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Pre projeto e artigo Priscila ANHANGUERA

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16
faculdade Anhanguera uniderp
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
pedagogia
priscila renata de lima
PROJETO INTEGRADOR
DE pedagogia
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Ribas do Rio Pardo - MS
2020
priscila renata de lima
PROJETO INTEGRADOR DE
 pedagogia
Projeto Integrador apresentado à Faculdade Uniderp Anhanguera, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.
Docente supervisor: Prof. Clésio de Góes Ferreira
Ribas do Rio Pardo - MS
2020
INTRODUÇÃO:
Tema: 
A prática interdisciplinar como ferramenta de inclusão social no ambiente escolar.
A política de inclusão social é uma inovação no âmbito escolar, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento mui to polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, inserir alunos com déficits de toda ordem, permanentes ou temporários, mais graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir o direito de todos à educação, conforme prevê o diploma normativo máximo de nosso país.
Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes na concretização do óbvio, do simples, do que é possí vel fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, senão aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades. 
Faz-se necessário clarear o sentido da inclusão, como inovação, tornando-o compreensível, aos que se interessam pela educação como um direito de todos, que precisa ser respeitado. D evemos também demonstrar a viabilidade da inclusão pela transformação geral das escolas, visando a atender aos princípios deste novo paradigma educacional. 
 O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em tod os os alunos, não apenas em alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como consequência de um ensino de quali dade para todos os alunos provoca e exige d a escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma 
inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de nível básico. 
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas es colas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades 
de exclusão. 
O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir e sse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Pois não apenas o s deficientes são excluídos, mas também os que são pobres, os que não vão às aulas porque trabalham, os que pertencem a grupos discriminados, os que de tanto repetir desistiram de estudar. 
Justificativa
A inclusão não prevê a utilização de métodos e técnicas de ensino específicas para esta ou aquela deficiência. Os alunos aprendem até o limite em que conseguem chegar, se o ensino for de qualidade, isto é, se o professor considera o nível de possibilidades de desenvolvimento de cada um e explora essas possibilidades, por meio de atividades abertas, nas quais cada aluno se enquadra por si mesmo, na medida de seus interesses e necessidades, seja para construir uma ideia, ou resolver um problema, realizar uma tarefa. 
 Eis aí um grande desafio a ser enfrentado pelas escolas re gulares tradicionais, cujo paradigma é condutista, e baseado na transmissão dos conceitos, esquecendo-se dos aspectos procedimentais e atitudinais. 
O trabalho coletivo e diversificado nas turmas e na escola como um todo é compatível com a vocação da escola de formar as gerações. É nos bancos escolares que aprendemos a viver entre os nossos pa res, a divi dir as responsabilidades, repartir as tarefas. O exercício dessas ações desenvolve a cooperação, o sentido de se trabalhar e produzir em grupo, o reconhecimento da diversidade dos talentos humanos e a valorização do trabalho de cada pessoa para a consecução de metas comuns de um mesmo grupo.
Neste sentido, a interdisciplinaridade aparece como meio de promover a interação das disciplinas sem fragmentação entre si. 
 A interdisciplinaridade surge para propiciar a interdependência e ntre as ciências e/ou entre as disciplinas evitando a fragmentação entre elas, pois a compartimentalização das ciências impede o homem de conhecer e analisar a teia de relações co mplexas existente entre elas, prej udicando uma visão de unidade, ou seja, a de globalidade entre os conhecimentos disciplinares. (Projeto Aprender, 2004, p.63) 
Dessa forma, é imperativo a criação de ações e projetos que visem a curto, médio e longo prazo a con cretização do processo de incl usão social no ambiente escolar com base na prática interdisciplinar, tendo em vista que percebemos, ao longo de nosso processo de amadurecimento pedagógico, que ainda são raras as práticas que, de f ato, promovem uma intervenção direta no ambiente escolar e social, e produzem os efeitos esperados de inclusão. 
De certo que a inclusão se concilia com uma educação para todos e com um ensino especializado no aluno, mas não se consegue implantar uma opção de inserção tão revolucionária sem enfrentar um desafio ainda maior: o que recai sobre o fator humano. 
 Os recursos físicos e os meios materiais para a efetivação de um processo escolar de qualidade cedem sua prioridade ao desenvolvimento de novas atitudes e formas de interação, na escola, exigindo mudanças no relacionamento pessoal e social e na maneira de se efetivar os processos de ensino e ap rendizagem. Nesse contexto, a formação do pessoal envolvido com a educação é de fundamental importância, assim como a assistência às famílias, enfim, uma sustentação aos que estarão diretamente implicados com as mudanças é condição necessária para que estas não sejam impostas, mas imponham-se como resultado de uma consciência cada vez mais evoluída de educação e de desenvolvimento humano. 
