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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO DO ESPÍRITO SANTO 
AUTOS DE ORIGEM Nº XXXXX-XX.XXXX.XXX.XXXX
ACÓRDÃO Nº XXXXXXXX
	Associação de Proteção dos Pescadores de Devastação (APPD), já devidamente qualificado nos autos, por sua advogada, com procuração anexa, tendo como escritório profissional localizado na rua XXXXX, no bairro XXXXXXX, na cidade de Devastação no Espírito Santo, fundamentada com base aos art. 1.029 e seguintes do CPC, e art. 105, II, da Constituição Federal, interpor: 
RECURSO ESPECIAL
	Contrariamente ao respeitável Acórdão de improcedência promulgado no sequencial XXXXXXXX, movido em face da União Federal e da Empresa Mineradora Montanha do Rio Sujo, já devidamente qualificados nos autos, pelos motivos e razões expostos a seguir: 
· O presente recurso foi protocolado dentro do prazo correto constante no art. 1.003, §5º bem como o art. 1.017, I, ambos do CPC, onde esclarecem que o prazo deve ser de 15 dias, posto isso, o recurso é tempestivo. 
· Pede-se também para que seja recebida remessa ao Colendo Superior Tribunal de Justiça, com a intimação da parte contrária, para que, se desejar, apresente no prazo de 15 dias, contrarrazões, conforme art. 1.030, caput, do CPC. 
	Nestes termos, pede deferimento. 
	Devastação, data. 
	Assinatura do advogado 
	OAB/ES XXXXX
RAZÕES RECURSAIS
ACÓRDÃO Nº XXXXXXXXXX
RECORRENTE: ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO DOS PESCADORES DE DEVASTAÇÃO 
RECORRIDOS: UNIÃO FEDERAL E EMPRESA MONTANHA DO RIO SUJO 
ORIGEM: TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO - ESTADO DO ESPÍRITO SANTO 
Eméritos Julgadores 
Colenda Câmara, 
	O respeitável Acórdão merece ser reformado, visto que a decisão foi contrária ao entendimento da Lei Federal, por conta disso, utiliza-se o meio adequado para que se alinhe o direito devido. 
	
	DO PREQUESTIONAMENTO: 
	De início, ressalta-se que houve o prequestionamento nos embargos de declaração empregados no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, pelo motivo de descumprimento direto do art. 14, §1º, da lei Federal nº 6.938/81.
	Com base no art. 1.025 do CPC: 
 “Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.”
	Por conta disso, considera-se o prequestionamento exercido na decisão de segundo grau, bem como, o prosseguimento do mesmo. 
DO CABIMENTO E ADMISSIBILIDADE: 
 É cabível a interposição do Recurso Especial quando a decisão do Magistrado divergir de Lei Federal, como ocorreu no Acórdão, ao permanecer a improcedência, com fundamento na responsabilidade subjetiva e não objetiva, conforme nos traz o art. 105, III, A, da Constituição Federal: 
“Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;”
	DA TEMPESTIVIDADE: 
	Conforme art. 1.003, §5º e art. 1.017, I, ambos do CPC, o presente recurso tem o prazo de 15 dias úteis para que seja protocolado, como foi devidamente feito, dentro do prazo correto, torna-se tempestivo. 
	DO PREPARO: 
	A Agravante deixa de efetuar o preparo do recurso, já que se trata de Ação Civil Pública interposta por Associação, em que a presente legitimidade ativa a isenta de pagamentos, conforme art. 18 da Lei nº 7.347/85.
	DOS FATOS: 
	Nos autos de origem foi protocolada uma Ação Civil Pública, por causa da destruição na cidade de Devastação, devido ao colapso da barragem da empresa Montanha do Rio Sujo, que ocasionou inúmeros danos, tanto a cidade, quanto aos moradores, aos animais, entre outros, dando foco a poluição causada às praias do Espírito Santo, que sequer foram evitadas ou minoradas por parte da empresa Montanha do Rio Sujo, bem como da União Federal que era a responsável por fiscalizar a barragem e que fora notificada diversas vezes a respeito. 
