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Nefrologia Hematúria Definição: presença de eritrócitos em número anormal na urina (pelo exame, no qual faz a sedimentação da urina, que será analisado). Classificação • Macroscópica (vista a olho nu; altera a cor da urina) / microscópica (só é vista no exame de urina) • Permanente (sempre ocorre) /recorrente (“intermitente”) /isolada (aconteceu uma única vez) • Sintomática/assintomática • Glomerular/não-glomerular Hematúria microscópica → aquela em que não há outro sintoma associado • 5 ou mais hemácias por campo microscópico com aumento 400x, após centrifugação. • Mais que 10 mil hemácias/ml, quando se utiliza método automatizado. • Deve ser confirmado em mais 2 exames, em semanas diferentes, antes de iniciar qualquer investigação, no caso de hematúria assintomática. Obs: Nem toda urina avermelhada é hematúria. Pode ser por: → Mioglobinúria → em pacientes com lesão muscular, em que há presença de mioglobina na urina. No exame, essa mioglobina pode aparecer como hemoglobina, mas, quando é feito a centrifugação, não ocorre a sedimentação e, com isso, não há presença de hemácias. → Medicamentos: fenazopiridina → Porfiria → Beterraba ou alimentos que possuem algum tipo de corante → Nas mulheres: período menstrual pode ocorrer uma falta hematúria. Obs 2: Hemácia x hemoglobina → A hemoglobina é detectada na fase do exame sumário de urina no qual se utiliza a fita reagente → aparece na parte da fita “sangue” Hematúria macroscópica Nefrologia • Alteração da cor: marrom – vermelho carne • Mais de 100 hemácias por campo • Outras substâncias alteram a cor da urina: o Alimentos: beterraba, amora, corantes o Medicamentos: rifampicina (deixa a urina mais alaranjada) Origem da hematúria Descobrir se ela é de causa glomerular ou não- glomerular. Para verificar isso, usa-se: • Exame de urina → procura por o Dismorfismo eritrocitário o Proteinúria: fala mais a favor da origem dessa hematúria ser glomerular; no entanto, nem toda glomerulopatia apresenta proteinúria o Cilindros hemáticos Causas de hematúria Pode ocorrer por patologias renais, ureteral, vesical, prostática etc. Pode ocorrer por: • Rim: neoplasia, tuberculose, presença de doença cística renal, doença vascular, trombose de artéria, doença policística, trauma etc. • Bexiga: litíase, tumor, trauma, divertículo, cistite etc. Causas de hematúria glomerular (principais): • Glomerulonefrite proliferativa: o Crescântica o Lúpica o Membranoproliferativa o Nefropatia IgA (doença de Berger) o Proliferativa mesangial o Púrpura de Henoch-Schönlein • Glomerulonefrite não proliferativa: o Alterações vasculares o Nefrite hereditária progressiva o Nefropatia membranosa o Nefroesclerose • Glomerulonefrite membrana basal: Síndrome de Alport Causa de hematúrias não glomerulares: • ITU → causa mais frequente de hematúria • Nefrolitíase • Distúrbios metabólicos → segunda causa mais frequente (hematúria sem a presente obrigatória de cálculo) o Hipercalciúria idiopática o Hiperuricosúria idiopática o Acidose tubular renal • Anomalias do trato urinário • Cistos • Tumores • Hemangiomas Sedimentocospia – dismorfismo eritrocitário Hemácia fica com a forma alterada pela alteração da membrana do capilar do glomérulo, podendo perder parte de citoplasma, protrusão da membrana. 3 principais dismorfismo: • Acantócito (>5%) → em anel e com protrusões citoplasmáticas vesiculares o Especificidade de 98% • Células G1 → em rosca, com uma ou mais projeções citoplasmáticas (muito parecido com o acantócito) • Codócito → em sino ou em aspecto de alvo Nefrologia Anatomia Renal Quando se fala em origem glomerular, é específico da região do glomérulo (circulado em vermelho) → Glomérulo • Parte superior: artéria aferente • Parte inferior: artéria eferente • Capsula: formada de epitélio parietal e epitélio visceral (= podócitos) • Mesângio: parte clara, dentro da capsula, a qual possui células com funções de nutrição e sustentação • Pontinhos prestos: podócitos • Espaço envolto na cápsula: espaço urinário → espaço por onde sai o filtrado e adentra para os túbulos Em amarelo: endotélio do capilar, do tipo fenestrado Em azul: membrana basal glomerular Em verde: podócitos Em laranja/vermelho: mesângio Na imagem: Há depósito subepiteliais, depósito subendotelial, proliferação Barreia de filtração glomerular Nefrologia mesangial, proliferação epitelial. (essas características dependem da doença em curso no glomérulo). Diagnóstico • Anamnese o Sexo → algumas doenças acometem mais homens do que mulheres e outras o contrário o Idade o Apresentação o Fluxo (inicial ou terminal) → para saber quando ocorre a hematúria. ▪ Inicial: provavelmente causa proveniente da uretra ▪ Terminal: mais relacionado ao trato urinário alto o Sinais e sintomas associados → importante para diferenciar a hematúrias de origem glomerular para as não-glomerular o Fator desencadeante (atividade física, IVAS) o Uso de medicamentos → tanto para verificar falsa hematúria quanto para verificar se há o uso de medicamento que pode provocar o sangramento (ex: anticoagulante → não que ele cause o medicamento, mas caso já haja a lesão, ele pode propiciar) o História familiar → verificar hereditariedade • Exame físico o Avaliar peso, estatura, pressão arterial o Sinais sugestivos de outras doenças: edema, palidez, equimoses, petéquias, massas e sopros abdominais, sensibilidade lombar, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia o Examinar genitália (principalmente crianças) • Confirmação do diagnóstico de hematúria pelo EAS (exame sumário de urina) Obs: Cuidados para a coleta desse exame: • Primeira amostra da manhã • Higiene • Coleta recente (para evitar proliferação bacteriana e alcalinização) • Mulheres não devem estar no período menstrual → evitar confusão no exame DOENÇAS Doença de Berger ou Nefropatia por IgA • Estimulação de produção antigênica anormal de IgA (imunoglobulina das mucosas → produzidas no combate de IVAS e infecções do TGI, por ex) → há a deposição desses IgA nos glomérulos renais. • É a nefropatia mais comum no mundo. • Frequência: o Asia → 15-40% o EUA e Brasil → 15% • Adultos jovens • Apresentação: o Hematúria macroscópica recorrente → acompanha infecções do trato respiratório ou exercício Nefrologia o Hematúria microscópica assintomática • O complemento sérico é normal (ou seja, não ativa a cascata do sistema complemento) • Diagnóstico de certeza: biopsia renal → identifica depósitos de IgA a imunofluorescência • Evolução variável: o Os casos de hematúria microscópica costumam ser mais brandos o Os casos que evoluem para síndrome nefrótica: são mais graves e comprometem a função renal Nefrite familiar ou Síndrome de Alport • Autossômica dominante ou ligada ao X (principalmente) o Acomete mais homens • Mutação nas cadeias do colágeno 4 → é o colágeno que compõe a membrana basal, que ficará defeituosa • Hematúria microscópica persistente • Paciente pode apresentar proteinúria, alteração de força renal • Progressão para Doença renal crônica (DRC) o Paciente vai entrar em diálise, eventualmente o Principal causa de DRC por glomerulopatia familiar • Manifestações extra-renais o Oftalmológicas (perda de visão, diminuição da acuidade visual): lenticone, catarata subcapsular anterior Ex: o Auditivas (diminuição da acuidade auditiva etc) • Complemento sérico normalDoença da Hematúria Recorrente ou Familiar Benigna • Não evolui para DRC • Doença da membrana fina → deixa a membrana basal mais final (o que gera essa hematúria) • Autossômica dominante • Hematúria microscópica persistente ou recidivante • Precipitada por exercícios físicos ou IVAS → pode confundir com a nefropatia por IgA • Não existem manifestações sistêmicas • Complemento normal • Excelente prognóstico Abordagem das hematúrias glomerulares → Já foi feita a pesquisa que sugerem a presença de nefropatia • Investigação: o Ureia e creatinina → para verificar a função renal o Hemograma o C3 e C4 → ajuda no diagnóstico diferencial, para as doenças que consomem o complemento Nefrologia o ASLO (anti-estreptolisina O) → procura o anticorpo contra estreptococo o Sorologias para hepatite B e C e HIV o FAN (fator antinuclear) → suspeita de nefrite lúpica o Proteinúria de 24h o EPF (parasitológico de fezes) → ex: esquistossomose pode dar glomerulopatia e cursar com hematúria o USG rins e vias urinárias ▪ Deve ser pedido desde o início ▪ Importante para ver se há alguma perda/diferenciação do parênquima renal → sinal de cronicidade Questões essenciais quando estiver frente à uma hematúria: • Origem glomerular ou não-glomerular? o Glomerular: dismorfismo eritrocitário (acantócitos, codócitos e células G), se há cilindro hemático, se tem edema e PA • Proteinúria associada? • Persistente ou intermitente? • História familiar? → para poder pensar em doenças familiares • Se glomerular, há indicação de biópsia? o Indicação: ▪ HAS ▪ Deterioração da função renal ▪ Proteinúria persistente, principalmente acima de 1g/24h ▪ Complemento sérico