Buscar

ORGANOGRAMA DE BIOQUIMICA M3 - HILLARY FERREIRA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HILLARY FERREIRA 
BIOQUIMICA 
MÓDULO 03 
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS 
CONCEITO: 
• São obtidas., absorvidas e transportadas junto com a gordura da dieta; 
• Não são facilmente excretadas por sua natureza hidrofóbica e, por isso, ficam 
armazenadas principalmente no fígado e no tecido adiposo; 
• Chega a ser preocupante altos níveis de vitaminas lipossolúveis em detrimento da 
toxicidade; 
TRANSPORTE E ABSORÇÃO DAS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS 
• Os processos de absorção e do transporte dessas vitaminas são feitos juntamente com a gordura 
que para ser absorvidas precisa de um processo muito elaborado de substâncias digestivas que 
além das enzimas são os sais biliares que emulsificam a gordura da dieta e transformam grandes 
gotas de gordura em pequenas gotas que conseguem ser absorvidas na forma de micelas, caem nos 
enterócitos, são englobadas por lipoproteínas e as vitaminas lipossolúveis acompanham essa 
trajetória, por isso a dieta pobre em gordura e síndromes no sistema biliar causam hipovitaminose 
de vitamina A. 
IMPORTÂNCIA MÉDICA: 
• Deficiência: 
o Insuficiência nutricional: causa rara em comparação com outras pois trata-se de uma 
vitamina lipídica, 
o Distúrbios que afetam a digestão e a absorção dela 
▪ Distúrbios do sistema biliar e dieta pobre em gordura: 
➢ Pois os processos de absorção e do transporte dessas vitaminas são feitos 
juntamente com a gordura que para ser absorvidas precisa de um processo 
muito elaborado de substâncias digestivas que além das enzimas são os sais 
biliares que emulsificam a gordura da dieta e transformam grandes gotas de 
gordura em pequenas gotas que conseguem ser absorvidas na forma de 
micelas, caem nos enterócitos, são englobadas por lipoproteínas e as 
vitaminas lipossolúveis acompanham essa trajetória. Então, a dieta pobre 
em gordura e síndromes no sistema biliar causam hipovitaminose de 
vitaminas lipossolúveis. 
▪ Diarreias recorrentes; 
▪ Síndrome do intestino irritado; 
▪ Síndrome de crohn. 
o Estratorréia: 
▪ Quando a gordura não é absorvida e sai nas feses. 
 
HILLARY FERREIRA 
o Condições socioeconômicas desfavoráveis: 
▪ Verminoses; 
▪ Situações que levem a diarreias; 
▪ Situações que levem a infecções intestinais e infecções no geral: 
➢ Pois aumenta a demanda em detrimento de um consumo muito grande e os 
níveis dessas vitaminas podem baixar. 
• Síndromes de Deficiência 
o Xeroftalmia: um ressecamento patológico da retina, por deficiência do Retinol (vitamina A) 
que se não for tratado pode causar uma cegueira provisória como a cegueira noturna; 
o Raquitismo e Osteomalácia: a deficiência do Calciferol (vitamina B) compromete o equilíbrio 
dos níveis de cálcio entre o sangue e os tecidos que pode levar ao raquitismo em crianças e 
à osteomalácia, má formação óssea, em adultas e adultos; 
o Distúrbios neurológicos e anemia hemolítica do RN: pode ser causada pela deficiência do 
Tocoferol (vitamina E) pois ela protege as membranas das hemácias contra a 
lipoqueroxidação, o ataque dos radicais livres e assim as hemácias, desprotegidas, acabam 
sendo oxidadas antes dos 120 dias e a medula não tem como responder tão bem antes dos 
120 dias, então causa a anemia hemolítica; 
o Doença hemorrágica do RN: deficiência das Quinonas (vitamina K): as crianças recém 
nascidas, como não têm bactérias no intestino e não tem uma dieta rica em vitamina K, não 
tem os níveis suficientes dessa vitamina e aí foi estipulado que toda criança recém nascida 
deve tomar uma injeção de vitamina K para evitar hemorragias pois, como ela é lipossolúvel 
vai sendo armazenada e liberada aos poucos até ela começar a produzir e ingerir esta 
vitamina. 
A BIODISPONIBILIDADE: 
• Conceito: a quantidade da vitamina que é absorvida, transportada pela corrente 
sanguínea, disponibilizada para os tecidos e que chega na célula; 
• Não é a mesma ingerida pois fatores influenciam ali seja atrapalhando ou contribuindo; 
o Fisiologia do indivíduo: 
▪ Desordens gastrointestinais; 
▪ Estado nutricional prévio do indivíduo: a biodisponibilidade de uma pessoa 
desnutrida é diferente da de uma pessoa com o estado nutricional normal; 
▪ Substâncias ingeridas ao mesmo tempo que a vitamina é ingerida, como 
álcool, drogas e até outros alimentos. 
FUNÇÕES: 
• Antioxidante: proteção das células e tecidos contra a ação de radicias livres, agentes oxidantes; 
• Hormonal: 
SÃO ELAS: 
• Retinol ou Vit. A; 
• Calciferol ou Vit. D; 
• Tocoferol ou Vit. E; 
• Quinonas ou Vit. K. 
 
HILLARY FERREIRA 
DIABETE MELITO 
VISÃO GERAL: 
• Um grupo heterogêneo de síndromes caracterizadas por elevação da glicemia em jejum, causada 
por deficiência relativa ou absoluta de insulina; 
• Não é uma doença, é uma síndrome; 
• Principal causa de cegueira e amputação de membros em adultos; 
• Importante causa de falha renal, ataques cardíacos e AVC; 
 
DIAGNÓSTICO: 
• Pode ser: 
o Clínico: 
▪ Não comprova apenas alerta, desconfia; 
▪ Percebido através de sinais e sintomas, 
como: 
➢ Emagrecimento; 
➢ Polifagia; 
➢ Poliúria; 
➢ Fraqueza; 
➢ Desanimo; 
➢ Polidipsia. 
o Laboratorialmente: 
▪ Fecha o diagnóstico; 
▪ Através do exame laboratorial de glicemia em jejum, que é interpretado da seguinte 
maneira: 
G ≥ 126 mg/dL → Diabetes 
 99 ≤ G < 126 → Pré-diabetes 
70 ≤ G < 99 → Hipoinsulinemia 
DIABETES MELITUS TIPO II 
CARACTERÍSTICAS: 
• Caracteriza-se por uma resistência dos tecidos à ação da insulina pela inativação dos seus 
receptores nas células; 
• Não se origina de problemas na função do pâncreas de produzir insulina (problemas em suas 
células beta) mas causa, gradativamente, tal situação; 
• Não leva paciente à insulinodependência, se for controlada antes de virar uma diabete melitus tipo 
II; 
• Consiste no tipo de diabetes mais frequente, pois está relacionado ao comportamento, a 
alimentação e a atividades físicas, e em uma sociedade moderna, principalmente em países 
desenvolvidos, a alimentação é hipercalórica e o sedentarismo é bastante frequente. 
• São 625 mil novos casos nos EUA por ano; 
 
HILLARY FERREIRA 
• As alterações metabólicas são mais brandas quando se compara às da diabete tipo I, pois não se 
tem falência pancreática e parte da insulina produzida ainda consegue agir pois não são todos os 
receptores que estão inativos; 
• Não envolve vírus nem anticorpos; 
• Aumento da gliconeogênese. 
ETIOLOGIA (CAUSAS) 
• Por questões comportamentais, como a alimentação hipercalórica e a falta de atividade física, 
combinadas ou não com questões genéticas que determinem uma pré-disposição para ganho de 
peso, o corpo acumula gordura, principalmente a abdominal. Essa gordura produz várias 
substâncias inflamatórias e a gordura abdominal é a mais perigosa pois ela produz uma quantidade 
maior dessas substâncias. Tais substâncias inativam, nos tecidos, principalmente os consumidores 
periféricos como a o adiposo e o muscular, os receptores da insulina. Dessa forma, o pâncreas 
produz insulina, mas nem toda a quantidade produzida consegue agir pois muitos dos seus 
receptores estão inativos e assim, a glicose não consegue sair do sangue e entrar na célula para ser 
quebrada e transformada em energia, causando fraqueza e hiperglicemia. Logo, o corpo avisa para 
o pâncreas produzir mais insulina, só que o problema não estava na falta dela e sim na falha dos 
seus receptores, causando hiperinsulinemia e ainda fazendo o pâncreas trabalhar mais do que 
devia; 
• Anda se tem um equilíbrio de glicemia, mas à s custas de uma compensação pancreática, que é 
resultado de um súper esforço do pâncreas; 
• Entretanto, em uma hora, bem próxima, o pâncreas não consegue mais compensar por um declínio 
na função das suas células beta causado por: esse súper esforço do pâncreas, por fundo genético, 
pela toxicidade da própria glicose aumentada no sangue e pela toxicidade dos ácidos graxos livres 
em consequência da obesidade; 
• A combinação de resistência dos tecidos à ação da insulina com a disfunção de célulasbeta do 
pâncreas que gera a diabete tipo II; 
• Nesse tipo de diabete não há riscos de cetoacidose como ocorre na tipo I, pois ainda tem glicose 
nas células e o fígado não precisa ativar a produção de energia a partir de lipídeo, que gera corpos 
cetônicos diminuindo o PH do sangue; 
• Essa falta de glicose nas células, principalmente as do tecido adiposo e dos músculos que são as que 
mais dependem da glicose, faz o corpo estimular o fígado a fazer gliconeogênese, produção de 
glicose a partir de compostos aglicanos (não-açúcares ou não-carboidratos). Mas o problema não 
estava na falta da glicose e sim na inativação dos receptores de insulina para que essa glicose entra 
na célula, então o fígado produz glicose e joga na corrente sanguínea que já estava cheia dela, 
aumentando ainda mais a glicemia; 
• Mesmo que a paciente esteja regulada quanto à alimentação a glicose continua alta em razão da 
gliconeogênese em uma maior quantidade; 
• Esse súper esforço do pâncreas causa, a longo prazo, um estresse pancreático, culminando na 
falência total desse órgão, o que muda o quadro da paciente de diabete melitus tipo II para diabete 
melitus tipo I. 
HIPERGLICEMIA NA PACIENTE DE DIABETE MELITUS TIPO II 
• Motivos: 
 
