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Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação Aula 10 Gerenciamento Profissional de Projetos de TI Objetivos Específicos • Elaborar um plano para desenvolvimento individual de competências. • Classificar quais os modelos que se aplicam aos diversos tipos de projetos. Temas Introdução 1 Quais são os erros mais comuns no desenvolvimento pessoal? 2 Como estruturar um projeto para o desenvolvimento de suas competências individuais? 3 Qual o modelo que se aplica às suas necessidades? Considerações finais Referências André Luis Fonseca Ricardi Professor Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 2 Introdução É evidente que as organizações eficientes propiciam, na maioria das vezes, um ambiente de desenvolvimento pessoal mais adequado para os profissionais. Entretanto, cabe a cada um buscar os seus objetivos pessoais, independentemente de onde está desenvolvendo o seu trabalho. Ainda, cada um tem a opção de mudar de organização e buscar um ambiente onde possa, efetivamente, aproveitar suas competências e, assim, atingir sua realização profissional. Os acomodados se adaptam ao meio e buscam desculpas, para o que não conseguem realizar. Podemos ter motivos, mas focar nas desculpas pode ser um entrave considerável, no seu desenvolvimento profissional e pessoal. Serão apresentadas, nesta aula, sugestões, para que você possa se desenvolver e, de fato, praticar gerenciamento profissional de projetos, sem buscar desculpas para aquilo que não consegue realizar. É possível apresentar resultados consistentes e visíveis a todos, de forma que você possa se tornar um profissional de destaque. Normalmente, as conquistas individuais e corporativas exigem esforços de todas as partes. Não basta esperar que os outros, principalmente aqueles que concorrem no mesmo espaço, o ajudem a atingir os seus objetivos. Trabalhar em grupo é importante, mas todos precisam colaborar. 1 Quais são os erros mais comuns no desenvolvimento pessoal? O principal é acreditar que alguém consegue fazer algo sozinho, no mundo corporativo. Mesmo o seu desenvolvimento pessoal deve contar com a participação de outras pessoas. Quando você está lendo algo, estudando, assistindo uma aula, uma palestra, enfim, aprendendo algo, está recebendo estas informações de alguém, direta ou indiretamente. Mesmo o que você aprende sozinho, na sua prática diária, dificilmente acontecerá sem que você esteja interagindo com alguém ou com algo que alguém construiu ou elaborou. O desenvolvimento de seres humanos se dá através do relacionamento direto e indireto com outras pessoas (RICARDI, 2014). Portanto, é importante que você pare de olhar para si próprio, acreditando que pode tudo sozinho, sem precisar de ninguém. Outro erro comum é copiar fórmulas prontas, que deram certo para outros, sem analisar se aquilo se aplica a você (RICARDI, 2014). Por exemplo, quando você segue a mesma profissão de alguém que conhece, apenas porque acha esta pessoa admirável ou, pior que isso, quando acredita que esta profissão lhe dará mais retorno financeiro. Alguns especialistas em carreira comentam que aqueles que seguem a profissão que gostam têm maiores chances de sucesso. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 3 Mas você deve estar se perguntando por que estou comentando sobre coisas elementares e, para alguns, óbvias. Digo isso, por conta de, atualmente, muitos profissionais estarem se especializando em gerenciamento de projetos sem ao menos saber do que se trata; muitas vezes por conta de alguns seguirem para esta profissão, porque ouviram falar que “dá dinheiro” ou porque os profissionais desta área são respeitados. É essencial que você analise, em primeiro lugar, se gosta de lidar com pessoas. Para ser gerente de projetos você terá contato com outras pessoas quase o tempo todo e precisa ser competente em comunicação e outras habilidades interpessoais/gerenciais. Esta é a base para um bom gerente de projetos. Então, se você tem dificuldades de relacionamento e não gosta de lidar com outras pessoas, precisa repensar se o seu papel nos projetos é ser o gerente. Existem diversas outras opções que podem estar relacionadas com o gerenciamento de projetos, notadamente algumas funções desempenhadas pelos PMOs (Project Management Office – Escritórios de Projetos). Você pode atuar em funções de suporte, controle, monitoramento, entre outras. Para ser o gerente do projeto, você precisará de algo mais do que conhecimento técnico. Aprender e compreender os processos envolvidos não basta, pois você precisa de outras pessoas para ter sucesso. 2 Como estruturar um projeto para o desenvolvimento de suas competências individuais? Antes de mais nada, você precisa definir se quer ser o gerente do projeto. Neste caso, como já foi abordado no item anterior, para a maioria dos projetos, você precisará ser um mestre em lidar com pessoas. Definindo quais são seus objetivos, quanto às funções que poderia desempenhar nos projetos, mapeie quais são as competências necessárias para esta função. Se a sua organização têm uma definição de papéis e responsabilidades relacionados a projetos, consulte e avalie qual mais lhe agrada. Avalie quais estão mais próximas do seu perfil e do que você deseja (ZENKER, 2014) . É importante você considerar se a organização de fato pratica e utiliza estas definições ou se elas estão formalizadas apenas para atender a questões relacionadas à imagem da organização ou ao atendimento de exigências impostas por certificações de qualidade. Infelizmente, existem organizações que definem funções, responsabilidades, processos e normas, que nunca saem do papel, ou seja, as pessoas de fato não utilizam no seu dia a dia. Se a sua organização não tem estas definições, pesquise no mercado e consulte outros profissionais que trabalham com projetos. Documente quais são as competências necessárias, avalie quais as que você já tem e monte um plano, para desenvolver aquelas que você ainda pode melhorar. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 4 Avalie a possibilidade de utilizar um tutor neste processo, ou seja, ter o apoio de algum profissional que exerce a função que você deseja, não somente esclarecendo detalhes desta função, mas também solicitando orientações sobre como se desenvolver. Se você não se sente apto a conduzir este processo sozinho e não existe um tutor que possa ajudá-lo, pense na possibilidade de contratar um profissional especialista em coaching. Ele poderá ajudá-lo de maneira significativa, além de agilizar o seu desenvolvimento profissional. Segundo o Guia PMBOK 5ª edição, os gerentes de projetos realizam o trabalho através da equipe e de outras partes interessadas. Os gerentes de projetos eficazes devem possuir combinação equilibrada de habilidades éticas, interpessoais e conceituais, para ajudá-los a analisar situações e interagir de maneira apropriada (PMI, 2013). Na figura 1, está ilustrado este conceito e como as habilidades se relacionam. Figura 1 – Habilidades do gerente de projetos equilibrado Habilidades éticas Habilidades conceituais Habilidades interpessoais Gerente de projetos equilibrado Note que as habilidades éticas estão no ápice da figura, e as habilidades conceituais e interpessoais na base, propositalmente. É importante construir uma base sólida de habilidades conceituais e interpessoais, porém, sem foco na ética, pode ser insuficiente e certamente é inadequado. É preciso virar a página da falta de ética no mundo corporativo. Pergunte aos profissionais que você considera éticos se eles se arrependem de sua opção. Será que você precisa se juntar aos não éticos para desenvolver-se profissionalmente? A resposta é não. Basta que você observe a quantidade de profissionais éticos que conseguiram destaque e sucesso. É provável que o caminho sem ética seja mais curto, mascertamente ele tem bases menos consistentes e uma queda normalmente é quase sem volta. Profissionais que têm comportamento não ético, quando perdem sua posição, na maioria das situações, não conseguem apoio de outros para se recuperar. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 5 Para o desenvolvimento de habilidades conceituais, os modelos de mercado que foram apresentados até aqui, nesta disciplina, são excelentes referenciais. Analise em detalhes e tenha em mente que a simples repetição de processos e o preenchimento de documentos não são suficientes. Com relação às habilidades interpessoais, é um desenvolvimento constante. Jamais atingiremos a perfeição e sempre é possível melhorar. É evidente que alguns têm mais facilidade e conseguem ser competentes, nestes aspectos com menor esforço. Isso não significa que você não consegue. Apenas que terá que se esforçar mais. O importante é estar o tempo todo atento e focado em melhorar. Um pequeno passo de cada vez pode representar uma grande caminhada. Recomendo a leitura do livro “Desenvolvimento de Competências para Gerentes de Projetos” (ZENKER, 2014). Esta obra explora em detalhes como você pode se tornar um gerente de projetos melhor. 3 Qual o modelo que se aplica às suas necessidades? Primeiro, você precisa levantar os detalhes, mapear e analisar estas necessidades. Não copie as fórmulas que funcionaram para outras organizações. Busque as soluções que atendam às necessidades de sua organização. Avalie o contexto de sua organização, os objetivos estratégicos, a cultura local e organizacional e todos os aspectos que poderão influenciar a escolha do modelo base a ser utilizado (NEWTON, 2011). Feito isso, aproveite as boas ideias dos demais. Se sua organização não tem uma metodologia própria, cabe analisar se não é necessário. Se já tem, avalie quais as sugestões que você poderia dar para que ela se torne mais efetiva. Para que você entenda o contexto dos modelos com enfoque organizacional, faça a leitura das páginas 244 a 259 do livro: “O Gestor de Projetos” (NEWTON, 2011) disponível na biblioteca virtual. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Gestão de Projetos em Tecnologia da Informação 6 Considerações finais Nesta disciplina, você foi apresentado a diversos modelos de qualidade e de boas práticas, para gerenciamento profissional de projetos. Foi apresentado também a um processo simplificado, para implementar uma metodologia de gerenciamento de projetos, em sua organização. Sem mapear as reais necessidades e os reais objetivos de sua organização, é impossível obter resultados consistentes e adequados. É possível que você já consiga visualizar qual deles se aproxima mais das necessidades de sua organização e como melhorar os resultados dos seus projetos. Lembre-se de considerar a cultura local e os valores das organizações envolvidas e não somente da sua. Se a sua organização atingir o nível de maturidade desejado e os seus clientes e fornecedores continuarem muito distantes disso, todo o esforço pode ter sido em vão. Da mesma forma, dedique-se ao seu desenvolvimento pessoal, mas incentive seus colegas de trabalho a fazer o mesmo. Não há mérito em resultados individuais sem o compartilhamento com seus colegas e com todas as organizações envolvidas. O desenvolvimento deve ser de todos juntos! Pare de buscar fórmulas totalmente prontas. Utilizar modelos agiliza a obtenção dos resultados desejados e nos mostra caminhos que têm uma chance maior de sucesso. Porém, sempre exige esforço individual e corporativo. Não acredite em atalhos. Faça a sua parte com dedicação e foco. Sucesso! Referências PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos – Guia PMBOK. Pennsylvania: Project Management Institute, 2013. RICARDI, André L. F. EasyBOK – Um Guia de Sobrevivência para o Gerente de Projetos. São Paulo: Campus Elsevier, 2014. ZENKER, Marcio Rodrigues. Desenvolvimento de Competências para Gerentes de Projetos. São Paulo: Campus Elsevier, 2014. NEWTON, Richard. O Gestor de Projetos. Tradução: Daniel Vieira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. Introdução 1 Quais são os erros mais comuns no desenvolvimento pessoal? 2 Como estruturar um projeto para o desenvolvimento de suas competências individuais? 3 Qual o modelo que se aplica às suas necessidades? Considerações finais Referências
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