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Abertura: 14/05/21 Fechamento: 19/05/21 S12P2 – RESPIRAR MAIS PARA COMPENSAR Questionamentos: a) Qual a relação altitude e O2? b) O que ocorre com a saturação quando a taxa hemoglobina diminui? Hipóteses: a) Conforme a altitude aumenta, a pressão sobre os pulmões diminui e, consequentemente, a disponibilidade de Oxigenio diminui e a freqüência respiratória aumenta. b) Dessaturação Resumo Na APG do dia 14/05 foi abordado o tema “respirar mais para compensar” onde foi levantado os seguintes questionamentos: Qual a relação altitude e O2, e o que ocorre com a saturação quando a taxa hemoglobina diminui? Tendo como os seguintes objetivos: Estudar a anatomia e fisiologia da respiração, compreender como a altitude influencia na saturação de O2, Conhecer o mecanismo de troca gasosa com enfoque na barreira hematoaerea e entender o controle da respiração. Objetivos: a) Conhecer o mecanismo de troca gasosa com enfoque na barreira hemato-aerea; b) Entender o controle da respiração c) Conhecer a interação entre o sistema nervoso e respiratorio Resumo • Possuem Membrana Respiratória, também chamada de Barreira hemato-aérea, ou hemato-alveolar que cobre os alvéolos dos pulmões. PRINCÍPIOS FÍSICOS DAS TROCAS GASOSAS Física da difusão gasosa e das pressões parciais dos gases. Com a ventilação pulmonar, a próxima etapa do processo respiratório é a difusão do O2 e CO2, que ocorre em direções opostas, ou seja, o O2 passa dos alvéolos para o sangue, enquanto o CO2 para do sangue para os alvéolos, para ser expelido. A difusão efetiva de um gás ocorre na direção de menor concentração desse gás, ou seja, o gás flui das regiões de alta concentração para as regiões de baixa concentração, ou seja, onde existem menos moléculas. A taxa de difusão dos gases respiratórios (oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono) é proporcional à pressão causada por cada gás individualmente, denominada pressão parcial do gás. As pressões parciais são utilizadas para expressar as concentrações dos gases, pois são as pressões que fazem com que os gases se movimentem via difusão de uma parte do corpo para outra. As pressões parciais do oxigênio, do dióxido de carbono e do nitrogênio são designadas como PO2, PCO2 e PN2, respectivamente. SE LIGA! O ar possui uma composição aproximada de 79% de nitrogênio e cerca de 21% de oxigênio. Em média, a pressão total ao nível do mar (pressão atmosférica) atinge 760 mmHg portanto, 79% dos 760 mmHg são causados pelo nitrogênio (cerca de 600 mmHg) e 21% pelo oxigênio (cerca de 160 mmHg). A PN2 na mistura é de 600 mmHg, a PO2 é de 160 mmHg a pressão total é de 760 mmHg, a qual é a soma das pressões parciais individuais. A pressão parcial de um gás em uma solução é determinada não só pela sua concentração, mas também pelo seu coeficiente de solubilidade. Algumas moléculas, especialmente o dióxido de carbono, são física e quimicamente atraídas pelas moléculas de água, o que permite que muito mais delas se dissolvam sem gerar excesso de pressão na solução. A relação entre a concentração do gás e a solubilidade do gás na determinação da pressão parcial de um gás é expressa pela lei de Henry: Pressão parcial = Concentração de gás dissolvido / Coeficiente de solubilidade O CO2 é 20 vezes mais solúvel que o oxigênio. Portanto, a pressão parcial do CO2 (em determinada concentração) é menos de um vinte avos da exercida pelo O2. A pressão parcial de cada gás na mistura dos gases respiratórios alveolares tende a forçar as moléculas do gás para a solução no sangue dos capilares alveolares. Por outro lado, as moléculas do mesmo gás que já estão dissolvidas no sangue se movem aleatoriamente no líquido do sangue, e algumas dessas moléculas em movimento escapam de volta aos alvéolos. A intensidade em que elas escapam é diretamente proporcional à sua pressão parcial no sangue. Mas em qual direção ocorrerá a difusão efetiva do gás? A resposta é que a difusão efetiva é determinada