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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA DISCIPLINA: FISIOLOGIA PARA NUTRIÇÃO PROFESSORA: Prof. Dr. Acácio Salvador Véras e Silva ESTUDO DE PULSO E PRESSÃO ARTERIAL DO HOMEM Maria Eduarda Brito Lima TERESINA-PI MAIO/2021 Maria Eduarda Brito Lima ESTUDO DE PULSO E PRESSÃO ARTERIAL DO HOMEM Relatório apresentado à disciplina de Fisiologia, do curso de Nutrição, na Universidade Federal do Piauí. Prof. Dr. Acácio Salvador Véras e Silva. TERESINA-PI MAIO/2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 2 METODOLOGIA ........................................................................................................ 6 2. 1 PULSO ARTERIAL ............................................................................................. 6 2. 2 PRESSÃO ARTERIAL ........................................................................................ 6 2.2.1 Método Palpatório .......................................................................................... 6 2.2.2 Método Auscultatório ..................................................................................... 6 3 RESULTADOS ............................................................................................................ 7 3.1 PULSO ARTERIAL .............................................................................................. 7 4 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 8 4. 1 PULSO ARTERIAL ............................................................................................. 8 4. 2 PRESSÃO ARTERIAL ........................................................................................ 8 5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 9 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 10 4 1 INTRODUÇÃO De acordo com KOEPPEN e STANTON, no livro Berne & Levy: Fisiologia: o sistema circulatório transporta e distribui substâncias essenciais, bem como remove subprodutos metabólicos. Esse sistema participa também, em mecanismos homeostáticos, como regulação da temperatura corporal, manutenção do balanço de fluidos e ajuste do fornecimento de 02 e nutrientes sob vários estados fisiológicos. O sistema cardiovascular é composto pelo sangue, pelo coração e vasos sanguíneos (veias, artérias e capilares). O coração apresenta 4 câmaras cardíacas (2 átrios e 2 ventrículos) e 2 sistemas de bombeamento de sangue (KOEPPEN; STANTON, 2009): a pequena circulação ou circulação pulmonar, a qual é responsável por levar o sangue do coração para os pulmões, no intuito de realizar as trocas gasosas, e depois de volta para o coração. O sangue sai do ventrículo direito e vai para os pulmões por meio da artéria pulmonar, no pulmão ocorre as trocas gasosas do sangue e ele volta para o átrio esquerdo do coração por meio das veias pulmonares; e a grande circulação ou circulação sistêmica, que leva o sangue para todos os tecidos do corpo. O sangue sai pelo ventrículo esquerdo e chega ao restante do corpo por meio da aorta. A partir da aorta partem várias ramificações que irrigam tecidos específicos. O sangue retorna para o átrio direito do coração por intermédio das veias cavas superiores e inferiores. As artérias são responsáveis por levar o sangue do coração para os demais tecidos do corpo, para isso recebem forte pressão do ventrículo esquerdo, quando esse ejeta o sangue. Para aguentarem essa pressão, as artérias são mais calibrosas e apresentam camadas grossas de tecido elástico, músculo liso e tecido fibroso. A veias, trazem o sangue da periferia para o coração, e devido à distância, ao atrito e a força da gravidade, a pressão sobre esses vasos é menor, consequentemente suas paredes são menos calibrosas e apresentam camadas mais finas de tecido elástico, músculo liso e tecido fibroso, quando comparadas às paredes das artérias (KOEPPEN; STANTON, 2009). O ciclo cardíaco é mecanismo padrão e contínuo que ocorre para que o sangue seja bombeado para o corpo pelo sistema cardiovascular. Esse ciclo apresenta quatro estágios, os quais ocorrem no intervalo de um batimento, incluindo os movimentos de sístole e de diástole cardíacas (SILVERTHORN, 2017). Os pontos mais importantes dos quatro estágios são: o final da diástole, em que as quatro câmaras cardíacas estão relaxadas e os ventrículos se enchem de forma passiva; a sístole atrial, na qual ocorre a contração atrial que força