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Farmacologia dos Antimicrobianos

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FARMACOLOGIA DOS ANTIMICROBIANOS
Antimicrobianos INESPECIFICOS: Atuam tanto em microorganismos patogênicos quanto em não patogenicos
Antissépticos Utilizados em pele e mucosas;
Desinfetantes Utilizados no ambiente;
Antimicrobianos ESPECIFICOS: Atuam somente em microorganismos patogênicos (porém não é verdade, vide o exemplo de antibióticos);
Antibioticos Atuam tanto na microbiota patogênica, quanto na normal. O uso crônico pode levar a diarreias, desequilíbrio da flora intestinal;
Quimioterápicos Substancias sintetizadas em laboratório, chamado de ANTIMICROBIANOS
USO TERAPÊUTICO: É o uso de medicamentos voltados para combater o patógeno encontrado durante os exames clínicos.
USO PROFILÁTICO: Uso de antimicrobianos, para prevenir uma possível infecção como durante uma cirurgia (pode vir a desenvolver/ profilaxia).
USO METAFILÁTICO: Animal já exposto a um MO, porém o MO está em período de incubação não demonstrando ainda os sinais clínicos. O antibiótico normalmente nesses casos é fornecido via ração ou água, já que é para rebanhos.
ANTIMICROBIANO BACTERIOSTÁTICO: Impede o crescimento das bactérias, não morrem, apenas deixam de se multiplicar, crescimento estático;
ANTIMICROBIANO BACTERICIDA: Promove a morte das bactérias;
CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA (CIM): É a mínima concentração de antimicrobiano que se precisa para inibir o crescimento das bactérias;
CONCENTRAÇÃO BACTERICIDA MÍNIMA (CBM): É a concentração mínima de antimicrobiano necessária para se matar as bactérias;
*Quanto maior a distancia da CIM e a CBM, significa que o antimicrobiano será bacteriostático;
*Quanto menor a distancia da CIM e CBM, maior o poder bactericida;
FATORES DETERMINANTES NA PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS
Estado do paciente (informações sobre a espécie e sobre o próprio animal), tipo de fármaco (influencia sobre o paciente e sobre o MO) e o tipo de MO (qual doença está causando e qual a sensibilidade para determinado fármaco).
PROPRIEDADES DE UM ANTIMICROBIANO IDEAL
Não existe antiMO ideal, pois nenhum terá todas essas características.
· Destruir o MO ao invés de inibir seu crescimento;
· Amplo espectro de ação sobre MO patogênicos;
· Alto índice terapêutico (dose letal 50 / dose efetiva 50), quanto maior menor as chances de intoxicação;
· Exercer atividade na presença de fluidos orgânicos;
· Não perturbar o sistema do paciente;
· Não induzir reações de hipersensibilidade (ex: choques anafiláticos);
· Distribuir-se por todos os líquidos e tecidos do organismo em concentrações adequadas
· Possibilidade de administrações por diferentes vias
· Preço acessível
INSUCESSO DA TERAPIA ANTIMICROBIANA
· Focos infecciosos que dificultam a atuação do antiMO;
· Erro na escolha do antimicrobiano (cultura e antibiograma – se possível) (;
· Tratamento de infecções não sensíveis
· Tratamento iniciado com atraso, quando o MO já causou lesões irreversíveis no organismo animal
· Persistencia do agente microbiano – sensibilidade in vitro mas não in vivo
· Desconhecimento das propriedades farmocinéticas/farmacodinâmicas
· Resistencia bacteriana
MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS
· Inibição da duplicação cromossômica ou da transcrição;
· Inibição da atuação de enzimas que produzem substâncias essenciais ao metabolismo;
· Danos à membrana plasmática;
· Inibição da síntese de proteínas;
· Inibição da síntese da parede celular;
MECANISMOS DE RESISTENCIA BACTERIANA
· Impede a entrada dos fármacos no citoplasma;
· Criação de bombas de efluxo (expulsa o fármaco de dentro do citoplasma);
· Mudança do alvo (substrato/sítio de ligação);
· Produção de enzimas que degradam o medicamento;
· Secreção de plasmídios para fortalecimento de outros MO;
· Multiplicação de bactérias resistentes;
· Biofilmes: Organismos unicelulares que se agrupam e vivem em colônias que produzem matriz celular que os antibióticos não conseguem passar para atingir o MO (são encontrados nos dentes –tártaros, );
ASSOCIAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS
· Tratamento de infecções mistas (um fármaco só para dois tipos de infecções);
· Tratamento de infecções graves de etiologia desconhecida (tratamento com fármacos básicos);
· Sinergismo (fármacos que se “ajudam”) x Antagonismo (fármacos que uma atrapalham a ação do outro) x Aditiva (se potencializam) ou indiferente (sem alteração);
· Processos infecciosos em pacientes imunodeprimidos;
· Evitar ou retardar o surgimento de resistência bacteriana (controverso);
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE FÁRMACOS ANTIMICROBIANOS
De acordo com a ação biológica
· Bactericida + bactericida = sinergismo 
· Bacteriostático + bacteriostático = sinergismo
· Bactericida + bacteriostático = sinergismo ou antagonismo (ex: penicilina – bactericida)
De acordo com o mecanismo de ação
· Parede celular + parede celular = sinergismo
· Parede celular + membrana celular = sinergismo
· Parede celular + formação de ptn defeituosas = sinergismo
· Parede celular + alteração genica = antagonismo
SULFONAMIDAS
_Amplo espectro de ação
Mecanismo de ação:
Estrutura da sulfonamidas e PABA competem entre si, são análogos.