pela diferença entre as duas pressões parciais. Se a pressão parcial for maior na fase gasosa nos alvéolos, como normalmente é verdadeiro no caso do oxigênio, então mais moléculas se difundirão para o sangue do que na outra direção. Por outro lado, se a pressão parcial do gás for maior no estado dissolvido no sangue, o que costuma ser no caso do CO2, então a difusão efetiva ocorrerá para fase gasosa nos alvéolos. A rede de capilares cercam os alvéolos praticamente de maneira integral, pode ainda, existir alguns grandes vasos como arteríolas e vênulas muito próximas aos alvéolos. Toda essa rede de capilares e vasos são meios fundamentais para a realização das trocas gasosas. Os capilares não estão exatamente adjacentes com os sacos alveolares, existe uma membrana que separa as duas estruturas: membrana alvéolo-capilar composta pelo epitélio alveolar, pela lamina basal formada pelo epitélio alveolar e pelo endotélio capilar e pelo próprio endotélio capilar. Ou seja, essa membrana tripla é responsável por separar minimamente alvéolo de capilar. Minimamente, pois essa membrana possui uma espessura de 0,3 – 0,5 µm de espessura. No entanto, apesar da área de espessura ser bastante pequena, a área de extensão é muito elevado, sendo de 50 – 100 metros quadrados, envolvendo toda a extensão alvéolo-capilar, fato esse que facilita as trocas gasosas entre os alvéolos e capilares ou vênulas e arteríolas. LEI DE FICK: A transferência de um gás é proporcional a área do tecido, à diferença de pressão entre os dois lados e inversamente proporcional à espessura da barreira (alvéolo capilar). V = A x D x PP / E A = área superficial da barreira D = coeficiente de difusão do gás PP = diferença de pressão E = espessura da barreira. A L ei de Fick relaciona a intensidade das trocas gasosas em relação à área, diferenças de pressão e espessura da barreira alvéolo-capilar. A área dos alvéolos e da membrana alvéolo-capilar podem variar, por exemplo, em casos de exercícios físicos, os alvéolos sofrem uma dilatação, assim como os capilares e a membrana alvéolo-capilar, esse aumento da área total faz com que as trocas gasosas sejam intensificadas, quanto maior for a área de trocas, maior será a intensidade das trocas gasosas. Em alguns casos, pode ocorrer diminuição da área total da membrana alvéolo- capilar, como em hemorragias que levam a diminuição do fluxo sanguíneo e também a diminuição da intensidade das trocas, já que os capilares estão contraídos também como mecanismo regulatório. Composição do ar alveolar e a sua relação com o ar atmosférico O ar alveolar não tem, de forma alguma, as mesmas concentrações dos gases no ar atmosférico. Existem várias razões para essas diferenças. Primeira, o ar alveolar é substituído apenas parcialmente pelo ar atmosférico a cada respiração. Segunda, o O2 é constantemente absorvido pelo sangue pulmonar do ar alveolar. Terceira, o CO2 se difunde constantemente do ar pulmonar para os alvéolos. E quarta, o ar atmosférico seco que entra nas vias respiratórias é umidificado até mesmo, antes de atingir os alvéolos. A quantidade de ar alveolar substituída por novo ar atmosférico a cada respiração é de apenas um sétimo do total portanto, muitas respirações são necessárias para substituir o ar alveolar completamente. Essa substituição lenta do ar alveolar evita mudanças súbitas nas concentrações de gases no sangue. A unidade respiratória (“lóbulo respiratório”) é formada pelo bronquíolo respiratório, ductos alveolares, átrios e alvéolos. Cerca de 300 milhões de unidades respiratórias estão presentes nos dois pulmões. As paredes alveolares são extremamente finas, e entre os alvéolos há uma malha de capilares interconectados. Devido à extensão do plexo capilar, o fluxo de sangue na parede alveolar é descritocomo “lâmina” de fluxo sanguíneo. Assim, os gases alveolares estão bastante próximos do sangue dos capilares pulmonares. Além disso, a troca gasosa entre o ar alveolar e o sangue pulmonar ocorre através das