persistentemente baixo ▪ Sinais ou sintomas de doença sistêmica ▪ Hematúria isolada + história familiar de IRC ▪ Hematúria microscópica persistente com investigação negativa após 2 anos de segmento A biópsia é feita com o paciente acordado, em decúbito ventral, com um apoio que eleva a região lombar. É guiada pelo USG. Normalmente são retirados 3 fragmentos, que serão analisados por microscopia óptica, microscopia eletrônica e microscopia por imunofluorescência. Paciente contribui no exame, ao inspirar e segurar, o que faz com o que o diafragma desça e, por consequência, o rim também desce. Nefrologia Infecção do Trato Urinário (ITU) • A ITU compreende a colonização bacteriana da urina e acometimento das estruturas do trato urinário (uretra → parênquima renal). • As crianças são as que têm maior risco para lesões graves: especialmente no caso em que desenvolvem ITU de repetição (sendo fator de risco para o desenvolvimento de DRC). • Diagnóstico definitivo URC (urocultura), porém antecipar é fundamental. • Importante! Dados clínicos, exame físico, exame microscópico de urina e tiras reagentes. Epidemiologia • No recém-nascido/lactente: meninos apresentam maior probabilidade de ter ITU → relação com distúrbios de formação anatômica do trato urinário. • Na idade escolar: as meninas apresentam maior acometimento, principalmente pela má higiene (da criança na escola). • Inicio da vida adulta: maior índice de ITU em mulheres, pelo início da vida sexual. • Por volta dos 50 anos: mulheres na menopausa também tem maios incidência de ITU, por alterações na flora vaginal, ressecamento vaginal. • Por volta dos 60 anos: maior número de caso em homens, principalmente relacionados ao prostatismo. Conceitos e terminologia • Infecção bacteriana: localização e multiplicação no trato urinário → URC em geral com > ou igual a 10^5 UFC/ml de urina. (obs: UFC=unidades formadoras de colônia). • Mas se tiver < 10^5 UFC/ml de urina? Vai ser ITU? Considerar: 1) Paciente já em uso de ATB? 2) Paciente que tem bactérias gram- positivas na urina? Crescimento lento 3) Paciente foi hiper-hidratação antes da coleta? 4) Houve a coleta da urina com micção prévia? O ideal que se faça a coleta com a primeira urina da manhã, mas, em alguns casos de necessidade, pode ser feita a coleta após a retenção urinária por 2 horas. 5) Foi uma contaminação? • ITU aguda ou crônica (em relação ao tempo) o Aguda: paciente apresenta sintomas imediatos e geralmente responde bem ao tratamento. o Crônica: agentes de crescimento lento (ex: tuberculoses). • ITU alta ou baixa (em relação a localização) o Alta: ocorre com a ascensão da ITU baixa (por vias hematogênicas etc): causa febre, frio, dor lombar, náuseas, vômitos, prostração. o Baixa: restrito a bexiga (não vai ter febre, tem disúria e polaciúria; não tem sintomas sistêmicos). • ITU recorrente (mais de 3 episódios/ano ou 2 em 6 meses): o Reinfecção: ocorre após cura → cepas diferentes Nefrologia o Recidiva: recorrência da bacteriúria com mesmo patógeno nas 3 semanas após o tratamento durante o qual a urina tornou-se estéril (lembrar de ITU complicada) Patogênese Normalmente, a urina já apresenta bactérias, que não causam sintomas nem prejuízos. (obs: é importante uma grande ingesta de água justamente para evitar que essas bactérias se fixem – adesividade – no ITU). Os pacientes apresentam sintomas justamente quando as bactérias se aderem na parede dos órgãos do ITU. Vias de infecção • Ascendente • Hematogênica • Linfática • Contiguidade Fatores de risco • Gravidez. Podem apresentar: o Dilatação ureteral → aumento do volume do útero leva a compressão dos ureteres, podendo causar a dilatação. o Esvaziamento vesical incompleto → a pressão que o útero causa sobre a bexiga. o pH urinário favorável (a proliferação bacteriana). o Alterações hormonais o Obs: Há indicação de tratamento precoce. • Urina residual na bexiga: HPB/bexiga neurogênica • Refluxo vesicoureteral • Instrumentação do trato urinário: SVD (sonda) /cateterização/ dilatação/ cirurgia/ cistoscopia • Obstrução ao fluxo: anomalias congênitas/ cálculos o Estase → ↑proliferação bacteriana o Distensão vesical → ↓capacidade de defesa • Diabetes o Defeito nos fagócitos o Doença microvascular o Neuropatia vesical (a bexiga já não é tão funcional no sentido neurológico) o Infecção iatrogênica o Glicosúria (ainda tem dúvidas quanto a isso) o Obs: não há indicação de tratamento • Relação sexual: traumatismo uretral / síndrome da lua de mel • Uso de diafragma e espermicida • Prostatismo • Idade avançada Principais patógenos Nefrologia Quadro clínico • Mal estar, indisposição (mais em ITU alta); • Disuria, polaciuria e/ou poliuria, urgência miccional; • Calafrios e/ou febre (mais em ITU alta); • Dor lombar, abdominal e/ou hipogástrica; • Crianças: febre e/ou dor abdominal, mas são sintomas mais inespecíficos; • Lactentes que não ganham peso; • Distúrbio de comportamento em idosos. Caso clínico Mulher, 97 anos, hipertensa bem controlada, dificuldade de locomoção (osteoartrite em joelhos). Parentes relatam confusão mental. Foi levada à emergência e foi constatada ITU. Tomou ATB e a confusão mental se resolveu. Pielonefrite (ITU alta) 1. Manifestações sistêmicas • Náuseas e vômitos 2. Manifestações digestivas 3. Manifestações dolorosas • Principalmente lombar 4. Manifestações urinarias • Disúria, polaciúria etc. Cistite 1. Manifestações urinárias • Disúria, polaciúria 2. Manifestações dolorosas 3. Ausência de manifestações sistêmicas Diagnóstico laboratorial • Sumário de urina (urina tipo 1) o Proteinúria discreta e elevada o Piuria (piócito→ leucócito degenerado) /leucocitúria o ↑ pH / hematúria o Bacteriúria o Pode haver presença de esterase leucocitária (dependendo da quantidade de piócitos) o Pode haver presença de nitrito →relacionado a presença de bactérias • Urocultura: não é imprescindível que seja a primeira urina (principalmente nos casos que são em mulheres, jovens, primeira ITU não complicada → pode até ser dispensável, nesse caso, a urocultura). o > ou igual a 10^5 UFC/ml de urina (1 amostra em ITU, 3 em bacteriúria assintomática). Bacteriúria significativa: • > ou igual 10^5 colônias/ml ou 10^4 colônias/min → positivo • > 10^4 e <10^5 colônias/ml → positivo: pensar no que pode ser: 1. Tempo de crescimento bacteriano – cateterização recente, multiplicação lenta (estafilo coagulase negativa, BK (tuberculose), fungos, etc.) 2. Cultura inapropriada – Haemophilus influenzae → caso esteja pensando em infecção fúngica ou tuberculose, por ex, é necessário um meio de cultura específico para esses microrganismos. Por isso, o solicitante deve deixar isso claro no pedido. 3. Síndrome uretral → podem ocorrer microrganismos atípicos (Clamídia, Micoplasma, Ureiaplasma) 4. Sexo e idade 5. Presença de piuria Leucocitúria estéril: Presença de leucócitos (no sumário de urina), mas com urocultura negativa. Causas: 1. Não identificadas • Nefrite intersticial (neuropatia analgésica, meticilina, metabólicas, etc.) • Litíase e corpo estranho Nefrologia • Terapia com ciclofosfamida • Rejeição transplante • Trauma genito-urinário • Glomerulonefrite (aguda e crônica) • Neoplasias • Contaminação vaginal • Outras 2. Infecciosas necessitando de métodos específicos (causada por agentes específicos) • TB e outras mycobactérias atípicas • Fungos • Clamídia e gonococo • Cistite viral (adenovírus, herpes, etc) • Leptospirose • Haemophilus influenzae • Anaeróbios • Outras 3. Infecciosas habituais com cultura negativa Cistite – outras causas • Infecciosa o Bacteriana o Viral (adenovírus, herpes simples e zoster, varicela) o Fungos (Cândida) → principalmente pacientes imunossuprimidos e diabéticos o Parasitos (Schistosoma) • Tumores o Carcinoma de bexiga • Corpos estranhos o Corpos estranhos na bexiga • Químicos o Ciclofosfamida (quimioterápico) → pode dar cistite hemorrágica / éter • Radiação o Radioterapia na região da bexiga • Imune o LES o Meticilina, antibióticos betalactâmicos • Intersticial Tratamento • Infecção baixa não complicada o Curta duração (dose única) → Fosfomicina o obs: pode ser de 3 a 5 dias também, mas o protocolo é de dose única. • Infecção alta não complicada o 7 a 14 dias → Cefalosporina para gestante), Amoxacilina + Clavulanato, smz+tm (?) o Evitar quinolonas • Infeções recidivantes o 7 a 14 dias + supressão profilática por 6 a 12 meses (com quinolona, macrodantina, cefalosporina, sulfa) • Infecção complicada o 6 semanas Restrição às quinolonas • Infecções de menor gravidade ou autolimitadas → pela resistência tem provocado, o que faz com que perca um medicamento que apresenta boa indicação em outras situações. • Infecções recorrentes de trato urinário inferior. • Doentes que já tiveram efeitos colaterais. • Infecções leves ou moderadas (a não ser que os de primeira escolha não possam ser utilizados). • Interrupção: efeitos colaterais em músculos, tendões (ruptura), ossos ou sistema nervoso (principalmente em idosos). Considerações finais • Diagnósticos clínicos e laboratoriais rápidos e