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SUCEDANEOS RECURSAIS

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Aluno: Brayon Xavier Torres – 20182100368 – Processo Recursal Civil
Sucedâneos Recursais
Preliminarmente, são instrumentos de impugnação das decisões judiciais: os recursos, ações autônomas de impugnação e os sucedâneos recursais (tema principal deste trabalho)
Conceituando, sucedâneo recursal, são todos os meios de impugnação de decisão judicial que nem é recurso e nem é ação de impugnação. Mas, trata-se de uma categoria que envolve todas as demais formas de impugnações da decisão.
Há exemplo temos: 
1- Pedido de reconsideração;
2- Pedido de suspensão da segurança;
3- Remessa necessária;
4- Correição parcial.
A interposição de um recurso, jamais fará com que nasça um novo processo, pois ela ocorre sempre dentro da mesma relação jurídica processual. Pode-se até originar novos autos, como se dá como o agravo por instrumento, mas não um novo processo. 
Em nosso ordenamento jurídico, possuímos os sucedâneos mais comuns:
1- Sucedâneo Internos
1.1 Pedido de Reconsideração
Este sucedâneo foi introduzido pela praxe forense. Este não possui uma previsão legal, devido a isto, não é possível chamá-lo de recurso, sendo então apenas, uma construção de doutrinas e jurisprudências.
Este pedido, é um meio na qual as partes usam para interpelar o juízo, dando a informação de uma possível nulidade ou problema em alguma decisão proferida e, requerendo então que esta seja revisada. Não possui também um vigor formal, sendo uma simples petição solicitando ao juiz para possa rever um ato.
O fundamento para este pedido é o fato de que o juiz pode, independente do tempo, rever qualquer ato ilícito já praticado, com o intuito de corrigir erro ou nulidade existente no processo.
O pedido de reconsideração possui como principal característica, a informalidade, e não suspende o prazo para interposição de qualquer recurso ou qualquer ato processual. Com isso, uma vez manejado e não provido, pode então ocorrer a preclusão de algum ato a ser praticado, motivo pelo qual seu uso pode ser desaconselhado em algumas situações.
1.2 Reexame necessário
Conhecido também como “remessa necessária”, esta modalidade é objeto do artigo 496 e seguintes do CPC. Este sucedâneo tem a sua aplicabilidade nas causas em que é parte as entidades da administração direta, autarquias e fundações públicas, e em que estes entes são sucumbentes em primeira instância. 
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: 
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. 
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos a o tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los- á. 
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a rem essa necessária. 
O instituto do reexame necessário visa trazer mais forças às sentenças proferidas em desfavor da fazenda pública, tendo em vista que, em teoria, nas ações em que estes entes são partes estão sendo discutidos direitos indisponíveis, e que irão afetar a coletividade.
Então, uma vez proferida a sentença desfavorável contra o ente público, e não proposto nenhum recurso, o juízo a quo irá, de ofício, remeter os autos tribunal, para que este profira nova decisão em sede de reexame, teremos então o procedimento da remessa necessária.
É ainda de máxima importância ressaltar que, o reexame necessário não impede a existência de recursos voluntários de ambas as partes. Todavia, o reexame necessário não irá ocorrer nos casos previsto no artigo 496, §3º e 4º do CPC.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Por fim, a doutrina trata o reexame necessário como condição impeditiva do trânsito julgado. Assim sendo, nas ações sujeitas ao reexame necessário (aqueles que não estão enquadradas no artigo 496, § 3º e 4º do CPC), a decisão só irá transitar em julgado quando passar por este intuito.
2- Sucedâneos Externos
2.1 Mandado de Segurança
O mandado de segurança é uma garantia constitucional, preceituada no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal.
Ainda, o mandado de segurança é uma ação constitucional, que foi introduzida por meio da lei 12.016/09, tratando-se de uma ação mandamental, que se objetiva na concessão de uma ordem para desfazer algum ato cometido por autoridade pública.
Neste tocante, possuímos em nosso ordenamento jurídico decisões que podem ser objeto de um mandado de segurança, desde que seja evidenciado ilegalidade e abuso de poder nestas decisões, portanto, uma vez cometido esses atos são cometidos por um agente investido de uma função pública.
No artigo 5º se estabelece também, vedações para o uso deste mandado de segurança:
Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado.