A partir do PABA as bactérias produzem uma substancia para utilizarem na produção/síntese do seu DNA, ou seja, o produto que é um ácido (purina) que irá gerar ao final DNA. As bactérias sintetizam ácido fólico para gerar DNA.
A sulfa é um análogo do PABA, irá agir como um anti-metabólito que sofrerá a ação de enzimas no lugar do PABA, e então o produto final não será a produção de DNA e sim de um metabólito falso inviável para as bactérias.
As sulfas se usadas sozinhas, são bacteriostáticas, porém se associadas ao trimetropin se tornam bactericidas (sulfas em altas concentrações são bactericidas e com maiores efeitos colaterais) mesmo em concentrações terapeuticas;
Não Afeta o hospedeiro – ácido fólico obtido da dieta;
Bacteriostáticas (concentrações terapêuticas) ou bactericidas (altas concentrações) – reações adversas no animal;
Não atuam bem em presença de pus, sangue ou debris celulares;
Procaina (derivado do PABA, é um anestésico local) – diminui a eficácia da sulfa. Se utilizar um fármaco com estrutura semelhante ao PABA, haverá muito PABA disponível para pouca sulfa administrada, não obtendo, portanto o resultado desejado.
**EVITAR de usar concomitantemente todo o fármaco que tenha como analogia a estrutura do PABA.
Trimetropim tem pouca ação anti-bacteriana em relação as sulfas.
Vias de administração:
· Oral: boa absorção
· Endovenosa: Necrose tecidual se perivascular; DEVE-SE FAZER INFUSÃO CONTINUA LENTA!!
· Intramuscular: Apresentação apropriada para esta via
Biotransformação hepática e excreção renal (principal) *Cuidados com animais nefropatas e hepatopatas;
Atravessam placenta, barreiras hematoencefálicas e prostática (cautela com gestantes, pacientes com encefalites e prostatites);
Efeitos colaterais
Toxidade aguda
· Altas doses e administração endovenosa em bólus (administração rápida do fármaco);
· Sialorréia, diarréria, hiperpneia, excitação, fraqueza, ataxia;
Toxicidade crônica
· Cristalúria sulfonamídica (não indicado para animais desidratados);
· Ceratoconjuntivite seca (cães);
· Neurite periferite (bovinos) – nn. Ciático e braquial;
· Poliartrtite, febre, anemia aplásica, trombocitopenia, eosinofilia;
· Aves (em altas doses) – diminuição da postura e ovos defeituosos;
Antimicrobianos
Antimicrobianos bacteriostático: Inibem o crescimento do MO
Antimicrobianos bacteriocida: Matam o MO
Concentração inibitória mínima: Menor concentração do antimicrobiano capaz de inibir o desenvolvimento do organismo
Concentração bactericida mínima: Menor concentração do antimicrobiano capaz de matar o organismo
Antimicrobiano Ideal:
· Destruir o MO
· Amplo espectro de ação
· Alto índice terapêutico
· Exercer atividade na presença de fluido orgânico
· Não perturbar o sistema imune do paciente
· Não induzir reação de hipersensibilidade 
· Distribuir em todos em tecido em concentrações adequadas
· Possibilidade de administrar por diferentes vias
· Preço acessível
Insucessos da terapia
· Focos infecciosos que dificultam a atuação do AM
· Erro na escolha do AM (Culturae Antibiograma)
· Tratamento de infecções não sensíveis
· Tratamento iniciado com atraso
· Resistência bacteriana
Associação de AM
· Bactericida + Bactericida = Sinergismo
· Bacteriostático + Bacteriostático = Sinergismo
· Bactericida + Bacteriostático = Sinergismo ou antagonismo
Tratamento de infecções mistas