membranas de todas as porções terminais dos pulmões, que são denominadas coletivamente como membrana respiratória ou membrana pulmonar. A membrana respiratória é composta por diversas camadas. A troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o sangue e o ar alveolar exige difusão através das seguintes camadas da membrana respiratória: Uma camada de líquido revestindo os alvéolos que contém: surfactante. • O epitélio alveolar, o qual é composto por células epiteliais finas. • Uma membrana basal epitelial. • Um espaço intersticial fino entre o epitélio alveolar e a membrana capilar endotelial. • Uma membrana basal capilar que se funde em alguns locais com a membrana basal epitelial. • A membrana endotelial capilar. Espessura da membrana respiratória. A taxa de difusão através da membrana é inversamente proporcional à espessura da membrana. Ex: edema no espaço intersticial e nos alvéolos diminui a difusão porque os gases respiratórios devem mover-se não apenas através da membrana, mas também através dessas camadas extras de líquido. A fibrose pulmonar também pode aumentar a espessura de algumas partes da membrana respiratória. • Área da superfície da membra na respiratória. Na presença de enfisema, muitos alvéolos coalescem, com dissolução das paredes alveolares; essa ação faz com que muitas vezes a área de superfície total diminua até cinco vezes. Apesar de existir um controle voluntário da respiração, a partir do córtex cerebral, a respiração é um processo involuntário, controlada principalmente por um centro nervoso localizado no bulbo, de onde saem nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios, sendo o mais importante deles o nervo frênico, que controla o diafragma. A regulação da respiração tem por objetivo manter a oxigenação e a perfusão adequada de acordo com a demanda requerida pelo organismo, garantindo uma faixa normal de PO2 e PCO2, durante o exercício, em regiões de altitude elevada ou em qualquer circunstância de estresse respiratório. O centro respiratório se divide em três agrupamentos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral: grupo respiratório dorsal, responsável principalmente pela inspiração, grupo respiratório ventral, responsável basicamente pela expiração, e centro pneumotáxico, que fica na ponte e está envolvido com o controle da frequência e amplitude respiratória. Além disso, o centro respiratório conta com mecanorreceptores, quimiorreceptores e barorreceptores do sistema aferente.·. O grupo respiratório dorsal geral potencial de ação inspiratório em um estado constantemente crescente e é responsável pelo ritmo básico da respiração. Esse grupo está localizado na parte distal da medula e recebe a entrada de quimiorreceptores periféricos e outros tipos de receptores pelas vias dos nervos vago e glossofaríngeo. O centro pneumotáxico, localizado dorsalmente na parte superior da ponte, ajuda a controlar a taxa e o padrão respiratório, transmitindo sinais inibidores para o grupo respiratório dorsal e, assim, controla a fase de expansão do ciclo respiratório. Como ele limita a inspiração, tem um efeito secundário no aumento da frequência respiratória. O grupo respiratório ventral, localizado na parte ventrolateral da medula, pode causar expiração ou inspiração, dependendo de quais neurônios do grupo sejam estimulados. O grupo respiratório ventral fica inativo durante respiração tranquila normal, mas estimula os músculos expiratórios abdominais quando são necessários níveis mais elevados de respiração. O reflexo de Hering-Breuer impede a hiperinsuflação dos pulmões. Este reflexo é iniciado pelos receptores nervosos localizados nas paredes dos brônquios e dos bronquíolos. Quando os pulmões tornam-se excessivamente insuflados, os receptores enviam sinais através dos nervos vagos para o grupo respiratório dorsal que“desliga” a rampa respiratória e, assim, impede que haja mais inspiração.O objetivo fundamental da respiração é manter concentrações apropriadas de