precisos podem evitar lesões graves, principalmente em crianças. o Usar sumário de urina, avaliar o quadro clinico. Nefrologia • Não aguardar URC (urocultura) → agilize o tratamento. • Diagnóstico precoce → tratamento imediato → seguimento adequado o Quando isso não ocorre, podem ocorrer complicações, evoluindo até a sepse. • Sempre pensar que será pior em idade precoce, tempo de doença maior, demora no início do ATB, virulência bacteriana, susceptibilidade individual e fatores de risco. • ATB empírico → tenha sempre em mente: o Sensibilidade provável o Mínimos efeitos colaterais e custo o Preferir aqueles com eliminação renal e com <20% resistência na comunidade • Novo sumário de urina 24-48h após início do tratamento: vai apresentar bacteriúria ausente/ leucocitúria mais demorada para normalizar. • Caso inicie ATB parenteral (para pacientes com prostração, náuseas, vomito, quadro clínico mais complicado), considerar trocar para VO 24-48h depois (caso evolua bem). • Exames de imagem quando houver recidivas ou suspeita de complicações. • Medidas comportamentais 1. Aumento da ingesta líquida 2. Micções frequentes e completas 3. Evitar constipação intestinal → principalmente em crianças (é um fator de risco) 4. Evitar banhos de espuma e com aditivos químicos, com higiene intima adequada 5. Esvaziamento vesical antes de dormir 6. Esvaziamento vesical após atividade sexual (para mulheres) Síndromes Glomerulares Anatomia Renal Quando se fala em origem glomerular, é específico da região do glomérulo (circulado em vermelho) → Glomérulo • Parte superior: artéria aferente • Parte inferior: artéria eferente • Capsula: formada de epitélio parietal e epitélio visceral (= podócitos) • Mesângio: parte clara, dentro da capsula, a qual possui células com funções de nutrição e sustentação • Pontinhos prestos: podócitos • Espaço envolto na cápsula: espaço urinário → espaço por onde sai o filtrado e adentra para os túbulos → Corte sagital: • A barreira de filtração do glomérulo é formada pelo endotélio, membrana basal e podócitos Em amarelo: endotélio do capilar, do tipo fenestrado Em azul: membrana basal glomerular Em verde: podócitos Em laranja/vermelho: mesângio Barreia de filtração glomerular Na imagem: Há depósito subepiteliais, depósito subendotelial, proliferação mesangial, proliferação epitelial. (essas características dependem da doença em curso no glomérulo). • Podócito: microscopia eletrônica • Entre os podócitos há fendas diafragmáticas (de filtração) o Essa barreira tem a carga negativa • Visão molecular dos podócitos → proteínas estruturais Fisiologia renal Mecanismos de lesão glomerular • Imunológicos: mais comuns o Alto fluxo sanguíneo (naturalmente passa-se muito sangue nos glomérulos) + estrutura dos capilares = maior interação com substâncias circulantes (antígenos e anticorpos) o Esses antígenos e anticorpos irão, de alguma maneira, alterar a configuração dessa barreira, que vai se manifestar clinicamente com alguma síndrome glomerular • Não imunológicos o Alérgicos ou hipersensibilidade → ex: a pessoa pode ter uma glomerulopatia se ela for alérgica a abelha e sofrer um ataque por um enxame de abelhas o Endócrinos ou metabólicos → ex: nefropatia diabética (hiperglicemia está envolvida com o mecanismo de alteração do glomérulo) o Físicos o Hematológicos ou vasculares → ex: estados de hipefiltração o Hereditários → vão alterar, de alguma forma, a configuração das proteínas ou da membrana o Infecção por bactérias, fungos, parasitas e vírus → causa lesão direta o Neoplásicos → síndromes paraneoplásicas o Tóxicos → algumas drogas tem a capacidade de alterar a barreira de filtração e causar uma doença nesse glomerulo Padrão de injúria glomerular A e B: 1 glomérulo / C e D: conjunto de glomérulos A. Acometimento global → todo o glomérulo é comprometido B. Acometimento segmentar → apenas parte do glomérulo é comprometida C. Acometimento difuso → acomete mais de 50% dos glomérulos D. Acometimento focal → acomete menos de 50% dos glomérulos Classificação • Glomerulopatia primária → doenças primariamente renais • Glomerulopatia secundária o Doenças sistêmicas: DM, amiloidose,LES, vasculites o Infecções: HIV, HBV, HCV, EBV, CMV, dengue, sífilis, malária, esquistossomose, glomerulonefrite difusa aguda pós- estreptocócica (GNDA), endocardite, bacteremia estafilocócica, pneumonia pneumocócica o Neoplasias: adenocarcinoma (pulmão, mama, estômago, cólon), linfomas, leucemias, outros o Drogas e toxinas: AINES, sais de outro, penicilamina, heroína, mercúrio, picada de insetos Tipo histológico Doenças associadas DLM (Doença de Lesão Mínima) Linfomas AINH Anti-HIV + GESF (Glomeruloesclerose Segmentar e Focal) Linfomas Anti-HIV + GNM (Glomerulonefrite Membranosa) Hepatite B LES AR Neoplasias Sífilis Malária Medicações GNMP (Glomerulonefrite Membranoproliferativa) Infecções: - Endocardite bacteriana - Malária - Hepatites virais - Esquistossomose - LES A B D C Obs: esses padrões histológicos podem ser de doenças primárias ou secundárias Obs 2: esses padrões da tabela são os padrões MAIS COMUNS para as doenças secundárias apresentadas. Isso não exclui que uma pessoa tenha um padrão histológico diferente do que está posto. Consumo do complemento nas glomerulopatia • Normocomplementêmicas o DLM o GESF o GNM o Doença de Berger (nefropatia por IgA) • Hipocomplementêmicas → consomem complemento (ativando a cascata) o GNMP o Nefrite lúpica o Crioglobulinemia o Glomerulonefrite difusa aguda pós- estreptocócica (GNDA) o Apresentação clinica • Edema • Hematúria • Proteinúria → urina espumosa • HAS • Cilindrúria → aparece no EAS • Insuficiência renal Podem ser facilmente reconhecidas em quase todos os pacientes com glomerulopatia primeira ou secundária I. Síndrome nefrótica II. Síndrome nefrítica III. Alterações urinárias assintomáticas IV. Glomerulonefrite rapidamente progressiva V. Glomerulonefrite crônica SÍNDROME NEFRÓTICA Definição • Sindrome clínico-laboratorial decorrente do aumento da permeabilidade glomerular: o Proteinúria maciça de 24 horas > 3,5 g/1,73 m2 o Edema o Hipoalbuminemia o Hiperlipidemia Obs: VR em crianças da proteinúria > 50 mg/kg/dia Permeabilidade glomerular Fisiopatologia • A passagem de proteínas plasmáticas através da membrana basal glomerular é normalmente restrita por duas barreiras o Barreira carga-seletiva → glicosaminoglicanos polianiônicos (repele cargas negativas → albumina tem carga negativa): PROTEINÚRIA SELETIVA → passa só albumina o Barreira tamanho-seletiva → poros constitucionais da membrana que restringem a passagem de proteínas de tamanhos além de 150 kd: PROTEINÚRIA NÃO SELETIVA → passa albumina e outras proteínas Principais proteínas perdidas na síndrome nefrótica Proteína perdida Repercussão Albumina (principal) Edema Antitrombina III Hipercoagulabilidade TGB (tireoglobulina) Altera exames de função tireoidiana Transferrina Anemia imunoglobulinas Suscetibilidade às infecções Complicações • Distúrbios tromboembólicos (TVP, TEP etc) • Infeções • Lesão renal aguda → Resumo da apresentação clínica da síndrome nefrótica: • A longo prazo, uma glomerulopatia vai levar a uma lesão tubular, progredindo para uma DRC • Albumina é produzida no fígado. Quando ela começa a ser filtrada, o fígado tenta compensar aumentando a produção de lipoproteínas, o que vai acarretar em uma hiperlipidemia Avaliação da síndrome nefrótica em pacientes adultos Anamnese • Edema o Discreto ou generalizado (anasarca) o Derrames cavitários (pleural e ascite) → ocorre em pacientes com anasarca • Urina espumosa • História familiar, drogas em uso, exposição a toxinas, sintomas de doença sistêmica (DM, lúpus, infecções) Investigação laboratorial • EAS o Proteinúria o Glicosúria ▪ No paciente não diabético, é marcador de lesão tubular o Hematúria e leucocitúria • Proteinúria de 24 horas • Albumina sérica • Perfil lipídico • Ureia e creatinina • Investigação de eventual doença de base (secundária) • Complemento Biopsia renal → sempre feita no adulto • Para diagnóstico da patologia glomerular • Para diagnóstico de SN secundária não suspeitada (ex: amiloidose) • Para determinar a severidade da doença • Quase sempre fundamental para a escolha do tratamento → cada tipo histológico tem um tratamento específico Obs: Na criança a causa mais comum é DLM. Por isso, é preconizado o tratamento sem biopsia. Caso o tratamento não melhore o quadro, é feita a biópsia Fragmentos da biópsia Resultado da biópsia Principais lesões patológicas associadas com a síndrome nefrótica • Doença de lesões mínimas (DLM) • Glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) → mais comum • Glomerulonefrite membranosa (GNM) → paciente a partir de 50 anos • Glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) • Nefropatia por IgA → glomerulopatia mais comum do mundo Edema • A fisiopatologia da formação do edema é controversa, existindo duas teorias: o Underfill ▪ Retenção de Na e água é secundária a diminuição do volume sanguíneo arterial efetivo ▪ Paciente está hipotenso, sinais