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Glossário sobre Currículo e Avaliação na Educação Infantil - Ingrid

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Glossário sobre Currículo e Avaliação na Educação Infantil 
______________________________________________________CURRÍCULO: Nos termos mais simples, currículo é uma descrição do que, por que, como e quão bem os estudantes devem aprender, sistemática e intencionalmente. O currículo não é um fim em si, mas um meio para fomentar uma aprendizagem de qualidade (Fonte: UNESCO-IBE, 2011). O termo currículo possui muitas definições, variando de um “curso de estudo” planejado (derivado do latim) a uma visão abrangente que inclui todas as experiências de aprendizagem pelas quais a escola é responsável – como “o currículo é a totalidade de experiências que são planejadas para crianças e jovens ao longo de sua educação, onde quer que ocorra” (SCOTLAND, 2009). Alguns exemplos de definições: “O currículo é um plano que incorpora uma série estruturada de resultados pretendidos de aprendizagem e experiências de aprendizagem associadas, geralmente organizadas como uma combinação ou uma série de cursos correlatos” (ACER, 2007). O currículo é o “inventário de atividades implementadas com vistas a conceber, organizar e planejar uma ação educacional ou de formação, incluindo a definição de objetivos, conteúdos, métodos (incluindo avaliação) e materiais de aprendizagem, bem como disposições para a formação de professores e formadores” (CEDEFOP, 2011). “Um currículo é um plano para a aprendizagem” (TABA, 1962). “O currículo define as bases e os conteúdos educacionais, seu sequenciamento em relação ao tempo disponível para experiências de aprendizagem, as características das instituições de ensino, as características das experiências de aprendizagem, em particular do ponto de vista dos métodos a serem usados, os recursos para aprendizagem e ensino (como livros didáticos e novas tecnologias), avaliação e perfis dos professores” (BRASLAVSKY, 2003). Também é possível ver o currículo como um acordo político e 31 social que reflete a visão comum de uma sociedade, ao mesmo tempo em que considera necessidades e expectativas locais, nacionais e globais. Dessa forma, os processos contemporâneos de desenvolvimento e reforma curricular envolvem cada vez mais discussão e consulta públicas com um amplo leque de partes interessadas. A concepção de currículos evoluiu para um tópico de considerável debate – com perspectivas frequentemente conflitantes – envolvendo formuladores de políticas, especialistas, profissionais e toda a sociedade.
_______________________________________________________________COMO É DEFINDA NAS DIRETRIZES O CURRILO: A definição de diretrizes voltadas ao currículo define o foco na ação mediadora da instituição de Educação Infantil como articuladora das experiências e saberes das crianças e os conhecimentos que circulam na cultura mais ampla e que despertam o interesse das crianças. Com isso pode aperfeiçoar ás praticas vividas pelas crianças nas unidades de educação infantil. O cotidiano dessas unidades de Educação Infantil, no contexto de vivencia, aprendizagem e desenvolvimento é muito importante, por isso deve ser organizado, com o tempo certo para a realização das atividades (ocasião, frequência e direção).
_______________________________________________________________O DIREITO À EDUCAÇÃO INFANTIL E A AVALIAÇÃO: A Educação Infantil teve seu início formal precisamente na Europa e desenvolveu-se primeiramente com características assistencialistas, motivada pelo processo de industrialização e crescimento do regime capitalista. Segundo Guarda e Cunha (2013, p. 67), sua chegada ao Brasil não se distanciou de tal função: De forma geral, ao longo do século XIX e XX, as instituições infantis, incluindo as brasileiras, orientavam-se por uma rotina de assistencialismo cuja ação era a prática da custódia e de higiene da criança. É a partir da década de 1980 que as instituições de Educação Infantil passam por um amplo debate e suas funções assistencialistas sofrem uma rigorosa crítica. Muitos acontecimentos precederam esse atendimento aqui no Brasil, dentre eles, os movimentos com suas lutas por creches, baseados no artigo 227 da Constituição Federal de 1988, que trata dos Direitos da Criança e do Adolescente, que deu origem ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). A partir de 1988, com a promulgação da Constituição Federal, o reconhecimento da Educação Infantil como dever do Estado e direito das crianças e suas famílias foi garantido. A Lei das Diretrizes e Bases (LDB) nº 9.394/96 regulamentou o atendimento. Machado (2000, p.16) destaca a principal contribuição dessa lei para essa etapa da educação: A mais importante e decisiva contribuição da LDB para com a educação infantil é a de situá-la na educação básica (art.29). Ao afirmar que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica a nova lei não está apenas dando-lhe uma posição cronológica na pirâmide da