pequena quantidade de sangue a mais para o interior dos ventrículos; a contração ventricular isovolumétrica, em que a primeira fase da contração ventricular fecha as valvas atrioventriculares, entretanto não gere pressão suficiente para abrir as valvas semilunares; a ejeção ventricular, em que a pressão ventricular aumenta além da 5 pressão nas artérias, com isso as valvas semilunares se abrem e o sangue é ejetado; e o relaxamento ventricular isovolumétrico, no qual a pressão ventricular diminui conforme os ventrículos relaxam, o sangue retorna para as cúspides das válvulas semilunares e elas se fecham (SILVERTHORN, 2017). Segundo SILVERTHORN (2017), a pressão arterial é determinada pelo débito cardíaco, que é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo para a aorta por minuto (GUYTON; HALL, 2011) e é determinado pelo produto da multiplicação da frequência cardíaca (número de batimentos cardíacos por minuto) com o volume sistólico (volume de sangue bombeado por um ventrículo durante a contração), e pela resistência periférica, a qual é a soma da resistência de todos os vasos sanguíneos do sistema circulatório que se opõem à pressão arterial, além disso a pressão arterial representa a pressão criada pelo bombeamento de sangue pelo coração, refletindo a pressão ventricular (do ventrículo esquerdo). O pulso cardíaco resulta do rápido aumento da pressão, esse aumento é ocasionado pela contração do ventrículo esquerdo do coração que empurra o sangue para dentro da aorta (SILVERTHORN, 2017), a cada novo batimento cardíaco uma nova onda de sangue chega às artérias (GUYTON; HALL, 2011). A pressão do pulso arterial é afetada principalmente por dois fatores: o débito sistólico cardíaco e a complacência ou distensibilidade total da árvore arterial, outro fator de menor importância que interfere no pulso arterial é o caráter da ejeção do coração durante a sístole (GUYTON; HALL, 2011). A partir disso, esta prática tem o objetivo de: medir a frequência cardíaca por meio da frequência do pulso, visto que, em condições fisiológicas, essas frequências são iguais; e familiarizar os estudantes com os métodos esfigmomanométricos de medida da pressão arterial (medida indireta). 6 2 METODOLOGIA A prática, devido às medidas restritivas adotadas na pandemia do novo Corona Vírus, foi realizada virtualmente por meio da plataforma Google Meet; 2. 1 PULSO ARTERIAL Nesse procedimento, primeiramente a apostila de prática foi lida e comentada, e logo após os indivíduos foram devidamente orientados para realizarem o procedimento em casa. O processo foi aplicar, ao longo da artéria radial, as polpas do 2º e 3º quirodáctilos, fazendo leve compressão. Recomendou-se que os indivíduos permanecessem em repouso e contassem a frequência do pulso por um período de 1 minuto. Após o registro dessa frequência, instruiu-se que os indivíduos realizassem uma atividade física leve por 60 segundos e depois contassem novamente a frequência do pulso, os dados foram anotados posteriormente; 2. 2 PRESSÃOARTERIAL Esse procedimento não foi possível ser realizado, entretanto foi comentado e discutido a sua metodologia por meio da apostila de prática e de vídeoaulas. 2.2.1 Método Palpatório: O manguito foi desinflado e aplicado contornando o braço de um indivíduo, de forma que a borda inferior do manguito ficou de 2 a 3 cm acima do cotovelo. O analisador palpou o pulso da artéria radial do indivíduo ao nível da extremidade distal do rádio. Logo após o analisador inflou o manguito 30 mmHg acima do nível em que se verificou o desaparecimento do pulso radial. Depois o manguito foi desinflado lentamente e verificou-se no manômetro o nível de reaparecimento do pulso radial. A pressão registrada nesse momento correspondeu à pressão sistólica. 2.2.2 Método Auscultatório: O manguito foi desinflado e aplicado contornando o braço de um indivíduo, de forma que a borda inferior do manguito ficou de 2 a 3 cm acima do cotovelo. O analisador palpou o pulso da artéria braquial medialmente ao tendão de inserção do bíceps. Nesse local foi colocada a membrana do estetoscópio, o qual já estava posicionado de forma adequada nos ouvidos. O manguito foi inflado até 200 mmHg e posteriormente desinflado. Durante essa etapa, o analisador permaneceu atento ao manômetro e aos sons que ouviria. Quando a pulsação braquial foi ouvida, o analisador marcou a pressão indicada no manômetro como sendo a pressão sistólica. A pressão indicada no manômetro no momento que o som deixou de ser ouvido ou mudou de intensidade, foi marcada como sendo a pressão diastólica. 