HILLARY FERREIRA 
o Não captação de glicose pelas células dos tecidos, principalmente os periféricos como o 
adiposo e o muscular, em decorrência da disfunção dos receptores de insulina deixando 
essa glicose no sangue; 
o Aumento da gliconeogênese, súper produção de glicose pelo fígado. 
FISIOLOGIA DO CORPO 
• Saudável: 
o Após uma refeição a glicemia aumenta e as células beta do pâncreas secretam insulina; 
o Os receptores de insulina dos tecidos a recebem e forma-se o complexo: insulina-receptor; 
o Esse complexo mobiliza proteínas de dentro da célula que mobilizam os glut’s, 
transportadores de glicose, para a membrana celular e eles captam a glicose que está no 
sangue; 
o Essa glicose é quebrada pela célula produzindo energia para o corpo. 
• Pessoa apenas com resistência à insulina: 
o Após uma refeição a glicemia aumenta e as células beta do pâncreas secretam insulina; 
o Muitos receptores de insulina estão inativos e são formados poucos complexos: insulina-
receptor, o que, consequentemente, faz com que seja produzida pouca energia para o 
corpo; 
o O pâncreas secreta mais insulina e consegue COMPENSAR, regulando os níveis de glicemia; 
o Entretanto, o pâncreas trabalha mais do que devia e uma hora algumas das suas células 
beta começam a falhar, gerando uma diabete tipo II. 
• Com diabete melitus tipo II: 
o Após uma refeição a glicemia aumenta e as células beta do pâncreas secretam insulina; 
o Muitos receptores de insulina estão inativos e são formados poucos complexos: insulina-
receptor, o que, consequentemente, faz com que seja produzida pouca energia para o 
corpo; 
o O pâncreas secreta mais insulina mas não consegue compensar totalmente e os níveis de 
glicemia continuam altos; 
o O pâncreas ainda trabalha mais do que devia e uma hora, bem próxima, ele entra em um 
estresse pancreático e para de produzir insulina por completo, gerando uma diabete melitus 
tipo I. 
CONSE QUÊNCIAS 
• Complicações micro e macrocelulares como: 
o Doenças renais; 
o A deficiência da insulina, em decorrência da disfunção das células beta do pâncreas permite 
a lipólise, por isso a paciente emagrece muito; 
o Pé diabético (falta de cicatrização); 
o O aumento na produção de insulina pelo pâncreas, em decorrências da hipoglicemia: 
▪ Estimula a lipogênese (produção de gordura no corpo); 
▪ Retém água e sódio; 
▪ Aumenta a produção de angiotensina que é vasoconstritora, estimulando a 
hipertensão arterial; 
 
HILLARY FERREIRA 
▪ Estimula a produção de fatores de coagulação, fibrinogênio, formando trombos; 
▪ A insulina é um hormônio anabólico, é sempre de síntese. 
• Doenças crônicas: 
o Doenças vasculares: 
▪ Doenças cardiovasculares; 
▪ Acidente vascular cerebral (AVC). 
o Nefropatia; 
o Retinopatia (a cegueira diabética): 
▪ A glicose em excesso vai para os tecidos que não são insulinodependentes como a 
retina e se transforma em sorbitol que é tóxico e causa ressecamento patológico e 
destruição da retina, culminando na cegueira. 
o Neuropatias. 
DIAGNÓSTICO 
• Sintomas: 
o Poliúria: a paciente urina muito e com glicose, pois é a tentativa do corpo de eliminar essa 
glicose para compensar; 
o Polidipsia: a paciente bebe muito pois, em 
decorrência da poliúria, ela perdeu muita 
água e eletrólitos, o que causa essa sede 
excessiva; 
o Polifagia: a paciente come muito, em 
decorrência da necessidade do corpo de 
ter energia e mesmo assim se sente 
extremamente fraca, pois a glicose n 
entrou na célula para produzir energia. 
• Exames: 
o Anticorpos: 
▪ Se não houver anticorpos anti células beta pode ser diabetes tipo II. 
• Nível de glicemia: 
o Hipoglicemia: 69 mg/dL > G 
o Normal = 70 mg/dL < G < 99 mg/dL; 
o Pré-diabética = 100 mg/dL < G < 125 mg/dL; 
o Diabética = 126 mg/dL < G; 
TRATAMENTOS 
• Mudanças comportamentais como a atividade 
física e uma alimentação saudável para reduzir o 
peso e diminuir a secreção de substancias 
inflamatórias que inativam os receptores de 
insulina, mantendo os níveis de glicemia o mais 
próximo possível do normal; 
 
HILLARY FERREIRA 
• Caso as mudanças comportamentais não resolvam se insere o uso de medicamentos 
hipogliceminantes, mantendo os níveis de glicemia o mais próximo possível do normal; 
• Se ainda persistir, é recomendado o tratamento com insulina para manter os níveis de glicemia o 
mais próximo possível do normal; 
• Assim, as complicações a médio e longo prazo serão prevenidas. 
DIABETE GESTACIONAL 
CONCEITO 
• Diabete temporária, ocorrendo apenas durante a gestação; 
CARACTERÍSTICAS 
• Caracteriza-se por uma resistência dos tecidos à ação da insulina pela inativação temporária dos 
seus receptores nas células em consequência de hormônios produzidos em decorrência da gravidez 
que causam essa inativação; 
• Não se origina de problemas na função do pâncreas de produzir insulina (problemas em suas 
células beta) mas causa, gradativamente, tal situação; 
• Não leva paciente à insulinodependência, se for controlada antes de virar uma diabete melitus tipo 
II; 
• Não envolve vírus nem anticorpos; 
• Aumento da gliconeogênese; 
• Na maioria das vezes, após o término da gestação, esses hormônios param de ser produzidos e os 
receptores voltam a ser ativos, curando a paciente. 
ETIOLOGIA (CAUSAS) 
• Por consequência da gravidez, o corpo produz várias substâncias inflamatórias que inativam, 
temporariamente, nos tecidos, principalmente os consumidores periféricos como a o adiposo e o 
muscular, os receptores da insulina. Dessa forma, o pâncreas produz insulina, mas nem toda a 
quantidade produzida consegue agir pois muitos dos seus receptores estão inativos e assim, a 
glicose não consegue sair do sangue e entrar na célula para ser quebrada e transformada em 
energia, causando fraqueza e hiperglicemia. Logo, o corpo avisa para o pâncreas produzir mais 
insulina, só que o problema não estava na falta dela e sim na falha dos seus receptores, causando 
hiperinsulinemia e ainda fazendo o pâncreas trabalhar mais do que devia; 
• Anda se tem um equilíbrio de glicemia, mas à s custas de uma compensação pancreática, que é 
resultado de um súper esforço do pâncreas; 
• Quando o pâncreas não consegue mais compensar pelo declínio da funcionalidade das suas células 
beta e isso se combina com a resistência dos tecidos à ação da insulina, estamos diante de uma 
caso de diabete gestacional; 
• Nesse tipo de diabete não há riscos de cetoacidose pois ainda tem glicose nas células e o fígado não 
precisa fazer gliconeogênese, que gera corpos cetônicos aumentando o PH do sangue; 
• Essa falta de glicose nas células, principalmente as do tecido adiposo e dos músculos que são as que 
mais dependem da glicose, faz o corpo estimular o fígado a fazer gliconeogênese, produção deglicose a partir de compostos aglicanos (não-açúcares ou não-carboidratos). Mas o problema não 
estava na falta da glicose e sim na inativação dos receptores de insulina para que essa glicose entra 
na célula, então o fígado produz glicose e joga na corrente sanguínea que já estava cheia dela, 
aumentando ainda mais a glicemia; 
 
HILLARY FERREIRA 
• Mesmo que a paciente esteja regulada quanto à alimentação a glicose continua alta em razão da 
gliconeogênese em uma maior quantidade; 
• Mas isso tudo pode ser controlado tranquilamente durante a gravidez e quando ela passar tais 
hormônios param de ser produzidos e a paciente fica curada. 
VITAMINA K 
FUNÇÃO 
• É coenzima de uma reação pós-traducional, pós síntese, que promove a carboxilação e, 
consequentemente, a ativação do ácido glutâmico das proteínas ou fatores de coagulação 
sanguínea pela adição de uma carboxila na sua composição. Essa carboxilação amadurece tais 
fatores, o que permite a sua interação com as plaquetas, pois dá a estes uma extremidade negativa 
que é necessária para a ligação com a extremidade positiva do cálcio que é a ponte de ligação 
desse fator com as plaquetas, formando o coágulo definitivo e permitindo a coagulação sanguínea. 
 
 
 
 
 
HILLARY FERREIRA 
DISTRIBUIÇÃO 
• Está presente em plantas na forma de filoquinona ou K1; 
• É produzida pelas bactérias da flora intestinal que sintetiza a menanquinona ou o K2 que se 
transformam em vitamina K. 
DEFICIÊNCIA 
• Antibioticos de terapia prolongada: 
o Redução das bactérias intestinais; 
• Recém-nascidas (os): 
o Pois têm intestinos estéreis e ainda não consomem alimentos que contém a vitamina K. 
BEBÊS E A INJEÇÃO DE VITAMINA K 
• Assim que as (os) bebês nascem ainda não está formada sua flora intestinal, então foi estabelecida 
uma injeção intramuscular de vitamina K para todas(os) as (os) recém-nascidas(os) para evitar uma 
possível hemorragia, como ela é lipossolúvel ela fica armazenada e vai sendo liberada aos poucos 
pelo corpo até que a criança adquira sua flora intestinal e consuma alimentos que contenham essa 
vitamina. 
CONSQUÊNCIAS DA HIPOVITAMINOSE DE VITAMINA K 
• Hipoprotrombinemia, pouca formação de trombos, coágulos, impedindo a eficácia da coagulação 
sanguínea e gerando sangramentos. 
VITAMINA E 
FORMA ATIVA 
• Alfa-tocoferol. 
FUNÇÃO 
• Antioxidante protetora de membrana, prevenindo a peroxidação lipídica, o ataque nas membranas 
e, consequentemente, a oxidação de componentes celulares pelo oxigênio e por radicais livres. 
DEFICIÊNCIA 
• Bebês prematuras (os) podem nascer com a deficiência dessa vitamina; 
• Adultas (os) que não consigam absorver e transportar lipídeos podem ter a deficiência dessa 
vitamina pois, já que esta é uma vitamina lipossolúvel, vem junto com a gordura da dieta. 
CONSEQUÊNCIAS 
• Anemia hemolítica, as membranas das hemácias ficam desprotegidas e as células ficam mais 
vulneráveis a ataques de radicais livres. 
PERCURSO METABÓLICO OU METABOLISMO CELULAR 
CONCEITO 
• É o conjunto de reações químicas intracelulares que transformam os nutrientes, substratos 
energéticos, moléculas capazes de gerar energia (carboidratos, lipídeos e proteínas), em energia 
(ATP), para as atividades do organismo, e novos compostos necessários para o crescimento, 
desenvolvimento e renovação dos tecidos. 
 