educação mas, principalmente, expressando um conceito novo sobre esse nível educacional. Segundo a autora, a Educação Infantil ganha destaque no âmbito nacional, passando a ser o início da formação básica do cidadão. Em 2009 o Conselho Nacional da Educação (CNE) produziu o Parecer 20, que descreve um breve histórico sobre a Educação Infantil no Brasil e aponta as bases que devem ser observadas no trabalho com essa etapa: a construção da identidade do atendimento, sua função sociopolítica e pedagógica, a definição do currículo e o processo de avaliação. As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil- DCNEI (2009), caracteriza as instituições que ofertam essa etapa de ensino: Art. 5º A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais 12 públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. Essas DCNEI descrevem que as instituições de educação infantil devem cumprir sua função sociopolítica e pedagógica (BRASIL, 2009), como apresentado no Art. 7°, Oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis, humanos e sociais; Assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias; Possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas; Promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância; Construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnicoracial, de gênero, regional, linguística e religiosa. Assim, as práticas pedagógicas para essa etapa de ensino, segundo as DCNEI (BRASIL, 2009), devem ter como eixos norteadores: as interações e brincadeiras. O currículo parte desses princípios norteadores pelo fato de ser o contato das crianças com a escola e que estão em pleno processo de desenvolvimento físico, motor, cognitivo, afetivo, de mundo, ou seja, as crianças nessa idade ainda estão construindo os conhecimentos sobre este mundo através da fantasia e brincadeiras e com elas desenvolvem habilidades e constroem outros conhecimentos. Rosemberg (2012 p. 13) em Educação infantil, igualdade racial e diversidade: aspectos políticos, jurídicos, conceituais, aponta o crescimento da Educação Infantil no século passado: A segunda metade do século XX trouxe importantes novidades para as práticas educacionais antes da escola primária: um número cada vez maior de crianças pequenas, entre 0 e 5-6 anos, em inúmeros países, passou a compartilhar experiências educacionais com coetâneos, sob a responsabilidade de um/a adulto/a especialista (quase exclusivamente mulheres)fora do espaço doméstico, em equipamentos coletivos tais como creches, escolas maternais, pré-escolas ou jardins da infância. Assim, a educação e o cuidado da criança pequena, juntamente com o cuidado dos/as velhos/as, talvez seja uma das últimas funções que se desprendeu – parcial, gradativa e ambiguamente – do espaço doméstico e da exclusiva responsabilidade familiar, sem que, portanto, a família seja considerada anomicamente insuficiente. 13 Nos últimos anos ela vem avançando legal e teoricamente em nosso país. Atualmente, segundo a Lei nº 12.796, de 4/4/2013, que alterou a LDB 9.394/96: a Educação Infantil passa a fazer parte da educação básica obrigatória e gratuita para as crianças a partir de quatro anos de idade, com carga horária mínima anual de 800 horas, controle de freqüência pela instituição, exigindo um mínimo de 60% tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança de até cinco anos, visando seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.
_______________________________________________________________AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A avaliação na Educação Infantil, é a avaliação da aprendizagem, é instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica na busca pelo professor de melhores caminhos para orientar as crianças, conforme ele pesquisa que elementos podem estar contribuindo, ou dificultando as possibilidades de expressão d criança, sua aprendizagem e desenvolvimento. As DCNEIS consideram que a avaliação deve ser processual e incidir sobre todo o contexto de aprendizagem: as atividades propostas e o modo como foram realizados, as instruções e apoios oferecidos as crianças individualmente e o coletivo de crianças. A avaliação deve se basear na observação sistemática do comportamento de cada criança, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano com utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças, feito ao longo do período em muitos momentos diferentes. E com isso garantir a continuidade dos processos de aprendizagem das crianças, devem ser criadas estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança desde seu ingresso na instituição de Educação Infantil, considerando a necessária adaptação das crianças e seus responsáveis as práticas e relacionamentos que tem lugar naquele espaço e visa o conhecimento de cada criança e de sua família pela equipe da instituição, de suas mudanças e turmas no interior da instituição e sua transição da creche para a pré-escola, e desta para o ensino fundamental.

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