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Questionário Metabolismo de Carboidratos, Lipídeos e Proteínas 1) Descreva as rotas principais do metabolismo dos carboidratos. Glicólise: Consiste na oxidação da molécula de glicose formando duas moléculas de ATP e duas moléculas de Ácido Pirúvico. Acontecendo no hialoplasma, é um processo de catabolismo, anaeróbio e aeróbio, universal. Consiste numa sequência de 10 reações e duas fases: preparatória (compreendem 5 reações nas quais a glicose é fosforilada por dois ATP e convertida em duas moléculas de gliceraldeído−3−fosfato) e de pagamento (as duas moléculas de gliceraldeído−3−fosfato são oxidadas pelo NAD+ e fosforiladas em reação que emprega o fosfato inorgânico. O resultado líquido do processo total de glicólise é a formação de 2 ATP, 2 NADH e 2 piruvato, às custas de uma molécula de glicose). Em organismos e tecidos aeróbios, em condições aeróbias, o Piruvato é oxidado (com perda do grupo carboxílico) originando o grupo Acetil-CoA que depois é oxidado a CO2 durante o Ciclo de Krebs. Em organismos e tecidos em condições de pouco oxigênio ou em condições anaeróbias, o Piruvato é reduzido a Lactato ou convertido a Etanol + CO2. O lactado (proveniente da glicólise anaeróbia) é produzido pelo organismo após a queima da glicose para fornecimento de energia sem a presença de oxigênio. Em atividades físicas de longa duração, por exemplo, o suprimento de oxigênio nem sempre é suficiente. O organismo busca energia em fontes alternativas, produzindo o lactato. O acúmulo desta substância nos músculos pode gerar uma hiperacidez que causa a dor e desconforto logo após o exercício físico. Via das pentoses-fosfato: Processos de síntese das pentoses, CO2 e o NADPH, onde, se trata de uma via metabólica alternativa à glicólise para a oxidação da glicose que não requer e não produz ATP. A via das pentoses-fosfato ocorre no citosol em duas etapas: etapa oxidativa e a etapa não−oxidativa. Na etapa oxidativa a glicose−6−fosfato é convertida à ribulose−5−fosfato acompanhada pela formação de duas moléculas de NADPH. A etapa não−oxidativa envolve a isomerização e condensação de várias moléculas diferentes de açúcar. Três intermediários do processo são utilizados em outras vias: a ribose−5−fosfato, a frutose−6−fosfato e o gliceraldeído−3−fosfato. Alternativamente, a via das pentoses−fosfato pode ser concebida como um “desvio” para a produção de frutose−6−fosfato a partir da glicose−6−fosfato. Tanto a glicose−6−fosfato como o Neywlon Luan L. de Oliveira gliceraldeído−3−fosfato produzidos pela via das pentoses−fosfato podem ser metabolizados a piruvato e, finalmente, oxidado no sistema enzimático mitocondrial. Glicogênese: É o processo de síntese do glicogênio a partir da condensação de muitos monômeros de glicose. O glicogênio é armazenado em grânulos intracelulares que também contêm as enzimas que catalisam as reações para a sua síntese e degradação. A glicose armazenada sob a forma de glicogênio no fígado e músculos destinam-se a diferentes funções, como reservatório de glicose à corrente sanguínea e combustível para gerar ATP durante atividade muscular. Tal processo ocorre logo após a ingestão do alimento, quando os teores de glicose estão elevados na corrente sanguínea. O Lactado é formado nos eritrócitos por glicose é captado pelo fígado e convertido em Glicose-6-fosfato. Após, a glicose−6−fosfato é convertida reversivelmente a glicose−1−fosfato pela fosfoglicomutase e, em presença da UDP−glicose−pirofosforilase, a glicose−1−fosfato reage com a trifosfato de uridina (UTP), para produzir UDP−glicose uma forma “ativada” de glicose. A unidade glicosil de UDP−glicose é transferida para uma extremidade não−redutora do glicogênio já existente, resultando na anexação de uma nova unidade de glicose. A UDP é reconvertida a UTP à custa de ATP por meio de uma reação de transferência do grupo fosforil catalisada pela nucleosídio−difosfato– cinase. O glicogênio é uma estrutura amplamente ramificada com pontos de ramificações a cada 8 a 14 resíduos. A ramificação é resultante da ação da enzima amilo-transglicosilase (enzima de ramificação). Essa enzima transfere um fragmento de 6 ou 7 resíduos de glicose, da extremidade não-redutora de uma cadeia para o grupo OH do C6 de uma unidade de glicose na mesma ou em outra cadeia de