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Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful O sono é um fenômeno ativo, um estado funcional, reversível e cíclico, com comportamentos característicos, como uma imobilidade relativa e o aumento do limiar de respostas aos estímulos externos produz variações biológicas e mentais. Tipos de sono: 1. Sono de ondas lentas (sono não REM): esse tipo de sono é acompanhado de uma diminuição na maioria das funções corporais, redução da resposta aos estímulos sensoriais, redução generalizada do tônus muscular, a respiração se torna profunda e regular, a frequência cardíaca e a produção de calor reduzem; aumento da liberação do hormônio do crescimento e prolactina. Sono repousante e compreende 75% do total de sono. 2. Sono REM – movimento rápido dos olhos (paradoxal): caracteriza-se por movimentos rápidos dos olhos. Variação no sistema nervoso autônomo, com a respiração e o ritmo cardíaco tornando-se mais rápido e irregular, a pressão arterial mais elevada e um aumento da secreção dos hormônios supra renais. Frequência: a cada 90min, duração^: 5-30min; 25% do total de sono. Está relacionado aos sonhos e memória. Estágios do Sono O estágio 1 é o mais leve e o 4 o mais pesado. O estagio 2 ocupa a metade do tempo em que dormimos. Geralmente, uma noite de sono de um er humano se inicia no sono não REM, passa do estagio 1 até o 4 e depois retorna ao estágio 1-2, para então entrar no sono REM. Essa sequencia tende a se repetir de cindo a seis vezes durante a noite. • Substratos Neurais: Formação reticular – muitos neurônios colinérgicos Núcleos da rafe – neurônios serotoninérgicos, estão relacionados a vigília. Núcleo do locus coeruleus – relacionado a produção de noradrenalina. Corpo pinel – relacionado a melatonina. O diencéfalo tem uma estrutura de importância que é o hipotálamo, a parte núcleo supraquiasmático do hipotálamo, ele é responsável pela manutenção do nosso ciclo sono-vigília ou seja, ele controla o acordar e dormir. Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful A histamina atua estimulando a vigília (manter-se acordado). Transtornos do Sono Dissonias: são transtornos do ritmo circadiano do sono, onde os pacientes tem dificuldade em iniciar ou manter o sono ou podem dormir em excesso. → Transtornos intrínsecos do sono: insônia, narcolepsia, hipersonia, síndrome de apneia obstrutiva do sono, síndrome de inquietação das pernas etc. → Transtornos extrínsecos do sono: insônia de altitude, síndrome do comer noturno, transtorno do sono induzido por toxina, higiene do sono inadequada. → Transtornos do ritmo circadiano do sono: síndrome da mudança da zona de tempo, padrão irregular de sono vigília. Parassonias: caracterizadas por comportamentos ou eventos fisiológicos anormais associados com o sono ou alguma de suas fases; → Transtornos do despertar: sonambulismo, terrores noturnos; → Transtornos da transição sono-viligia: sonilóquio; → Parassonias geralmente associadas ao sono REM: pesadaelos, paralisia do sono. → Outras parassonias: bruxismo do sono, enurese do sono. Associados com transtornos médicos psiquiátricos → Associados com transtornos mentais: psicoses, transtornos do humor, alcoolismo. → Associados com transtornos neurológicos: demência, parkinsonismo. → Associados com outros distúrbios médicos: doença pulmonar obstrutiva crônica, úlcera péptica; → Transtornos do sono propostos: pequeno dormidor, grande dormidor. Epidemiologia 15 a 30% da população referem ao médico dificuldades para dormir no decorrer de 1 ano, sendo que 5-10% recebem algum tipo de medicação. Hipnóticos parecem serem usados em maior quantidade por mulheres e idosos. Tratamento • Não farmacológico: limitação da ingestão de cafeína e álcool a noite, horário regular para dormir, restrição do sono e exercícios moderados durante o dia, quarto com temperatura adequada e silêncio. • Farmacológico: o hipnótico farmacodinamicamente ideal reproduziria a fisiologia normal do sono, sem provocar o aparecimento de efeitos adversos. Nenhum dos fármacos hoje existentes conseguem atingir estes objetivos. ANTIHISTAMÍNICO → Dramin: o dimenidrato tem um início mais lento do que a difenidramina. → Fenergan: cloridrato de prometazina – pode ser utilizdo na pré anestesia e na potencialização de analgésicos, devido a sua ação sedativa. → Difenidrin: difenidramina (injetável). Mecanismo de Ação: antagonistas do