7 3 RESULTADOS 3.1 PULSO ARTERIAL A imagem 1 apresenta as frequências cardíacas, as quais foram aferidas num período de 60 segundos, das mulheres durante o repouso e após 1 minuto de atividade física leve. Além disso, a imagem 1 consta a média (72 bpm no repouso e 108 bpm após a atividade) e o desvio padrão (7 bpm no repouso e 11 bpm após o exercício) das frequências cardíacas. Imagem 1: Frequências cardíacas das mulheres durante repouso e após atividade física. Fonte: Dados da pesquisa. Teresina, 2021. 8 4 DISCUSSÃO 4. 1 PULSO ARTERIAL O pulso arterial é resultado do rápido aumento da pressão, esse aumento é ocasionado pela contração do ventrículo esquerdo do coração que empurra o sangue para dentro da aorta (SILVERTHORN, 2017). Observou-se que durante o repouso a média da frequência foi de 72 bpm e, pós o período de exercício, notou-se que houve um aumento na frequência, a qual apresentou média de 108 bpm. Isso ocorre porque, durante o exercício, o corpo humano passa por várias adaptações cardiovasculares e respiratórias, com o intuito de atender às demandas do músculo ativo (DÁRIO; FILHO, 2004). Por isso, ocorre um aumento de Débito cardíaco (DÁRIO; FILHO, 2004), o qual é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo para a aorta por minuto (GUYTON; HALL, 2011), consequentemente a frequência cardíaca também aumenta, visto que a frequência é diretamente proporcional ao Débito cardíaco. 4. 2 PRESSÃO ARTERIAL O fluxo sanguíneo no sistema circulatório é resultado da contração ventricular. O sangue é ejetado do ventrículo esquerdo sob muita pressão e ocasiona o dilatamento da aorta e das artérias (SILVERTHORN, 2017). A pressão arterial é determinada pelo débito cardíaco e pela resistência periférica, e representa a pressão criada pelo bombeamento de sangue pelo coração, refletindo a pressão ventricular (do ventrículo esquerdo). Essa pressão atinge média de 120 mmHg na sístole ventricular (pressão sistólica) e na diástole ventricular (pressão diastólica) alcança média de 80 mmHg (SILVERTHORN, 2017). A pressão arterial elevada (hipertensão) caracteriza-se pela realização de maior pressão sobre as paredes dos vasos sanguíneos, podendo levar à ruptura de algumas áreas desses vasos, sendo que se essa ruptura ocorrer no encéfalo ocasionará um acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame (SILVERTHORN, 2017). Já a pressão arterial baixa (hipotensão), faz com que a força gerada pelo fluxo sanguíneo seja inapta para superar a gravidade, com isso a oferta de oxigênio para o encéfalo diminui ocasionando tontura e desmaio (SILVERTHORN, 2017). 9 5 CONCLUSÃO A partir dessa prática, conheceu-se e entendeu-se grande parte dos sistemas cardiovascular e circulatório. Também foi possível determinar a frequência cardíaca e estudar os fatores que causam alterações nessa frequência. Além disso, conheceu-se o funcionamento dos métodos esfigmomanométricos e a importância desses procedimentos para a análise da pressão arterial dos indivíduos. 10 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GAYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. Berne & Levy: Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. MONTEIRO, M. F.; SOBRAL FILHO, D. C. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 10, n. 6, p. 513-516, 2004. Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt- BR&as_sdt=0%2C5&q=Exerc%C3%ADcio+f%C3%ADsico+e+o+controle+da+press%C3%A3 o+arterial*+Maria+de+F%C3%A1tima+Monteiro1+e+D%C3%A1rio+C.+Sobral+Filho2&btnG =. Acesso em: 11 mai. 2021. PASSARO, L. C. Resposta cardiovascular na prova de esforço: pressão arterial sistólica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 3, n. 1, p. 6-10, 1997. Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt- BR&as_sdt=0%2C5&q=Resposta+cardiovascular+na+prova+de+esfor%C3%A7o%3A+press% C3%A3o+arterial+sist%C3%B3lica+Luiz+Carlos+Passaro&btnG=. Acesso em: 11 mai. 2021. SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada. 7. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2017. 2. 1 PULSO ARTERIAL 2. 2 PRESSÃO ARTERIAL 2.2.1 Método Palpatório: 2.2.2 Método Auscultatório: 3.1 PULSO ARTERIAL 4. 1 PULSO ARTERIAL 4. 2 PRESSÃO ARTERIAL
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