Problema
Como promover a Inclusão Social do aluno portador de necessidades especiais em sala de aula? 
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades 
de exclusão.
Sendo assim, o professor docente tem que estar adaptando as atividades mediantea necessidade do seu aluno portador de necessidades especiais, como o próprio nome já diz.
O aluno precisa sentir-se aceito pelos colegas na sala de aula,sentir-se á vontade para realizar as atividads propostas. 
Segundo as políticas educacionais, descreve-se uma escola que se prepara para enfrentar o desafio de oferecer uma educação inclusiva e de qualidade para todos os seus alunos. 
Considerando que, cada aluno numa sala de aula apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio e as expectativas da escola hoje é trabalhar com essas diversidades na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino-aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter excludente, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos.
Este novo olhar da escola implica na busca de alternativas que garantam o acesso e a permanência de todas as crianças e adolescentes no seu interior. Assim, o que se deseja é a construção de uma sociedade inclusiva compromissada com as minorias, cujo grupo inclui os portadores de necessidades educacionais especiais. O espaço escolar, hoje, tem de ser visto como espaço de todos e para todos.
OBJETIVOS
Objetivo geral
	Promover o desenvolvimento das potencialidades do aluno deficiente, TGD, e transtorno funcionais no que se refere aos seus aspectos físico, cognitivo, psíquico, afetivo, social e cultural, priorizando o processo de interação e comunicação, mediante atividades significativas e lúdicas, assim como orientação, apoio e suporte à família com vistas ao processo de inclusão social.
Objetivos específicos
	Proporcionar ao aluno com necessidades especiais uma educação especializada visando seu desenvolvimento sócio afetivo, físico e intelectual, mediante procedimentos didáticos e estratégias metodológicas adequadas às suas necessidades, num ambiente acolhedor e motivador, possibilitando a aquisição de competências e habilidades segundo os Referenciais Curriculares Nacionais;
· Promover o atendimento especializado ao aluno com necessidades especiais, proporcionando o acesso e permanência na escola com efetiva participação dos profissionais da instituição e/ou especialistas da comunidade com vista ao processo de inclusão.
· Compreender o aluno com necessidades especiais, assim como demais alunos, como parte de TODA a escola;
· Flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de modo adequado às necessidades especiais de aprendizagem, respeitando as individualidades dos alunos;
· Buscar a melhor integração dos alunos com necessidades especiais na escola, auxiliando o seu desenvolvimento educacional e social, valorizando e respeitando as diferenças de cada um;
· Planejar as atividades para os alunos com criatividade e atendendo as necessidades individuais dos alunos, explorando as Tecnologias Assistivas e demais materiais disponíveis para trabalhar com as crianças;
· Organizar as atividades dos alunos para que seja feito o acompanhamento do seu desenvolvimento:
· Auxiliar o professor de turma a realizar adaptações de materiais e recursos sempre que necessário, assim como adaptações curriculares, conforme sua disponibilidade;
· Trabalhar juntamente com os professores e com a equipe diretiva na construção do Plano Individualizado de Ensino dos alunos com necessidades especiais da escola;
· Realizar visitas na sala de aula e nos diferentes espaços escolares, a fim de observar como está ocorrendo à inclusão do aluno com necessidades especiais na escola, orientando os professores com idéias e sugestões para a melhor integração destes alunos.
METODOLOGIA
 A metodologia acontecerá por meio de flexibilizações e de adaptações das atividades (sempre que necessárias) e por meio de estratégias e recursos com materiais previamente planejados com as demais professoras, bem como, a forma de mediação sistemática para as aprendizagens e a busca da interação nos espaços escolares desses estudantes.
Buscar formas de o aluno manifestar o que pode aprender e não se preocupar com as rotulações; organizar práticas educativas que permitam aos alunos oferecerem uns aos outros, ajuda para a solução das dificuldades.
Utilizar as experiências de vida do próprio aluno como fator motivador da aprendizagem dele.
Ser flexível nos métodos de avaliação, pois sabe que os testes, provas e exames provocam medo e ansiedade nos alunos.
Contribuir para a construção de uma escola de qualidade para todos, cooperando com o aprimoramento do sistema escolar, no sentido de melhorar o acesso à educação das pessoas com necessidades educativas especiais.
Na interpretação de Mantoan (2004), a Inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é um movimento que tem sido muito polemizado por diferentes segmentos, mas essa inserção nada mais é do que garantir o direito constitucional que todos independentes de suas necessidades, têm a uma educação de qualidade, e que a Inclusão vai depender da capacidade de lidarmos com a diversidade e as diferenças.