de desidratação, mais dificuldade de perder volume ▪ Ocorre mais nas doenças que tem uma proteinúria seletiva o Overflow ▪ Paciente vai estar hipertenso, com sinais de hipervolemia (ex congestão pulmonar), pode ter turgência de jugular ▪ Ocorre mais em doenças com componente nefrítico Tratamento Geral • Dieta hipossódica e normoproteica • Restrição hídrica • Diurético – alça (ex: furosemida) o Acompanhar peso diário em jejum ▪ Perda < 1kg/dia o Se o paciente não responde ao de alça: ▪ pode ser associado diurético tiazídico ou inibidores da aldosterona ▪ albumina EV e imediatamente o diurético (porque o diurético precisa estar ligado à albumina para agir) • Estatinas • IECA ou BRA → em pacientes compensados o Controle de HAS o Efeito antiproteinúrico e renoprotetor o Obs: deve ser usado mesmo se o paciente não for hipertenso Específico • Síndrome nefrótica secundária • Tratamento das causas Síndrome nefrótica primária • Drogas imunossupressoras: predinisona, azatioprida, ciclofosfamida, ciclosporina, micofenolato de mofetil (MMF) SÍNDROME NEFRÍTICA Definição • Síndrome caracterizada pelo inicio súbito de hematúria, edema, hipertensão, oliguria ou, mais raramente, anúria e déficit de função renal • Ao contrário da síndrome nefrótica, o quadro se desenvolve rapidamente e está sempre associdado a um aumento de volume intravascular → overflow Sinais e sintomas • Edema: de grau variável (de discreto a anasarca) • HAS • Sinais de congestão circulatória: edema pulmonar, hepatomegalia Achados laboratoriais • EAS • Proteinúria (grau variável) • Hematúria glomerular o Dismorfismo eritrocitário e cilindros hemáticos o Leucocitúria estéril • Déficit de função renal • Complemento • Exames dirigidos a investigação da etiologia: pesquisa de anticorpos antiestreptocócicos, FAN, anti-DNA, pesquisa de HIV, HCV, HBV, crioglobulinas, ANCA (marcador de vasculites), hemoculturas Causas • Endocardite bacteriana • Vasculites sistêmicas • LES • GNDA pós-estreptocócica • Nefropatia por IgA → causa primária GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA • História previa de amigdalite, faringite ou impetigo (infecção de pele) • Ocorre a infecção por uma cepa de estreptococo nefritogênico do grupo A o Em 10 a 15% dos pacientes ocorre glomerulopatia, sendo ▪ Síndrome nefrítica 40% ▪ Quadro subclínico 60% • ASLO está aumentada em 90% dos casos entre a 3ª e a 5ª semana após a infecção • Redução inicial da função renal é comum, mas quase sempre transitória • Prognóstico excelente: recuperação completaem 3 a 4 semanas (>95% dos pacientes) • Proteinúria normaliza em até 30 dias • Complemento normaliza em 4 ou no máximo 12 semanas o C3 está reduzido em 90% o C4 é geralmente norma ou discretamente diminuído o Níveis de C3 reduzidos por períodos prolongados sugerem outra patologia • Hematúria microscópica pode permanecer por 1 ou 2 anos, sem nenhum significado prognóstico Tratamento Geral • Principal objetivo: controlar o balanço postivo de sódio e água e suas consequencias o Inicial: dieta hipossódica e restrição hídrica o Caso não seja efetivo: diurético o Caso não seja efeito: anti-hipertensivo Específico • Tratamento da doença de base • No caso da pos estreptocócica, é apenas dar suporte para o paciente. Não há necessidade de antibiótico (diferentemente da febre reumática), já que a doença aparece semanas após a infecção ter acabado GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA (GNRP) Definição • Glomerulonefrite acompanhada de perda progressiva da função renal num prazo de poucos dias a algumas semanas. • Ocorre com os 5% da síndrome nefritica que evoluem mal Quadro clinico e laboratorial • Elevação rápida das excretas nitrogenadas, determinando uremia e necessidade de diálise • Investigação laboratorial o EAS ▪ Proteinúria variável ▪ Hematúria de grande montante ▪ Leucocitúria estéril o Elevação de ureia e creatinina o Investigação da doença de base Causas • Endocardite bacteriana • Vasculites sistêmicas • LES • GNDA pós-estreptocócica • Nefropatia por IgA Causas secundárias • Sindrome do anticorpo anti-MBG → é uma síndrome em que o paciente produz um anticorpo contra a própria membrana basal (síndrome grave) e pode atingir o pulmão Histopalogia • Formação de crescentes → Parecido com uma lua crescente • Há o deposito de fibrina e fibronectina no espaço urinário → estimulam o epitélio parietal da capsula a se proliferar, tomando o espaço urinário • Celular: crescimento jovem, com intensa proliferação do epitélio parietal da capsula o Se agir no tempo correto, pode regredir e o glomerulo voltar a função • Fibrocelular • Fibrosa: é cicatriz, sequela; o glomérulo perdeu sua função É considerada uma urgência! Obs: O tratamento precoce pode ser feito, caso não tenha biópsia ou a biopsia demore muito Tratamento • Pulsoterapia com metilprednisolona e ciclofosfamida • Afastar quadro infeccioso (antes de começar a pulsoterapia) ALTERAÇÕES URINÁRIAS ASSINTOMÁTICAS Definição • Presença de hematúria e/ou proteinúria de vários graus, persistentes, com função renal normal, com HAS ausente ou pouco frequente Ocorre em • Nefropatia IgA • GESF secundária (desfecho da maioria das doenças glomerulares) Câncer de Próstata → É uma doença muito importante no envelhecimento do homem. → Incidência aumenta a partir dos 50 anos. → Quando aparece numa idade mais avançada do homem, ele tem um comportamento mais “ameno” → tumor indolente (não destrói a células vizinhas ou órgãos adjacentes nem é metastático) →Quando há o comprometimento de 2 lobos, há um comprometimento maior • É o CA (neoplasia) mais frequente em homem • A escolha do tratamento deve ser individualizada, com base nas condições de saúde do paciente, em comorbidades e na preferência do paciente. • Atinge altos níveis de incidência nos EUA e Europa, intermediários na África e baixos na Asia Oriental → estilo de vida (principalmente alimentação) • Predisposição genética é um fator muito importante (alteração no braço longo do cromossomo 1) → histórico de CA de próstata e mama (em mulheres) na família. o Quando o tumor vai passando de geração em geração, ele passa a ser menos agressivo. • Raramente ocorre antes dos 45 anos e tem seu máximo aos 70 anos Etiopatogenia • São tumores neuroendócrinos. • Os androgênios dão os primeiros sinais para a síntese de DNA e a divisão celular normal das células prostáticas. • Os androgênios provocam a liberação de fatores de crescimento que, por sua vez, atuam sobre os proto-oncogenes, ocorrendo o crescimento e a diferenciação das células epiteliais. Quadro clínico • Precoce → assintomático: como os tumores ficam na periferia, não costumam causar sintomas. • Intermediário → sintomas miccionais, impotência (compressão de vasos e da uretra). • Tardios: perda de peso, dor óssea (metástase). Diagnóstico • EF: toque retal o Endurecimento prostático: ▪ Periférico em 90% dos casos ▪ Global em casos tardios • PSA (antígeno prostático específico) Total; o O PSA aumentado no CA está sempre ligado e, por isso, há o aumento do PSA T. • PSA Livre/Total: o resultado= 20% → chance de câncer muito pequena; 80% das vezes são tumores benignos. o resultado < 10% → chance de aproximadamente 80% de CA. o o PSA livre é indicativo de doença benigna; por isso, quanto menos tiver de PSA livre, maior a chance do CA. • Velocidade de PSA T (normal: aumento de até 0,75 ng/ano) • Densidade de PSA: PSA T/volume da próstata o É importante lembrar que naturalmente uma próstata maior apresenta um PSA maior. Por isso esse marcador é importante, para fazer essa relação • O PSA já está na glândula prostática e aumenta muito na presença do tumor. • IRM paramétrica da próstata → PI RADS 3 e 4: alta especificidade e sensibilidade o Muito necessária naqueles casos em que há dúvida no toque → quando indicada corretamente, a chance de câncer passa dos 90%. • PET CT PSMA • Biópsia de próstata → único exame conclusivo e documento que pode indicar um tratamento o Feita transrretal: guiada por USG ou guiada por USG+RM (fusão de imagens) PSA • Detecção precoce do CA de próstata → não é um marcador específico, mas auxilia muito • Monitorização do tratamento • Indicação: o Homens de 50 anos ou mais, assintomáticos, sem história familiar o Homens de 40 anos ou mais, que possuam história familiar ou negros • Nível de PSA (ng/ml) com a idade: o 40 – 49 anos < 2,5 o 50 – 59 anos < 3,5 o 60 – 69 anos < 4,5 o 70 – 79 < 6,5 • ↑ sensibilidade: jovens • ↑ especificidade: idosos → Possíveis causas para a alteração dos níveis séricos de PSA • Comprovadas o CA de próstata o HPB o Prostatites o Isquemias o Infartos prostáticos o Manipulação: ▪ Biópsia prostática ▪ RT ▪ Cistoscopia • Inibidores da 5-alfa-redutase e antiandrogênicos Obs: Toque retal não interfere de modo significativo nos níveis séricos de PSA (elevações muito discretas) / alguns estudos recomendam sua coleta somente após 48 h do exame retal → PSA: muito sensível, mas pouco específico Atributos de um marcador tumoral ideal: • Alta sensibilidade • Alta especificidade • Dosagem fácil • Baixo custo • Utilidade no diagnóstico, estadiamento, monitorização do tratamento → Estratégias para incrementam a acurácia do PSA • Velocidade do PSA: 0,75 • Densidade do PSA >0,15 aumenta chance de CA • PSA ajustado à idade • Redução do ponto de corte do PSA • Determinação da fração livre/total do PSA o <10%: 80% de CA de próstata o >20%: 80% de HPB Diagnóstico histológico e indicador prognóstico → Sistema Gleason de Graduação Histológica A graduação se baseia em: • Diferenciação glandular • Padrão de crescimento em relação ao estroma • Nesse sistema, não se consideram as atipias nucleares • Grau histológico: 1 a 5 • Contagem final: 2 a 10 • Ao contrário dos demais sistemas, considera-se tanto o padrão predominante como o padrão secundário o Ex: se o grau histológico de 90% da área examinada por 3 e 10% for 4, a contagem final será 7 o Se o grau histológico por 3 em toda a área examinada, repete-se onúmero → o grau será 3+3 e a contagem final será de 6. • Quando a contagem final dá até 3 → tumor leve, com baixa agressividade • Quando a contagem dá entre 4 e 7 → tumor de agressividade moderada • Quando a contagem > 8 → tumor bastante agressivo Estadiamento Tratamento Câncer prostático clinicamente localizado • Padrão ouro: prostectomia radical o Pacientes com excelente estado de saúde o Expectativa de vida superior a 10 anos. • Radioterapia – não invasivo • Braquiterapia (praticamente em desuso. Na prática, sendo pouco aplicado) Obs: a prostectomia é o padrão ouro porque, caso a doença volte, ainda existe a alternativa de realizar radioterapia. O contrário é mais difícil de tratar, com mais efeitos colaterais. • Conservador: feito em pacientes com expectativa de vida menor que 10 anos, tumor de baixo grau. Dosar PSA a cada 6 meses. Se aumentar ou surgir sintomas, pode ser instituído o tratamento o Terapia hormonal bloqueador RH- LH: visa reduzir os níveis séricos de testosterona, para suprir o crescimento do câncer • Quimioterapia: é feito em último caso, quando todas as alternativas anteriores já foram usadas. o Baixíssimo efeito curativo, utilizado para tentar segurar o tumor por 2 a 3 anos. Urologia Hematúria • Pode ser a única manifestação de diversas doenças do trato geniturinário • Deve-se fazer a investigação de afecções graves e curáveis (ou não) • 5% das hematúrias assintomáticas e microscópicas ocorrem por doença significativa • 13% ocorrem por neoplasias • 6,5% das hematúrias são em pessoas saudáveis → idiopática Definição • Aumento do número de eritrócitos na urina • Presença de 5 ou mais eritrócitos por campo de grande aumento (400x) Classificação Microscópica • Presença de 5-10 ou mais eritrócitos por campo de grande aumento (400x) Macroscópica • Identificável a olho nu Em relação ao jato • Inicial → sangramento que ocorrem na uretra anterior o Ocorre apenas no início. Depois, durante essa mesma micção, não há mais a presença do sangue • Terminal → sangramentos da uretra posterior e/ou colo vesical o Ocorre apenas no fim. No início, o sangue é ausente • Total → sangramento de origem vesical ou renal o Ocorre durante toda a micção Hematúria idiopática • Essencial • Corresponde a 5-10% de todos os casos • Forma inexplicável • Investigação satisfatória • Etiologia não identificável Diagnóstico Anamnese • Características clinicas: inicial, terminal ou total • Perguntar se é: sintomática (associada a sintomas irritativos ou obstrutivos) ou assintomática • Perguntar se há eliminação de coágulos • Perguntar se há prostatismo → sintomas de trato urinário inferior (sintomas obstrutivos) / relacionado à próstata • Antecedentes de tuberculose, litíase, anemia falciforme, neoplasia Exame físico → precisa ser direcionado. Pesquisar: 1. HAS 2. Arritmias cardíacas → principalmente pelo uso de anticoagulantes (muito utilizados no tratamento para evitar os eventos tromboembólicos) 3. Edema → sinaliza nefropatia e ICC 4. Petéquias → relacionadas as alterações de coagulação 5. Toque retal → para avaliar o aumento prostático (uma das causas de hematúria) 6. Palpação renal → por conta das massas renais (neoplasias) 7. Exame de genitália externa → verificar alterações anatômicas, possíveis ISTs, cálculos impactados na uretra 8. Exame do meato uretral Causas urológicas • Cistos renais • Litíase renal • Neoplasias do trato urinário • Divertículos e pólipos vesicais • Hiperplasia prostática benigna (isso não quer dizer que o paciente tem uma chance maior de desenvolver CA de próstata) • Trauma • Cistite hemorrágica Urologia Causas de cistite hemorrágica → é uma causa comum: inflamação da bexiga + hematúria. Pode ser ocasionada por: • Agentes citotóxicos (ciclofosfamida) • Actínica (radioterapia externa) → ocorre pelo tratamento de outra neoplasia (comum em neoplasias de trato ginecológico) • Agentes químicos (tiotepa, éter, inseticidas, violeta genciana, anilina) • Penicilina, megestrol • Cistite viral (adenovírus, influenza) • Amiloidose • Cistite infecciosa → bacteriana / não é comum Laboratorial 1. EAS → confirma a hematúria microscópica 2. Dismorfismo eritrocitário → hemácias grenadas: má formação que permite a passagem das hemácias pelos glomérulos 3. Urocultura → doenças infecciosas também podem causar hematúria Imagem → muito utilizada / essencial para fechar o diagnóstico de hematúria • Possível classificar a lesão e estabelecer uma linha de conduta 1. TC helicoidal a. Sem contraste Imagem hiperdensa ao nível do meato ureteral direito (cálculo) b. Com contraste Rim esquerdo com contraste (na fase urográfica) e cisto renal volumoso do lado direito (imagem grande, densa e homogênea) Bexiga → falha de enchimento na parede lateral esquerda (provavelmente neoplasia vesical) Fase nefrográfica: rim normal do lado esquerdo, com o córtex contrastado; do lado direito: uma imagem amorfa, com áreas hiperdensas na periferia e área de hipodensidade na região central, provavelmente relacionadas à necrose (neoplasia do rim direito) Urologia Hematoma perirenal e lesão renal grau 2 (lesão > 1cm no córtex, sem acometer a via coletora e sem extravasar contraste e urina) → lesão traumática 2. Urografia excretora Rim esquerdo com dilatação pericalicial e uma imagem radiopaca no terço proximal do ureter → litíase ureteral Litíase ureteral proximal esquerda, com falha de enchimento 3. Radiografia simples de abdome → sensibilidade e especificidade baixas: consegue diagnosticar as causas de litíase (se o cálculo for radiopaco) Obs: todas as imagens abaixo (de RX) são de litíase! Litíase na loja renal direita Topografia radiopaca em ureter distal direito Imagem radiopaca em terço inferior do rim esquerdo 4. USG → maiores especificidade e sensibilidade do que o RX, mas ainda limitada para o diagnóstico de hematúrias Imagem ultrassonográfica normal Urologia Imagem hiperecogenica no polo renal inferior → litíase renal Imagem sólida em polo renal superior, um pouco mais hiperecogenica que o córtex renal → suspeita de neoplasia (precisa da TC com contraste para confirmar, com a captação desse contrate – acima de 10 HU de diferença entre a TC sem contraste e a com) Obs: HU = unidade de Hounsfield 3 imagens hiperecogenicas em bexiga → imagem de neoplasia de bexiga Obs: uma não dá para ver, porque está essa barra do google Meet na frente. Aumento da próstata (não podemos afirmar que tem relação com neoplasia maligna só por essa USG) Aumento da próstata (não podemos afirmar que tem relação com neoplasia maligna só por essa USG) 5. Ressonância nuclear magnética → não é utilizada como primeira linha • Pedida quando quer pesquisar a vascularização renal Imagem hiperintensa no polo inferior do rim direito Urologia 6. Uretrocistoscopia → exame inicial pedido • Permite a visualização direta de causas de hematúria na uretra e na bexiga • Permite o estudo anatomopatológico da lesão → feita com um aparelho que permite a ressecção (“uretrocistoscopia armada”) Imagem do interior da bexiga, com vegetação na parede vesical → neoplasia vesical (urotelial) Uretrocistoscopia com glomerulações → “petéquias” no epitélio (relacionadas com cistite hemorrágica) Áreas cicatriciais de cistites anteriores Lesões vegetativas na parede vesical → possível ainda, nessa imagem, identificar a vascularização (imagem vermelha ao centro) Pólipo vesical Aumentodos lobos prostáticos → oclusão da uretra prostática Uretrocistoscopia normal Urologia Tratamento Hematúrias incoercíveis (que não cessam) e macroscópica • Estabelecer a causa para tratar e evitar que forme coágulo e cause obstrução (tamponamento vesical) • Feita: sondagem vesical de demora (3 vias), com irrigação vesical contínua CASO não pare • Uso de Ácido épsilon-aminocapróico → VO, dose 150 mg/dia por 21 dias o Complicações: tromboembolismo, miopatia, falência renal, falência hepática CASO não melhore • Uso de Alum intravesical (solução de alumínio) → irrigação contínua com solução a 1% (1 litro por 8 horas) o Contraindicações: ▪ Insuficiência renal ▪ Encefalopatia o Chances de resolução: ▪ Cura 67% ▪ Melhora