glicogênio, de modo a formar um enlace onde é estabelecido um ponto de ramificação. Após a ocorrência de ramificações, unidades de glicose podem ser acrescentadas a partir de resíduos glicosil provenientes da UDP−glicose aos terminais não−redutores de cada uma das cadeias originais ou das ramificações, por meio da glicogênio−sintase. Quando o n° suficiente de unidades são adicionadas, desse modo, ocorrem novas ramificações. A síntese de glicogênio necessita a existência de uma cadeia de glicogênio já constituída, à qual são adicionados novos resíduos de glicose. Na primeira etapa da síntese, uma glicosil−transferase liga o primeiro resíduo de glicose a um grupo OH de uma proteína chamada glicogenina que atua como molde inicial. Essa, por autocatálise, incorpora novos resíduos de glicose, até formar uma pequena cadeia de até sete resíduos doados pela UDP-glicose, produzindo uma molécula nascente de glicogênio. Nesse ponto, a glicogênio−sintase inicia a síntese do glicogênio, enquanto a glicogenina desliga-se do polímero. Glicogenólise: É o processo de conversão do glicogênio em glicose, através da degradação do glicogênio em uma clivagem sequencial de resíduos de glicose a partir das extremidades não-redutoras das ramificações do glicogênio. A partir do rompimento das ligações pela enzima glicogênio-fosforólise, há a formação do α−D−glicose−1−fosfato. A glicogênio- fosforilase remove unidades sucessivas de glicose ao longo da cadeia até restarem quatro resíduos de um ponto de ramificação. A continuação da degradação ocorre depois da transferência de uma unidade de três resíduos de glicose da ramificação sob a ação da enzima de desramificação do glicogênio, para a extremidade não-redutora de outra ramificação, ou seja, acontece o rompimento de uma ligação com a formação de uma nova ligação. Em sua nova posição, os resíduos de glicose são liberados pela ação da glicogênio- fosforilase. A remoção do resíduo glicosil restante ligado à cadeia principal é realizada por hidrólise pela mesma enzima de desramificação com a formação de glicose e glicogênio não ramificado. Desse modo, é explicado o aparecimento de pequenas quantidades de glicose livre. O produto final das reações de degradação do glicogênio é a glicose−1−fosfato que é convertida em glicose−6−fosfato pela fosfoglicomutase. A glicose−6−fosfato pode ser utilizada pela glicólise ou pela via das pentoses-fosfato e no fígado, a glicose-6-fosfato também sofre a ação da glicose−6−fosfatase para formar glicose. Gliconeogênese: É o processo de formação de novas moléculas de glicose a partir de moléculas menores, como precursores não-glicídicos (lactato, piruvato, glicerol, cadeias carbonadas). Entre as refeições, os teores adequados de glicose sanguínea são mantidos pela hidrólise do glicogênio hepático. Quando o fígado esgota seu suprimento de glicogênio (exemplo, jejum prolongado ou exercício vigoroso), a gliconeogênese fornece a quantidade apropriada de glicose para o organismo. Considerando o piruvato como ponto inicial da gliconeogênese, as reações podem ser comparadas com as da via glicolítica, porém, no sentido inverso. Muitas das enzimas e intermediários são idênticos. Sete reações são reversíveis, no entanto, três são irreversíveis e devem ser contornadas por meio de outras reações catalisadas por enzimas diferentes. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico: Trata-se de uma via catabolítica cíclica de oxidação total da glicose a CO2 e H2O, com liberação de energia. Tal processo só ocorre em condições aeróbicas, na matriz mitocondrial. Antes de entrarno ciclo, após a oxidação da molécula de glicose (pelas diversas vias) a Piruvato, este é transportado do citosol até a matriz mitocondrial por uma translocase específica para ser descarboxilado a Acetil-CoA. Para a formação de Acetil-CoA participa do processo o complexo multienzimático piruvato desidrogenase, além de outras enzimas como a CoA-ácido pantotênico e a vitamina B3 (NAD+). Após formado, o Acetil-CoA entra no ciclo e através de uma reação de condensação com o Oxaloacetato formando o Citrato. A reação é catalisada pela enzima citrato sintetase. Neste processo, há a liberação da coenzima A, que fica livre para atuar na descarboxilação oxidativa de outra molécula de Piruvato e formar uma nova molécula de Acetil-CoA capaz de entrar no