Na concepção histórico-crítica, Saviani (2001), aponta que o papel do professor nesse processo de inclusão é fundamental, uma vez que, ele é o mediador do processo ensino/aprendizagem. Na verdade, cabe-nos até, alguns questionamentos: a oferta de ensino aos alunos com necessidades especiais na rede regular deve acontecer porque está na Lei, ou porque acreditamos em suas condições de aprendizagem real? 
Devemos incluí-los porque nos causam pena ou porque vemos neles a possibilidade real de participação e contribuição na sociedade? Mantoan (2006) afirma que é necessário recuperar, urgentemente, a confiança dos professores em saberem lidar e desenvolver o processo de ensinoaprendizagem com todos os alunos, sem exceções. 
Para isso, é oportuno possibilitar aos docentes a participação em cursos que discutam estratégias educacionais visando à participação ativa e consciente de todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem. Esses cursos devem atender as necessidades de preparo que os professores têm para desenvolver práticas docentes realmente inclusivas.
CRONOGRAMA
	Atividades
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Dezembro
	1. Observar orientações
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	2. Pesquisa bibliográfica
	
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	3. Pesquisa documental
	
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	4. Pesquisa de campo
	
	
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	5. Análise do material coletado
	
	
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	6. Redação do artigo
	
	
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	7. Finalização do artigo
	
	
	
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	8. Postagem do artigo no AVA
	
	
	
	
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REFERÊNCIAS DO PROJETO
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: Alunos com necessidades educacionais especiais - Adaptações Curriculares de Grande Porte, Brasília: MEC/SEESP, 2005, vol. 5.
CARNEIRO, Moaci Alves. O acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns: Possibilidades e Limitações. RJ: Vozes, 2007. 
CORREIA, L. de M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto, Portugal: Porto, 1999. 
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: recomendações para a construção de escolas inclusivas. 2 ed. Coordenação geral .
INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES ESPECIAIS EM SALA DE AULA
RESUMO
 Vivemos em um momento em que mundialmente se fala na inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino. A legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças. Entretanto, não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades. Sendo assim, buscou-se no presente estudo discutir sobre o processo de inclusão enfocando quatro momentos: primeiro um breve percurso histórico mostrando os diferentes tipos de inclusão; em seguida, uma breve reflexão sobre a terminologia “necessidades educacionais especiais”; focamos, também, a funçãoda escola e o papel do professor no processo de inclusão. Amparando-se nos pressupostos da concepção histórico-crítica, focamos a importância da relação entre professor/aluno para o sucesso na aprendizagem, propondo dessa forma, algumas sugestões sobre “possíveis ações na prática do dia-a-dia”, aos professores do ensino regular que atuam nas escolas de Ensino Fundamental e Médio que no decorrer do ano letivo se deparam com alunos com necessidade especiais. Por fim, apresentamos os dados coletados e as discussões realizadas com professores do ensino regular sobre a prática escolar e o processo de inclusão.
Palavras-chave: Inclusão, Respeito, Dignidade.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
Fundamentação Teórica	4
Material e Métodos	4
Resultados e Discussão	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	5
REFERÊNCIAS	6
INTRODUÇÃO
Vivenciamos um momento em que mundialmente se fala na inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino. Sabemos que a legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças. Por outro lado, é importante ressaltar que não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades. Desta forma, é necessário e urgente, que os sistemas de ensino se organizem para que além de assegurar essas matrículas, assegurem também a permanência de todos os alunos, sem perder de vista a intencionalidade pedagógica e a qualidade do ensino. Considerando que os fundamentos teórico-metodológicos da Educação Inclusiva, baseiam-se numa concepção de educação de qualidade para todos e no respeito à diversidade dos educandos, é imprescindível uma participação mais qualificada dos educadores para o avanço desta importante reforma educacional, para o atendimento das necessidades educativas de todos os alunos, com ou sem deficiências. Infelizmente, o despreparo dos professores figura entre os obstáculos mais citados para a educação inclusiva. É um grande desafio, fazer com que a Inclusão ocorra, sem perdermos de vista que além das oportunidades, é preciso garantir o avanço na aprendizagem, bem como, no desenvolvimento integral do indivíduo com necessidades educacionais especiais.