HILLARY FERREIRA 
ELE GARANTE 
• Homeostasia da glicose; 
• Homeostasia dos lipídeos; 
• Homeostasia das proteínas; 
• O mecanismo da temperatura corporal; 
• Equilíbrio ácido-base do corpo; 
• A saúde, a vida. 
DIVISÃO 
• Catabolismo: são reações de degradação de moléculas complexas em compostos mais simples com 
liberação de energia química (ATP), ou seja, reações exogênicas, exergônicas. Exemplo: glicólise, 
gliconeogênese e lipólise; 
• Anabolismo: são reações de síntese ou formação de macromoléculas a partir de compostos simples 
com o consumo de energia (ATP), ou seja, reações endogênicas, endergônicas. 
❖ IMPORTÂNCIA MÉDICA: para pacientes que precisam fazer coma induzido o objetivo é justamente 
prevalecer o anabolismo para que a recuperação aconteça rápido pois maioria da energia do corpo 
vai ser usada para essa recuperação. 
REGULAÇÃO 
• E Regulação extra ou intercelular: hormônios e 
neurotransmissores: 
o É uma regulação mais ampla do 
metabolismo; 
o Insulina: hormônio hipogliceminante, secretado, pelas células beta do pâncreas, em casos 
de aumento de glicose sanguínea; ele permite que a glicose que estava em grande 
quantidade no sangue entre na célula garantindo a homeostasia. Esse processo ocorre 
sempre após uma refeição e em qualquer outro caso de hiperglicemia; 
o Glucagon: hormônio hipergliceminante, secretado pelas células alfa do pâncreas em casos 
de hipoglicemia pois a quantidade de glicose que entrou na célula é dividida, uma parte é 
oxidada e utilizado na mesma hora, glicólise, e a outra sofre glicogênese é armazenada em 
forma de glicogênio. Portanto, quando há casos de hipoglicemia o pâncreas secreta o 
glucagon que permite a glicogenólise, garantindo a homeostasia. Ocorre muitas vezes 
durante o dia pois a alimentação do ser humano é intermitente, só ocorre mais ou menos a 
cada 3 horas então o organismo está preparado, devido à secreção desse hormônio, para 
aguentar essas 3 horas sem ingestão de substratos precursores da energia necessária. 
Porém, se o jejum for prolongado o glucagon não consegue controlar e aí o organismo entra 
em um estágio de luta e fuga e a adrenalina, o cortisol e o hormônio do crescimento entram 
em ação; 
o Adrenalina: entra em casos de hipoglicemia demorada e ajuda o glucagon, funcionando da 
mesma forma que ele e, consequentemente, jogando mais glicose no sangue para manter 
ao menos os níveis basais de glicemia; causa os efeitos adrenérgicos como a sudorese, 
tremor, taquicardia e ofegância; 
o Cortisol e hormônio do crescimento: neurotransmissores e hormônios contrarreguladores 
da insulina responsáveis pela homeostasia da glicose sanguínea em casos de hipoglicemia 
demorada; 
 
HILLARY FERREIRA 
❖ A insulina ao se ligar ao seu receptor já provoca uma ação direta dentro da célula, já o glucagon, 
quando se encaixa ao seu receptor, precisa influenciar, dentro da célula, um outro mensageiro para 
realizar a função ou ação que ele quer, trata-se do sistema de segundos mensageiros. 
o Oferta de nutrientes - comanda qual hormônio deve ser secretado: 
▪ Estado alimentado: secreção de insulina; 
▪ Jejum: secreção de glucagon, em caso alongado também se tem a adrenalina, 
cortisol e hormônio do crescimento. Ainda nesse caso também há a queima de 
gordura, ácidos graxos, como segundo substrato principal de energia e o terceiro é a 
proteína, mas é em último caso e causa efeitos como fraqueza, se for muito 
utilizada, pois a proteína sai da função estrutural que ela deveria estar. Apesar 
dessas fontes secundárias de energia, existem tecidos que são glicosedependentes 
como o encéfalo e para esses tecidos ocorre a gliconeogênese, processo que forma 
uma nova glicose a partir de substratos não glicídicos. 
 
• Regulação intracelular - sistema de segundos mensageiros: 
o Algumas moléculas de dentro da célula são chamadas de segundos mensageiros por 
atuarem entre o mensageiro original (Hormônios ou neurotransmissores) e o efeito final 
dentro da célula; 
o Traduzem a ligação do hormônio ou neurotransmissor em resposta; 
o O mais importante do metabolismo é o adenilato ciclase, proteína de membrana que é 
acionada na presença do glucagon e forma o AMP cíclico, o segundo mensageiro dela. 
ESTÁGIOS 
• 1º estágio: hidrólise de macromoléculas em seus blocos constitutivos; 
• 2º estágio: transformar os blocos constitutivos em um composto comum, o Acetil CoA, de alta 
energia; 
• 3º estágio: Oxidação das moléculas de Acetil CoA no ciclo do Ácido Cítrico produzindo CO2, H2O e 
ATP, além de intermediários para outras vias metabólicas. Ocorre dentro das mitocôndrias. 
 
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 
INGESTÃO 
• Carboidratosda dieta: 
 
HILLARY FERREIRA 
o Amido, polissacarídeo (formado por várias unidades de glicose unidas) encontrado nos 
cereais; 
o Glicogênio, polissacarídeo (formado por várias unidades de glicose unidas) encontrado nos 
animais, mais especificamente no fígado e no músculo deles; 
o Sacarose, dissacarídeo (glicose + frutose), açúcar puro da nossa mesa do dia a dia, da cana 
de açúcar; 
o Lactose, dissacarídeo (glicose + galactose), encontrada no leite e nas substâncias derivadas 
dele; 
o Celulose, polissacarídeo presente nos vegetais, mas que não é digerido nem absorvida pelo 
corpo humano embora seja benéfico pois colabora com a flora intestinal. 
DIGESTÃO 
• Quebra do dissacarídeo ou oligossacarídeo em monossacarídeos; 
• Boca: 
o Enzima: 
▪ α-amilase salivar: é secretada principalmente pelas glândulas parótidas e é de rápida 
ação. 
o O que digere: 
▪ Digere menos de 5% do amido e do glicogênio (polissacarídeos). É uma digestão 
incompleta pois essa enzima não tem tempo suficiente e nem capacidade química 
para quebrar todos os tipos de ligações, então só consegue transformar o amido em 
polímeros menores como a maltriose, trissacarídeo constituído por três moléculas 
de glicose, e as dextrinas α-limitadas, polissacarídeo de baixo peso molecular; esses 
polímeros constituem pontos de ramificação das moléculas do amido. 
• Estômago: 
o Enzima: 
▪ Não há atuação de enzimas desse órgão. 
o O que digere: 
▪ Cerca de 30% dos polissacarídeos é digerido pela amilase salivar antes de o alimento 
se misturar completamente com as secreções gástricas. Após se misturar com essas 
secreções a amilase salivar sofre uma desnaturação e é inativada em decorrência do 
baixo PH do estômago já que amilase trabalha em PH = 6.8 e o do estômago consiste 
em cerca de 3.5. Se esse carboidrato for ingerido com proteínas e gorduras essa 
enzima atua um pouco mais pois elas podem mudar um pouco o PH do estômago 
permitindo que a amilase trabalhe um pouquinho mais. 
• Intestino delgado: 
o Enzima: 
▪ α-amilase pancreática, secretada pelo pâncreas que vai quebrar os polissacarídeos 
(amido e glicogênio) e dissacaridases intestinais, a sacarase, a lactase, a isomaltase e 
a maltase que vai quebrar os dissacarídeos (sacarose, lactose, isomaltose e maltose) 
o O que digere: 
▪ Amido, glicogênio, sacarose, lactose, isomaltose e maltose respectivamente; 
 
HILLARY FERREIRA 
❖ A isomaltose e a maltose são dissacarídeos que vêm da quebra incompleta dos 
polissacarídeos, quando eles não são digeridos por completo. 
o Como ocorre a digestão: 
▪ Quando o agora quimo ácido, em decorrência das secreções gástricas, chega no 
duodeno o pâncreas secreta um suco pancreático contendo bicabornato que 
neutraliza essa acidez, criando um PH ideal para a ação de uma nova amilase, a α-
amilase pancreática que é muito mais forte do que a salivar e termina de quebrar 
por completo os polissacarídeos, o amido e o glicogênio, tendo como produto 
glicoses livres e deixando só algumas moléculas de maltose, dissacarídeo composto 
por duas moléculas de glicose; 
▪ Em seguida, as próprias células intestinais, enterócitos, secretam as dissacaridases, 
enzimas que vão digerir os dissacarídeos, são elas: 
➢ Sacarase: digere a sacarose separando glicose de frutose, deixando esses 
monossacarídeos livres; 
➢ Lactase: digere a lactose separando glicose de galactose, deixando esses 
monossacarídeos livres; 
➢ Maltase: digere a maltose separando glicose de glicose, deixando esses 
monossacarídeos livres. 
❖ IMPORTÂNCIA MÉDICA: as deficiências de dissacaridases atrapalham a digestão 
podendo causar desde leves a graves problemas. A título de exemplo, a intolerância 
à lactose se dá pela baixa funcionalidade ou falta da enzima lactase que, não 
digerindo a lactose, impede a absorção dela pois raramente o corpo absorve 
dissacarídeos. Esse composto então se acumula no intestino grosso, sofrendo ação 
das bactérias intestinais. O resultado são produtos, gases causadores de inflamações 
e lesões na mucosa do intestino, como o CO2 e o H2, provocando cólicas, 
flatulências, náuseas e vômitos na pessoa que sofre com essa deficiência. Além 
disso, também há a diarreia osmótica, pois, esses compostos também são 
osmoticamente ativos, atraindo a água de dentro da célula e causando essa diarreia, 
fazendo essa pessoa perder eletrólitos e causando consequências maiores se não for 
tratada. 
ABSORÇÃO E TRANSPORTE 
• A absorção é a saída do composto da luz do intestino para os enterócitos, células do intestino que 
possuem membranas em forma de escova, aumentando a superfície de contato e tronando mais 
eficaz o processo da absorção, são as microvilosidades; 
• São absorvidos apenas os monossacarídeos, ou seja, os compostos já digeridos e, raras vezes, 
dissacarídeos. Quase nunca se absorve moléculas maiores; 
• A absorção é feita através dos transportes: 
o Transporte ativo secundário: 
▪ Transporta a glicose e a galactose; 
▪ Feito pela SGLT-1, uma proteína transportadora especializada no transporte de 
glicose e galactose dependente de Na+ e encontrada na membrana das células do 
intestino; 
➢ Reabsorção: Essa proteína também é localizada nas células da parede do 
túbulo renal pois, caso, por algum problema, a glicose seja filtrada por esses 
túbulos, ela é transportada, por essa proteína, do lúmen do túbulo renal para 
 