ciclo. Após formado o Citrato, através de uma reação de desidrogenação, este é convertido a Isocitrato via Cis-Aconitato através da enzima aconitase. Trata-se de uma reação reversível. O Isocitrato sofre de desidrogenação pela ação da enzima isocitrato desidrogenase (enzima ligada à coenzima NAD+) resultando na formação na molécula de Alfa-Cetoglutarato e CO2. Nessa reação irreversível há a liberação de NADH + H+. Após a formação do Alfa-Cetoglutarato, através de uma reação de descarboxilação oxidativa, o mesmo é oxidado a Succinil-CoA e CO2 pela ação do complexo alfa-cetoglutarato desidrogenase, enzima ligada à coenzima NAD+. Nessa reação irreversível, também há a formação de NADH + H+. O Succinil-CoA é um composto de alta energia. Fosforila a Guanosina Difosfato (GDP) a Guanosina Trifosfato (GTP) pela ação enzimática da succinil- CoA sintetase. Nesta reação de fosforilação em nível de substrato, ocorre a liberação do Succinato, da coenzima A e a formação de um grupo fosfato terminal de alta energia do GTP a partir de GDP + Pi. Após a formação do Succinato pela reação reversível, o mesmo passa por uma reação de desidrogenação até a formação da molécula de Fumarato. Tal processo é catalisado pela enzima succinato desidrogenase, a qual contém FAD ligada covalentemente, formando FADH2. Através da catalisação do Fumarato a partir da enzima fumarato desidrogenase (fumarase) e de uma reação reversível de hidratação, há a formação do Malato. Por fim, na última reação do Ciclo de Krebs ocorre a desidrogenação do malato a Oxaloacetato e o início de um novo ciclo. Esta reação é catalisada pela enzima malato desidrogenase a qual está ligada à coenzima NAD+. Nessa reação reversível, há a formação de NADH + H+. Cadeia respiratória: Após o Ciclo de Krebs, este é um processo metabólico de síntese do ATP a partir da energia liberada pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória. Ocorrendo nas cristas mitocondriais, é um sistema de transferência de elétrons provenientes do NADH e FADH2 (estas coenzimas são carreadoras do O2, o qual serve como aceptor de H+). Durante o fluxo de elétrons, há liberação suficiente de energia livre para a síntese de ATP nos sítios de fosforilação oxidativa. Neste fluxo, os elétrons são passados de molécula para molécula nos citocromos presentes nas cristas mitocondriais. Estes “pulam” de um citocromo para outro até chegar no O2 e fazer a liberação de energia convertida em ATP. Neste processo, o NADH se liga ao complexo I e transfere seus elétrons para este complexo, iniciando a cadeia de transporte de elétrons. Este complexo é um canal de prótons e bombeia 4 prótons para o espaço intermembranar e transfere elétrons para a ubiquinona (uma proteína inserida na membrana). A ubiniquona transfere os elétrons para o complexo III (bomba de prótons), que bombeia mais 2 prótons para o espaço intermembranar. Os elétrons são transportados pelo complexo III até o citocromo C (que só transfere elétrons) e deste para o complexo IV que além de ser uma bomba de prótons (bombeia 4 prótons) transfere elétrons para o oxigênio reduzindo-o até H2O. Desta maneira, a cada um NADH que inicia esta via, 10 prótons são bombeados para o espaço intermembranar. O FADH2 possui afinidade ao complexo II, que não é uma bomba de prótons, transfere seus elétrons para a ubiquinona e daí em diante tudo se repete. O FADH2 é responsável pelo bombeamento de 6 prótons para o espaço intermembranar. Estes prótons retornam através da ATP sintase e são responsáveis pela maior síntese de ATP que acontece na mitocôndria. 2) Descreva as rotas principais do metabolismo dos lipídeos. Metabolismo do glicerol: Os principais produtos da digestão de lipídios são o glicerol e ácidos graxos, portanto nesta aula trataremos apenas dos seus metabolismos. O glicerol é metabolizado na via glicolítica. Para isto ele precisa primeiro ser ativado pela enzima glicerol- quinase, que utiliza uma molécula de ATP para converter o glicerol em L-glicerol-3-fosfato. Em seguida a enzima glicerol3-fosfato-desidrogenase utiliza o NAD+ para converter o L- glicerol-3-fosfato em diidroxiacetona-fosfato. Por fim a enzima triose-fosfato-isomerase converte a diidroxiacetona-fosfato em D-gliceraldeído-3-fosfato, que segue seu caminho na via glicolítica. Metabolismo dos ácidos graxos: ocorre no interior da