Tratamento de infecções graves de etiologia desconhecida
1 – Sulfonamidas Sulfadiazina; Sulfametroxazol
Bacteriostático de amplo espectro ( Gram + e - ), Tratamento de infecções do trato urinário, de pele, toxoplasmose e eimeria(Sulfadiazina)
Mecanismo de ação: A sulfonamida é competidora com o PABA pela enzima Diidrofolado sintetase – Somente para bactérias que sintetizam o ac. Fólico
Não atuam em presença de pus e restos celulares
Sulfa+Trimetropim: Competição com o PABA pela Diidrofolado redutase, atuam em etapas sequenciais da produção e atuação do ac. Fólico. Diminui a dose de sulfa, diminui efeitos indesejados
Efeitos indesejados: Cristalúria (precipitação de metabólitos acetilados), Hiperssensibilidade, Depressão da medula óssea, Ceratoconjutivite seca 
2 – Beta Lactâmicos 
Principalmente Gram + e alguns com eficácia variável em Gram –
Tratamento de broncopneumonia, algumas lesões de pele, metrite em cadelas
- Penicilinas Amoxicilina
Mecanismo de ação: Bacterida, liga a PLP’s, torna as enzimas autolíticas mais ativas, inibição da síntese de peptídeosglicanos .
Podemos fazer associação com inibidores de Beta Lactamase: Ac. Clavulânico (mais comum)
Tipos de resistência: Destruição pelas enzimas beta-lactamase. Ela hidrolisa o anel beta lactâmico e destrói o AM
Efeitos indesejáveis: Reações de hipersensibilidade, Anemia hemolítica imunomediada, Trombocitopenia imunomediada
- Cefaloporinas Cefalexina
Tem algumas vantagens sobre as penicilinas: Resistência à inativação, Maior espectro de ação, Melhor ação na via oral.
Problemas: nefrotóxica e cara
Efeitos indesejáveis: Diarréia, vômitos, hepatotoxicidade, nefrotoxicidade, trombocitopenia imunomediada
3 – Tetraciclinas Doxiciclina
Microbianos primariamente bacteriostáticos, quando em concentrações terapêuticas. Apresentam amplo espectro de ação, incluindo bactérias gram-positivas, gram-negativas aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns protozoários.
Mecanismo de ação: As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de gasto de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a ligação do RNA transportador, impedindo a síntese proteica.
Resistência antimicrobiana: O principal mecanismo de resistência microbiana é por diminuição da acumulação da droga no interior da célula. Influxo comprometido e efluxo aumentado
Efeitos indesejáveis: Irritação gastrintestinal, dor no local de aplicação, arritmias cardiovasculares, nefrotoxicidade
4 – Clorafenicol Florfenicol e tiafenicol
Bacteriostático. Largo espectro: Gram + e -, riquétsias, micoplasma e espiroquetas. Efeitos indesejáveis sérios (Depressão de medula óssea) e é proibido para animais de produção no Brasil. 
Mecanismo de ação: O cloranfenicol se liga à subunidade 50S do ribossomo, inibindo a síntese protéica da bactéria
Efeitos adversos: Anemia aplásica, síndrome cinzenta do bebê recém-nascido.
5 – Aminoglicosídeos Gentamicina Tobramicina
Bactericida. Espectro: Gram - (principal) e alguns gram + AERÓBIOS, Pseudomonas e Serratia. Pode ser ASSOCIADO COM PENICILINAS, mas NUNCA com cloranfenicol.
 Usado em septicemia por Gram -, descontaminação estomacal (encefalopatia hepática), tuberculose e leptospirose (estreptromicina), septicemia por enterobactérias (associado com penicilinas)
Mecanismo de ação: Ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese protéica ou produzindo proteínas defeituosas.