	Incluir alunos com deficiência na escola é, atualmente, um dos maiores desafios educacionais. Neste propósito, faz-se necessário que a escola crie oportunidades e também viabilize à comunidade escolar, mais especificamente para os professores, romper com as barreiras da sala de aula regular. Nesse processo de Inclusão educacional muitas barreiras já foram derrubadas. Ofato de o aluno estar em sala de aula é a principal delas. Mas é importante ressaltar que estar na escola não significa que esse aluno foi incluído. Faz-se necessário que ele participe do processo educacional e que seja aceito por todos como alguém que, apesar das limitações, aprende. Por isso, a participação desse aluno nas atividades escolares deve ser estimulada, oferecendo-se os recursos necessários para que ele se sinta capaz de dar respostas significativas. A preocupação com a aprendizagem desse “aluno especial” deve ser alvo de discussão, como a de qualquer outro aluno da escola, tendo em vista que a pessoa com deficiência estará, como os demais, aprendendo a desenvolver suas potencialidades.
Beauclair (2007), afirma que a inclusão é o movimento humano de celebrar a diversidade, envolvendo o sentimento de pertencer, de fazer parte de, é a valorização da diferença e a busca de uma cidadania ativa construtora de qualidade de vida para todos.
	Stainback e Stainback (1999) complementam essa definição, especificando que o objetivo da inclusão é criar uma comunidade em que todas as crianças trabalhem juntas e desenvolvam repertório de ajuda mútua e apoio dos colegas.
 Neste contexto, a educação inclusiva busca assegurar a todos os estudantes a igualdade de oportunidades educativas, proporcionando espaço para o desenvolvimento integral dos mesmos, levando em consideração suas potencialidades e especificidades, favorecendo a construção de uma sociedade mais democrática e flexível.
É importante afirmar que conforme a formação inicial e continuada dos profissionais da educação é possível estabelecer parâmetros de análise seja pelo processo de formação em cursos de aperfeiçoamento, palestras, práticas e experiência pedagógica pessoal, seja pelo processo de reflexão e ação no cotidiano do trabalho pedagógico. No entanto, a formação ainda não é algo garantido por todos os professores por diversos fatores, que podem ser registrados como dificuldades financeiras para investimentos em curso e eventos; carga horária disponível para a formação pelos professores; e até, ausência de interesse em se aperfeiçoar nesse campo de discussão. Nesse contexto, há também a incerteza, insegurança e a própria tensão dos responsáveis pela educação inclusiva na educação básica.
desenvolvimento
Durante todo o processo de inclusão no Brasil, tivemos vários caminhos percorridos para conseguirmos chegar até aqui, foram muitas lutas e desencontros.
A historicidade da inclusão evidencia que esta atravessou diferentes fases em diversas épocas e culturas. Segundo Correia (1999), a Idade Antiga, na Grécia é considerada um período de grande exclusão social, pois crianças nascidas com alguma deficiência eram abandonadas ou mesmo eliminadas, sem chance ou direito ao convívio social. Na Idade Média, pessoas com deficiência eram também marginalizadas, até por questões sobrenaturais, rotuladas como inválidas, perseguidas e mortas. Assim, muitas vezes as famílias preferiam escondê-las e assim, privá-las da vida comunitária e social. A idéia de promover aos filhos, qualquer tipo de intervenção em ambientes diferenciados não era uma prática comum. Conforme Jannuzzi (2004), no Brasil por volta do século XVIII, o atendimento aos deficientes restringia-se aos sistemas de abrigos e à distribuição de alimentos, nas Santas Casas, salvo algumas exceções de crianças que até participavam de algumas instruções com outras crianças ditas normais.
	No século XX, a questão educacional foi se configurando, mais pela concepção médico-pedagógica, sendo mais centrada nas causas biológicas da deficiência. Com o avanço da psicologia, novas teorias de aprendizagem começam a influenciar a educação e configuram a concepção na linha psicopedagógica, que ressalta a importância da escola e enfatiza os métodos e as técnicas de ensino. Por volta da década de 1990 e início do século XXI, avançam os estudos em Educação Especial no Brasil (MAZZOTTA, 2005).
	No Brasil a apropriação do discurso favorável à inclusão foi fortemente influenciada por movimentos e declarações internacionais, desde o final da década de 40, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tomando maior impulso a partir dos anos 90 em favor da implantação das reformas neoliberais. A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas produziu vários documentos internacionais, norteadores para o desenvolvimento de políticas públicas de seus países membros. O Brasil, membro da ONU e signatário desses documentos, reconhece seus conteúdos e os respeita na elaboração das políticas públicas nacionais. Dentre os documentos produzidos destacamos: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Declaração Mundial Sobre Educação para Todos e “Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem”; Declaração de Salamanca; Convenção da Guatemala e a Declaração de Montreal.
