dentro de bolhas, não podendo ser liberado;
assim, a passagem de sondas gástricas ou do uso de trocarte alivia a pressão sobre o
diafragma e, consequentemente, a asfixia do animal. Nesta situação há necessidade do
emprego do antiespumante, que pode ser administrado diretamente no rúmen, por meio da
sonda ou do trocarte.
CARMINATIVOS, ANTIFISÉTICOS, ANTIFLATULENTOS E
ANTIESPUMANTES
ANTIZIMÓTICOS OU ANTIFERMENTATIVOS
São medicamentos que previnem ou diminuem a fermentação excessiva da celulose que
ocorre no rúmen (levando ao timpanismo dos ruminantes) ou no cólon (cólica timpânica
dos equinos). 
PRÓ-CINÉTICOS
Ação colinérgica muscarínica (acetilcolina): tem como objetivo favorecer a ação pró-
cinética.
Ação antidopaminérgica (dopamina em receptores D2): o efeito nos receptores de
dopamina seria antagonizando o receptor -> a dopamina reduz a pressão no esfíncter
esofágico e a motilidade gastro intestinal. Bloqueando seu efeito, obtém-se uma ação
pró-cinética.
Ação seritoninérgica (serotonina em receptores 5H-T4): tem como objetivo favorecer
a ação pró-cinética.
Metoclopramida (prazil): é o principal medicamento usado como pró-cinético. Seu
efeito estimulante sobre a motilidade gástrica é decorrente de sua atuação sobres
vários tipos de receptores (pode exercer as 3 ações). O mais importante é o
antagonismo do receptor da dopamina do tipo 2 (D2).
Domperidona: é também um antagonista dopaminérgico com propriedades pró-
cinéticas semelhante às da metoclopramida, porém não apresenta atividade
colinérgica. Tem menos efeitos centrais que a metoclopramida.
Agentes com ação agonista colinérgico ou inibidora da enzima acetilcolinesterase:
também tem ação pró-cinética pois atuam em receptores muscarínicos. Podem
provocar efeitos colaterais pela possibilidade de interação com outros receptores. 
São medicamentos que têm a capacidade de estimular, coordenar e restaurar a motilidade
gástrica, pilórica e do intestino delgado. As principais substâncias empregadas podem
exercer 3 diferentes ações:
1.
2.
3.
Exemplos de medicamentos pró-cinéticos:
 
Sistêmico: bicabornato de cálcio¹ (é o mais utilizado, por ser mais rápido e mais
barato).
Não sistêmicos: sais de magnésio², cálcio² e alumínio³
São medicamentos que aumentam o pH gástrico, neutralizando o ácido clorídrico (HCl)
liberado pelas células do estômago (células parietais). Em Medicina Humana este grupo de
medicamentos é amplamente empregado (automedicação), porém em Veterinária tem
uso restrito, talvez pela dificuldade de diagnóstico da hiperacidez gástrica ou porque esta
realmente seja bem mais comum na espécie humana. O principal uso dos antiácidos em
Medicina Veterinária é no tratamento e na prevenção da acidose ruminal provocada pela
sobrecarga de grãos. Os antiácidos podem ser divididos em 2 grupos: sistêmicos e não
sistêmicos. Os antiácidos sistêmicos podem ser absorvidos no sistema digestório e
exercer este efeito no organismo do animal, ao passo que aqueles não sistêmicos exercem
seu efeito fundamentalmente no estômago.
(Os números indicam a quantidade de H+ que é neutralizado)
Quando estes
receptores são
estimulados, eles
estimulam a
liberação de
histamina
Histamina quando liberada,
interage com receptores próprios (H1 ou H2),
e gera seus efeitos. No TGI, ela interage com H2.
anti-ácidos
BLOQUEADORES DA SECREÇÃO DE HCL
Mecanismo de ação ->
Célula
secretora de
Histamina
Receptor de Gastrina (G)
Receptor muscarínico (M)
Célula parietal (célula do TGI)
Receptor de Gastrina (G)
Receptor muscarínico (M)
H2
Receptor de prostaglandina (PG)
A interação com os receptores
G e M leva à um aumento na
concentração de cálcio
intracelular.
Esse aumento leva ao estímulo
da bomba H+ K+ ATPase
(bomba responsável por
colocar o hidrogênio na luz
gástrica)
Os recept
ores H2
também l
evam ao
aumento 
de Cálcio
intracelul
ar, porém
pela via d
ependent
e
de AMPC.
A prostaglandina possui uma ação
protetora do estômago, pois ''freia'' a ação
da bomba (por meio do AMPc). Além disso,
ela também libera muco e estimula a
liberação de bicabornato.