HILLARY FERREIRA 
a célula da parede desse túbulo e, posteriormente, para o sangue ao invés de 
ser eliminada na urina. Esse processo é chamado de reabsorção e evita 
problemas; 
➢ Ela também é encontrada no plexo coroide, uma parte da barreira 
hematoencefálica, e tem como função nunca deixar faltar glicose no encéfalo 
capturando a glicose que pode estar sendo perdida e fazendo ela atravessar a 
barreira hematoencefálica, levando ela para o encéfalo para ser usada como 
fonte de energia, pois ele é glicosedependente. 
▪ Gasta ATP; 
▪ Como funciona: é um co-transporte no qual a glicose e a galactose se aproveitam da 
entrada do sódio na célula, da energia gasta nela, e entram junto com ele, pela 
mesma proteína transportadora e esse processo é favorecido pela SGLT-1; então, 
trata-se de um co-transporte de monossacarídeo-sódio. Ele é chamado também de 
simporte pois as duas substâncias, o monossacarídeo e o sódio, estão indo no 
mesmo sentido. A proteína transportadora de sódio só irá funcionar se estiver ligada 
também a um composto como a glicose, por exemplo, e o transporte do sódio é 
feito por um sistema chamado de bomba de sódio e potássio que se baseia na 
diferença de concentração destes compostos entre os espaços intra e intercelular. 
o Difusão facilitada: 
▪ Transporta glicose, galactose e frutose; 
▪ É feita pela família GLUT’s, proteínas transportadoras especializadas no transporte 
de glicose e frutose, independentes de Na+ e encontrada na membrana das células 
de alguns tecidos; trata-se de uma família de 14 tipos de GLUT’s com especificidade 
tecidual, cada tecido tem um tipo; os mais importantes são: 
➢ GLUT-1: transporta glicose e é encontrado na membrana dos eriterócitos, 
glóbulos vermelhos, agindo para a sua sobrevivência e para garantir sua 
função. É encontrado também no encéfalo; faz o transporte no sentido do 
lúmen ou sangue para a célula; 
➢ GLUT-2: transporta glicose e é encontrado no fígado e nos rins, agindo para 
garantir sua função; faz o transporte no sentido do lúmen ou sangue para a 
célula e também no sentido da célula para o sangue, dependendo do 
momento metabólico, pois é nesses órgãos que ocorre a gliconeogênese 
sendo de extrema importância o transporte inverso, principalmente no 
fígado pois ele faz a maior parte da glicogenólise para mandar a glicose que 
estava no glicogênio para as células, antes de ser necessário a 
gliconeogênese; é o único GLUT a fazer esse transporte inverso; ele 
transporta os três monossacarídeos; 
➢ GLUT-3: transporta glicose e é encontrado no neurônio, agindo para garantir 
sua função; faz o transporte no sentido do lúmenou sangue para a célula; 
➢ GLUT-4: transporta glicose e é encontrado em vesículas no tecido adiposo e 
no músculo esquelético, agindo para garantir suas funções; é 
insulinodependente para sair das vesículas e ir para as membranas e faz o 
transporte no sentido do lúmen ou sangue para a célula; 
➢ GLUT-5: transporta glicose e é encontrado na membrana das células do 
intestino, agindo para garantir suas funções e também para ser transportada 
para as outras células do corpo. Transporta também a frutose para os 
 
HILLARY FERREIRA 
testículos, sendo 
encontrado na membrana 
das células deles; a frutose é 
fonte de energia para a 
espermatogênese ou para 
maturação dos 
espermatozoides. Faz o 
transporte no sentido do 
lúmen ou sangue para a 
célula; 
➢ GLUT-7: mede o fluxo de glicose para o retículo endoplasmático dos rins e do 
fígado. 
o Transporte pelo solvente: 
▪ É um transporte adicional de glicose feito pelas junções celulares que a leva para o 
espaço paracelular (espaço entre as células), resultando em um acentuado aumento 
de glicose nesse espaço; 
▪ Como ocorre: 
➢ As altas concentrações de glicose produzem elevação da pressão 
osmótica no espaço paracelular, resultando na absorção osmótica de 
água da luz intestinal, através das junções celulares, diretamente 
para o espaço paracelular sem passar pelo interior do enterócito. 
▪ Esse transporte não tem muita relevância em baixas concentrações de glicose, mas 
pode ser importante em altas concentrações pois o transporte ativo se torna 
limitado em decorrência do número limitado de enzimas e proteínas 
transportadoras. Além disso, em altas concentrações de glicose, esse transporte 
pode ser equivalente a até 3 vezes a quantidade absorvida pelo mecanismo de co-
transporte de sódio; 
▪ Ele pode ser intensificado pela presença de moléculas de actomiosina no interior das 
paredes dos enterócitos adjacentes às junções celulares pois elas se atraem em altas 
concentrações de glicose e literalmente abrem as estas junções. 
• Os monossacarídeos são absorvidos (saem do lúmen da célula para a célula) pelo GLUT5 e vão para 
a veia porta, para o sangue, com a finalidade de serem distribuídos para as células do corpo, pelo 
GLUT2; 
• A glicose representa cerca de 80% de todos os monossacarídeos ingeridos, digeridos e absorvidos. 
A frutose e a galactose não chegam a 10% cada uma. 
ARMAZENAMENTO 
• Assim que a glicose entra na célula, parte dela logo sofre glicólise e a outra é armazenada 
inteligentemente pela célula para os períodos normais de jejum que o ser humano tem, já que sua 
alimentação é intermitente; 
• Entretanto, a glicose armazenada pelas células, na forma de glicogênio após a glicogênese, só supre 
a falta da glicose por pouco tempo. Por isso, o fígado recebe uma boa quantidade de glicose e a 
armazena. A glicose armazenada no fígado, glicose hepática, é distribuída para todas as células 
quando há a falta da glicose nelas; o músculo também armazena uma grande quantidade, mas ela 
serve exclusivamente para suas próprias células. Portanto, o fígado e o músculo são importantes 
armazenadores de glicose; 
 
HILLARY FERREIRA 
• O glicogênio do fígado só supre, através da glicogenólise, o jejum normalmente quando ele dura 
até 18 hrs; quando passa disso o armazenamento não consegue suprir e já é necessária a 
gliconeogênese, a produção de uma nova glicose. 
PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS DE UTILIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS 
• Quando a glicose está no corpo ocorrem alguns processos que buscam manter os níveis de glicose 
no corpo pelo menos em níveis basais, condição mínima de energia. 
GLICÓLISE 
• Conceito: 
o Via (conjunto de reações enzimáticas sequenciais nas quais o produto de uma é 
imediatamente o substrato da outra) utilizada por todas as células para quebrar a glicose 
com o objetivo de obter energia (ATP) e compostos intermediários para outras vias 
metabólicas. É o centro do metabolismo dos carboidratos. 
• Como ocorre a via glicolítica: 
o A Via glicolítica é um conjunto de 10 reações que vão removendo parcialmente a energia e 
preparando a molécula para as próximas etapas, o ciclo de Krebs e a cadeia transportadora 
de elétrons, que removem o restante da energia; 
o Fases/Estágios: 
▪ Fase de investimento de energia (ATP): 5 reações com gasto de 2 ATP’s: 
➢ Primeira reação – fosforilação do carbono 6: assim que a glicose entra na 
célula ocorre a primeira reação que é a saída da hidroxila e, posteriormente, 
a entrada de um grupo fosfato, fosforilação, no carbono 6 dessa hexose, 
transformando-a em glicose-6-fosfato. Essa reação foi realizada pela enzima 
hexocinase, ativada pela insulina, e esse fosfato veio de uma molécula de 
ATP que, transformando-a em ADP, marca o primeiro gasto de energia; com 
essa fosforilação, a célula retém a glicose dentro dela, permitindo o seu 
posterior metabolismo; 
→ A hexocinase: 
 Está presente em quase todos os tecidos; 
 Tem especificidade ampla, ou seja, não fosforila só a glicose, 
mas também outras hexoses; 
  Km: tem grande afinidade pela glicose, ou seja, consegue 
fosforilar mesmo com uma baixa quantidade de glicose; 
  Vm: só fosforila a quantidade de glicose que a célula vai 
usar, não consegue fosforilar mais. 
 Glicocinase: 
✓ Está presente apenas no fígado, pois é nele onde se 
deposita a maior quantidade de glicose, e nas células 
beta do pâncreas onde funciona como um sensor de 
pico de glicose avisando para estas células produzirem 
mais insulina; 
 
HILLARY FERREIRA 
✓ É um tipo de hexocinase, uma isoenzima, ou seja, 
enzima de mesma função embora tenha 
características cinéticas diferentes pois: 
 Tem  Km, ou seja, tem baixa afinidade por 
glicose, o que quer dizer que ela só entra em 
ação, só fosforila, se a quantidade de glicose 
for enorme como por exemplo após a ingestão 
do alimento pois, depois de ser absorvida 
pelos enterócitos e mandada pro sangue, a 
glicose é depositada em grande quantidade no 
fígado pela veia porta; 
 Ela também tem  Vm, ou seja, fosforila uma 
quantidade indefinida de glicose e em uma 
alta velocidade. 
➢ Segunda reação – isomerização da glicose-6-fosfato: a enzima fosfoglicose 
isomerase realiza uma isomerização, mudança de função, na glicose-6-fosfato 
que deixa de ser aldeído e passa a ser cetona se transformando, portanto, em 
frutose-6-fosfato; 
➢ Terceira reação – fosforilação do carbono 1 da frutose-6-fosfato: a enzima 
fosfofrutose-1 fosforila, adiciona um grupo fosfato no carbono 1 da frutose-
6-fosfato, transformando-a em frutose-1,6-bifosfato. Esse fosfato veio de 
uma molécula de ATP que, transformando-a em ADP, marca o segundo gasto 
de energia; 
→ Via alternativa: uma pequena parte da frutose-6-fosfato pode ir para 
uma via alternativa e, ao invés de produzir frutose-1,6-bifosfato, ela 
vira frutose-2,6-bifosfato pela ação da enzima fosfofrutocinase-2 que 
insere grupo fosfato no carbono 2. Isso ocorre quando a quantidade 
de glicose e, consequentemente, de insulina na célula está altíssima e 
esse novo composto é um reforçador da velocidade da via glicolítica, 
um regulador alostérico, pois as vezes uma reação precisa ser 
potencializada e se a concentração de glicose está muito alta é 
importante que a glicólise seja intensificada. Por isso, a insulina 
também tem como função a ativação dessa via alternativa para 
potencializar a glicólise. 
➢ Quarta reação – lise da molécula de frutose-1,6-bifosfato ao meio: a enzima 
aldolase promove a lise, quebra da molécula de frutose-1,6-bifosfato em 
duas moléculas: um aldeído, o gliceraldeído-3-fosfato e uma cetona, a 
diidroxiacetona; 
➢ Quinta reação – isomerização da diidroxiacetona: a enzima triose fosfato 
isomerase isomeriza a diidroxicetona, transformando-a em um outro 
gliceraldeído-3-fosfato que, junto com o anteriormente formado, segue para 
a próxima fase da glicólise. 
 