O pedido formulado no mandado de segurança, visa concessão de ordem para anular o ato considerado ilegal ou abusivo. Com isso, o polo passivo da ação é formado pela autoridade coatora, ou seja, juiz ou tribunal que proferiu a decisão. Sendo ainda necessário ressaltar que, não há dilação probatória no mandado de segurança. A ação deve ser proposta já com a prova da ilegalidade ou abuso de poder cometido pela autoridade pública.
Possuímos com isso, a competência para o julgamento do mandado de segurança, temos portando:
- Se for ato de ministro do STF, será julgado no STF;
- Se for contra ato do CNJ, quem julga é o STF
- Contra ato de ministro do STJ, quem julga é o STJ, conforme aduz a Súmula 330, STF.
- Se for ato de desembargador de TJ ou TRF e contra atos de juízes de direito e juízes federais, o MS será julgado no tribunal ao qual a autoridade tiver vinculada.
2.2 – Ação Rescisória
Esta ação é considerada pela doutrina a ação autônoma de impugnação por excelência, o objeto desta ação se da pelo objetivo da desconstituição da coisa julgada, com a consequente anulação da decisão.
Sendo está ação, matéria do artigo 5º, XXXVI que: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
Com isso, temos que somente em casos excepcionais pode a coisa julgada ser desfeita.
Está ação possui o prazo decadencial para ser intentada, prazo este que será contado a partir do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo (art. 975 CPC). O rol de matérias possíveis de serem alegadas na ação rescisória é taxativo, estando previsto no artigo 966 do CPC.
Art. 9 66. A decisão de mérito, transitada em julgado, 
pode ser rescindida quando: 
I - se verificarque foi proferida por força de prevaricação,
concussão ou corrupção do juiz; 
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo
absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em 
Detrimento da parte vencida ou, a inda, de simulação ou 
colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofenderá coisa julgada; 
V - violar manifestamente norma jurídica; 
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido Apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; 
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em
julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável; 
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
Uma vez intentada a ação rescisória, não impede o cumprimento da sentença da ação rescisória, salvo se houver concessão e antecipação de tutela.
A ação rescisória poderá ser parcial, ou seja, visar a impugnação de apenas um capítulo da sentença.
2.3 – Embargos de Terceiros
Se objetiva na aplicação na fase de execução. 
O doutrinador Alexandre Freitas Câmara, dá a sua conceituação sobre o tema, dizendo que:
“Como ação autônoma, também, constituem-se os embargos de terceiro, sendo entendido como a demanda que concede origem a processo de conhecimento de procedimento especial, através da qual se busca excluir bens do demandante da apreensão judicial determinada em processo de que ele não é sujeito”.
Os embargos de terceiros são a ação manejável quando alguém se vê ameaçado de sofrer penhora ou ato constritivo de seu patrimônio em um processo de execução do qual não é parte, estando previsto no art. 674 e seguintes do CPC, podendo ser opostos a qualquer tempo antes do trânsito em julgado da sentença e, no cumprimento da sentença, até cinco dias após a adjudicação.
2.4 – Reclamação
Possuindo a natureza de ação de competência originária de tribunal. A reclamação cabe especialmente para preservação da autoridade ou da competência de um tribunal. É aduzida nos artigos 988 e 993 do CPC.
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do 
Ministério Público para: 
I - preservar a competência do tribunal; 
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; 
III - garantira observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
IV – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de procedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência.
Com isso, temos que a ação é dirigida diretamente ao ST, ou ao tribunal que ditou a súmula, instruindo a ação com a prova de que a decisão contrariou veemente a súmula ou enunciado, e requerendo seu cumprimento.
Portanto, dentro das mudanças ocorridas, é possível concluir, que os Sucedâneos Recursais são meios impugnativos de extrema relevância no âmbito jurídico, que, em geral, possuem peculiaridades próprias, as quais, afastam as suas delimitações daquelas estabelecidas para as vias ordinárias recursais e impugnativas.
Assim, o que ocorre é a ocorrência de institutos anômalos, que com escopos próprios, categorizam-se debaixo de um único manto, por não possuírem guarida nos demais fenômenos processuais.
 
REFERÊNCIAS
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual vicil. 4 ed. Rio de Janeiro : Lumen Juris, v. 3, 2002.
DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil . Salvador/BA: Editora Juspodivm, vol. II, 4ª ed., 2009.
https://salomaoviana.jusbrasil.com.br/artigos/160221767/recurso-sucedaneo-recursal-e-demanda-autonoma-de-impugnacao-voce-sabe-distingui-los

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