Antagonista muscarínico: bloqueia a ação dos receptores muscarínicos, levando a uma
redução de 40% a 50% da secreção gástrica (secreção de HCl). Retarda o
esvaziamento gástrico.
Antagonista histaminérgico do tipo H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina):
cimetidina é o pioneiro, porém pode apresentar efeitos indesejados quando usado por
tempo prolongado, tal como ginecomastia em homens. Em Medicina Veterinária ainda
pode ser usado.
Inibidores da bomba gástrica de HCl (omeprazol e iansoprazol): estes agentes
bloqueiam reversivelmente uma bomba localizada na membrana das células parietais
responsáveis pela secreção de HCl, chamada H+, K+-ATPase; esta bomba troca íons H+
por K+. São utilizados em produções excessivas. 
Prostaglandinas: inibem a secreção de HCl e estimulam a secreção de muco protetor.
Sucralfato: não se liga a nenhum dos outros receptores, estimula a produção de
prostaglandinas e também pode ser usado quando se tem um tecido lesado -> ele
forma uma proteção na lesão (ex.: úlceras gástricas).
A êmese é acompanhada de uma série de alterações orgânicas; inicia-se pela abolição da
motilidade gástrica (fase de náuseas no homem), seguida pelo fechamento do piloro,
abertura da cárdia, contração simultânea do diafragma e musculatura abdominal,
permitindo a expulsão do conteúdo gástrico para a boca. O vômito é, ainda, precedido ou
simultaneamente acompanhado de sialorreia, aumento da secreção do sistema
respiratório, da tosse, queda de pressão arterial, sudorese, taquicardiae respiração
irregular.
Em algumas espécies animais, a êmese não ocorre, como em equinos, ruminantes,
roedores, cobaias e coelhos.
O local responsável por controlar o vômito é o centro do vômito, no SNC. Esse centro
possui vários receptores, então pode ser estimulado de diversas formas, como por
exemplo, pela zona deflagradora dos quimiorreceptores.
Substâncias irritantes (sulfato de cobre, sulfato de zinco, água oxigenada e ipeca -
const. ipeca: emetina e cefalina): possuem ação localizada e produzem irritação da
mucosa gástrica e, consequentemente, induzem o vômito.
Substâncias de ação central: 
- apomorfina: ópio sem efeito analgésico, é um agonista de receptores dopaminérgicos que
estão na ZGQ, induzindo o centro do vômito. Os cães são mais susceptíveis do que os
gatos, por possuirem mais receptores de dopamina na ZGQ.
eméticos
O vômito (ou êmese) espontâneo representa um mecanismo de defesa do organismo
para remover material deglutido ou refluído das primeiras porções do intestino; este
também pode ser induzido pelo uso de eméticos.
Eméticos são medicamentos utilizados para produção da êmese, principalmente nas
situações de intoxicação, visando impedir ou reduzir a absorção do agente tóxico ingerido
e que ainda está presente no estômago.
- xilazina: administrada via SC ou IM. Interage com receptores alfa na ZGQ e também possui
ação direta no centro do vômito. Possui mais efeito em gatos do que em cães, por
possuírem mais receptores (90% dos gatos são induzidos ao vômito com xilazina e apenas
40% dos cães são induzidos). Dose para indução do vômito: 0,05 mg/kg (as doses variam
conforme o fim de utilização da xilazina).
ANTIEMÉTICOS
Agentes anticolinérgicos: pelo fato de reduzirem as secreções e a motilidade do
sistema digestório, podem também apresentar efeito antiemético. Dentre estes
agentes recomenda-se, em particular, a escopolamina, principalmente para o controle
da cinetose, não é recomendada para gatos devido à possibilidade de promover
excitação.
Piridoxina (vitamina B6): estimula a produção de GABA (principal neurotransmissor
inibidor no sistema nervoso central dos mamíferos) que agiria inibindo o centro do
vômito.
Alguns anti-histamínicos H1 (dramin, dimenidrinato e difenidramina): Esses
medicamentos reduzem os impulsos provenientes do aparelho vestibular (onde há
receptores H1), que atingem o centro do vômito e também bloqueiam receptores H1 da
zona deflagradora dos quimiorreceptores. Os cães possuem maior número de
receptores H1 na zona deflagradora do que os gatos e, por isso, respondem melhor ao
efeito antiemético dos anti-histamínicos. Esses medicamentos possuem efeito
sedativo e são pouco eficientes para bloquear o vômito causado por estímulo vagal e
aquele associado às gastrenterites. 