O2, de CO2 e de íons hidrogênio nos tecidos. Dessa forma, é extremamente adequado que a atividade respiratória seja muito responsiva às alterações de cada um desses elementos. SE LIGA! Os neurônios sensoriais na área quimiossensível são especialmente excitados por íons hidrogênio; entretanto, os íons hidrogênio não atravessam facilmente a barreira hematoencefálica. Por essa razão, mudanças na concentração sanguínea de íons hidrogênio têm pouco efeito agudo na estimulação dos neurônios quimiossensíveis em comparação com o dióxido de carbono. Entretanto, acredita se que o dióxido de carbono estimule esses neurônios secundariamente através do aumento da concentração de íons hidrogênio. O dióxido de carbono se difunde para o cérebro e reage com a água para formar ácido carbônico, que, por sua vez, dissocia se em íons de hidrogênio e íons bicarbonato. Os íons hidrogênio tem, então, um efeito estimulante direto e potente. SE LIGA! Hipóxia se refere à diminuição na oferta ou menor utilização de O2 nos tecidos, enquanto o termo hipoxemia consiste em uma das causas da hipóxia, definida como diminuição da PO2 arterial. A hipóxia também pode ser gerada por diminuição do débito cardíaco, anemia e envenenamento por monóxido de carbono. O sistema respiratório se responsabiliza em fornecer um gás comburente às células do sistema circulatório e retirar um gás produto da combustão. O sistema nervoso se responsabiliza por detectar problemas no organismo e em gerar reações de defesa O sistema nervoso surgiu a partir de três vesículas primitivas (prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo) e executa funções primordiais para o funcionamento de todas as ações orgânicas, seja no intuito de manter ou alterar as funções orgânicas a partir de estímulos captados externamente e internamente. Portanto, exerce funções sensoriais, integrativas e motoras. Possui dois tipos de substâncias nervosas: branca e cinzenta que estão relacionadas à maior concentração de axônios. Quanto mais destes possuir a área será denominada de substância cinzenta e na diminuição de axônios será substância branca. MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO DIAFRAGMA Nervo Frênico Direito e Esquerdo (Cervical) NTERCOSTAIS EXTERNOS Nervos Intercostais (Torácico) ESCALENO Nervo acessório (Cranial XI) Plexo Cervical Esternocleidomastóideo Nervo acessório (Cranial XI) Plexo Cervical; MÚSCULOS DA EXPIRAÇÃO Ação passiva na respiração basal Ação ativa exercícios, obstrução das vias respiratórias e na fadiga. REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO Processo rítmico sem pensamento consciente Iniciada por neurônios motores somáticos Controle do Sistema Nervoso Central Autônomo SNA Simpático – promove o relaxamento da musculatura lisa dos brônquios e bronquíolos aumentando o volume de ar inspirado SNA Parassimpático – promove a contração da musculatura lisa dos brônquios e bronquíolos diminuindo o volume do ar inspirado Quimiorreceptores centrais e periféricos: Centrais: Bulbo sensível PCO2 do liquido cérebro espinhal Periféricos: Corpo aórtico e carotídeo sensíveis: PCO2 do sangue Tronco encefálico de controle da ventilação (bulbo) tem comunicação recíproca com o controle cardiovascular (bulbo) Hipóxia – estímulo vagal – bradicardia – ativação SNASimpático. CONCLUSÃO Dentre muitas funções do aparelho respiratório a principal delas é a remoção do CO2 e a incorporação do O2 no sangue que é denominado de HEMATOSE O processo de Hematose ocorre pela diferença de pressão dos gases entre o meio externo (atmosfera) e o interior dos alvéolosO oxigênio é transportado no sangue quase que totalmente pela hemoglobina do pulmão para os tecidos, já o CO2 sai das células e é levado pelo sangue até o pulmão através de sua conversão em HCO3- sendo uma pequena porção carreada pela hemoglobina O controle central da respiração é efetuado pelo SN Autônomo, de acordo com os níveis de pressão do CO2 e de O2.
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