	Por causa disso, foi proposto na inicial uma liminar para que cessassem os danos causados, como também um valor provisório que pudesse indenizar os afetados, porém, não foi deferida a liminar, de modo que a recorrente teve de interpor agravo de instrumento para a concessão de tutela de urgência.
Contudo, após a concessão da tutela de urgência, o juiz de primeiro grau negou a procedência do recurso, com o fundamento de que não existia comprovação de negligência, imprudência ou imperícia. Com o recurso negado, o recorrente interpôs apelação, o qual também foi julgado improcedente pelo juízo a quo e pelo mesmo motivo, então, foi necessário que o recorrente apresentasse embargos de declaração para que fossem esclarecidos os pontos omissos e os prequestionamentos. 
Como se não bastasse, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, manteve a mesma decisão, fundamentando que não existe responsabilidade objetiva neste caso, sendo assim, deve ser considerada culpada a empresa ré e a União, e consequentemente não houve o deferimento do pedido da interrupção imediata dos danos ambientais como também foi negado a aplicação de multa diária. 
 Por estes motivos, interpõe o recurso especial para comprovar o equívoco da aplicação da responsabilidade subjetiva deste caso. 
RAZÕES RECURSAIS: 
O Acórdão proferido pelo juízo de segundo grau manteve o entendimento do juízo a quo, negando a aplicação da responsabilidade objetiva e reconhecendo a subjetiva, sendo agora necessário a comprovação da negligência, imprudência ou imperícia, para que sejam deferidos os pedidos iniciais. 
Essa decisão adota a regra geral da responsabilidade civil, em que deve-se restituir todo dano causado quando for comprovado o dano, o nexo causal, a conduta humana e a culpa, conforme art. 186 do CC. 
Acontece, que no presente caso é irrelevante a comprovação de culpa do agente, diante da teoria do risco integral, que é empregada pelo princípio do poluidor-pagador, o mesmo retrata que todo aquele que causar dano ao meio ambiente, decorrentes da atividade econômica que emprega, possuem a responsabilidade objetiva de restaurar todos os danos causados ou ao menos compensar os prejudicados através de indenização. 
Portanto, a responsabilidade objetiva é fundamentada com base no risco e possui determinação legal que retrata a desnecessidade do elemento de culpa para que seja dever do poluidor de reparar todos os danos, conforme Lei Federal de nº 6.938/81, art. 14, §1º: 
“Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.”
Da responsabilidade objetiva criminal pela Constituição Federal conforme prevê art. 225, §3º: 
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. “
	Com base nos arts. citados acima, os excelentíssimos magistrados anteriores, não aplicaram o preceito legal cabível aos autos, do qual determinam ser correta aresponsabilidade objetiva, diante da comprovação do dano, bem como do nexo causal, considerando que o que causou todo o desastre ambiental foram os dejetos de minérios da barragem que estourou, causados pela negligência da empresa mineradora, bem como da União Federal que era a responsável por fiscalizar a mesma. 
	Assim, sendo recurso para tratar de controvérsias na aplicação do direito, bem como comprovada a inobservância da lei Federal 6.938/81, art. 14, §1º, para adoção de responsabilidade objetiva, pede-se o devido recebimento para julgamento do direito exposto. 
	DOS PEDIDOS: 
	Levando em consideração o cumprimento dos requisitos de admissibilidade recursal, requer: 
1. O recebimento e o provimento do presente recurso, para que ocorra a reforma do v. acórdão recorrido, com a devida aplicação da lei Federal 6.938/81, para que seja reconhecida a responsabilidade objetiva, com a consequente condenação em cessação dos danos ambientais de forma imediata, bem como seja efetivado o pagamento de 10 salários mínimos mensais a cada associado, sob pena de multa. 
2. Intimação da parte Agravada para que, se desejar, apresente resposta no prazo de 15 dias. 
Nestes termos pede deferimento. 
Devastação, data. 
Assinatura do advogado 
OAB/ES XXXXX

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