	Para a construção de uma verdadeira sociedade inclusiva é importante, também, que se tenha preocupação e cuidado com a linguagem que se utiliza. Afinal, através da linguagem é possível expressar, voluntariamente ou involuntariamente, aceitação, respeito ou preconceito e discriminação em relação às pessoas ou grupos de pessoas, conforme suas características. Segundo Sassaki, (2005) se, desejamos falar ou escrever construtivamente, numa perspectiva inclusiva, sobrequalquer assunto de cunho humano, é imprescindível conhecer e usar corretamente os termos técnicos, pois a terminologia correta é especialmente importante quando abordamos assuntos tradicionalmente carregados de preconceitos, estigmas e estereótipos.
	Sabemos que os termos podem ser considerados corretos ou incorretos, em função de diferentes valores e conceitos vigentes em cada sociedade e em cada época. Assim, com o decorrer do tempo, mudam-se os valores, mudam-se os conceitos e, mudam-se também, os termos. Estas outras palavras podem já existir na língua falada e escrita, mas, neste caso, passam a ter novos significados. Ou então são construídas especificamente para designar conceitos novos. A preocupação com a terminologia está no fato de que o uso incorreto de um determinado termo ou palavra pode reforçar e perpetuar idéias e informações equivocadas, e conceitos ultrapassados. Este fato pode, muitas vezes, ser a causa da dificuldade ou da demora com que as pessoas em geral e até mesmo os profissionais mudam seus conceitos, comportamentos, raciocínios e conhecimentos em relação às pessoas ou grupos de pessoas consideradas ‘diferentes’. Sassaki (2005) ressalta ainda que isto pode, também, causar resistências contra mudanças de paradigmas como o que aconteceu, por exemplo, com os termos ‘integração’ e ‘inclusão’ em todos os sistemas sociais comuns. No Brasil, têm ocorrido tentativas de se estabelecer terminologias corretas, ao se tratar principalmente de assunto relativos à deficiência, no intuito de desencorajar práticas discriminatórias. A expressão ‘necessidades educacionais especiais’ tornou-se bastante conhecida, no meio acadêmico, no sistema escolar, nos discursos oficiais e mesmo no senso comum. Surgiu da intenção de atenuar ou neutralizar os efeitos negativos de terminologias adotadas anteriormente para distinguir os indivíduos em suas singularidades, por apresentarem limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas, lingüísticas, síndromes variadas, altas habilidades, condutas desviantes, etc. tais como: deficientes, excepcionais, subnormais, infradotados, incapacitados, superdotados, entre outras. Segundo a Deliberação n° 02/03- CEE, a terminologia ‘necessidades educacionais especiais’ deve ser utilizada para referir-se às crianças e jovens, cujas necessidades decorrem de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender. Assim, a terminologia necessidades educacionais especiais pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar. Está associada, portanto às dificuldades de aprendizagem, não necessariamente vinculadas às deficiências. Na verdade, com o uso dessa expressão, buscou-se deslocar o foco do ‘especial’ do aluno direcionando-o para as respostas educacionais que eles requerem, ou seja, evita-se enfatizar os atributos ou condições pessoais que influenciam diretamente na aprendizagem e escolarização, ressaltando-se a importância do papel da escola no atendimento a cada aluno nas suas necessidades específicas. Assim, respeitar a diversidade e manter a ação pedagógica torna-se um desafio no desenvolvimento do trabalho com alunos que apresentam necessidades especiais. No que se refere ao atendimento especializado a ser oferecido na escola para quem dele necessitar, a atual Política Nacional de Educação Especial aponta para uma definição de prioridades e define como aluno portador de necessidades especiais aquele que apresenta necessidades específicas de aprendizagens curriculares, diferenciadas dos demais alunos e que requeiram recursos pedagógicos e metodologias específicas, sendo assim classificados: alunos com deficiência; alunos com condutas típicas e alunos com superdotação/altas habilidades. No Paraná, a Deliberação nº 02/03 – CEE, que fixa as normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para alunos com necessidades educacionais especiais no Sistema de Ensino do Estado do Paraná, e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (2008), assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.