 
HILLARY FERREIRA 
 
▪ Fase de rendimento de energia (ATP): 5 reações, ocorridas duas vezes (5 com um 
gliceraldeído-3-fosfato e 5 com outro),com produção bruta de 4 ATP’s e líquida de 2 
ATP's: 
➢ Sexta reação – oxidação e fosforilação do gliceraldeído-3-fosfato: a 
enzima gliceraldeído-3-fosfato hidrogenase realiza uma 
desidrogenação desse composto transformando-o em 3-fosfoglicerato 
e entregando esse hidrogênio para um NAD que entra 
temporariamente na reação e sai em forma de NADH. Além disso, a 
enzima fosforila o carbono 1 do gliceraldeído-3-fosfato com um 
fosfato inorgânico transformando esse composto em 1,3-
bifosfoglicerato; é a ÚNICA OXIDAÇÃO da via; por isso, ela é a reação 
que extrai mais energia do composto; esse fosfato adicionado é um 
fosfato inorgânico; 
➢ Sétima reação – desfosforilação do 1,3-bifosfoglicerato: pela ação da 
enzima fosfoglicerato cinase, o fosfato adicionado no carbono 1 do 
1,3-bifosfoglicerato sai, se ligando a um ADP e transformando-se em 
ATP, ocorrendo, então, a primeira produção de ATP e a 
transformação do 1,3-bifosfoglicerato em 3-fosfoglicerato; 
➢ Oitava reação – mudança na posição do grupo fosfato do carbono 3 
para o 2: a enzima fosfoglicerato mutase muda o grupo fosfato do 
carbono 3 para o carbono 2, transformando o 3-fosfoglicerato em 2-
 
HILLARY FERREIRA 
fosfoglicerato e permitindo que esse composto possa sofrer, 
posteriormente, a ação da enzima enolase pois ela só reconhece o 2-
fosfoglicerato; 
➢ Nona reação – desidratação do 2-fosfoglicerato: a enzima enolase 
desidrata, retira água do 2-fosfoglicerato, causando uma 
reorganização dessa molécula redistribuindo sua energia e, 
consequentemente, transformando-a em fosfoenolpiruvato; 
➢ Décima reação – desfosforilação do fosfoenolpiruvato: a enzima 
piruvato cinase retira o último grupo fosfato que reage com uma 
molécula de ADP, formando energia (ATP), e transforma o 
fosfoenolpiruvato em piruvato livre. 
 
o Das 10 reações 7 são reversíveis (a mesma enzima também realiza a reação inversa) e três são 
irreversíveis, nas quais estão os pontos de controle da via. 
 
 
 
 
 
HILLARY FERREIRA 
• Reação completa: 
 
 
• Regulação da via: 
o Durante a glicólise existem três pontos de controle que regulam a velocidade da via e estão 
localizados nas únicas reações irreversíveis dela; 
o Primeira reação: 
▪ Regulação hormonal: 
➢ A insulina, no estado alimentado, vai no DNA e ativa produção da 
enzima hexocinase, além de ativar a atividade das hexocinases já 
existentes, promovendo o início da glicólise; 
➢ O glucagon, no jejum, inibe a hexocinase, inibindo a glicólise, e ativa a 
gliconeogênese. 
▪ Regulação alostérica (produtos da própria célula que regulam enzimas): 
➢ O aumento na concentração de glicose causa um feedback positivo e 
ativa a enzima hexocinase, pois o aumento na concentração do 
reagente sempre ativa a reação; 
 
HILLARY FERREIRA 
➢ O aumento na concentração de glicose-6-fosfato causa um feedback 
negativo e inibe a hexocinase, pois o exagerado aumento na 
concentração do produto sempre inibe a reação. 
o Terceira reação: 
▪ Onde está localizado o principal ponto de controle da via; 
▪ Regulação hormonal: 
➢ A insulina, no estado alimentado, vai no DNA e ativa produção da 
enzima fosfofrutocinase-1, além de ativar as já existentes, ativando a 
glicólise; 
➢ O glucagon, no jejum, inibe a fosfofrutocinase-1 e também a 
fosfofrutocinase-2 e, consequentemente, inibe também a produção 
da frutose-2,6-bifosfato, o que vai retardar a glicólise. Isso faz sentido 
já que na hipoglicemia o corpo precise de mais glicose no sangue e 
não sendo quebrado na célula. Com a retardação da glicólise, é 
viabilizada a gliconeogênese. 
▪ Regulação alostérica: 
➢ A alta concentração de AMP aumenta a velocidade da via pois indica 
pouca energia dentro da célula já que ele é o ATP sem dois fosfatos, 
adenosina monofosfato; 
➢ A alta concentração da frutose-2,6-bifosfofato, provocada pela ação 
da insulina além da alta concentração da glicose, aumenta a 
velocidade da reação; 
➢ A baixa concentração da frutose-2,6-bifosfato, provocada pela ação 
do glucagon, diminui a velocidade da reação; 
➢ A alta concentração de ATP inibe a enzima fosfofrutocinase-1, pois ele 
é um produto no final da reação e todo produto com exagerado 
aumento de concentração inibe, diminui a velocidade da via; 
➢ A alta concentração de citrato, composto do ciclo de Krebs, também 
indica uma produção exagerada de ATP, pois se tem citrato demais 
quer dizer que o ciclo de Krebs tá ocorrendo mais do que deveria. 
Portanto, a alta concentração de citrato diminui a velocidade da via. 
o Décima reação: 
▪ Regulação hormonal: 
➢ A insulina, no estado alimentado, vai no DNA e ativa produção da 
enzima piruvato cinase, além de ativar as já existentes, ativando a 
glicólise; 
➢ O glucagon, no jejum, inibe a piruvato cinase quando ativa a sua 
fosforilação pela proteína-cinase A, inibindo a glicólise para que possa 
ocorrer a gliconeogênese. 
▪ Regulação alostérica: 
➢ A alta concentração da frutose-1,6-bifosfato aumenta a velocidade da 
via pois ela indica que a fosfofrutocinase-1 estava trabalhando muito 
e, por conseguinte, que a célula estava em pobreza energética. Então, 
 
HILLARY FERREIRA 
essa alta concentração de frutose-1,6-bifosfato age proativamente 
sobre a piruvato cinase, aumentando a velocidade da via. 
• A ação da insulina: 
o No estado alimentado, a quantidade de glicose está alta no sangue. Consequentemente a 
de insulina também. Ela encaixa no seu receptor e vai promover respostas dentro na célula 
que vão ativar umas vias e inativar outras: 
▪ Nas células do tecido adiposo e do músculo, onde age o GLUT4, é preciso de insulina 
para que a glicose saia do sangue e entre nelas. Secretada pelas células beta do 
pâncreas, a insulina se liga ao seu receptor, presente na célula, e induz o GLUT4 a 
sair de suas vesículas no citosol da célula para ir para a membrana para capturar essa 
glicose, trazendo-a para dentro da célula; 
▪ Existem tecidos que não dependem da insulina para a entrada de glicose, como é o 
caso da retina, mas nesses tecidos essa insulina mesmo assim provoca outros efeitos 
não relacionados com a entrada de glicose na célula como as reações de ativação e 
inibição descritas anteriormente. 
 
HILLARY FERREIRA 
 
• Sistema de segundos mensageiros: 
o Glucagon: 
▪ No jejum há pouca concentração de glicose no sangue e, consequentemente, muita 
concentração de glucagon; 
▪ O glucagon se liga ao seu receptor de membrana e ativa dentro da célula uma 
proteína chamada adenilato-ciclase que vai gerar a produção de AMP cíclico, o 
segundo mensageiro, que vai ativar, dentro do citoplasma, a proteína-cinase A, um 
grupo de proteínas que começa a fosforilar, com o fosfato do ATP, outras enzimas 
seja para ativa-las ou inibi-las; 
▪ Apesar de se ter um gasto de energia na fosforilação, já que o grupo fosfato foi 
retirado do ATP, o lucro do processo vai compensar. 
• Tipos: 
o Anaeróbia: 
▪ Ocorre em células sem mitocôndrias ou pobremente vascularizadas, logo, o 
metabolismo energético é menor; 
 
HILLARY FERREIRA 
▪ Exemplos dessas células são os eritrócitos/hemácias (glóbulos vermelhos) maduros, 
o cristalino, as células da retina e os leucócitos; 
▪ Após as 10 reações, é necessária uma segunda reação para que os NADH’s 
produzidos na glicólise entreguem o H+ e voltem a ser NAD, sendo economizado 
para próximas reações pois há poucos NAD’s na célula. Por isso, a enzima LDH 
converte os piruvatos em dois lactatos para que os 2 NADH’s percam estes 
hidrogênios. 
❖ IMPORTÂNCIA MÉDICA: nos eritrócitos essa reação garante o formato da sua 
membrana de disco bicôncavo, importante para dar a ela flexibilidade e 
maleabilidade para entrar nos vasos mais estreitos do nosso corpo, conseguindo 
executar sua função, que é a distribuição do oxigênio, com eficácia. Se a glicólise 
anaeróbia for ineficiente, pela disfunção de alguma ou todas as enzimas da reação, 
das quais a mais comum de obter essa disfunção é a piruvato cinase, o formato 
dessa hemácia vai mudar e, além de não executarbem a sua função, ela vai ser 
reconhecida como uma célula estranha e os macrófagos a fagocitam. Esse quadro 
gera uma anemia hemolítica crônica, não tem cura pois é um defeito de enzima, é 
genético; 
❖ IMPORTÂNCIA MÉDICA: fisiologicamente, o lactato produzido na glicólise anaeróbia 
vai para o sangue e regula o PH dele. Entretanto, se houver um colapso circulatório, 
por exemplo, as células que deveriam ganhar oxigênio não ganham e começam a 
fazer glicólise anaeróbia produzindo muito lactato, causando uma acidose 
metabólica seguida de morte se algo não for feito. Esse lactato também fica no 
fígado pois lá ele é precursor da gliconeogênse. 
 
o Aeróbia: 
▪ É feita em células ricas em mitocôndrias ou altamente vascularizadas, adequadas à 
oferta de O2, logo, o metabolismo energético 
dessas células é maior; 
▪ Um exemplo dessas células é o hepatócito, 
célula do fígado; 
▪ Depois das 10 reações, já produzindo alguns 
ATP’s, as duas moléculas de piruvato 
produzidas vão para a mitocôndria para 
serem convertidas, já produzindo mais alguns ATP’s, em Acetil CoA, o principal 
 
HILLARY FERREIRA 
combustível do Ciclo do Ácido Cítrico (Ciclo de Krebs). Os NADH’s produzidos vão 
para a cadeia transportadora de elétrons que libera os prótons H+. A alta 
concentração desse próton ativa a proteína ATPASE que produz ATP ao unir ADP + P. 
Isso também permite que o NAD volte para continuar a reação; 
 
• O que aconteceu com os outros monossacarídeos também absorvidos? 
o A frutose tem parte de sua quantidade transformada em glicose e outra parte vai ou para o 
fígado, sendo convertida e gliceraldeído-3-fosfato e para o músculo, sendo convertida em 
frutose-6-fosfato, participando da glicólise em ambos os casos, além de uma parte ir para os 
testículos sendo importante na formação ou maturação dos espermatozoides; 
o A galactose é transformada em glicose-6-fosfato, participando da glicólise. 
GLICONEOGÊNESE 
• Conceito: 
o Tecidos como o músculo em exercício, o testículo, encéfalo, cristalino, eritrócitos maduros, 
medula renal e córnia, são glicosedependentes. Estes 6 últimos tem essa condição pois não 
são capazes de oxidar outras fontes, como lipídios e proteínas, para obter energia já que 
esse processo ocorre na mitocôndria e esses tecidos não tem esta organela; 
o Portanto, o fígado, que se sustenta muito bem com oxidação de ácidos graxos para formar 
energia, armazena glicose em forma de glicogênio que, através da glicogênese é quebrado 
liberando glicose no sangue que será distribuída para os tecidos que precisam; 
o Entretanto, quando o glicogênio está acabando, certa de 18 horas de jejum, o fígado e os 
rins começam a fazer gliconeogênese que consiste na síntese de uma nova glicose a partir 
de fontes não glicídicas para manter os níveis basais de glicose no corpo. O fígado é 
responsável por 90% e os rins por 20% desse processo. Se o jejum for ainda mais 
prolongado este último órgão entra com até 40%. 
• Principais precursores: 
o Glicerol (vem do lipídio): 
▪ É a segunda opção de fonte de energia; 
▪ Quebra o triacil glicerol gerando ácidos graxos e glicerol. Este entra na corrente 
sanguínea e vai para o fígado onde ele vai ser fosforilado em glicerol-fosfato e 
convertido em diidroxiacetona que, pela reação inversa da glicólise, vai se 
transformar em gliceraldeído-3-fosfato e, em sequência, nos outros compostos até 
ser transformado em glicose. 
 
