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- Procura-se armar o poder de punir baseando-se em 6 regras cruciais: 1. Regra da quantidade mínima: Um crime é cometido porque traz vantagens. Se a ideia do crime fosse ligada a ideia de uma desvantagem um pouco maior, ele deixaria de ser desejável. (O crime só é praticado por um indivíduo por que ele busca ter vantagens, se a ideia de um crime fosse associada a desvantagem maior em relação a vantagem, o crime não seria desejável.) 2. Regra da idealidade suficiente: Se o motivo de um crime é a vantagem que se representa com ele, a eficácia da pena está na desvantagem que se espera dela. O que ocasiona a “pena” na essência da punição não é a sensação do sofrimento, mas a idéia de uma dor, de um desprazer, de um inconveniente. (A pena deve ser imposta de forma em que se mostra clara a desvantagem em praticar um ato delitivo na sociedade. Não sendo ligada a sensação de um sofrimento em si, mas a ideia de que aquela conduta não foi bem aceita.) 3. Regra dos efeitos laterais: A pena deve ter efeitos mais intensos naqueles que não cometeram a falta; em suma, se pudéssemos ter certeza de que o culpado não poderia recomeçar, bastaria convencer os outros de que ele fora punido. (a ideia principal desse fundamento é de que: a conscientização de todo corpo social de que, a prática daquela conduta não é vantajosa.) 4. Regra da certeza perfeita: É preciso que, a ideia de cada crime e das vantagens que se esperam dele, esteja associada a ideia de um determinado castigo, com as desvantagens precisas que dele resulta; é preciso que, de um a outro, o laço seja considerado necessário e nada possa rompê-lo. (A prévia fixação de um castigo caso haja uma quebra ou desvio de conduta.) Colocando em pauta duas questões: as “vantagens” da prática do ato delitivo, e a aplicação da pena; mostrando as desvantagens decorrentes da prática do delito. 5. Regra da verdade comum. Estabelecer a realidade do delito, com toda evidência, e de acordo com meios válidos para todos, torna-se uma tarefa primeira. A verificação do crime deve obedecer aos critérios gerais de qualquer verdade.(Deve-se constatar a veracidade do delito, sua comprovação, tornando essa função a primeira a ser realizada. Através de um padrão estabelecido pela norma, obedecendo os meios válidos para todos.) 6. Regra da especificação ideal. Para que a semiótica penal recubra bem todo o campo das ilegalidades que se quer reduzir, todas as infrações têm que ser qualificadas; têm que ser classificadas e reunidas em espécies que não deixem escapar nenhuma ilegalidade. A esperança da impunidade não pode se precipitar no silêncio da lei. É necessário um código exaustivo e explícito, que defina os crimes, fixando as penas. (A prioridade na existência de uma norma penal sem lacunas, inibindo os possíveis tipos/formas de ilegalidades. Fixando-as de forma que não se deixe escapar nenhum ato ilegal)
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