	Conforme os questionamentos, precisamos ter clara a compreensão de que a educação especial deve ser vista como modalidade que dialoga e compartilha os mesmos princípios e práticas da educação de maneira geral. Para tanto, é preciso que haja um olhar diferenciado e emancipatório para o trabalho com alunos com deficiência visual, exigindo posturas esclarecidas das famílias, profissionais da educação e gestores que estão articulados com as políticas públicas. Além dessa compreensão é fundamental o entendimento sobre como se constrói a inteligência emocional no processo de ensino e aprendizagem, além de compreendê-la como elemento importante para o bom desenvolvimento no trabalho, no lar e na escola e, está diretamente ligada ao estado emocional do aluno ou qualquer indivíduo (como ele se sente sobre si mesmo) e sua motivação (como ele se sente sobre o assunto). Para o psicólogo Daniel Goleman, o conceito de Inteligência Emocional é vista como maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas (GOLEMAN,1998) No processo aprendizagem, o relacionamento professor e aluno é de suma importância, já que experiências vivenciadas apontam que alunos com baixa visão quase sempre demonstram desinteresse em participar ativamente da construção do aprendizado no ensino regular. Nesse sentido o objetivo geral dessa proposta é de compreender o processo de inclusão no ensino regular com intervenção junto aos alunos de baixa visão em favor de uma aprendizagem significativa e inclusiva. Como objetivos específicos almejamos entender como se constrói o conhecimento pelos alunos com necessidades especiais no Ensino Regular; tecer ações efetivas de inclusão dos alunos no processo de ensino e aprendizagem; analisar o processo de interação entre professor e aluno com baixa visão e demais colegas; e, por fim, contribuir na melhoria da autoestima dos alunos, bem como na elaboração de materiais e propostas de atividades adaptados.
	A diversidade humana é inegável. Mas a escola, apesar de ser um espaço sociocultural onde as diferenças coexistem, nem sempre reconheceu sua existência ou considerou-a na sua complexidade, em todos os elementos do processo pedagógico. Possibilitar essas diferentes presenças de forma harmoniosa e produtiva na escola, sempre foi um desafio, visto que, esta sempre buscou desenvolver um trabalho baseado na homogeneização, baseado e ‘justificado’ na premissa de que turmas homogêneas facilitam o trabalho do professor e facilitam a aprendizagem. Assim, a escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que delimita a escolarização como privilégio de alguns grupos, legitimando um processo de exclusão através de suas políticas e práticas educacionais, que reproduzem a ordem social. Sendo a escola, o espaço primeiro e fundamental da manifestação da diversidade, decorre a necessidade de repensar e defender a escolarização como princípio inclusivo, reconhecendo a possibilidade e o direito de todos que não são por ela alcançados. Desta forma, o movimento de inclusão traz como premissa básica, propiciar a Educação para todos, uma vez que, o direito do aluno com necessidades educacionais especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. No entanto, sabemos que a realidade desse processo inclusivo ainda é bem diferente do que se propõe na legislação e requer ainda muitas discussões relativas ao tema. O que podemos perceber é que numa comparação entre a legislação e a realidade educacional, a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais no ensino regular não se consolidou da forma desejada, a proposta de educação atual vigente ainda não oferece nem garante condições satisfatórias para ser considerada efetivamente inclusiva. Ainda, se faz necessária uma maior competência profissional, projetoseducacionais mais elaborados, uma maior gama de possibilidades de recursos educacionais. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir. Então, a Educação Inclusiva, diferentemente da Educação Tradicional, na qual todos os alunos é que precisavam se adaptar a ela, chega estabelecendo um novo modelo onde a escola é que precisa se adaptar às necessidades e especificidades do aluno, buscando além de sua permanência na escola, o seu máximo desenvolvimento. Ou seja, na educação inclusiva, uma escola deve se preparar para enfrentar o desafio de oferecer uma educação com qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa escola, apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio da escola hoje é trabalhar com essa diversidade na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino e aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter segregacionista, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos.
	Nas várias reformas educacionais ocorridas no país nos últimos anos, com destaque para a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, o tema das necessidades educativas especiais esteve presente, com a referência comum da responsabilidade do poder público e da matrícula preferencial na rede regular de ensino, com os apoios especializados necessários. Com a Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, houve um avanço na perspectiva da universalização e atenção à diversidade, na educação brasileira, com a seguinte recomendação, em seu Art. 2º,
	Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a educação de qualidade para todos.
Na interpretação de Mantoan (2004), a Inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é um movimento que tem sido muito polemizado por diferentes segmentos, mas essa inserção nada mais é do que garantir o direito constitucional que todos independentes de suas necessidades, têm a uma educação de qualidade, e que a Inclusão vai depender da capacidade de lidarmos com a diversidade e as diferenças.