Efeitos indesejáveis: Nefrotoxicidade, Ototoxicidade, perda de equilíbro e ataxia vestibular
6 – Macrolídeos Azitromicina
São um grupo de antimicrobianos quimicamente constituídos por um anel macrocíclico de lactona, ao qual ligam-se um ou mais açúcares. 
Indicações: Campylobacter ; Chlamydia; Legionella; Mycobacterium; Streptococcus pneumoniae
Mecanismos de ação: Inibição da síntese proteica bacteriana – subunidade 50S ribossomal
7 – Quinolonas Enrofloxacina
Bactericida. As quinolonas tem uso limitado (devido ao espectro e resistência). Recomendado para E. coli, Proteus sp, Pseudomonas.
Mecanismo de ação: Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência bacteriana.
Efeitos adversos: Alteração em espermatogênese, atrofia testicular, dano em cartilagem articular, degeneração de retina em felinos (enrofloxacina).
8 – Bacitracina 
Atua apenas sobre Gram+
Mecanismo de ação: Inibe síntese de parede celular
9 – Nitrofurantoína
Bacteriostático, atua sobre Gram+ e Gram-. Uso restrito em infecções do trato urinário. Proibido uso em animais de produção.
10 – Nitroimidazóis Metronidazol
Mecanismo de ação: Danos ao DNA de MO susceptíveis
Efeitos adversos: Ataxia, convulsão, neutropenia, hematúria
Antiparasitários
São fármacos que atuam contra os endo e ectoparasitas, como pulgas, carrapatos, helmintos, protozoários. Podem ser divididos em anti-helmintícos (nematódeos, cestódeos e trematódeos), anti-protoários e ectoparasitos.
Esses parasitas geram muitas perdas econômicas, provocando uma redução de peso do seu hospedeiro. Esses antiparasitários não criam imunidade, devendo ser repetidos com determinada frequência.
Não se deve dar vermífugo juntamente com a vacina. Os antiparasitários são os mais utilizados na medicina veterinário, entre todos os fármacos.. Principalmente na bovinocultura.
O principal objetivo do uso desses fármacos é fazer a eliminação do agente ou fazer a manutenção de cargas parasitárias a míveis toleráveis pelo hospedeiro. Além disso, podemos usá-lo para prevenir a reinfestação, ex: Frontline para pulgas em cão.
Propriedades desejáveis em um antiparasitário:
· Eficiência: capacidade do fármaco em destruir a maior porcentagem de parasitas em todas as fazes do seu desenvolvimento (abaixo de 75% são considerados ineficientes)
· Ser isento de efeitos colaterais: Alguns não tem uma boa seletividade, atingindo também a célula do hospedeiro.
· Baixa toxicidade: Ao hospedeiro e ao ambiente
· Ausência de resíduos: nos produtos de origem animal
· Administração por várias vias
· Baixo custo e facilidade de administração (não pode passar de 6% do valor final do animal)
· Compatibilidade com outros medicamentos
· Ação em todos os estágios da vida do parasita
As principais vias de administração são as parenterais são IM ou SC, pois o manejo é muito mais fácil. Mas podem ser também intraruminal (risco de peritonite), oral- indicada para equinos, animais de companhia, aves e na suinoscultura. Transcutânea ou pericutânea- formulações do tipo spot-on.
Para o uso de antiparasitáriuos, devemos considerar espécie, raça, a idade (maturidade do sistema imunológico), carga parasitária, peso e estado fisiológico do animal.
Anti-helmintínco
Eles causam grandes prejuízos econômicos, podendo ser zoonoses:
Nematódeos: tem corpo cilíndrico, não segmentado e com altíssima prevalência por todos os ambientes. Ex: Ascaris, Ancylostoma e Haemonchus
Cestódeos: Tem o corpo achatado e segmentado, com aspecto de fita. Ex: Dipylidium, moniezia e Taenia
Trematódeos: Corpo achatdo, não segmentado, com formato de folha. Ex: Fasciola.
Anti-helmíntico ideal:
· Agir sobre todos os estágios da vida do parasita,
· Maior espectro de ação
· Composição química estável
· Não interferir na imunidade do animal
· Facilidade de administração
· Ampla margem de segurança (>janela terapêutica)
· Uso em dose única- mas isso é um problema, pois o parasita cria resistência. O ideal é aplicar duas doses, com um intervalo de 15 dias.