mitocôndria. Para que eles sejam metabolizados é necessário primeiro ativá-los, transformando seu grupo carboxilato num tio- éster da CoASH. A enzima acilCoA sintetase inicialmente ativa o ácido graxo com uma molécula de ATP. O oxigênio da carboxila ataca o fósforo-α do ATP, fornando acil-AMP e pirofosfato. O pirofosfato é hidrolisado à dois fosfatos inorgânicos. Em seguida a CoASH ataca a carbonila da acil-AMP, saindo o grupo abandonador AMP e formando acil-CoA. No interior da mitocôndria os ácidos graxos serão oxidados em quatro etapas, quebrando sua estrutura de dois em dois carbonos, até convertê-los em acetil-CoA, NADH e FADH2. O acetil-CoA segue para o ciclo do ácido cítrico e os NADH e FADH2 seguem para a fosforilação oxidativa. Β-oxidação de ácidos graxos: A primeira reação da β-oxidação de ácidos graxos é catalisada pela enzima acil-CoA-desidrogenase, que utiliza o FAD para remover o hidrogênio, convertendo a acil-CoA em trans-Δ2 -enoil-CoA. Repare que a insaturação formada é trans e não cis como seria esperado encontrar em ácidos graxos. Na segunda reação a trans-Δ2 -enoil-CoA sofre hidratação catalisada pela enoil-CoA-hidratase (idêntica a reação da fumarese no ciclo do ácido cítrico), formando o L-β-hidroxiacil-CoA. Na terceira reação a enzima β-hidroxiacil-CoA-desidrogenase utiliza o NAD+ para oxidar o L-β-hidroxiacil-CoA à β-cetoacil-CoA. Na quarta e última reação a enzima acil-CoA-acetiltransferase também denominada tiolase catalisa quebra da β-cetoacil-CoA pela CoASH formando acetil-CoA e uma acil-CoA com dois carbonos a menos. Essas quatro etapas são repetidas até que todo o ácido graxo saturado seja convertido à acetil-CoA, NADH e FADH2. Corpos cetônicos: Nos mamíferos, a acetil-coA formada no fígado durante a β-oxidação de ácidos graxos pode ser exportada para outros tecidos na forma de corpos cetônicos. São três os corpos cetônicos: acetona, acetoacetato e D-β-hidroxibutirato. A acetona é produzida em menor quantidade, e por ser volátil é exalada. Os outros são solúveis em água, sendo transportados pelo sangue até os demais tecidos, onde são reconvertidos em acetil-CoA e oxidados no ciclo do ácido cítrico. 3) Descreva as rotas principais do metabolismo das proteínas. O metabolismo das proteínas envolve cinco etapas. Na primeira, ocorre a ativação dos aminoácidos. O grupo carboxila do aminoácido deve estar ativado para que ocorra a ligação peptídica e deve sempre existir um elo entre cada aminoácido e a informação contida no mRNA. Logo, esta primeira etapa envolve a ligação do aminoácido a um tRNA, ocorre no citosol e envolve a participação de enzimas do tipo aminoacil-tRNA sintetases. A segunda etapa é chamada de iniciação, onde o mRNA liga-se à menor das subunidades ribossômicas e ao aminoacil-tRNAde iniciação. Em seguida, liga-se à subunidade maior, formando o complexo de iniciação, pareando o aminoacil-tRNA com o códon UAG. A terceira etapa, o alongamento, é formada pela ligação de outros aminoácidos e requer a participação de proteínas conhecidas como fatores de alongamento, e assim como as etapas anteriores, envolve a participação de GTP (Guanosina trifosfato). A quarta etapa é a terminação e liberação, sinalizada por um códon de terminação. A quinta e última etapa é o enovelamento e processamento pós-tradução, para que a proteína obtenha sua forma tridimensional biologicamente ativa. Já no metabolismo catabólico, o processo é responsável pela reciclagem dos aminoácidos e por não deixar nosso organismo formar proteínas anormais ou não desejáveis. Os sistemas de degradação estão localizados no citoplasma e são dependentes de ATP. Outros processos de degradação podem ocorrer nos lisossomos. A via dependente de ATP (adenosina trifosfato) envolve a proteína ubiquitina, que se liga de forma covalente aos resíduos de Met da proteína a ser degradada através da catálise realizada por três enzimas separadas (E1, E2 e E3). O complexo de degradação é conhecido por proteassomo 26S e envolve o processo de desenovelamento de proteínas ubiquitinadas 4) Sabemos que cada órgão possui funções metabólicas especializadas: Descreva como o músculo esquelético, o músculo cardíaco, o cérebro, o tecido adiposo e os rins usam o ATP para trabalhar. O ATP é a moeda energética utilizada por todas as células. A hidrólise do ATP fornece energia para as