Bloqueadores de receptores dopaminérgicos (metoclopramida, bromoprida e
domperidona): são desprovidos de efeitos sedativos.
Antagonistas de receptores da serotonina: ondaseterona, muito utilizada em
situações de náuseas induzidas por antineoplásicos.
Antagonistas de receptores de neurocinina-1: uso exclusivo veterinário e só pode ser
usado em cães. Citrato de maropitan-seríneo, usado para ação preventina e
emergencial, age bloqueando a ação de subst. P (neuropeptídeo com ação intensa no
cento do vômito) em receptores de neurocinina-1.
A êmese prolongada causa exaustão, desidratação, hiponatremia, hipocloremia e, quando
grave, até mesmo alcalose em consequência da perda excessiva do ácido clorídrico
gástrico. Nesta situação, faz-se necessário o emprego de antieméticos, que podem atuar
tanto localmente, reduzindo a irritação gástrica, como no sistema nervoso central.
Depressores da motilidade: anticolinérgicos e os opiáceos/opioides. Atropina
(hiosciamina), escopolamina (hioscina), homatropina, propantelina, metantelina e
glicopirrolato, são exemplos de agentes usados como antidiarreicos que atuam
diminuindo a motilidade e as secreções do sistema digestório.
Adsorventes e/ou protetores de mucosa: pectina, caulim, sais de bismuto e carvão
ativado.
A diarreia é mais comum em animais jovens, e a desidratação que acompanha este quadro
é a causa frequente de mortes. Acredita-se que a fisiopatologia da diarreia esteja
associada a um quadro de hipersecreção (com perda de fluido para o lúmen intestinal, por
mecanismos que envolvem cAMP, cGMP, calmodulina e Ca2+) ou má absorção de
nutrientes no intestino. Embora as pesquisas nesta área do conhecimento tenham
avançado bastante, o tratamento da diarreia ainda é feito considerando-se a necessidade
imperiosa da hidratação do animal (por via intravenosa em diarreias graves e/ou via oral
em diarreias leves), identificação e combate do agente infeccioso ou parasitário
responsável pelo processo e, se necessário, o emprego de antidiarreicos (também
chamados de constipantes). A diarreia também pode ser considerada protetora (é um
indicativo de que há algo acontecendo), por isso não deve-se impedir que ela aconteça no
início, apenas se for persistente. Os antidiarreicos podem ser classificados em 2 grupos: 
Como adjuvantes para o tratamento das diarreias têm sido usados probióticos e pré-
bióticos com a finalidade de restaurar a microbiota intestinal.
antidiarreicos ou constipantes
catárticos
Catárticos emolientes ou lubrificantes: lubrificam e amolecem as fezes, impedindo a
sua dessecação; exercem efeito sobretudo laxante. Neste grupo encontram-se os óleos
mineral e vegetais e os docusatos. Desvantagem dos óleos: diminuem a absorção de
vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K).
Catárticos formadores de massa e/ou coloides hidrófilos: são usados principalmente
para pequenos animais e exercem efeito essencialmente laxante. Estes agentes, que
são indigeríveis, têm também propriedades hidrófilas, promovendo amolecimento das
fezes e aumentando seu volume e, consequentemente, distendendo as fibras
musculares do intestino, induzindo reflexamente aumento da motilidade intestinal e
efeito laxante.
São medicamentos que favorecem a eliminação das fezes. São chamados de purgantes
quando promovem a eliminação de fezes de consistência diarreica e de laxantes quando
as fezes têm consistência normal. Alguns laxantes, quando se aumenta a dose, podem
exercer efeito purgante ou, ainda, purgantes que, quando se reduz a dose, apresentam
efeito laxante; há também aqueles cujo efeito é exclusivamente laxante ou purgante
independentemente da dose empregada. Os catárticos podem ser classificados em 4
grupos:
Catárticos osmóticos ou salinos: são pouco e lentamente absorvidos, exercendo
atividade osmótica no lúmen intestinal, assim atraindo água para esta região; com isto
há distensão das fibras musculares lisas intestinais e, reflexamente, aumentam o
peristaltismo, produzindo efeito laxante ou purgante, dependendo da dose. Fazem parte
deste grupo sais de magnésio (sulfato, hidróxido, citrato), sais de sódio (sulfato, fosfato,
tartarato), lactulose, glicerina e sorbitol.
Catárticos estimulantes ou irritantes: provocam irritação da mucosa, com
consequente aumento da motilidade e efeito catártico (aumenta a evacuação intestinal
e provoca purgação). Ex.: óleo de rícino (purgante).

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