· Ausência de resíduos na carne ou leite
· Boa palatabilidade (para os de VO)
· Compatibilidade com outros compostos
· Baixo custo (< que 6%)
Eles podem ser de vários tipos, como os INORGÂNICOS (a base de sais e metais, principalmente os anticestódeos)-Anseniato de chumbo, os ORGÂNICOS NATURAIS (Helmintoses em Aves)- Arecolina e os ORGÂNICOS SINTÉTICOS (são os mais utilizados, formados por vários grupos químicos)- Substitutivos fenólicos, pirimidinas, benzomidazóis e avermectinas.
As formulações podem ser por VO, parenteral ou tópica:
VO: suspensões, soluções (pistolas dosadas), pasta, comprimidos, grânulos (rações) ou bolus- muito utilizada em bovinos, com degradação lenta dentro do rúmen. 
Parenteral: IM ou SC para uso em rebanhos
Tópica: também chamadas de pour-on, utilizadas em rebanhos para aumentar a facilidade de manejo, porém podem sofrer influencia do ambiente.
Absorção e distribuição
Os parasitas só absorvem a parte da droga que não foi absorvida pelo TGI do hospedeiro. A fração absorvida sofre biotransformação hepática ou nos tecidos e é eliminado pelas fezes ou pela urina. A capacidade do fármaco de se ligar as ptnas plasmáticas tbm é muito importante, pois isso faz com que o fármaco demore mais para ser eliminado do organismo. ( > tempo de ½ vida).
A eficácia de um medicamento desses depende de alguns fatores relacionados ao parasita, ao medicamento e ao hospedeiro. Quanto ao parasita, o estágio do desenvolvimento, a resistência e o número de parasitos envolvidos. Quanto ao medicamento, o principal é a dose, a frequência, as vias de administração, o tamanho da molécula (quanto<, + eficiente é a molécula), a lipossolubilidade e a biotransformação. Quanto ao hospedeiro, a raça, a espécie, as condições fisiológicas o tipo e a qualidade dos alimentos (transito intestinal e pH)
O mecanismo de ação:
Eles reduzem o aporte energético, diminuindo a glicose disponível, reduzindo a sua motilidade, o que resulta em sua morte ou na sua eliminação.
Resistência
Pode ser devido a alterações dos receptores, redução da taxa de absorção ou no aumento do metabolismo. Isso tudo leva a uma maior tolerância que pode vir a ser transformada em resistência. O uso racional dos antiparasitários e o rodízio entre bases (com diferentes mecanismo de ação) podem retardar esses processos de resistências.
Toxicidade
Perda de apetite, diarreia, cólicas, febre, taquipneia sudorese, teratogênese, incoordenação e neurotoxicidade.
Devemos ter muito cuidado com animais jovens e idosos pois eles possuem uma menor capacidade de biotransformação (o ideal é aplicar no mínimo com 30 dias de vida). 
CONTRA NEMATÓDEOS
· Benzimidazóis
Inibe a fumarato-redutase e o transporte de glicose. O que gera uma paralisia espática, morte por inanição. Além de serem ovicidas.
· Avermectinas
Potencializam o GABA, gerando uma paralisia flácida, levando a morte. São usados contra nematodas, berne, miíase, sarnas e carrapatos.
· Imidazóis
Parasilia neuromuscular por bloqueio da fumarato-redutase, inibem as colinesterases., Gerando uma paralisia espástica
CONTRA CESTÓDEOS
Prazipantel
Muito eficientes contra Teania e Dipylidium. Atuam causando uma vacuolização do tegumento, causando morte por inanição.
Antiprotozoários
Os protozoários causam muitas zoonoses, as principais são a coccidiose, toxoplasma, babesiose, anaplasma, tricomoníase e giardíase.
Coccidiose:
É causada pela Eimeria, sendo um problema de grande impacto na avicultura de corte. Esse protozoário causa perda de absorção de nutrientes na mucosa intestinal (devido à lesões na mucosa), além de diminuir a conversão alimentar, queda no consumo de ração e aumenta as taxas de mortalidade. Pode ghaver infecção bacteriana secundária.
· Anticoccidianos
Podem ser coccidiostáticos ou coccidicidas. Além disso podem ser preventivos (sintético e Ionóforo) ou terapêuticos.