Com certeza, de modo geral, as escolas têm conhecimento das leis acerca da inclusão bem como da obrigatoriedade da garantia de vaga para os alunos com necessidades educacionais especiais, no entanto apontam alguns entraves pelo fato de não haver a sustentação necessária, como por exemplo, a ausência de definições mais estruturais acerca da educação especial e dos suportes necessários a sua implementação. Sabemos também, da dura realidade das condições de trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais". Sabemos que, para que a inclusão se efetue não basta a garantia apenas na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio-econômico, além de serem gradativas, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade. Por outro lado, o processo de Inclusão já está posto e não se trata de desativar o que está funcionando, mas sim de buscarem alternativas e formas de articulações que possibilitem esse novo modo de ver e pensar a escola. Além disso, a educação inclusiva favorece não só o aluno com necessidades educacionais especiais, mas, também os demais alunos que passam a adquirir atitudes de respeito e compreensão pelas diferenças, além de juntos receberem uma metodologia de ensino diferenciada e da disposição de maiores recursos.
Fundamentação Teórica
A sociedade tomou consciência da necessidade de prestar apoio as pessoas diferentes no final d o século XX, com caráter assistencial, oferecendo abrigo, alimento, medicamentos e alguma atividade para se ocuparem, com o passar do tempo isso mudou, surge então um novo olhar para a inclusão amparado por novas leis. De acordo com SASSAKI,1997.41: 
“Para incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada a partir do entendimento de que ela é que precisa ser capaz de atender às necessidades de seus embros. O desenvolvimento das pesoas com deficiência deve ocorrer dentro do processo de inclusão e não com o pré -requisito para estas pessoas poderem fazer parte da sociedade, como se elas precisassem pagar ingresso para integrar a comunidade.” (SASSAKI, 1997, p. 41).
A declaração de Salamanca é considerada um dos principais documentos mundiais que visam a inclusão social, ao lado d a Convenção de Direitos da Criança em 1988 e da Declaração sobre Educação para Todos em 1990. Ela é resultado de uma tendência mundial que consolidou a educação inclusiva, ampliou o conceito de necessidades educacionais especiais, incluindo todas a s crianças com necessidades especiais ou temporárias, com problemas de aprendizado diversos, tornando o assunto importante e parte essencial das rotinas escolares. Tomando um caminho para elucidar as dificuldades, multiplicar as especificidades necessárias ao atendimento e acolhimento de todos n o ambiente escolar. 
 De acordo com a DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, p 17-18:
 As escolas devem acolher todas as crianças, independentem ente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham ; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos/zonas desfavorecidas ou marginalizadas. 
Pensar em inclusão é inserir um grande desafio pedagógico na rotina de 
professores e toda a organização do espaço escolar. Esse espaço denominado 
sala de aula que abriga um universo heterogêneo, plural e em movimento 
constante derrubou algumas barreiras nesse processo de inclusão educacional, 
pois ter um aluno especial em sala já é um progresso, visto que acaminhada de aceitação através da história nem sempre se mostrou justa ou acolhedora. 
 	 Dentro deste contexto, devemos refletir se o espaço escolar esta preparado para receber esses a lunos esp eciais, se o prédio esta adequado em sua acessibilidade, se profissionais estão emocionalmente e profissionalmente atentos as particularidades da deficiência apresentada pelo educando em questão e principalmente se o currículo da instituição de ensino é condizente e eficiente no que propõe para capacitação e inserção no mundo da aprendizagem. 
 	 A escola, os pais, alunos e sociedade, devem olhar para esses educandos como pessoas que em sua deficiência, também possuem habilidades e dentro delas ajudarem na descoberta de caminhos para seu desenvolvimento emocional e cognitivo. Mantoan (1998, p. 3) propõe:
 
 [...] um a verdadeira transf ormação da es cola, de tal modo que 
o aluno tenha a oportun idade de aprender, ma s na condição de 
que sejam respeitados as suas peculiaridades, n ecessidades e 
interesses, a s ua autonomia intelectual, o ritmo e suas condições de assimilação dos conteúdos curriculares.” ( MANTOAN 1998, P3).
	
Material e Métodos
	Entendendoa escola como sendo um espaço, intensionalmente organizado, para facilitar as relações que levem a uma melhor apreensão do conhecimento pelo aluno, serão desenvolvidos procedimentos teórico-metodológicos para possibilitar uma  melhor e mais fácil apropriação significativa dos conteúdos tratados e dos valores que estão intrínsecos a cada um deles. 
	Com tudo isso, resolvemos adequar algumas coisas:
 Adequação de linguagem acessível ao nível de conhecimento dos alunos, evitando o máximo possível o exagero de informações, buscar sempre, através de estímulos positivos e motivadores, a participação de todos nas atividades propostas, respeitando sempre suas limitações; oportunizar aos alunos para que estes identifiquem as possíveis diferenças e semelhanças dos conteúdos tratados; estimular, em alguns momentos da aula, a autonomia dos alunos para que estes possam mostrar seu conhecimento a cerca da atividade proposta.
