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Afecções cirúrgicas do trato genitourinário de Equinos machos @ANESTVETSTUDY ANATOMIA ENFERMIDADES NO PÊNIS → Lacerações → Traumatismos → Hematoma → Objetivos dos tratamentos: Diminuir edema (preservar a integridade do canal de passagem) Evitar parafimose Evitar fibrose excessiva Curativo local → Neoplasias Sarcóide Papiloma Carcinoma de células escamosas Tratamentos cirúrgicos: ressecção do tumor, penectomia parcial → Habronemose Agente etiológico: Habronema muscae Lesão causa granulação exuberante Tratamento: • Ivermectina • Ressecção cirúrgica da granulação PENECTOMIA PARCIAL → Realizada em bloco cirúrgico → Anestesia geral → Decúbito dorsal → Castração realizada previamente (animal não pode ter ereção) → Antes do procedimento: Introdução de cateter uretral Garrote na base do pênis (evitar sangramentos) → Técnica de Williams: A incisão não é linear para diminuir riscos de estenose uretral (aspecto de V) → Pós-operatório Terapia antimicrobiana AINE’s Repouso Manter o animal afastado de éguas → Possíveis complicações Hemorragia Deiscência dos pontos Dor Infecção Edema causando contrição da uretra ENFERMIDADES NA BOLSA ESCROTAL → Hérnia inguinal (inguinoescrotal) Dor - animal manifesta sinais de cólica Aumento de volume escrotal Diagnóstico através de exame de palpação retal e ultrassonografia Tratamento cirúrgico Pode ser congênita (com possibilidade de resolução espontânea) ou adquirida → Criptorquidismo Uni ou bilateral (unilateral é mais frequente) Diagnóstico • Palpação retal e ultrassonografia • Exame do anel inguinal interno Característica hereditária (não indicada a reprodução do animal) Tratamento cirúrgico (varia conforme cada caso) • Orquiectomia por acesso inguinal • Laparotomia exploratória • Laparoscopia (quando o testículo já se encontra na cavidade) Criptorquidismo bilateral • Exame de dosagem de testosterona após aplicação de hCG • Coleta 1 de sangue para dosagem basal de testosterona • Administrar 5000UI hCG • Coleta 2 de sangue após 30 min e dosagem de Testosterona • Coleta 3 de sangue após 120 min e dosagem de Testosterona ORQUIECTOMIA POR ACESSO INGUINAL → Realizada em bloco cirúrgico → Anestesia geral → Decúbito dorsal → Técnica: Incisão sobre o anel inguinal externo Afastamento da fáscia inguinal com os dedos Localizar o testículo e abrir a túnica vaginal Realizar a ligadura no cordão e remover testículo e epidídimo Sutura anel inguinal superficial + subcutâneo + pele → Pós-operatório Terapia antimicrobiana AINE’s Repouso → Possíveis complicações Evisceração ENFERMIDADES DOS TESTICULOS → Neoplasias Seminoma, Teratoma Características: • Firme, indolor • Apresentação Unilateral Diagnóstico por US e biópsia Tratamento: Hemicastração → Orquite Traumática Presença de dor Laceração das túnicas pode acontecer Hematoma Aumento de volume Tratamento • Clínico: ATB, AINE’s, ducha e repouso • Cirúrgico: Hemicastração (se houver laceração) ENFERMIDADES DO CORDÃO ESPERMÁTICO → Funiculite pós-castração Bastante dolorosa Normalmente precisa de nova intervenção cirurgica → Torção do cordão espermático Anormalidade na anatomia Diferente de torção testicular Torção 180° • Na maioria das vezes é subclínica (achado de exame andrológico) • Prognóstico melhor se associada a correção manual o uso de hormônios Torção 360° • Isquemia, necrose e dor aguda • Cirurgia (Hemicastração) → Varicocele Dilatação de veias (vasos) do plexo pampiniforme Causa degeneração por termorregulação inadequada Tratamento: Hemicastração ENFERMIDADES DO TRATO URINÁRIO → Uroperitôneo em neonato (urina na cavidade abdominal) Causas: Bexiga cheia durante o parto (mais em machos) e uraquite próxima ao ápice da bexiga Sinais: estrangúria, dor e distensão abdominal Diagnóstico por US (bexiga em formato de U invertido) Tratamento • Estabilização geral • Cirurgia (Cistorrafia) → Urolitíaze Incomum (0,11% de casos atendidos) Cálculo uretral em machos (Incomum - 0,11% de casos atendidos) Cálculo vesical é mais comum Tratamento: uretrotomia perineal CISTORRAFIA → Realizada em bloco cirúrgico sob anestesia geral → Decúbito dorsal → Cateter urinário → Machos: limpeza e fechamento do prepúcio (sutura ou gaze) para não ter risco de vazamento de urina durante o procedimento → Fio absorvível 2-0 ou 3-0 com agulha atraumática Padrão Cushing → Sutura não pode invadir a camada mucosa → Distender a bexiga com solução fisiológica para revisar sutura → Lavagem da cavidade peritoneal → Fechamento da cavidade abdominal Musculatura: padrão simples contínuo com fio absorvível (1 ou 2) Subcutâneo: padrão simples contínuo com fio absorvível (2-0) Pele: padrão simples isolado → Pós-operatório ATB AINE’s Repouso Curativo ferida cirúrgica → Prognóstico: bom, caso não haja complicações prévias ao procedimento URETROTOMIA PERINEAL → Procedimento realizado em estação → Sedação com xilazina/detomidina + butorfanol + epidural → Anestesia local → Tricotomia e antissepsia → Cateter uretral → Incisão longitudinal 6-8cm sendo distal 5cm do ânus (evitar contaminação) → Incisão longitudinal no aspecto caudal da uretra → Cicatrização por segunda intenção (2 a 3 semanas) → Procedimento segue o protocolo de cistorrafia → Complicações Peritonite Deiscência dos pontos Evisceração
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