HILLARY FERREIRA 
 
o Lactato (vem da glicólise anaeróbica): 
▪ No músculo em exercício é necessária a glicólise anaeróbica; nessa reação a glicose 
acaba sendo convertida em lactato que sai do músculo e vai, pela corrente 
sanguínea, para o fígado; essa reação também ocorre em várias outras células como 
já fora citado; 
▪ O lactato é convertido em oxalacetato, participando da gliconeogênese. 
 
o Proteínas corporais: 
▪ As proteínas musculares são quebradas e formadas em aminoácidos que vão pelo 
sangue para o fígado; 
 
HILLARY FERREIRA 
▪ Nesse órgão eles são convertidos em piruvato, entrando na gliconeogênese. 
 
o α- Cetoácidos (aminoácidos glicogênicos) 
▪ Intermediários do Ciclo do Ácido Cítrico (Krebs) dos quais a principal a Alanina; 
▪ Saem da célula e vão, pelo sangue, para o fígado onde são convertidos em piruvato, 
entrando logo no início da gliconeogênese. 
• Como ocorre: 
o Das 10 reações da glicólise, 7 são reversíveis, ou seja, as mesma enzimas que agem pela 
glicólise, também fazem a transformação inversa e, consequentemente, agem pela 
gliconeogênese; 
o As 3 irreversíveis precisam de enzimas específicas para a gliconeogênese que ocorre da 
seguinte maneira: 
▪ Primeira reação: 
➢ A enzima fosfoenol carboxicilase carboxila (adiciona de CO2) o 
piruvato e, consequentemente, transforma-o, com gasto de energia 
formando ADP + P inorgânico, em oxalacetato, um composto 
intermediário; 
➢ O oxalacetato precisa sair da mitocôndria para o citosol mas não 
consegue atravessar a membrana então ele vai ser desidrogenado e, 
consequentemente, convertido em malato pela enzima malato 
desidrogenase mitocondrial só para realizar essa passagem; depois, 
ele é hidrogenado pela enzima malato desidrogenase citozóica 
 
HILLARY FERREIRA 
quando chega no citosol, se transformando novamente em 
oxalacetato; 
➢ Por conseguinte, seu carbono 6 é retirado pela enzima piruvato 
carboxilase e, 
consequentemente, 
transformado em 
fosfoenolpiruvato; 
➢ Essa reação gasta 
muita energia, 
entretanto, o lucro 
dessa reação 
compensa a energia 
gasta. 
▪ Segunda reação: o fosfoenolpiruvato 
é hidratado e convertido, pela enzima 
enolase, em 2-fosfoglicerato; 
▪ Terceira reação: o 2-fosfoglicerato 
tem o seu grupo fosfato deslocado do 
carbono 2 para o 3 pela enzima 
fosfoglicerato mutase e, portanto, 
transformado em 3-fosfoglicerato; 
▪ Quarta reação: o 3-fosfoglicerato é 
fosforilado pela enzima fosfoglicerato 
cinase, pelo fostato de um ATP, 
liberando ADP e, consequentemente, 
transformando-se em 1,3-
bifosfoglicerato; 
▪ Quinta reação: o 1,3-bifosfoglicerato 
é desfosforilado, liberando um 
fosfato inorgânico e, ao mesmo 
tempo, é hidrogenado pela enzima 
gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase 
e com o hidrogênio de um NADH, que 
sai como NAD. Portanto, o 1,3-
bifosfoglicerato é transformado em 
gliceraldeído-3-fosfato; 
▪ Sexta reação: dois gliceraldeído-3-
fosfato são unidos pela enzima 
aldolase, se transformando em 
frutose-1,6-bifosfato; 
▪ Sétima reação: a enzima frutose 
bifosfatase desfosforila o carbono 1 
da frutose-1,6-bifosfato além de 
hidratar esse composto transformando-o em frutose-6-fosfato; 
▪ Oitava reação: a enzima fosfoglicose isomerase isomeriza a frutose-6-fosfato, 
mudando sua função e transformando-a em glicose-6-fosfato; 
 
HILLARY FERREIRA 
▪ Nona reação: a enzima glicose-6-fosfatase retira o grupo fosfato do carbono 6 da 
glicose-6-fosfato, entregando a um ADP e formando ATP, e ainda hidrata o composto 
transformando-a, finalmente, em glicose. 
• Gasto de energia: 
o A gliconeogênese gasta uma certa quantidade de energia para ocorrer e ela é acionada 
justamente pelo estado hipoglicêmico do corpo. Entretanto, o lucro do processo compensa 
além de parte da energia liberada pela oxidação dos ácidos graxos ser usada. 
• Regulação: 
o Primeira reação: 
▪ Regulação alostérica: 
➢ O aumento da concentração de Acetil CoA, roda mais rápido o ciclo de Krebs, 
gerando mais energia, o que ativa a enzima piruvato carboxilase, permitindo 
que a primeira reação da gliconeogênese ocorra; pois muita energia indica 
que há pouca glicose já que ela foi quebrada; 
➢ A diminuição da concentração de Acetil CoA, roda mais devagar o ciclo de 
Krebs, gerando menos energia, o que inibe a enzima piruvato carboxilase, 
inibindo a primeira reação da gliconeogênese; pois pouca energia indica que 
há muita glicose já que ela não foi toda quebrada, sendo necessária a 
gliconeogênese. 
▪ Regulação inter/extracelular: 
➢ O glucagonse liga ao seu receptor e mobiliza a enzima adenilato ciclase que 
ativa o AMPc e este ativa as proteínas-cinase A que vão fosforilar a enzima 
fosfofrutocinase-2 impedindo que ela produza a frutose-2,6-bifosfato, o que 
ativa a gliconeogênese e inibe a glicólise; 
➢ A insulina destrói o AMPc impedindo a fosforilação da enzima 
fosfofrutocinase-2, o que inibe a gliconeogênese e ativa a glicólise. 
o Sétima reação - principal ponto de controle: 
▪ Regulação alostérica: 
➢ A pobreza energética, alta concentração de AMP, inibe a enzima frutose 
bifosfatase e, consequentemente, a gliconeogênese; 
➢ Já a alta concentração de ATP, riqueza energética, ativa a enzima frutose 
bifosfatase e, consequentemente, a gliconeogênese, acelerando-a também; 
o Décima reação: 
▪ Regulação alostérica: 
➢ A enzima glicose-6-fosfatase é inibida pela alta concentração da frutose-2,6-
bifosfato, o que inibe também a gliconeogênese; 
➢ A enzima glicose-6-fosfatase é ativada pela baixa concentração da frutose-
2,6-bifosfato, o que ativa também a gliconeogênese. 
❖ CURIOSIDADE MÉDICA: O álcool, quando ingerido sem alimento, inibe a gliconeogênese e 
em um metabolismo correto é normal que, no período entre refeições, a glicose baixe de 
nível e então aí que é ativada a gliconeogênese, mas em uma pessoa muito bêbada, como 
esse processo está inibido, ocorre uma hipoglicemia e ela tem que tomar glicose na veia; 
 
HILLARY FERREIRA 
 
 
HILLARY FERREIRA 
GLICOGÊNESE 
• É a síntese do glicogênio a partir do excesso de glicose após 
uma refeição riquíssima em carboidrato; 
• É feita principalmente e em uma maior quantidade no fígado 
e no músculo, neste para uso próprio, pela necessidade 
quando há um intenso exercício físico, e no fígado pois ele 
quem vai mandar glicose para todas as células do corpo no 
jejum entre as refeições mantendo os níveis de glicose no 
corpo por até 18 horas sem a ingestão de glicose. Entretanto, 
essa reação ocorre em todas as células do corpo para se 
sustentarem nestes casos enquanto a glicose do fígado não 
chega; 
• Glicogênio: 
o É um homopolissacarídeo (polissacarídeo de apenas 
um tipo de monossacarídeo, a glicose) que funciona 
como uma reserva de glicose, de energia; 
o As glicoses são unidas por ligações glicosídicas do tipo 
α-1,4 (unindo o carbono 1 de uma glicose com o 
carbono 4 da outra) e num intervalo de 8 a 10 
unidades de glicose há uns pontos de ramificação que 
são feitos por ligações α-1,6 (o carbono 1 de uma 
glicose com o carbono 6 de outra); 
o Essas ramificações são importantes pois a molécula 
vai estar com muitas extremidades ao invés de uma 
só e como a enzima que quebra o glicogênio quando 
necessário age pelas extremidades a ação da 
glicogenólise fica mais rápida e eficaz; 
o Tipos: 
▪ Glicogênio hepático: 
➢ Reservatório de glicose para a corrente 
sanguínea e para todas as células do 
corpo; 
➢ Dura até 18 horas; 
➢ Regulação: 
→ Regulação inter/extracelular 
ou hormonal: 
 No estado alimentado – 
alta razão 
insulina/glucagon: 
✓ Ativa a enzima 
glicogênio 
sintase e quebra 
o AMPc, 
inibindo a 
enzima 
 
HILLARY FERREIRA 
glicogênio fosforilase. Assim, esta alta razão ativa a 
glicogênese e inibe a glicogenólise; 
 No estado de jejum – baixa razão insulina/glucagon: 
✓ O glucagon ativa a adenilato ciclase que ativa o AMPc 
que atriva a proteína cinase A que vai fosforilar a 
glicogênio fosforilase cinase e por pró ação esta 
enzima ativa a glicogênio fosforilase. Assim, ela ativa a 
glicogenólise; 
A explicação para a existência de uma nova enzima é 
que duas enzimas ativadas ao mesmo tempo vão 
amplificar e acelerar ainda mais o processo. 
→ Regulação intracelular/alostérica: 
 A alta concentração de glicose-6-fosfato ativa a enzima 
glicogênio sintase e inibe a enzima glicogênio fosforilase, 
ativando a glicogênese e inibindo a glicogenólise; já a baixa 
concentração provoca o processo inverso; 
 A alta concentração de ATP ativa a enzima glicogênio sintase e 
inibe a enzima glicogênio fosforilase, ativando a glicogênese e 
inibindo a glicogenólise; já a baixa concentração provoca o 
processo inverso; 
 A alta concentração de AMP inibe a enzima glicogênio sintase 
e ativa a enzima glicogênio fosforilase, inibindo a glicogênese 
e ativando a glicogenólise; já a baixa concentração provoca o 
processo inverso. 
▪ Glicogênio muscular: 
➢ Reservatório de glicose para as suas próprias células; 
➢ Regulação: 
→ Regulação inter/extracelular: 
 No estado alimentado – alta razão insulina glucagon: 
✓ Ativa a glicogênio sintase e inibindo a glicogênio 
fosforilase, o que ativa a glicogênese e inibe a 
glicogenólise. 
 No estado de jejum de intervalo entre alimentos, onde vai 
estar presente o glucagon, a quantidade de glicogênio diminui 
só um pouco, mas em um jejum mais prolongado ela diminui 
mais: 
✓ O glucagon ativa a adenilato ciclase que ativa o AMPc 
que ativa a proteína cinase A que vai fosforilar a 
glicogênio sintase e por pró ação esta enzima ativa a 
glicogênio fosforilase. Assim, ela ativa a glicogenólise; 
A explicação para a existência de uma nova enzima é 
que duas enzimas ativadas ao mesmo tempo vão 
amplificar e acelerar ainda mais o processo. 
 