	Durante a execução das atividades, sempre que possível enfatizar outros conhecimentos relacionados àquela atividade como cor, forma, tamanho de objetos, posicionamentos, direção, que estimulem sua aprendizagem cognitiva;
	Ao final de cada aula, estimular os alunos para que possam fazer uma recapitulação ou resgate da atividade que fora executada.
	A proposta da educação inclusiva, não se limita apenas no fato dos alunos portadores de necessidades especiais fazerem parte da escola, mas sim, de lhes proporcionarem a participação ativa em todas as atividades, utilizando muito mais do que conteúdos para o ensino-aprendizagem, mas também de valores e princípios, promovendo assim uma educação integral (ORLANDA; SANTOS, 2013, p. 06). Portanto, o professor deve fazer a diferença e em seus planejamentos levar em consideração a realidade de cada aluno, quer dizer aproveitar o máximo o ambiente que ele está inserido para desenvolver uma aula dinâmica e acolhedora a todas as crianças e na sua metodologia tornasse um professor mediador capaz de levar o conhecimento a todos os alunos e interagindo com eles para obter a aprendizagem desejada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aprendizado das crianças com deficiência é de extrema importância para o seu desenvolvimento social, cultural, cognitivo e emocional. Assim, cabe ao professor utilizar metodologias e práticas que os ajudem a desenvolver suas habilidades, obedecendo às limitações de cada educando para que de fato aconteça o ensino-aprendizado das mesmas. Diante do que foi estudado e analisado, entendemos que os professores tem que fazer uso da questão de planejar e utilizar metodologias de modo que atenda as necessidades de ensino e aprendizagem das crianças que apresentam deficiência. Buscando sempre alternativas diferenciadas para trabalhar com o desenvolvimento da aprendizagem de todos os alunos. Dessa forma irá contribuir com a escola no avanço e nas modificações escolares, ainda que seja pouco, mas já é um passo para que a inclusão escolar aconteça. O resultado disso é que apesar de todos os desafios enfrentados pelos professores, eles fazem o possível para transformar a realidade escolar desses alunos, mesmo não recebendo a devida assistência. Todavia, é necessário mais investimentos nas escolas e os professores deveriam ter melhor apoio em relação à formação continuada, com o objetivo de adquirir novos conhecimentos e atuar com responsabilidade. Acreditamos que hoje o grande desafio seja o de abandonar o discurso de que falta formação para que a inclusão se efetive e partir para o estudo de como devemos fazer a inclusão acontecer de fato. Os estudos agora devem apontar para a direção das práticas inclusivas, o que vai exigir novos estudos e, consequentemente, novos rumos para a educação das crianças com deficiência.
Claro que as dificuldades ainda são muitas, e sabemos que muitas delas não se referem exclusivamente aos alunos com necessidades especiais, mas são problemas existentes já há muito tempo na estrutura educacional do país como um todo. Nesse sentido, a inclusão desse alunado em classes comuns gera novas circunstâncias e desafios, que tendem a somar-se com as dificuldades já existentes do sistema atual, e, por conseguinte, reafirma a idéia de que a inclusão exige profundas mudanças a fim de melhorar a qualidade da educação, seja para educandos com ou sem necessidades educacionais especiais. É como se tivesse sido dado apenas o primeiro passo de uma longa caminhada, de um difícil percurso de lutas para que se garantam a todos, as mesmas oportunidades de convivência, estudo, trabalho, lazer, enfim, oportunidades de acesso a todos os bens produzidos socialmente.
REFERÊNCIAS
BEUCLAIR, J. Incluir, um verbo necessário a inclusão: (pressupostos psicopedagógicos). São José dos Campos: Pulso Editorial, 2007.
STAINBACK, S; STAIBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999.
CUNHA, Antonio. Eugênio. Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.
 MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? Por que? Como Fazer? São Paulo: Moderna, 2006.p.39-59.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
CARVALHO, Rosita Édler. Educação Inclusiva: Com os Pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.
CORREIA, L. de M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto, Portugal: Porto, 1999.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Espanha, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf .
CARNEIRO, Moaci Alves. O acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns: Possibilidades e Limitações. RJ: Vozes, 2007.
BRASIL, C. Declaração de Salamanca e Linha Ação sobre Necessidades 
Educativas Especiais. Brasília: Corde, 1994. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 
2007. 
MANTOAN, M. T. E. Compreendendo a deficiência mental: novos 
caminhos educacionais. São Paulo: Scipione, 1988. 
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de 
Janeiro: WVA, 1997.

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