reações químicas envolvidas no processo de contração muscular, o coração utiliza a energia para bombear o sangue, os rins utilizam-na para filtrar os resíduos e reciclar os nutrientes e para a produção de urina, o cérebro para conduzir os impulsos eléctricos nervosos etc. Nos músculos a reação que usa energia é a contração muscular. Duas das proteínas do músculo fazem as contrações: a actina e a miosina. A miosina liga-se ao ATP vindo da mitocôndria, e curva-se sobre a actina. O ATP então se quebra, liberando um fosfato e um ADP, que ficam livres para ser recarregados novamente. Assim, a actina e a miosina deslizam uma sobre a outra, realizando o movimento. Para que as duas se soltem e o músculo relaxe, é preciso que outro ATP se ligue à miosina, desligando as duas proteínas. O trabalho cardíaco é ejetar o sangue para o organismo e eficiência cardíaca pode ser medida pela relação entre o sangue ejetado e a energia consumida. o ventrículo direito consome cerca de seis vezes menos energia que o ventrículo esquerdo, porque ejeta seis vezes menos sangue por batida. A energia cardíaca vendo através do ATP, molécula produzida durante o processo de respiração celular. O coração depende muito da energia imediata da glicose. Por isso, as mitocôndrias são mais abundantes no músculo cardíaco do que no esquelético O impulso nervoso (ou potencial de ação) é uma rápida alteração do potencial eléctrico das membranas dos neurónios. Por breves instantes (poucos milissegundos) a carga eléctrica do interior da célula nervosa torna-se mais positiva que o exterior. As membranas plasmáticas dos neurónios são constituídas por uma bicamada fosfolipídica impermeável aos íons, como nas outras células, mas possuem proteínas que funcionam como canais ou bombas iónicas. Pela sua atividade estas proteínas formam o potencial de repouso definido como a diferença de cargas eléctricas entre o exterior e o interior da célula quando a membrana da célula não está sujeita a qualquer alteração do seu potencial eléctrico. Geralmente o potencial de repousos é negativo, ou seja, o exterior mais positivo que o interior. Deve-se sobretudo à diferença de concentração dos íons sódio (Na+) e potássio (K+) dentro e fora da célula. Diferença essa que é mantida pelo funcionamento dos canais e proteínas que bombeiam sódio para o meio externo e potássio para o meio interno, com consumo de ATP, contrariando a difusão passiva. As sinapses (comunicação entre os neurônios) consomem a maior parte da energia. Como tem pouco glicogênio de reserva, o cérebro pode sofrer danos graves quando falta glicose, mesmo que por um breve intervalo de tempo. A maior parte dessa energia é usada para a produção de urina. O restante é utilizado para fabricar hormônios ou eliminar toxinas. As células epiteliais que revestem o túbulo proximal apresentam características estruturais que favorecem a reabsorção: microvilosidades apicais (aumentando a área de reabsorção), grande número de mitocôndrias (para a produção de ATP necessário para sustentar os transportes ativos) e junções oclusivas relativamente permeáveis (permitindo a passagem de água e íons no espaço intercelular). No ciclo da ureia consiste em cinco reações - duas dentro da mitocôndria e três no citosol. O ciclo utiliza dois grupos amino, um do NH4+ , e um do aspartato, e um carbono do HCO3- para formar a ureia, que é relativamente atóxica. Essas reações utilizam a energia de quatro ligações de fosfato (3 de ATP, que são hidrolisados a 2 ADP e 1 AMP). A molécula de ornitina é a carregadora desses átomos de carbonos e nitrogênios. No tecido adiposo: a gordura armazenada no adipócito encontra-se na forma de triglicerídeos (três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol). Enquanto realizamos o exercício, vários hormônios como as catecolaminas, o glucagon, o hormônio do crescimento, corticosteroides, entre outros, são liberados na corrente sanguínea, e quando chegam aos adipócitos, provocam lipólise (esvaziamento dos adipócitos) aumentando as concentrações sanguíneas de ácidos graxos livres (AGL). Esses AGLs são levados aos músculos esqueléticos que os utilizam para a síntese de ATP. Sendo, dessa forma, para a produção de ATP e para o fornecimento de energia para o corpo trabalhar e ter um bom funcionamento.
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