HILLARY FERREIRA 
 Na atividade física excessiva, a quantidade de glicogênio 
diminui muito; 
→ Regulação intracelular/alostérica: 
 A alta concentração de glicose-6-fosfato ativa a enzima 
glicogênio sintase e inibe a enzima glicogênio fosforilase, 
ativando a glicogênese e inibindo a glicogenólise. A baixa 
concentração dela provoca o processo inverso; 
 O Ca+ é ativador da glicogênio fosforilase, logo, sua alta 
concentração ativa a glicogenólise muscular; 
 A alta concentração de ATP ativa a enzima glicogênio sintase e 
inibe a enzima glicogênio fosforilase, ativando a glicogênese e 
inibindo a glicogenólise; já a baixa concentração provoca o 
processo inverso; 
 A alta concentração de AMP inibe a enzima glicogênio sintase 
e ativa a enzima glicogênio fsoforilase, ativando a glicogenólise 
sintase; já a baixa concentração provoca o processo inverso. 
 
 
HILLARY FERREIRA 
• Como ocorre: 
❖ É necessário que a glicose esteja em sua forma ativa; 
o Primeira reação – fosforilação da glicose: é a mesma da glicolise, a hexocinase fosforila a 
glicose para manter ela na célula a transformando em glicose-6-fosfato; 
o Segunda reação – mudança do grupo fosfato: pela ação da enzima fosfoglicomutase muda a 
posição do grupo fosfato do carbono 6 para o carbono 1, transformando o composto em 
glicose-1-fosfato; 
o Terceira reação – ativação da glicose: a enzima UDP-glicose pirofosorilase condensa a 
glicose-1-fosfato com uma molécula de UTP (prima do ATP), esses compostos juntos têm 4 
fosfatos mas após se condensar são liberados dois fosfatos inorgânicos e se forma UDP-
glicose, a forma ativa da glicose; 
o Quarta reação – os fosfatos: os dois fosfatos liberados saem ligados então a enzima 
pirofosfatase desidrata a molécula e gera dois fosfatos inorgânicos livres no citosol que vão 
ser muito importantes inclusive a sexta reação da glicólise. 
❖ É necessário um segmento inicial que é um asceptor de glicose, um apoio para se adicionar 
as glicoses e ele pode ser um fragmento de um glicogênio que não foi totalmente esgotado 
no jejum anterior e também uma proteína chamada glicogenina; 
o Quinta reação – pequena cadeia: a glicogenina é uma proteína e também uma enzima, ela 
faz um processo de autoglicosilação, pegando glicoses da sua forma ativa e adicionando-a a 
si para formar uma pequena cadeira de 2 a 4 unidades de glicose para que seja possível a 
ação da enzima glicogênio sintase; 
❖ Caso o glicogênio for feito com um fragmento de outro glicogênio essa reação não é 
necessária, já começa logo a próxima; 
o Sexta reação – formação propriamente dita: 
▪ A enzima glicogênio sintase vai continuar inserindo glicoses nessa pequena cadeira, 
com ligações α-1,4 alongando-a até atingir de 8 a 10 unidades de glicose; 
▪ Então, outrasenzimas, as enzimas ramificadoras, mais especificamente a 4,6 
transferase, fazem uma ramificação tirando uma cadeia de aproximadamente 6 ou 8 
unidades de glicose da cadeia que está sendo formada pela enzima glicogênio 
sintase e vai liga-la ao carbono 6 de outra glicose dessa cadeia principal, ou seja, ela 
quebra uma ligação α-1,4 e forma uma ligação α-4,6, deixando agora duas 
extremidades; 
▪ A enzima glicogênio sintase começa a fazer as ligações α-1,4 nas duas extremidades, 
a da cadeira principal e a da ramificação e esse processo vai acontecendo e criando 
mais ramificações em grupos de 8 a 10 unidades de glicose e ligações α-1,4 em todas 
as extremidades que vão surgindo até o glicogênio ficar do tamanho necessário; 
▪ Essas glicoses que estão sendo adicionadas pela enzima glicogênio sintase vêm da 
sua forma ativa UDP-glicose e liberam moléculas livres de UDP. 
• Pontos de gasto de energia da glicogênese: 
o Fosforilação da glicose no carbono 6 pela hexocinase; 
o Formação da forma ativa da glicose, condensação a glicose-1-fosfato com UTP. 
 
 
HILLARY FERREIRA 
 
GLICOGENÓLISE 
• Quebra do glicogênio para liberar glicose para o sangue; 
• Ocorre no jejum normal, no intervalo entre as refeições; 
• Todas as células fazem, mas no fígado e nos músculos é mais intensa pois há mais glicogênio devido 
à grande necessidade de suprir a glicose das células do corpo no jejum, no caso do fígado e à alta 
demanda de energia em situações de exercício excessivo, no caso do músculo; 
• Como ocorre: 
o Primeira reação – clivagem: a enzima glicogênio fosforilase cliva unidades de glicose nas 
extremidades do glicogênio liberando glicose-1-fosfato até deixar um grupo de 4 unidades 
antes do ponto de ramificação pois essa enzima tem atuação limitante até esse ponto e por 
isso esse grupo se chama dextrina limite; tem que ser um grupo com 4 unidades pois se 
fosse qualquer outro número de unidades ele não seria reconhecido pela próxima enzima; 
o Segunda reação – desrramificação 1: a enzima 4,4-transferase pega três unidades de glicose 
da dextrina limite e coloca na extremidade da ligação principal que vai ser alongada e 
quebrada pela enzima glicogênio fosforilase normalmente. A enzima 4,4-tranferase quebra 
uma ligação α-1,4 e forma outra, por isso essa nomenclatura; 
o Terceira reação – desrramificação 2: a enzima 1,6-glicosidase quebra a ligação α-1,6 da 
cadeia com essa última unidade de glicose antes do ponto de ramificação e libera ela como 
glicose livre; 
 
HILLARY FERREIRA 
o Isso vai ocorrendo até que o glicogênio acabe ou que a insulina entre em ação devido um 
pico de glicose, pela ingestão de algum alimento, e desative essa reação devido à falta de 
necessidade da sua ocorrência; 
o Produtos: glicose livre e glicose-1-fosfato na proporção de 1 para 8; 
o Destinos da glicose livre e da glicose-1-fosfato: 
▪ No fígado e um pouquinho nos rins: 
➢ A glicose livre vai pro sangue; 
➢ A glicose-1-fosfato: 
→ Sofre a ação da enzima fosfoglicomutase que tira o grupo fosfato do 
carbolo 1 e coloca no carbono 6 transformando-a em glicose-6-
fosfato; 
→ A enzima glicose-6-fosfatase, a última enzima da gliconeogênese, 
retira esse fosfato deixando a glicose livre para ir pelo GLUT2 para o 
sangue e, posteriormente, para as células que precisam; 
→ Esse último passo só ocorre no fígado e nos rins pois eles são os 
únicos órgãos que tem essa enzima devido ao fato de serem os únicos 
a fazerem gliconeogênese, já que essa enzima é caraterística desse 
processo. Entretanto, a contribuição dos rins é muito pouca em 
comparação com a do fígado pois este recebe uma quantidade bem 
maior de glicose. 
▪ Nos músculos e em todas as outras células: 
➢ A glicose livre vai ser usada na glicólise; 
➢ A glicose-1-fosfato: 
→ Sofre a ação da enzima fosfoglicomutase que tira o grupo fosfato do 
carbolo 1 e coloca no carbono 6 transformando-a em glicose-6-
fosfato; 
→ Esse composto entra na glicólise, naquela segunda reação, e a gera 
energia que a célula precisa. 
❖ IMPORTÂNCIA MÉDICA: 
 Doença do armazenamento de glicogênio – Síndrome de Pompe: 
 Conceito: 
 É a deficiência da enzima glicogênio fosforilase que impede a 
glicogenólise, ou seja, o glicogênio só é formado e não é quebrado 
quando precisa; 
 Consequências: 
 Acúmulo de glicogênio no fígado, estreatose hepática, que depois 
pode evoluir para uma cirrose; 
 Crises de hipoglicemia; 
 Acúmulo de glicogênio no coração. Este órgão cresce, o que 
atrapalha suas funções e quando isso ocorre o tempo de vida da 
pessoa é de no máximo 2 anos. 
 Medidas: 
 
HILLARY FERREIRA 
 Alimentar-se a cada uma hora; 
 Medir a glicemia a todo momento. 
 Doença do armazenamento de glicogênio – Doença de Von Gierke: 
 
HILLARY FERREIRA 
 
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO (KREBS) 
• É um ciclo (pois o produto final volta a ser o substrato inicial) que tem 8 reações mitocondriais (elas 
ocorrem na matriz mitocondrial), sendo 4 de oxidação. Ele é a rota final para onde convergem os 
três metabolismos oxidativos: carboidratos, lipídios (ácidos graxos) e proteínas (aminoácidos) que 
têm seus esqueletos carbonados eliminados como CO2; 
• O ciclo tem caráter anfibólico, ou seja, promove reações catabólicas e anabólicas; 
 