em 15% ▪ Falha em 20% →Pode-se usar também: • Formol o Solução a 4% o Deve-se forçar a diurese antes de iniciar a solução o Deve-se descartar refluxo → não pode utilizar o tratamento em pacientes com refluxo: esse paciente levaria o formal para as vias urinárias superiores o Volume utilizado: ½ capacidade vesical da solução é colocada na bexiga o Feita por 4 vezes, 10 minutos cada o Após o tratamento: Irrigação salina 24 h por sonda vesical de 3 vias o 88% cura, resposta duradoura Obs: Alum e formol são medidas tomadas após TUDO ter sido tentado antes (inclusive a cauterização do foco de sangramento) → são medidas de salvamento CASO não melhore • Embolização o Feita da artéria ilíaca interna o 75-83% de cura o Há mais complicações → paciente pode apresentar claudicação, disfunção erétil • Oxigênio hiperbárico o São necessárias 30 sessões, com oxigênio a 100% durante 90 minutos (cada sessão) o 86% de cura • Radioterapia (de alta dose) o 1700 cGy o 2 frações a cada 3 dias o 59% de cura CASO nada do que foi dito tenha funcionado → tratamento cirúrgico: • Derivação → é necessário derivar (tirar) a urina que passa pelo caminho onde está acontecendo a hematúria o Com ou sem cistectomia ▪ Derivação urinária: sem cistectomia: → Nefrostomia percutânea • Faz uma punção com agulha na região lombar, no ângulo costo-vertebral → coloca um fio guia, no qual coloco cateter de dilatação até que permita a introdução de um cateter de nefrostomia, que permite a derivação temporária. Urologia • Essa nefrostomia precisa ser trocada periodicamente Da esquerda para a direita 1. Ureterostomia (derivação com cistectomia) → ureteres ficam aderidos a pele, cada um do seu lado correspondente (com estoma) 2. Transureterostomia → ureteres aderidos a pele, ambos juntos em um mesmo lado (com estoma) 3. Derivação de Bricker → realiza-se a cistectomia e liga os ureteres ao intestino a. Também é uma derivação incontinente → é feita a exteriorização de um orifício dessa alça, com estoma b. É benéfico por ter menos obstrução 4. Derivação com reservatório (continente) → é colocado um segmento de alça na bexiga, para cateterizar na hora de esvaziar 5. Imagem abaixo: Derivação com reservatório (continente) e com cistectomia → neobexiga (bexiga ortotópica) a. A bexiga é retirada e é feita outra bexiga com alça intestinal e ela é anastomosada na uretra Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Próstata • Do nascimento até a puberdade → há pouca alteração nas dimensões da próstata o Até 8 anos de idade → tem aproximadamente 1 grama. • A partir da puberdade → aumento rápido em suas dimensões até os 30 anos de idade (aos 20 anos, chega em um platô de crescimento) o Crescimento prostático nessa fase é ao redor de 1,6 g/ano até alcançar aproximadamente 20 g. • Após essa fase, aos 40 anos, esse crescimento decresce marcadamente para 0,4gr/ano até os 90 anos de idade Obs: o maior crescimento fisiológico está após a puberdade. (pegadinha de prova de residência) Doenças de próstata: elas acompanham o envelhecimento do homem HPB • É um distúrbio comum caracterizado clinicamente por aumento da glândula e obstrução do fluxo de urina e patologicamente pela proliferação de glândulas e estroma. • Mais frequente na Europa Ocidental e nos EUA e menos comum no Oriente. o Acredita-se que é pelo estilo de vida (alimentação, principalmente). • 75% dos homens acima de 80 anos apresentam algum grau de hiperplasia prostática. • Raro antes dos 40 anos. A: Relação de harmonia com a bexiga e a uretra (é a próstata de um homem de 30 anos). B: Crescimento do lobo esquerdo, projetando para dentro da bexiga. Presença de sintomas urinários do tipo obstrutivo. C: Crescimento do lobo direito, em direção ao assoalho da bexiga, e crescimento do lobo esquerdo, em direção à uretra e ao assoalho vesical. D: Crescimento assimétrico do lobo esquerdo, se projetando ao lobo médio (mecanismo valvular??) → pacientes com hesitancia para urinar, com jato intermitente • Todo homem acima de 40 anos começa a apresentar Hiperplasia Prostática Benigna. • Aparece na zona de transição (ZT) entre a bexiga e a uretra. • Há relação direta com a bexiga e a uretra (lembrando que a próstata está em volta da uretra). • Quando há aumento da próstata, há o aumento da pressão intravesical. Isso provoca alteração da composição/arquitetura da bexiga. Há a desorganização do colágeno da parede vesical. Com isso, há dificuldade de esvaziamento e do armazenamento de urina. A B C D Patogenia • Células da próstata possuem receptores sensíveis à testosterona e ao estrógeno. Quando o equilíbrio varia pela idade, este desequilíbrio estimula a produção de fatores de crescimento celular, originando o progressivo aumento de tamanho da glândula, que pode ser variável, dependendo de outros fatores • A hiperplasia nodular inicia na ZT e comprimem a luz uretral A testosterona circulante é responsável por: calvície, presença de pelos, hipertrofia muscular, voz mais grave. Mas não causa alteração prostática. O que causa é a D- hidro testosterona, que estimula fatores de crescimento, que estimulam a HPB. Por que gorduras saturadas podem levar a HPB? Por tem uma via comum que também ativa fatores de crescimento (não entendi.) Fisiopatologia Fisiologia miccional: • A bexiga armazena aproximadamente 400 ml de urina. • A urina é enviada para a bexiga pelos ureteres e os barorreceptores reconhecem que há o aumento da quantidade de líquido, sendo que, quando necessário, enviam ao cérebro a necessidade de urinar. Há a contração do reto abdominal, do assoalho do períneo e da raiz da coxa, que fazem uma prensa e promovem a micção. Alfa receptores: promovem uma proteção autônoma da musculatura e estão em grande quantidade no colo vesical (que é onde ocorre a HPB). • Relaxa a musculatura do colo vesical • Melhora a contração da cúpula (?) • Relaxa a musculatura lisa que está entremeada na próstata, para a urina fluir mais facilmente. Quando há o aumento prostático, há o desequilíbrio nesse sistema dos alfa receptores, que ficam mais sensitivos. Nesses casos, há a presença de sintomas irritativos: • Nictúria • Urgência miccional • Disúria • Polaciúria • Urge-incontinência (?) Quando uma bexiga está com os 400 ml de urina, a pressão vesical é aproximadamente 35 cm de água, que é o que a musculatura comporta sem ocorrer desarranjo da estrutura de colágeno da parede vesical. Direita: normal Esquerda: próstata de projetando posteriormente no assoalho vesical Patologia • Hiperplasia estromal da ZT (zona de transição) • Células do estoma: produção de mediadores induzindo o crescimento de tecido glandular na ZT → compressão História da doença Clínico: • As manifestações clinicas da HPB são oscilantes, com períodos intercalados de remissãoe de piora espontânea dos sintomas o Ex: melhora quando faz atividade física / piora quando há ITU, não realiza atividade física, quando fica períodos longos em água • Em cerca de um terço dos casos, o quadro clínico se deteriora, tornando necessária a realização de tratamento clínico ou cirúrgico. • Nos pacientes não tratados, a evolução do processo obstrutivo pode favorecer o aparecimento de complicações como: o Retenção urinária o IRA obstrutiva o Litíase vesical Diagnóstico História clínica: • Sintomas irritativos (alterações dos receptores → ou barorreceptores ou alfa receptores) o Disuria o Polaciuria o Urgência miccional o Noctúria • Sintomas obstrutivos (paciente precisa realizar muita força abdominal para urinar) o Diminuição do jato urinário o Jato intermitente o Gotejamento pós-miccional o Sensação de esvaziamento vesical incompleto Quantificação dos sintomas: I-PSS a) Leve: 0 a 7 (trata com medicação) b) Moderado: 8 a 18 (necessita de estudo urodinâmico para definir o tratamento) c) Grave: 19 ou mais (tratamento cirúrgico) Exame físico: • Exame geral • Exame dos órgãos genitais externos: o Pênis: verificar meato uretral, glande, freio balanoprepucial, partes dorsal e ventral o Testículo: verificar epidídimo • Toque retal → avaliar: o Volume o Limites o Sensibilidade (dor ou não) o Superfície o Mobilidade o Consistência: ▪ Fibroelástica (HPB) ▪ Firme (Prostatite) ▪ Endurecido (CA) o Presença de nódulos → podem indicar a presença de câncer de próstata Exames complementares Determinar com maior precisão o grau de obstrução de esvaziamento vesical e para planejar o tratamento: a) Sumário de urina / urina tipo 1 b) Hemograma, Creatinina, Ureia, Sódio, Potássio c) Glicose de Jejum d) PSA T e L/T (livre/total) e) Urodinâmica ou urofluxometria (paciente urina em um vaso ligado ao computador / se o fluxo >15 ml/s, há obstrução e é indicação absoluta de cirurgia, por retenção urinária) → para pacientes com alteração urinária importante f) USG dos rins, das vias urinárias e da próstata com resíduo pós miccional Tratamento Observação vigilante (“watchful waiting”) • Tratamento medicamentoso: para I-PSS baixo, com sintomas irritativos o Fitoterapia ▪ Pygeum Africanum ▪ Serenoa Repens o Alfa bloqueadores ▪ Não seletivos • Fenoxibenzamina ▪ Alfa-1 seletivos • Prazosina • Alfuzosina • Indoramina ▪ Alfa-1 seletivos de longa duração • Terazosina • Doxazosina • Alfuzosina SR ▪ Alfa-1 super-seletivos • Tamsulosina o Inibidores da 5-alfa-redutase: diminuem a massa da próstata. ▪ Finasterida • Atua na 5-alfa-redutase tipo 2 • Inibição de 70% da DHT sérica e 90% na próstata ▪ Dutasterida • Ação na 5-alfa-redutase tipo 1 e 2 • Inibição de 90% da DHT sérica ▪ Efeitos terapêuticos e colaterais similares: • Colaterais: pacientes que utilizam por muito tempo podem desenvolver um CA de próstata avançado; não são eficazes contra as obstruções. HPB Prostatite Câncer Volume ↑ ↑ - Consistência Fibroelástica Firme Endurecida Superfície Regular Regular Irregular Dor Ausente ↑↑↑ Ausente Agentes fitoterápicos: ação de componentes esteroides (sistoesteróides e fitoesteróides); diminuem a colesterolemia, inibindo a formação de prostaglandinas, dificultando a conversão de testosterona. Alfa bloqueadores: há predomínio de receptores alfa-1ª no tecido prostático, uretra e colo vesical. Tem ação em curto período de tempo ▪ Relaxa a musculatura lisa ▪ Modula a hiperatividade do bloqueador alfa (melhora contração alfa e o esvaziamento vesical) • Tratamento cirúrgico o Indicações absolutas: ▪ Hidronefrose (bilateral e com insuficiência renal) e uremia ▪ Retenção urinária ▪ ITU redicivante ▪ Hematúria persistente ▪ Incontinência paradoxal ▪ Cálculos e grandes divertículos vesicais o Indicações relativas: ▪ Sintomas moderados (I- PSS>19) ▪ Litíase e divertículo vesical ▪ Resíduo urinário significativo ▪ Fluxo urinário reduzido o Vias de acesso cirúrgico: ▪ Resseção de próstata videoendoscópica transuretral (RTU) • Utiliza da energia bipolar (mais potente que laser) • Limitações: o Habilidade do cirurgião o Próstata com até 60 gramas de volume o Tempo cirúrgico inferior a 2 horas (quando se realiza o corte dos vasos, há injeção de soro para visualização. Esse tempo é o seguro para evitar hipernatremia do paciente) ▪ Prostatectomia transvesical (PTV): • Via de acesso cirúrgico abdominal retropubica • Feita em próstatas volumosas • Cálculo de bexiga, divertículos (?) • Realizada na impossibilidade para RTU • % baixa dos casos na atualidade → pouco realizada Hormonioterapia: uso de bloqueadores da 5- alfa-redutase para promover a queda seletiva dos níveis séricos e intraglandulares de DHT sem alterar a produção de testosterona. Procura-se, assim, diminuir o volume da próstata sem afetar libido ou a potência sexual Urologia Infecção Urinária (ITU) Definição • Invasão microbiana do aparelho urinário Considerações gerais • Tem importância pela elevada incidência e alto grau de morbidade e mortalidade (depende do local em que está. Ex: pacientes em UTI tem alto risco de desenvolver ITU e por isso é um assunto tão importante). Classificação (de acordo com) Gravidade • Complicada • Não complicada Localização • Superior → pielonefrite • Inferior → cistite Frequência • Ocasional • Frequente → recorrente ou persistente Epidemiologia • No geral, é mais frequente em mulheres do que homens Homens • Recém-nascido: maior em meninos → por questões congênitas (válvula da uretra posterior é a principal: é uma membrana que cria na uretra prostática. Quando a criança vai urinar, ela se abre, não deixando ela urinar de forma adequada, podendo levar a retenção urinária e até hidronefrose) • Idosos → apresentam relacionadas a questões prostáticas (obstrutivas) Mulheres • Ocorre em número crescente quando a criança começa a engatinhar: a uretra da mulher é menor e, por estar próxima ao chão, fica mais fácil de uma infecção aderir • Inicio da atividade sexual também causa um pico de infecção urinária em mulheres o Fisiopatologia: ▪ Baixa lubrificação durante o ato sexual ▪ ISTs • Idosas → menopausa o Há uma atrofia da mucosa e da uretra, favorecendo a diminuição da proteção natural Etiopatogenia • Agentes causais → E. coli Vias de acesso • Direta • Ascendente → mais frequente • Hematogênica • Linfática Fatores predisponentes (que causam retenção urinária) • Alteração estruturais → congênitas ou adquiridas • Alterações funcionais → bexiga neurogênica (principalmente a bexiga neurogênica de baixa pressão, em que há a retenção de urina na bexiga e favorece o aparecimento da ITU) • Iatrogenia o Manipulação das vias urinárias o Uso prolongado de sonda vesical Fator bacteriano • Presença de uma adesina na superfície da fimbria da bactéria gram negativa • Presença de um receptor na superfície da célula do hospedeiro → D manose (cistite), gal-gal (pielonefrite) Mecanismos de defesa da bexiga • Washout → urinar frequentemente • Mucopolissacarídeos • Proteína de Tamm-Horsfall → atua “enganando” a bactéria: a bactéria adere a proteína, que será eliminada pela urina Urologia o No entanto, se houver estase urinária → cristais irão aderir e haverá a formação de calculo • IgA e IgG Quadro clínico Pielonefrite 1. Manifestações sistêmicas (febre, calafrio, indisposição, prostração) 2. Manifestações digestivas 3. Manifestações dolorosas 4. Manifestações urinárias (náuseas, vômito) Cistite 1. Manifestações urinárias2. Manifestações dolorosas 3. Ausência de manifestações sistêmicas Diagnóstico • História clinica • Exame físico • Exames laboratoriais o EAS ▪ Nitrito positivo ▪ Leucocitúria (principalmente acima de 10 por campo) o Urocultura + TSA (antibiograma) ▪ Acima de 100 mil colônias → é considerada uma ITU Tratamento Infecção baixa não complicada • Curta duração → quinolonas e fosfomicina Infecção alta não complicada • 10 a 14 dias – cefalosporina, quinolona, SMZ+TM • Se o paciente apresentar queda do estado geral, pode haver necessidade de interação, com atb EV Infecção recidivantes • 10 a 14 dias de atb + supressão com atb em baixas doses (1/4 da dose) por 6 a 12 meses • Atb mais utilizado: nitrofuronoina Infecção complicada • Antibiótico terapia mais prolongada → 6 meses Prevenção • Ingestão de liquido • Urinar com frequência • Tratar constipação intestinal o A bactéria da ITU está presente na flora intestinal. Por isso, é importante tratar • Reposição hormonal tópica → para mulheres menopausada (melhora o trofismo e as defesas) • Vacina – UROVAXON o Para E. coli o Não é um artificio isento de falhas → alguns pacientes respondem muito bem e outros não ITU NA GRAVIDEZ • Incidência → 2 – 8% • Bacteriúria assintomática (é necessário tratar em gestantes!) o 20 a 30% desenvolvem pielonefrite o 9 a 17 semanas de gestação → maior pico de incidência • Etiologia: relaxamento da musculatura ureteral e da válvula uretrovesical pela progesterona Complicações obstétricas • Baixo peso fetal • Parto prematuro • Morte fetal • Pré-eclâmpsia • Anemia materna Tratamento • Tratar sempre a bacteriúria assintomática • Agente farmacológico deve ser eficaz contra o patógeno e livre de efeito danoso sobre o feto • Ampicilina e cefalosporinas • Aminoglicosídeos → pielonefrite o Esse atb pode trazer dano ao feto, porém a infecção é tamanha que há risco de morte materna. Por isso, opta-se por esse atb de amplo espectro Urologia ITU NA INFÂNCIA Quadro clínico Neonatos → letargia, irritabilidade, instabilidade da temperatura, anorexia, vômitos, icterícia, bacteremia e sepse Lactentes → desconforto abdominal inespecífico, vômitos, diarreia, falha no crescimento e febre Acima de 2 anos → disuria, polaciuria, hematúria, febre, vômitos, enurese e dor abdominal Exames laboratoriais • EAS • Urocultura com antibiograma Investigação Criança de qualquer sexo deve ser investigada após a primeira infecção • Rotina o USG → do aparelho urinário o Uretrocistografia miccional → quando há suspeita de refluxo (ex: vesicoureteral) o Urotomografia computadorizada o Cintilografia renal → principalmente para avaliar doenças de refluxo, para verificar se já houve algum comprometimento renal o Estudo urodinâmico Tratamento Pielonefrite • Internação • Medicação parenteral até 48 horas sem febre • Após: 10 a 14 dias VO • São utilizados: o Penicilinas o Cefalosporinas o Aminoglicosídeos Obs: evitar quinolonas (podem causar problemas no crescimento) Cistite • Dose única → fosfomicina • Tratamento curto (3 dias) → cefalosporina, sulfa • Tratamento padrão (7 a 10 dias) Recorrente ou complicada → supressão PROPEDÊUTICA UROLÓGICA Urologia: especialidade cirúrgica, que abrange tanto o sistema urogenital masculino quanto o sistema urinário feminino. Semiologia urológica Anamnese • Base da avaliação urológica, pois permite estabelecer hipóteses diagnósticas, orientando os exames requisitados. • Completa e exame físico minucioso direciona investigação, estabelece hipóteses diagnósticas e direciona aos exames complementares. → não se pede exames sem a hipótese; eles apenas confirmam. Síndromes • Distúrbios miccionais o Disúria: desconforto miccional acompanhando de dor (estranguria → principalmente no final do jato). o Polaciúria: frequência urinária com intervalo menor que 2 horas. o Poliúria: volume urinário maior que 3 litros/24h (tem várias causas, como diabetes, distúrbios