receptor de histamina. Histamina liberada atua em receptores H1 e estimula neurônios motores da vigília. Quando o paciente utiliza um Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful anti-histamínico, ocorre o bloqueio dessa liberação da histamina. BARBITÚRICOS Gardenal (fenobarbital), Butisol sodium (butabarbital sódico), Nembutal (pentobarbital), Seconal (secobarbital), etc. BENZODIAZEPÍNICOS Valium (Diazepam), Rivotril (clonazepam), Dormonid (midazolam), entre outros. • Indicações: insônia e ansiedade; anestesia endovenosa, anticonvulsivante, relaxante muscular e combate os sinais de abstinência ao álcool. Apresentam elevado índice terapêutico e a eficácia entre eles parece não divergir. • Farmacodinâmica: diminuem a latência do sono e frequência com que a pessoa acorda, aumentando a duração do sono total. • Farmacocinética: excelente absorção oral, mas também são administrados das vias IM e IV; não provocam indução enzimática; efeito ultracurto, curto, intermediário e longo. Alprazolam meia vida intermediária (6/20h); lorazepam intermediaria (6/20h); Diazepam longa (>20h); clorazepam (curta <6h), midazolam (curta <6h), entre outros. • Mecanismo de Ação: potencialização da ação do GABA. O GABA A liga-se normalmente ao receptor abrindo o canal de cloreto, com a presença do benzodiazepínico ele liga-se ao seu sitio de ligação mudando a forma do sitio de ligação do GABA (aumentando a sua eficácia) -> entrando mais coreto na célula, estimulando o sono. O benzodiazepínico depende do GABA1 → Problema: utilizar vários medicamentos e álcool ao mesmo tempo. Barbitúricos e Benzodiazepínicos: esses medicamentos de acordo com a dose podem ter efeitos semelhantes. Sedação -> hipnose -> anestesia geral (tanto na sedação quanto na hipnose ele pode responder a estímulos). Efeitos Adversos Amnesia anterógrada (o indivíduo se lembra perfeitamente das ocorrências a longo prazo, porém não se recorda dos acontecimentos recentes), prejuízo no desempenho psicomotor, tolerância e dependência (cuidado com aumento da dose). Na retirada do medicamento pode ocorrer insônia rebote (por isso deve Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful ser feito a parada do medicamento aos poucos). A depressão respiratória não é comum quando administrados isoladamente. O dormindo (midazolam) pode ocorrer alguns eventos adversos cardiorrespiratórios graves com risco de morte, incluindo a depressão respiratória, apneia, parada respiratória e/ou parada cardíaca (embora raro podem ocorrer). Farmacoterapia Uso da menor dose afetiva, administração intermitente (2 a 4x semana), usar por períodos curtos, descontinuação gradual da medicação, atenção para insônia rebote. Novos compostos hipnóticos: zolpidem (atua na subunidade do receptor GABA A, tem uma meia vida de 2/4h e promove uma rápida indução do sono), zopiclona (atua nas subunidades alfa 1 e alfa 2 do receptor GABA A, tem meia vida de 5/3h), zaleplona (atua na subunidade alfa 1 do receptor GABA A, tem uma meia vida de 0,9h promove uma rápida indução do sono e pode ser usado no meio da noite), etc. Melatonina: a suplementação de melatonina tem se mostrado um método seguro e eficaz para melhorar a latência, duração e qualidade do inicio do soo em crianças, adolescentes, idosos e mulheres na pós-menopausa. Além disso, o uso consistente de melatonina produz uma taxa de rebote muito baixa. A formação da melatonina é formada a partir do triptofano queproduz a serotonina que é convertida em melatonina. Fisiologia do Sono Glândula pineal é sensível a luz, então conforme o dia escurece a concentração de melatonina é aumentada. A melatonina atua a receptor MT1 e MT2 que atua na região dos núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo Rameltona: é um potente e altamente seletivo agonista dos receptores da melatonina MT1 e MT2. Utilizado para insônias, pessoas que tem dificuldades em iniciar o sono. Diferentes efeitos de drogas hipnóticas Benzodiazepinicos: diminuem o sono REM, alta eficiência de sono, probabilidade de dependência é alta. Rameltona: indiferente no sono REM, alta eficiência de sono, probabilidade de dependência é moderada. Amitriptilina: diminui o sono REM, alta eficiência de sono, probabilidade de dependência é baixa. Quetiapina, olanzapina, gabapentina: diminui o sono REM, alta eficiência de sono, probabilidade de dependência é baixa.
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