HILLARY FERREIRA 
• O catabolismo de aminoácidos no ciclo produz intermediários para o ciclo e os intermediários do 
ciclo podem ser usados para reações de síntese de moléculas. Logo, o ciclo de Krebs não pode ser 
visto como um sistema fechado, mas como uma rota metabólica na qual substâncias entram e 
saem de acordo com a necessidade do corpo; 
• Função no metabolismo dos carboidratos: 
o Oxidar o Acetil CoA para liberar (em forma de ATP, “hidrogênio” e GTP) a maior parte de 
energia da glicose que foi ingerida, digerida, absorvida e catabolizada pelo corpo. 
• Como funciona: 
o Reação preparatória: 
▪ Glicólise: quebra de uma glicose em dois piruvato; 
▪ Descarboxilação oxidativa do piruvato em Acetil CoA: 
➢ A glicose tem 6 carbonos e quando é convertida em dois piruvatos cada um 
fica com 3; 
➢ Ocorre então uma descarboxilação da molécula de piruvato que perde um 
carbono (CO2); 
➢ Ao mesmo tempo que ocorre essa descarboxilação também há uma 
oxidação pelo complexo enzimático piruvato desidrogenase que retira um 
hidrogênio da molécula de piruvato e entrega a um NAD que sai como 
NADH; essa oxidação tira um pouco de energia do composto e entrega para 
esse NAD: 
→ 1ª enzima: piruvato desidrogenase: 
 Desidrogena o piruvato; 
 A coenzima tiamina pirofosfato (TPP) que é a forma ativa da 
vitamina B1 se liga com a cadeia que sobrou formando 
hidroxietil-tiamina pirofosfato, um intermediário; 
→ 2ª enzima: diidrolicoil transacetilase: 
 Primeiro ela remove a tiamina pirofosfato (que vai aguardar o 
próximo piruvato) e liga o que sobra com o ácido nipóico 
oxidado formando acetil-ácido nipóico; 
 Depois ela remove o ácido nipóico ligando o que sobrou que é 
o Acetil com a CoA formando Acetil CoA. 
→ 3ª reação: Diidrolipoil desidrogenase: 
 O ácido nipóico reduzido sofre a ação da diidrolipoil 
desidrogenase que tira dois hidrogênios desse composto e 
entrega para o FAD formando FADH2; 
 O ácido nipóico sai oxidado para reiniciar o processo; 
 Pela ação da mesma enzima o FADH2 entrega seus 
hidrogênios para dois NAD formando dois NADH e saindo 
como FAD para reiniciar o processo. 
IMPORTÂNCIA MÉDICA: a ausência da enzima piruvato 
desidrogenase causa um quadro chamado de Acidose Lática 
Congênita pois há um acúmulo de piruvato, já que ele não está se 
transformando em Acetil CoA e, devido ao estrago que causa pela 
 
HILLARY FERREIRA 
deficiência de Acetil CoA para rodar o ciclo de Krebs, é extremamente 
ofensivo para o encéfalo pois as células dele são bastante 
dependentes desse ciclo, o que prejudica suas funções. Além disso, 
ele também é extremamente sensível ao excesso de lactato, o qual é 
letal, mata as células. 
 
o O ciclo de Krebs: 
▪ Primeira reação: hidrataçãoe condensação do Acetil CoA (2 carbonos) com o 
oxalacetato (4 carbonos) pela enzima citrato sintase formando citrato (6 carbonos) e 
liberando um CoA que vai ser usado em outras reações dentro da célula inclusive 
mais tarde no próprio ciclo do ácido cítrico; foi uma reação de organização da 
molécula que ocorre apenas para que a energia fique melhor disponibilizada para a 
próxima reação. 
▪ Segunda reação: a enzima aconitase isomeriza o citrato o transformando em 
isocitrato; é também uma reação apenas de organização molecular; 
▪ Terceira reação: descarboxilação oxidativa do isocitrato pela enzima isocitrato 
desidrogenase que libera carbono na forma de CO2 e energia na forma de 
hidrogênio que é entregue para o NAD formando NADH; o isocitrato se transforma, 
então, em α-cetoglutarato (5 carbonos); 
▪ Quarta reação: a enzima α-cetoglutarato desidrogenase promove a segunda 
descarboxilação oxidativa do ciclo. Dessa vez, isso ocorre com a adição de um CoA 
transformando o α-cetoglutarato em succinil CoA (4 carbonos). O carbono sai na 
forma de CO2 e a energia sai na forma de hidrogênio que é entregue ao NAD que sai 
como NADH; 
▪ Quinta reação: a enzima tiocinase quebra o CoA do Succinil CoA liberando, além do 
CoA, energia que promove a união do GDP + P formando GTP; 
▪ Sexta reação: a enzima succinato desidrogenase remove dois hidrogênios do 
succinato e entrega ao FAD liberando FADH2 e transformando o succinato em 
fumarato; reação de liberação de energia; 
▪ Sétima reação: a enzima fumarase hidrata o fumarato transformando-o em malato; 
outra reação de organização molecular; 
 
HILLARY FERREIRA 
▪ Oitava reação: a enzima malato desidrogenase retira um hidrogênio do malato e 
entrega ao NAD liberando NADH e transformando esse malato em oxalacetato, que 
reinicia o ciclo. 
• Pontos de regulação: 
o Reação 1: 
▪ Inibição da enzima citrato sintase: 
➢ A alta concentração de citrato pois, por ser produto avisa que aquela reação 
estar ocorrendo demais e, portanto, é preciso ser inibida; 
▪ Ativação da enzima citrato sintase: 
➢ A alta concentração de Acetil CoA pois, por ser substrato, avisa que a reação 
deve ser ativada e acelerada para transforma-lo em produto; 
o Reação 3: 
▪ Inibição da enzima isocitrato desidrogenase: 
➢ Altas concentrações de ATP e NADH que indicam riqueza energética, ou 
seja, que a reação deve ser retardada pois há muito produto; 
▪ Ativação da enzima isocitrato desidrogenase: 
➢ Altas concentrações de Ca+ pois indicam que é necessária mais energia para 
a contração muscular, ele tem como uma das funções nunca deixar faltar 
energia para a contração muscular; 
➢ Altas concetrações de ADP e AMP que indicam pobreza energética e que, 
portanto, é necessário a ativação da reação para produzir mais energia. 
o Reação 5: 
▪ Inibição da enzima α-cetoglutarato desidrogenase: 
➢ Altas concentrações de Ca+ pois indicam que é necessária mais energia para 
a contração muscular, ele tem como uma das funções nunca deixar faltar 
energia para a contração muscular; 
➢ Altas concetrações de ADP e AMP que indicam pobreza energética e que, 
portanto, é necessário a ativação da reação para produzir mais energia. 
▪ Ativação da enzima α-cetoglutarato desidrogenase: 
➢ Altas concentrações de ATP e NADH que indicam riqueza energética, ou seja, 
que a reação deve ser retardada pois há muito produto; 
➢ Altas concentrações de Succinil CoA que é produto indica que a reação deve 
ser retardada pois há muito produto. 
❖ IMPORTÂNCIA MÉDICA: a reação 2 é inibida pelo fluoracetato (veneno de rato) que 
compete com o citrato pela enzima aconitase, mediadora da reação que forma o isocitrato, 
impedindo que ela ocorra e, consequentemente, comprometendo o ciclo. 
• Pontos de liberação de energia (reações de oxidação): 
o Reação 1: reação de quebra do CoA do Acetil CoA na sua condensação com o oxalacetato 
para formar o citrato, pela enzima citrato sintase, libera energia na forma de CoA; 
o Reação 3: a reação de descarboxilação oxidativa do isocitrato o transformando em α-
cetoglutarato pela enzima isocitrato desidrogenase libera energia na forma de H+ que é 
entregue para o NAD que sai como NADH; 
 
HILLARY FERREIRA 
o Reação 4: a reação de oxidação do α-cetoglutarato em succinil CoA pela enzima α-
cetoglutarato desidrogenase libera energia na forma de H+ que é entregue para o NAD que 
sai como NADH; 
o Reação 5: a oxidação do succinato CoA que o transforma em succinato pela enzima 
tiocinase libera, além do CoA, energia que promove a fosforilação do GDP com Pi formando 
GTP; 
o Reação 6: a oxidação do succinato em fumarato pela enzima succinato desidrogenase libera 
energia na forma de H+ que é entregue para o FAD que sai como FADH2; 
o Reação 8: a oxidação do malato o transformando em oxalacetato pela enzima malato 
desidrogenase libera energia na forma de H+ que é entregue para o NAD que sai como 
NADH; 
• Reações de descarboxilação: 
o Reação 3: a descarboxilação oxidativa do isocitrato que o transforma em α-cetoglutarato 
pela enzima isocitrato desidrogenase libera um carbono na forma de CO2; 
o Reação 4: a descarboxilação oxidativa do α-cetoglutarato que o transforma em succinil CoA 
pela enzima α-cetoglutarato desidrogenase libera um carbono na forma de CO2; 
 
• Produtos: 
o 1 CoA: intermediário liberado para outras reações; 
o 1 GTP: forma de energia que é liberada para a célula realizar suas atividades; 
o 1 FADH2 e 3 NADH que vão para a cadeia transportadora de elétrons. 
CADEIRA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS 
• Uma cadeira localizada na membrana interna da mitocôndria composta por quatro complexos 
proteicos que retiram o elétron do NADH e do FADH2 e entregam para o oxigênio. Cada complexo 
tem uma certa afinidade por elétrons sendo em ordem crescente (IV > III > II > I) e depois tem o 
oxigênio que é a molécula que tem mais avidez por elétrons dentro da célula; 
 
HILLARY FERREIRA 
• Como ocorre: 
o NADH: 
▪ O hidrogênio, por afinidade dos complexos proteicos, quebra sua ligação com o NAD 
e é bombeado para o complexo I, depois o II e depois o IV; 
▪ Enquanto isso, prótons de H+ são bombeados para o espaço intermembranoso da 
mitocôndria da seguinte maneira: 
➢ 1 NADH = 10 prótons de H+: 
→ 4 H+ são bombeados no primeiro complexo; 
→ 4 H+ no terceiro complexo; 
→ 2 H+ no quarto complexo (pois a energia é menor). 
▪ Só os elétrons chegam no oxigênio; 
▪ Quando os elétrons chegam ao oxigênio automaticamente se forma a molécula de 
água; 
▪ Os prótons de H+ são distribuídos de modo a permitir a fosforilação oxidativa; 
▪ Os NAD liberados voltam para as reações que precisam dele, como a glicólise e o 
próprio ciclo de Krebs, pois a quantidade de NAD na célula é pouca e, portanto, é 
importante que ele se reoxide para que ocorra esse reaproveitamento; 
▪ 1 NADH = 2,5 ATP. 
o FADH2: 
▪ Os hidrogênios dos FADH2 vão sendo bombeados para os complexos II e depois para 
o IV; 
▪ Enquanto isso, são bombeados prótons para o espaço intermembranoso da 
mitocôndria da seguinte maneira: 
➢ 1 FADH2 = 6 H+: 
→ 4 H+ no segundo complexo; 
→ 2 H+ no quarto complexo (pois a energia é menor). 
▪ Só os elétrons chegam no oxigênio; 
▪ Quando os elétrons chegam ao oxigênio automaticamente se forma a molécula de 
água; 
▪ Os prótons de H+ são distribuídos de modo a permitir a fosforilação oxidativa; 
▪ Os FAD liberados voltam para as reações que precisam dele, como o próprio ciclo de 
Krebs; 
▪ 1 FADH2 = 1,5 ATP. 
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA 
• Os prótons de hidrogênio, que são obtidos na cadeia respiratória tanto dos NADH como dos FADH2, 
são distribuídos da seguinte maneira: 
o 1 H+ volta para dentro da matriz mitocondrial pelo transportador de Pi (fosfato inorgânico) 
levando um átomo de Pi com ele; 
o 3 H+ ativam a enzima ATP sintase e ela liga um ADP que estava dentro da matriz com um Pi 
transportado com a ajuda de um H+ formando ATP, energia. 
 
HILLARY FERREIRA 
RESPIRAÇÃO CELULAR 
• O ciclo do ácido cítrico

Continue navegando