As aves recebem esses medicamentos no premix do primeiro ao 38º dia. Essas doses são boas pois aumentam a eficácia do medicamento, permitem o desenvolvimento de imunidade das aves. Também visam evitar interações com outros medicamentos e o estresse por calor e aumento do consumo de água.
PROVA: Os programas de tratamento podem ser Cheio ou Dual. O mais utilizado atualmente é o Dual, pois assim se evita os efeitos colaterais de se usar apenas uma base e seus efeitos colaterais, como sintético (resistência) e os inóforos (lesão de mucosa).
O mecanismo de ação é a inibição do metabolismo energético do parasito, resultando em sua morte. A toxicidade é muito difícil de acontecer na prática, pois esses fármacos tem uma ampla janela terapêutica (6x).
Os Ionóforos aumentam a permeabilidade da membrana dos esporocistos causando desequilíbrio iônico, entrada de cálcio na célula até o sua explosão 9lise). 
Os mais utilizados são Monezina, a Lasalocida, Maduramicina, Solinomicina, Senuramicina e narasina.
Tooxoplasmose:
· Clindamicina
 contra Toxoplasma gondii, que habita geralmente, o ID de felinos.
Babesiose:
· Imidocarb 
para Babesia, sem sintomatologia aguda.
Anaplasmose
· Imidocarb
· Tetraciclinas
Utilizados contra Anaplasmose em bovinos, que geralmente está associada a babesiose
Tricomoníase e Giardíase
· Metronidazol
· Quinacrina
O Trichomonas foetus é uma doença venérea de bovinos, em que as vacas contaminadas tem cios irregulares e abortos silenciosos.
Ectoparasitas
Os ectoparasitas promovem perda de bem estar e de produtividade do animal. O principal problema em relação a esses parasitas é a resistência
Os principais são carrapatos (Boophilus microplus), mosca do berne (Dermatobia hominis), mosca dos chifres (Haematobia irritans) mosca varejeira (Cochliomyia hominivorax) e pulgas (Ctenocephalis felis e canis).
As drogas mais utilizadas são: 
· Organofosforados
· Carbamatos
· Piretróides
· Imidacloprid
· Fipronil
· Luferon
Organofosforados
 São muito utilizados, são lipossolúveis podem sofrer acúmulo no tecido adiposo. Eles atuam se ligando, de maneira irreversível, a acetilcolinesterases, impedindo a transmissão neuromuscular, levando o parasita a morte. Tem muitas apresentações, como VO (pastas, solução e bolus), SC, pour-on
Carbamatos
Se ligam reversivelmente as colinesterases, por isso são menos tóxicos que os organofosforados. Podem causar hiperatividade, ataxia, convulsões e palarisia, levando a morte.
· Carbaril
· Propoxur
Piretróides
São lipofílicos, atravessam a cutícula, atingem a hemolinfa, inibem o transporte de sódio e potássio no sistema nervoso do parasita. São pouco tóxicos em relação aos demais. Ocorrem reações de hipersensibilidade. Não há antídoto específico, devendo-se fazer um tratamento sintomático, utilizando-se principalmente anti-histamínicos e corticoides São muito utilizados em associação com organofosforados..
Imidacloprid
Bloqueia os receptores nicotínicos dos artrópodes e assim interrompendo os impulsos nervosos. Possui efeito adulcida e larvicida contra pulgas. As descamações cutâneas do animal tratado é larvicida, pois contem principio ativo, principalmente nos locais de repouso. Praticamente não possui toxicidade em mamíferos nas doses terapêuticas.
Fibronil
Agonista do GABA, inibe o fluxo de íons de cloreto afetando o principal mecanismo neuromodulador dos artrópodes. É absorvido pelos folículos pilosos e distribuído pelo sangue. Possui ação eficaz contra as pulgas e tem efeito contra carrapatos.
Lufenuron
Inibe a síntese de quitina nas formas jovens das pulgas e de outros artrópodes. É administrado por VO e atinge a circulação em poucas horas. As pulgas adultas ingerem o princípio ativo por meio do repasso sanguíneo, sendo excretado junto às fezes que servirão de alimentos às larvas do ambiente, atingindo-as. Como elas inibem a síntese de quitina, elas impedem os ovos de eclodirem.

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