eletrolíticos etc.). o Oligúria: volume urinário menor que 500 ml/24h. o Anuria: volume urinário menor que 100 ml/24h. o Urgência miccional: desejo forte, súbito, imperioso de urinar. o Esforço miccional: utilização de recurso auxiliar para urinar. (Há a presença de uma prensa abdominal, esforço da musculatura torácica, turgência de jugular) o Alteração do jato: força, calibre, contínuo ou intermitente (há comparação entre o paciente apenas, sempre procurando saber se há alguma diferença entre como era e como está atualmente). ▪ Intermitente (interrupções durante a micção) é sinal de alteração: obstrução ou disfunção miccional de origem vesical o Retenção urinária: impossibilidade de esvaziar a bexiga. o Incontinência urinária: perda involuntária da urina (a perda é de pequenas quantidades). o Noctúria: micção noturna, não deve exceder 2x. o Pneumatúria: emissão de gases pelo trato urinário → pode ocorrer por quadro infeccioso ou por fístula entre o trato urinário e o trato digestivo (ocorre em pacientes com diverticulite, por ex). o Paraurese: incapacidade de urinar diante de pessoas. o Enurese: micção involuntária, inconsciente (ocorre a micção completa, de forma inconsciente; pode ser diurna ou noturna). • Alterações das características da urina o Turbidez o Espuma: quando há quantidade anormal → geralmente associada as doenças nefróticas, com alterações glomérulo nefríticas. ▪ Normalmente associada a perda de proteína (proteinúria). o Coloração: costuma ser amarelo claro; a primeira urina do dia pode ser mais escura e com odor mais forte; algumas medicações podem alterar a coloração da urina; a alteração mais comum é a hematúria (sangue na urina). • Febre: processo infeccioso de início súbito, intenso, pode associara calafrios. o Pielonefrite: quadro inflamatório da alça (??? Confirmar) ou do rim. o Cistite: quadro inflamatório, infeccioso ou não, da bexiga. o Epididimite: quadro inflamatório do epidídimo. o Prostatite: quadro inflamatório, infeccioso ou não, da próstata. • Dor o Tipo: dor contínua, dor em pontada, dor em cólica (rim→ cólica nefrética: dor em salvas) o Localização ▪ Cólica nefrética: dor lombar, abaixo do ângulo costo-vertebral, lateralmente ao músculo espinhoso. ▪ Bexiga → dor de retenção urinária: dor no hipogástrio. ▪ Testículo: dor escrotal. o “Irradiação” ▪ Dor de epididimite: irradia para a região inguinal, ipsilateral ▪ Dor renal: irradia para o flanco ou fossa ilíaca, ipsilateral o Intensidade ▪ Cólica nefrética: dor intensa ▪ Dor peniana: intensidade menor ▪ Torção testicular: dor muito mais forte do que uma epididimite o Fatores desencadeantes: importante para estabelecer diagnósticos diferenciais. ▪ Cólica nefrética: não há fatores desencadeantes / diferente da dor lombar, que piora com postura. • Genitopatias: associadas as más formações o Hipospadia: meato uretral externo na região ventral, proximal ao ápice da glande o Epispadia: meato uretral externo na região dorsal do pênis o ISTs: lesões vesiculares no dorso do pênis (herpes), lesões verrucosas no prepúcio (HPV induzida) • Tumor o Adultos → cistos, câncer renal e hidronefrose (geralmente associada a obstrução, podendo ser por cálculo ou tumor) o Globo vesical (bexigoma)→ retenção urinária o Bolsa testicular → hidrocele, varicocele (varizes no plexo papiliforme), orquiepididimite (processo inflamatório dos testículos e epidídimo), tumores (neoplasias escrotais) • Hipertensão arterial de causa urológica o Hipertensão renovascular: ocorre por estenose da artéria renal, que, através do sistema renina angiotensina, leva a essahipertensão. o Feocromocitoma: tumor liberador de catecolaminas Exame clínico • É extremamente pobre, pela posição dos órgãos (retroperitoneais) → Rim • Rim direito é mais baixo do que o esquerdo, pela posição inferior ao fígado. • Rim direito (o polo inferior) pode ser palpado em pacientes mais magros ou crianças. • Raramente consegue-se palpar o rim esquerdo. Punho percussão: golpe delicado na região hipotênar não ângulo costo-vertebral, em ambos os lados (local mais próximo da loja renal) → Ureter • Trajeto quase todo retroperitoneal. • Palpação só é possível em casos de hidro ureter bem avançado, em pacientes muito magros. → Bexiga • Bexiga está protegida pelo arcabouço ósseo da pelve, o que impossibilita a palpação pelo exame abdominal. Ela pode ser palpada pelo abdome quando está cheia, como no mínimo 300 ml. • A palpação é possível em mulheres, no exame ginecológico (toque vaginal), uma vez que há uma relação entre a parede anterior da vagina e parede póstero inferior da bexiga. Nos homens, é possível palpar a bexiga pelo toque retal. → Genital • Glande • Coroa da glande • Sulco balanoprepucial • Prepúcio • Ápice da glande • Meato prepucial externo • Freio balanoprepucial Obs: Prepúcio que cobre a glande não quer dizer que há fimose e sim que há uma hipertrofia prepucial. A fimose ocorre quando não é possível expor a glande. Exame escrotal: palpação bimanual, comparando os lados, para poder identificar alterações. É necessário palpar o testículo, o epidídimo (está imediatamente acima do testículo, posteriormente a margem posterior), plexo papiliforme (na região superior ao testículo). Necessário fazer a manobra de Valsava, para ver se refluxo ou não ou o aumento do plexo. Exame digital da próstata • Screening de detecção do câncer de próstata A relação entre a próstata e o reto é exclusivamente pela proximidade anatômica. Pode ser realizado em 3 posições: • Decúbito ventral genupeitoral: o paciente fica cocorado com os dois cotovelos na superfície de mesa (vulgarmente conhecido como de 4). O examinador fica posterior a ele. • Paciente de pé, com o tronco fletido sobre a maca, com os cotovelos apoiados • Decúbito dorsal, com 2 joelhos fletidos (como posição ginecológica) O que se deve atentar no exame: Localização: Caso tenha algum trauma, com lesão da uretra membranosa, há um deslocamento superior da próstata. Superfície: verificar se a superfície é lisa ou se há presença de nódulos. Consistência: consistência normal → fibroelástica (mesma consistência da região hipotênar). Sulco mediano Sensibilidade: a próstata não dói. Tamanho: em torno de 30 gramas Propedêutica complementar Sumário de urina • Densidade: entre 1001 e 1035 mOsm/litro (quanto maior a osmolaridade, maior a possibilidade de precipitação de substâncias formadoras de cálculo). • pH: entre 5,5 e 6,5 o acima de 6,5: urina básica, com possibilidade de degradar a ureia e formar cálculo. o abaixo de 5,5: sugestivo de quadro infeccioso ou tuberculoses urogenitais. • Glicose e corpos cetônicos: geralmente ausente. o Glicosúria só aparece com glicemia>180 mg/dl • Células de descamação: células escamosas e uroteliais → extremamente comuns. • Eritrócitos: até 5 por campo o Acima de 5: hematúria • Leucócitos: até 10 por campo o Acima de 10: leucocitúria → sugestivo de inflamação (infeccioso ou não) • Cilindros: hialinos (normais), hemáticos e leucocitários (anormais) • Cristais: pacientes com litíase urinária o Cristal de ácido úrico: relacionado ao cálculo de ácido úrico o Cristal de oxalato de cálcio (mais comum) o Cristal de fosfato amoníaco magnesiano • Bacterioscopia: geralmente ausente o Se presente: sugestão de infecção do trato urinário. Sangue: 1. Hemograma: investigação de quadros infecciosos 2. Glicemia 3. Função renal: ureia, creatinina e taxa de filtração glomerular calculada 4. PSA: antígeno prostático específico 5. Beta HCG, alfa-fetoproteína, LDH: usados na investigação de tumores escrotais e de testículo Espermograma Exames de imagem em urologia Muito utilizados para indicar procedimentos cirúrgicos e evitar procedimentos cirúrgicos desnecessários. → USG Rim normal: Córtex é hipoecogênico e medula mais ecogênica (presença de vasos e do hilo renal). • A ecogenicidade do córtex normal é igual à do fígado. → TC Contraste na TC tem 2 fases: a nefrográfica, na qual aparece o córtex renal, e a fase urografia, no qual aparece o sistema coletor. → Uretrocistografia Trauma de pelve, com extravasamento de contraste na uretra membranosa e com lesão de uretra posterior. • Há a passagem de um cateter, pelo orifício externo da uretra, no qual é injetado contraste. • Utilizado nos casos de estenose de uretra ou trauma de pelve, na presença de hematúria. → Radiografia Pobre de informação, mas serve para o acompanhamento do tratamento de algumas patologias, principalmente litíase. → Cintilografia A esquerda: com DMSA → verifica a função renal, cicatriz renal A direita: com DTPA → para os quadros obstrutivos e dilatação renal • Utilizado para verificar função renal, por meio de radiofármaco. • Imagem vista pelo lado posterior. → RM Exames endoscópicos em urologia → Cistoscopia/Uretrocistoscopia • Avalia visualmente as características da uretra e da bexiga, em ambos sexos • Exame feito com um cistoscópio, que pode ser rígido ou flexível, acoplado a um foco de luz e uma câmera. Há um jogo de lentes de aumento, para auxiliar no diagnostico do trato urinário baixo.